As mudanças para 2025 na F1
A temporada de 2025 da F1 está cada vez mais próxima do seu início e conta com algumas mudanças nas equipas e no calendário, no ano em Max Verstappen tentará chegar ao ainda mais icónico número de pentacampeonato mundial.
A mudança mais badalada foi na Red Bull Racing. Max Verstappen vai resistindo aos rumores que o colocam na equipa que o fez tetra, mas é na vaga de segundo piloto que se notam as maiores alterações. Checo Pérez e a equipa acordaram a cessação do contrato que havia sido firmado no verão, abrindo assim espaço para a contratação de Liam Lawson, piloto júnior da equipa que pertencia à Racing Bulls. Também o diretor desportivo da equipa Jonathan Wheatley, que já fora confirmado na Audi para 2026, abandonará a equipa mais cedo, assumindo funções na Sauber no primeiro dia de abril de 2025.
Ferrari também apresenta uma grande mudança. Lewis Hamilton assume o volante que lhe fora deixado por Carlos Sainz, marcado assim a maior transferência de pilotos desde a ida de Sebastian Vettel de Milton Keynes para Maranello em 2015. Charles Leclerc mantém-se na equipa, juntamente com a estrutura da equipa. Parece ter chegado ao fim a restruturação promovida por Frédéric Vasseur aquando da sua chegada em janeiro de 2023.
A McLaren mantém-se estritamente igual à equipa que terminou 2024. Will Courteney continua a ser negociado pela equipa para antecipar a sua chegada que está prevista para 2026, mas a nega parece ser persistente por parte da Red Bull.
Na Mercedes, 2025 será um novo ano 0, com a saída da Lewis Hamilton. George Russell terá de assumir o lugar de líder de equipa, enquanto a equipa espera pela evolução de Kimi Antonelli, italiano de 18 anos que substitui Hamilton. A aposta em Antonelli e ultra-arriscada, mas Toto Wolff confia que o duas vezes vencedor na F2 poderá ter um inpacto de rookie semelhante ao de Hamilton em 2007.
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— Lewis Hamilton (@LewisHamilton) January 22, 2025
Pois é na Aston Martin que se esperam maiores upgrades este ano, após um 2024 para esquecer. Os pilotos mantêm-se, assim como o seu team principal Mike Krack, mas é na parte da engenharia que se geram as maiores expectativas. Para já, Enrico Cardile assumiu funções como diretor técnico da equipa, no entanto, o lendário Adrian Newey só inicia o seu trabalho em 1 de março, pelo menos de forma oficial, como parceiro técnico e acionista da equipa de Silverstone.
Após o duplo pódio que catapultou a equipa de penúltimo para sexto nos construtores da F1, e depois de Oliver Oakes assumir a posição de team principal da equipa, dando lugar a mais uma restruturação na equipa – já todos perdemos a conta à quantidade de restruturações que esta equipa fez desde a sua reentrada como Renault em 2016 -, os homens de Enstone procuram estabilidade em 2025. Algo que não será fácil, uma vez que a contestação pela decisão de cortar com o desenvolvimento de motores a partir de 2026 ainda não chegou ao fim, que levará ao desemprego inúmeros trabalhadores em Paris. Jack Doohan é o piloto que ocupará o lugar deixado por Esteban Ocon neste início de temporada. E digo início, porque rumores apontam que se Doohan não mostrar resultados nas corridas iniciais, será mandado embora e substituído pelo recém-contratado piloto de reserva da equipa: Franco Colapinto. A confirmar-se, seria uma jogada típica de Flavio Briatore.
2024 foi um ano importante para a Haas sobre o leme de Ayao Komatsu. Em 2025, apostam numa nova dupla de pilotos, formada por Esteban Ocon e por Ollie Bearman, além de um carro construído com apoio técnico da Toyota Gazoo Racing, dando assim mais um motivo de interesse a este carro e ao possível aprofundamento das relações da equipa com a montadora nipónica.
Na Racing Bulls, pouca coisa muda, a estrutura é a mesma e Yuki Tsunoda será o líder de equipa. No outro lugar, a saída de Lawson deixou em aberto a ascensão de Isack Hadjar à F1. Será mais um jovem piloto a lutar pela vaga na Red Bull, depois do segundo lugar em que terminou o campeonato de F2.
A Williams chega a 2025 com uma abordagem diferente nos seus pilotos. Albon continua, mas a chegada de Carlos Sainz a Grove promete que a experiência destes dois pilotos possa ajudar ao desenvolvimento da equipa, ascendendo a um patamar em que possa lutar por pontos regularmente, ou até, por pódios e vitórias.
A nome Sauber despede-se da F1 este ano e, com certeza, os responsáveis da Audi, que assumiram o controlo total da equipa este ano, quererão apagar a mancha deixada em 2024. Para isso, contam com uma dupla de pilotos que é o melhor dos dois mundos, Nico Hulkenberg embarcou nesta etapa, servirá como o excelente piloto, rápido e experiente que a Audi precisa para o presente. Para melhorar, é alemão. No outro monolugar estará Gabriel Bortoleto, brasileiro de 20 anos que venceu a F2 e que será o projeto a longo prazo da construtora alemã.
Quanto ao calendário, não há novas adições. A diferença é que este ano a F1 volta a iniciar-se na Austrália, a 14 de março, algo que não acontecia desde 2019. Também o regulamento técnico será integralmente igual ao de 2024, dado que este ano corresponde ao último ano desta regulamentação que deu entrada em 2022.