As mudanças para 2025 na F1

Diogo SoaresJaneiro 22, 20255min0

As mudanças para 2025 na F1

Diogo SoaresJaneiro 22, 20255min0
Diogo Soares traz as últimas novidades da F1 2025, com Lewis Hamilton já vestido com as cores do cavalinho preto

A temporada de 2025 da F1 está cada vez mais próxima do seu início e conta com algumas mudanças nas equipas e no calendário, no ano em Max Verstappen tentará chegar ao ainda mais icónico número de pentacampeonato mundial.

A mudança mais badalada foi na Red Bull Racing. Max Verstappen vai resistindo aos rumores que o colocam na equipa que o fez tetra, mas é na vaga de segundo piloto que se notam as maiores alterações. Checo Pérez e a equipa acordaram a cessação do contrato que havia sido firmado no verão, abrindo assim espaço para a contratação de Liam Lawson, piloto júnior da equipa que pertencia à Racing Bulls. Também o diretor desportivo da equipa Jonathan Wheatley, que já fora confirmado na Audi para 2026, abandonará a equipa mais cedo, assumindo funções na Sauber no primeiro dia de abril de 2025.

Ferrari também apresenta uma grande mudança. Lewis Hamilton assume o volante que lhe fora deixado por Carlos Sainz, marcado assim a maior transferência de pilotos desde a ida de Sebastian Vettel de Milton Keynes para Maranello em 2015. Charles Leclerc mantém-se na equipa, juntamente com a estrutura da equipa. Parece ter chegado ao fim a restruturação promovida por Frédéric Vasseur aquando da sua chegada em janeiro de 2023.

A McLaren mantém-se estritamente igual à equipa que terminou 2024. Will Courteney continua a ser negociado pela equipa para antecipar a sua chegada que está prevista para 2026, mas a nega parece ser persistente por parte da Red Bull.

Na Mercedes, 2025 será um novo ano 0, com a saída da Lewis Hamilton. George Russell terá de assumir o lugar de líder de equipa, enquanto a equipa espera pela evolução de Kimi Antonelli, italiano de 18 anos que substitui Hamilton. A aposta em Antonelli e ultra-arriscada, mas Toto Wolff confia que o duas vezes vencedor na F2 poderá ter um inpacto de rookie semelhante ao de Hamilton em 2007.

Pois é na Aston Martin que se esperam maiores upgrades este ano, após um 2024 para esquecer. Os pilotos mantêm-se, assim como o seu team principal Mike Krack, mas é na parte da engenharia que se geram as maiores expectativas. Para já, Enrico Cardile assumiu funções como diretor técnico da equipa, no entanto, o lendário Adrian Newey só inicia o seu trabalho em 1 de março, pelo menos de forma oficial, como parceiro técnico e acionista da equipa de Silverstone.

Após o duplo pódio que catapultou a equipa de penúltimo para sexto nos construtores da F1, e depois de Oliver Oakes assumir a posição de team principal da equipa, dando lugar a mais uma restruturação na equipa – já todos perdemos a conta à quantidade de restruturações que esta equipa fez desde a sua reentrada como Renault em 2016 -, os homens de Enstone procuram estabilidade em 2025. Algo que não será fácil, uma vez que a contestação pela decisão de cortar com o desenvolvimento de motores a partir de 2026 ainda não chegou ao fim, que levará ao desemprego inúmeros trabalhadores em Paris. Jack Doohan é o piloto que ocupará o lugar deixado por Esteban Ocon neste início de temporada. E digo início, porque rumores apontam que se Doohan não mostrar resultados nas corridas iniciais, será mandado embora e substituído pelo recém-contratado piloto de reserva da equipa: Franco Colapinto. A confirmar-se, seria uma jogada típica de Flavio Briatore.

2024 foi um ano importante para a Haas sobre o leme de Ayao Komatsu. Em 2025, apostam numa nova dupla de pilotos, formada por Esteban Ocon e por Ollie Bearman, além de um carro construído com apoio técnico da Toyota Gazoo Racing, dando assim mais um motivo de interesse a este carro e ao possível aprofundamento das relações da equipa com a montadora nipónica.

Na Racing Bulls, pouca coisa muda, a estrutura é a mesma e Yuki Tsunoda será o líder de equipa. No outro lugar, a saída de Lawson deixou em aberto a ascensão de Isack Hadjar à F1. Será mais um jovem piloto a lutar pela vaga na Red Bull, depois do segundo lugar em que terminou o campeonato de F2.

A Williams chega a 2025 com uma abordagem diferente nos seus pilotos. Albon continua, mas a chegada de Carlos Sainz a Grove promete que a experiência destes dois pilotos possa ajudar ao desenvolvimento da equipa, ascendendo a um patamar em que possa lutar por pontos regularmente, ou até, por pódios e vitórias.

A nome Sauber despede-se da F1 este ano e, com certeza, os responsáveis da Audi, que assumiram o controlo total da equipa este ano, quererão apagar a mancha deixada em 2024. Para isso, contam com uma dupla de pilotos que é o melhor dos dois mundos, Nico Hulkenberg embarcou nesta etapa, servirá como o excelente piloto, rápido e experiente que a Audi precisa para o presente. Para melhorar, é alemão. No outro monolugar estará Gabriel Bortoleto, brasileiro de 20 anos que venceu a F2 e que será o projeto a longo prazo da construtora alemã.

Quanto ao calendário, não há novas adições. A diferença é que este ano a F1 volta a iniciar-se na Austrália, a 14 de março, algo que não acontecia desde 2019. Também o regulamento técnico será integralmente igual ao de 2024, dado que este ano corresponde ao último ano desta regulamentação que deu entrada em 2022.


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