As movimentações mais fortes durante a free agency da WNBA

Isabella MeiFevereiro 9, 20235min0

As movimentações mais fortes durante a free agency da WNBA

Isabella MeiFevereiro 9, 20235min0
Isabella Mei escolheu algumas das principais movimentações da free agency da WNBA, com algumas a fazerem barulho na liga

Houve quem pensasse, de forma quase pueril – como a autora que vos fala – que poucas coisas poderiam mudar ao longo da free agency da WNBA. Em seis dias de contratações oficiais, a liga se desenha de uma forma completamente diferente e até aponta para os possíveis finalistas desse ano, as duas grandes potências do momento – New York Liberty e Las Vegas Aces.

Dito isso, gostaria de elencar quatro jogadoras mais porta-vozes de mudanças surpreendes, impactantes e inesperadas nessa free agency.

1. Candace Parker

Chicago Sky – Las Vegas Aces

Pensando que Candace Parker deixou o Los Angeles Sparks justamente para voltar para casa – em Chicago, onde conquistou mais um título –, foi unânime a surpresa da sua saída para o Aces. Essa mudança pode ter acontecido pela frustração de terminar em segundo lugar na temporada regular, porém ser eliminada na semifinal contra o Connecticut Sun. O contrato de apenas um ano na nova franquia aponta para um único interesse antes da aposentadoria: faturar mais um campeonato.

Em Las Vegas, Parker traz o status de uma superpotência em quadra, afinal, agora a franquia tem um quinteto titular inteiro com aparições em All-Star Games. A versatilidade de CP3 é outro fator que incrementa ainda mais esse time completo, assumindo a posição de pivô, espaçando a quadra e agindo a favor de A’ja Wilson – que provavelmente volta a assumir sua posição de ala-pivô e fica livre para pontuar.

2. Breanna Stewart

Seattle Storm – New York Liberty

Já era esperado que Breanna Stewart tinha apenas dois possíveis destinos: Seattle ou Nova York. O que vale essa menção honrosa de surpresa é justamente o suspense que ela conseguiu manter até a assinatura do contrato com a franquia novaiorquina. Stewie apontou diversos motivos para migrar de uma costa para outra, sendo eles o fato de Nova York ser seu estado de origem, a proximidade de sua família, a parceria com a Puma indo de vento em popa e a possibilidade de ultrapassar um novo teto em uma franquia que nunca venceu o campeonato.

Stewart encabeça a mais nova potência da WNBA, um New York Liberty que cansou de esperar e foi completamente agressivo na formação de um time capaz de vencer. A principal questão do Liberty nos últimos anos foi a defesa inconsistente, algo que Stewart vai ser capaz de suprir, focando em seus chutes de três no ataque e no espaçamento de quadra, para que as colegas consigam pontuar no pick-and-roll. Vale a menção de que ela foi uma das fortes candidatas ao prêmio de Defensora do Ano em 2022. Porém, ainda resta um ponto de atenção: apesar do quinteto titular superpotente, o Liberty ainda não conseguiu desenvolver um banco sólido e confiável para a rotação da equipe.

3. Courtney Vandersloot

Chicago Sky – New York Liberty

O destino de Vandersloot era uma grande dúvida até o último minuto nesta free agency da WNBA, pois todos os cenários faziam sentido, tanto de ficar em Chicago, quando migrar para Seattle ou Nova York. Um erro de comunicação anunciou que Sloot iria para o Seattle Storm, quando na verdade, ela ainda não havia assinado nenhum contrato. Destino praticamente selado, certo? Errado. Um dia depois, ela anunciou que assinou com o New York Liberty.

Vandersloot fechou a série de chegada de grandes estrelas ao Liberty, trazendo consigo o status de uma das maiores armadoras da liga (atualmente). O que Sloot acrescenta, além da armação de jogo impecável, é o poderio ofensivo. Ela se une a Sabrina Ionescu para ser um foco de pontuação, além de ser mais uma peça para as defesas adversárias ficarem de olho – e de certa forma, não conseguirem guardar. Defensivamente, o impacto é menor, porém, ela é ainda plenamente capaz de marcar as adversárias, principalmente fora do garrafão.

4. Alysha Clark

Washington Mystics – Las Vegas Aces

Mais uma grande surpresa. Veterana com 11 anos na WNBA, Alysha Clark passou nove com Seattle Storm e os últimos dois com o Washigton Mystics, estando fora o ano de 2021 inteiro por conta de lesão. Acontece que 2022 foi uma das piores temporadas de Clark estatisticamente, com a pior pontuação, número de rebotes e assistências desde 2018. É fato que o retorno lento depois de um ano inteiro sem jogar tem sua culpa nisso, porém, Washington não pareceu o destino certo. E talvez esse tenha sido o mote para sua mudança para Las Vegas.

Clark é uma jogadora que soma por sua versatilidade, além das habilidades impecáveis defensivamente. Ela conversa diretamente com a premissa de “primeiro, a defesa” que Becky Hammon criou com o time. Clark acrescenta profundidade a um elenco que tinha essa única carência, se junta a Kelsey Plum e Jackie Young para arremessar do perímetro e espaça a quadra para as colegas de equipe. Simplesmente um grande acerto do Las Vegas Aces.


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS