Quem (e quantos) são os portugueses campeões na Europa? pt.2

Francisco IsaacMaio 20, 20196min0

Quem (e quantos) são os portugueses campeões na Europa? pt.2

Francisco IsaacMaio 20, 20196min0
A marca portuguesa no futebol tem crescido e em 2018/2019 houve 15 campeões lusos! Fica a saber em que ligas e como se deram nos seus campeonatos estes portugueses campeões! Esta é a parte 2 de 3!

Já estão encontrados, praticamente, todos os campeões da Europa fora (e Israel também) e a diáspora portuguesa esteve presente em 15 ligas diferentes, com alguns mais conhecidos como Cristiano Ronaldo na Serie A ou até a ligas mais periféricas como a israelita onde Jair Amador levantou o título de campeão!

Esta é a parte 2 de três artigos a destacar os vários campeões portugueses pela Europa fora, entre os principais e outros menos conhecidos campeonatos de futebol!

NÉLSON SEMEDO (FC BARCELONA)

Mais uma época, mais uma colecção de troféus para Nélson Semedo que voltou a fazer parte da equipa campeã dos blaugrana com 45 aparições, 26 das quais para a La Liga, a larga maioria como titular do eixo-defensivo da estratégia de Ernesto Valverde.

Semedo não é um titular absoluto nos actuais pentacampeões espanhóis, mas esse dado é algo extensível a 70% do plantel do Barcelona, salvando-se Lionel Messi, Luis Suarez, Sergio Busquets e pouco mais desta rotatividade constante, típica da ideologia de Valverde.

O lateral-direito rubricou algumas boas exibições, apesar de só ter conseguido 1 golo e 3 assistências em quase 50 jogos nesta temporada, números ligeiramente abaixo dos seus adversários nas faixas defensivas (tanto Sergi Roberto como Jordi Alba conseguiram melhores dados ofensivos em comparação com o português) mas esse factor não belisca a boa segunda época que efectuou no emblema catalão.

Deverá ficar mais uma temporada em Barcelona, até porque nutre várias das qualidades apreciadas pela filosofia de jogo dos culésvelocidade, sentido de rasgo, boa dimensão nas movimentações defensivas e ofensivas e um operacional inteligente.

THIERRY MOUTINHO E CAMORA (CFR CLUJ)

O supra-super capitão Camora voltou a levantar um título de campeão pelo Cluj, o seu terceiro desde que chegou em 2011, e fê-lo em grande estilo com 33 jogos a titular, tendo só falhado três jogos para o campeonato romeno. Aos 32 anos, não é só um atleta em alta rotação e em excelente forma, como se apresenta como um dos líderes mais inspiradores de todo o futebol romeno, apaixonado pelo Cluj de uma forma extraordinária.

O lateral-esquerdo somou, portanto, 1 golo e 10 assistências ficando na retina uma grande exibição ante o FC Botosani, em que só fez um hattrick de assistências, para além de ter ajudado os feroviarii a terminarem com só 2 derrotas para a liga, um dos melhores registos dos últimos 25 anos.

Thierry Moutinho jogou muito menos em comparação com Camora, naquilo que foi um regressar ao clube romeno depois de ter estado ao serviço pelo Cultural Leonesa durante Janeiro e Maio de 2018.

De qualquer das formas, o extremo-direito de 25 anos actuou por 16 ocasiões e numa delas foi essencial para garantir a vitória do Cluj, na deslocação ao campo do Astra Giurgiu… um golo e uma assistência ofereceram 3 pontos importantes na caminhada até à fase final do campeonato romeno.

Camora está a 10 jogos de atingir as três centenas pelo Cluj e seria sensacional que o fizesse durante a Liga dos Campeões 2019/2020!

BRUNO VARELA (AJAX)

Foi uma época para esquecer para o jovem guardião, já que não somou qualquer minuto nem pelo SL Benfica nem pelo Ajax, que o recebeu em Janeiro de 2019. Passou a temporada sentado no banco de suplentes ou na bancada, não conseguindo conquistar a atenção quer de Rui Vitória, Bruno Lage ou Erik Ten Hag, e acabou por não realizar qualquer partida oficial em 2018/2019.

Fica o título de campeão holandês (e português) de forma simbólica, já que pelo menos em Portugal teria de ter somado um mínimo de 5 minutos para ser cogitado como membro do 37º título das águias (desconhecemos como funciona o regulamento holandês em relação a estas situações).

RENATO SANCHES (BAYERN DE MUNIQUE)

Mais uma época de fracasso para Renato Sanches, apesar de ter conseguido somar bem mais minutos nesta temporada do que as anteriores duas somadas… foram 17 jogos na Bundesliga, 13 dos quais como opção de banco, conseguindo só convencer Kovac a apostar na sua titularidade em cinco encontros durante todo o campeonato alemão, sendo que no último jogo da temporada marcou um golo de belo efeito.

Não foi um 2018/2019 nada fácil para os bávaros que chegaram a estar a 6 pontos do 1º lugar, na altura ocupado pelo Borussia de Dortmund, conseguindo operar uma remontada que salvou a “vida” a Niko Kovac. Contudo, a fase da época em que Renato Sanches jogou mais coincidiu com a altura em que o Bayern perdeu mais pontos na Bundesliga e na Liga dos Campeões.

O jovem internacional português fará 22 anos em Agosto e nas últimas três épocas somou uns “magros” 3000 minutos, muito longe do necessário para continuar a evoluir como jogador de equipas de topo europeias… fica para o registo o seu 2º título como campeão alemão e veremos o que o futuro reserva à antiga estrela do SL Benfica.

ZECA (FC COPENHAGA)

O internacional grego nascido nas margens de Lisboa conseguiu finalmente levantar o seu 1º título de campeão da carreira, não ao serviço do seu Panathinaikos mas sim no FC Copenhagen, o emblema dinamarquês que serve desde 2017.

O médio-centro foi uma peça fundamental dos agora campeões dinamarqueses, titular em 31 de 35 ocasiões (as outras 4 ficou de fora por problemas físicos) mexendo os “cordelinhos” como ninguém, elaborando toda uma estratégia que tornou a formação de Copenhaga invencível durante 21 jogos, com um domínio inabalável durante todo o campeonato.

Cerebral, frio e de uma eficiência total no que toca à recepção e transmissão do passe, Zeca foi uma das chaves da estratégia de jogo desenvolvida pela lenda do futebol norueguês, Ståle Solbakken.

O atleta que “nasceu” para o Desporto Rei no Casa Pia, despontou no meio-campo do Vitória FC e reinou supremo no plantel do Pana, agora conquista a 2ª maior da sua carreira, depois de ter sido dos primeiros atletas nascidos fora da Grécia a vestir a camisola dos helenos, sendo o capitão dos novos campeões dinamarqueses!


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