Lucas Pacheco faz a análise à fase regular da WNBA 2023, que entra para a fase final da temporada dos playoff
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Estamos todos em contagem decrescente para a nova época e por isso mesmo chegou altura de olhar para a formação do basquetebol feminino nacional para falar de 5 jogadoras que prometem voltar a marcar muito a atualidade e mostrar que são além de grandes valores para o futuro da modalidade, jogadoras que prometem vir a ser nomes em evidência nesta época.
Começamos esta lista por olhar para Rita Nunes, base do Clube5Basket que foi uma das maiores protagonistas da última temporada no basquetebol feminino de formação, brilhando a nível distrital e Nacional, sendo mesmo uma das melhores jogadoras do Campeonato Nacional Sub-14 na última época. Rita Nunes brilhou de tal forma que acabou por ser chamada à Festa do Basquetebol Juvenil em Albufeira, mas o momento onde viria a ser protagonista chegou depois.
Se a jogadora do conjunto comandado por Bruna Dias Campos se evidenciou a nível Distrital e muito pelo que esta jogadora foi fazendo, foi na fase fina do Campeonato Nacional de Sub14 que todos os olhos se viraram para este enorme talento, que terminou sendo um dos nomes em maior evidência. Estamos perante uma jogadora com imensa técnica, que defende bem e com tudo para se assumir cada vez como uma das melhores da sua posição na sua geração. Rita Nunes promete voltar a ser um dos nomes em destaque nesta temporada, evidenciando a sua capacidade no ataque e a sua muita técnica que a faz ser forte no 1×1 e na criação de lançamentos e espaços.
Matilde Gomes – A canhota que encanta em Portimão
Mudamos para Portimão onde vamos falar de Matilde Gomes, base que se tem destacado no Portimonense e que promete vir a ser uma vez mais um dos maiores destaques a nível de Sub18 em Portimão. A base canhota destaca-se pela intensidade nos dois lados do campo, sendo uma jogadora muito forte no 1×1, ganhando pela sua inteligência e velocidade, finalizando muito bem sempre. Se no ataque a qualidade de Matilde Gomes fica bem à vista de todos, na defesa não é diferente, uma vez que se evidencia pela forma como defende, sendo uma autentica “carraça” colocando-se assim como uma das bases mais completas da sua geração. Matilde Gomes é uma base com uma forte capacidade individual, que se evidencia na defesa, ainda pela liderança e pelo seu bom tiro de média e longa distância.
Falamos de um valor que se tem colocado sempre em destaque em terras algarvias, mas que teve na última edição da Taça Nacional de Sub18 o seu ponto alto, terminando como uma das melhores da competição. Estamos perante um valor com enorme margem de progressão que já se destaca pelo que consegue fazer nos dois lados do campo e acima de tudo pelo que dá à sua equipa e colegas dentro e fora de campo, uma promessa a seguir muito e que promete ser figura nesta nova temporada no basquetebol feminino de formação ao serviço do Portimomense.
De seguida viajamos até Coimbra para falar de uma jogadora que se apresenta como uma das jovens promessas do basquetebol em Coimbra, Aaliyah Ovono atleta que se evidenciou no Sporting Figueirense e que foi ainda uma das jogadoras em destaque ao serviço da Seleção de Sub12 Femininos na Festa Nacional do Minibasquete. Aaliyah Ovono é dona de uma qualidade individual que a coloca já em destaque dentro dos seus pares, falamos de uma jogadora que aguenta bem o choque, que defende bem e que consegue notabilizar-se dentro e fora, evidenciando o seu bom lançamento e o seu jogo de pés.
A comandada por Paulo Pereira foi destaque a nível distrital e Nacional, conseguindo brilhar em Sub-14 antes de ser uma das figuras em Paços de Ferreira onde se colocou num dos patamares mais elevados dos talentos presentes no maior palco do Minibasquete em Portugal. Aaliyah Ovono é um nome que se deve seguir muito, um talento em crescendo que promete dar muitas alegrias na Figueira e para as Seleções de Coimbra, é alguém com uma grande margem de progressão e que promete vir a ser uma vez mais um nome em destaque nesta próxima época no basquetebol feminino de formação pelo seu enorme valor.
No nosso penúltimo nome vamos até Santarém para falar de um dos maiores talentos de 2010, falo claro de Beatriz Silva atleta do Chamusca Basket Clube. Beatriz Silva foi um dos nomes que mais brilhou no basquetebol ribatejano, falamos de alguém que esteve em evidencia nas provas distritais, brilhando de seguida na Festa do Basquetebol Juvenil ao serviço das Sub14 da Associação de Basquetebol de Santarém, sendo ainda figura no conjunto da Chamusca que foi a grande surpresa no Campeonato Nacional deste mesmo escalão. Por tudo o que foi fazendo, acabou por ser chamada aos trabalhos da Seleção Nacional de Sub14, um prémio para a sua grande temporada.
É uma atleta com capacidade física, que se notabiliza pela seu tiro de meia e longa distância, pela sua alma, pelo que luta e por ser uma jogadora interior que consegue brilhar e fazer um pouco de tudo. Beatriz Silva é um dos nomes na Chamusca que promete ser mais um a chegar muito longe. A jogadora que se destaque pelas incursões para o cesto e pelo tanto que luta, promete vir a ser mais um dos nomes que mais se vai evidenciar no basquetebol feminino de formação este ano.
Para o nosso último destaque, vamos até Lisboa para falar de Matilde Mendes jogadora que é há muito um nome em destaque no basquetebol feminino de formação. A atleta na última temporada mudou-se para a SIMECQ onde conseguiu aumentar um feito incrível, revalidar o título nacional, algo que tinha conseguido na temporada anterior ao serviço do Quinta dos Lombos, mas se o facto de vencer dois Campeonatos Nacionais não fosse já notável, o facto de o ter conseguido sem somar qualquer derrota nestas duas últimas temporada torna este momento ainda mais especial.
Falando de Matilde Mendes, é uma jogadora com capacidade física, que se evidencia pela sua técnica e que cresceu bastante sob o comando de Filipe Folque na SIMECQ, evidenciando ainda mais a sua força no jogo interior, na luta das tabelas, mas acima de tudo pelo seu ball handling e pela sua técnica individual que a tornam numa jogadora versátil que lê e interpreta bem o jogo e que sabe muito bem o que fazer com a bola. Matilde Mendes é um nome em muita evidência no nosso basquetebol que promete ser destaque cada vez maior nesta temporada e nas próximas no basquetebol feminino de formação.
Ficaram aqui 5 dos muitos nomes de grandes talentos do basquetebol feminino de formação que prometem vir a marcar muito a temporada, coloca as tuas apostas nos comentários.
Entramos nos últimos jogos da LBF 2023 e Lucas Pacheco faz a antevisão ao momento que estão todos à espera
Hoje vamos olhar para um dos nomes em maior destaque no basquetebol mundial, Carla Leite recém-eleita MVP do Campeonato da Europa de Sub-20, percebendo quem é esta figura da bola laranja. Por isso mesmo vem connosco e fica a saber tudo sobre Carla Leite.
Carla Leite por estes dias é um dos nomes em alta no basquetebol mundial, apontada como uma das futuras estrelas mundiais, mas a verdade é a jogadora que brilhou no Campeonato da Europa de Sub-20 teve as suas primeiras experiências no mundo do desporto em tudo menos no basquetebol, uma vez que praticou ténis, atletismo ou futebol, este último um pouco por culpa do pai, que tinha no futebol a sua grande paixão. Mas e como surgiu o basquetebol na vida de Carla Leite?
Por um mero acaso, tudo porque num jogo entre amigas no recreio da escola um professor ao passar observou que a jovem francesa tinha alguma apetência e acabou por fazer o convite para que fosse experimentar num clube da sua aldeia e assim foi com o bichinho a não demorar para surgir. Os primeiros passos em Lorgues ainda foram de algum nervosismo porque conciliava com o futebol e o basquetebol não era ainda a grande prioridade até porque jogava com rapazes e não existia grande futuro pela falta de equipas femininas, mas tudo mudou quando se mudou para Draguignan, onde acabou por optar em definitivo pela bola laranja, deixando em definitivo para trás os pontapés na bola.
Ainda longe de sonhar em ser profissional e abdicando de um desporto onde dizem que também era um grande talento, Carla Leite começou a dar nas vistas e por isso mesmo foi convidada para o Centro de desportos de Antibes onde começou a ser olhada de outra forma, sendo chamada aos trabalhos da Seleção Regional onde voltou a estar em destaque e com isso iniciou-se tudo a nível nacional, uma vez que foi aqui que todos começaram a ver Carla Leite como uma grande promessa do basquetebol feminino francês.
Com cada vez mais olhos postos na jovem francesa, em 2019 surge o grande convite que mudou para sempre a vida de Carla Leite, quando ingressou na Tony Parker Academy atuando no ASVEL Lyon, um passo que colocou em definitivo Carla Leite nas bocas do mundo, com as chamadas às Seleções jovens francesas e com o ganhar de um protagonismo cada vez maior em França e no basquetebol jovem mundial, uma vez que Carla Leite era protagonista em todas as competições, mostrando que estávamos perante alguém que poderia vir a ser um dos grandes nomes do basquetebol feminino francês no futuro.
Foram 3 anos em Lyon onde se assumiu como a grande referência deste projeto, mostrando-se ao mundo, valendo mais um salto quando na temporada passada se mudou para o Tarbes equipa da principal divisão do basquetebol feminino em França. Na sua primeira época como profissional, Carla Leite foi a melhor jovem da competição e uma das maiores figuras da época, deixando para trás todas as duvidas e reticencias sobre a sua escolha e sobre como seria a sua adaptação ao mais alto nível.
Principalmente depois de um verão onde acabou afastada do Campeonato da Europa Sub-18 por lesão, a mesma mazela que afetou o seu inicio em Tarbes, mas nem por isso desistiu e depois de alguns problemas iniciais na preparação para a época tudo mudou quando no primeiro jogo realizou uma exibição de luxo, ganhando moral para aquela que foi uma época de estreia como profissional a roçar a perfeição, que voltou a acabar com uma pequena lesão que a retirou dos últimos duelos da temporada, felizmente nada que afetasse além disso.
Falando das Seleções jovens, a primeira experiência de Carla Leite foi no 3×3 quando em 2021 ficou na convocatória final para a Taça dos Campeões Europeus de Sub17, depois disso foi chamada por diversas vezas, mas o covid interferiu e no ano passado quando todos estavam de olhos postos na grande figura da Academia de Tony Parker, Carla Leite sofreu uma lesão e acabou por não marcar presença no Campeonato da Europa de Sub18. Este ano a lesão ainda assustou, mas a verdade é que nada se meteu no caminho de Carla Leite e depois da sua grande temporada de estreia como profissional, acabou por realizar um Campeonato da Europa de Sub20 de altíssimo nível, sendo a MVP e a grande protagonista, brilhando assim naquela que acabou por ser a sua estreia nos maiores palcos pela Seleção Francesa de 5×5, mais um passo dado para a consolidação do seu nome como um dos maiores nesta altura do basquetebol jovem mundial.
Aos 19 anos Carla Leite é já profissional, brilhando cada vez mais e mostrando além da sua imensa qualidade, uma determinação e uma capacidade de trabalho brutal, sendo reconhecida pelo seu valor e pela sua entrega. Carla Leite é a mais recente MVP no Europeu de Sub-20 e se já era uma das maiores promessas do basquetebol mundial, depois desta temporada é para a grande maioria um dos nomes maiores para os próximos anos no mundo da bola laranja e hoje deixámos aqui tudo sobre o seu percurso curto, repleto de lutas, mas que revela bem o valor e a garra de uma jogadora que num curto espaço de tempo será uma das melhores do mundo.
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Voltamos a olhar para a atualidade do basquetebol nacional, hoje para destacar 5 transferências já confirmadas neste verão muito animado no mundo da bola laranja no feminino em Portugal.
Começamos por olhar para um dos maiores nomes a chegar a Portugal, Leonor Serralheiro, jogadora mais que conhecida do nosso basquetebol que na próxima época regressa à Liga Betclic Feminina para ser um dos novos rostos do Imortal 2.0. A equipa algarvia está em processo de renovação, com muitas alterações que começam logo com a mudança no comando técnico com a chegada de Adriano Cerdeira. Depois das muitas saídas oficializadas, o Imortal anunciou como primeiro reforço, Leonor Serralheiro, uma das melhores bases portugueses e com toda a certeza alguém que vai ser uma das maiores protagonistas da próxima edição da Liga Betclic Feminina.
Leonor Serralheiro não precisa de apresentações, é mais que conhecida de todas e já um indicador do que irá ser a equipa do Imortal que com esta entrada garante que mesmo com as muitas saídas, as ambições elevadas do clube não vão ser alteradas. Leonor Serralheiro vem de uma temporada muito boa no CD Magec, naquela que foi a sua primeira temporada fora de Portugal e do seu GDESSA, regressando assim ao nosso basquetebol com ainda mais experiência e sendo um reforço de ainda mais luxo neste Imortal 2.0 muito renovado.
Mudamos para o CN 1ª Divisão para falar de uma das transferências em maior destaque nesta altura no basquetebol nacional, falamos claro da chegada de Fatumata Baldé ao GDRAR. A jogadora chega a Évora para reforçar as ambições das alentejanas, isto porque a entrada de uma jogadora assim desta qualidade indica já que os olhos voltam a estar postos no cimo da tabela.
A jogadora que chega do recém-promovido ACD Ferragudo, chega ao GDRAR para elevar a equipa, é uma jogadora que fisicamente consegue fazer toda a diferença, um perfil que vale por uma estrangeira, algo que junto com a sua qualidade, dá totais garantias ao GDRAR que consegue aqui uma jogadora de elevado valor que é ainda uma das portuguesas de maior nível fora da Liga Betclic Feminina, sendo ela uma jogadora para esse palco.
Fatumata Baldé saí assim pela segunda vez do algarve, a jogadora que iniciou o seu percurso no Imortal e que passou ainda pelo CB Albufeira, Portimonense e ainda ACD Ferragudo, onde foi figura da equipa que garantiu a subida ao maior palco do basquetebol nacional, muda-se para o Alentejo depois da sua estadia em Coimbra em 2019-2020, sendo que chega a Évora como reforço sonante e também ela dando garantias a todos os adeptos do basquetebol nacional que vamos estar perante uma das maiores figuras da próxima temporada no CN 1ª Divisão.
Continuamos pelo Algarve e no ACD Ferragudo, para falar agora de uma chegada ao projeto algarvio, no caso Márcia Carvalho. A equipa de José Calabote garantiu a subida já com um plantel de grande nível e é já nesta altura uma das poucas que já tem toda a equipa fechada, algo que só por si já é muito importante e que se torna ainda mais relevante pelo facto de terem sido anunciadas jogadoras de muita qualidade que colocam o Ferragudo já como possível surpresa na próxima temporada. Dentro dos novos nomes da ACD, está Márcia Carvalho, base de renomeada e uma das maiores figuras do nosso basquetebol.
Estamos perante uma jogadora experiente, que é conhecida e reconhecida por todos que deixou sempre a sua qualidade à vista de todos por todas as equipas por onde passou. Márcia Carvalho foi uma das melhores jogadoras da Liga Betclic Feminina, é uma das estrelas da competição e da bola laranja em Portugal, por isso é alguém que já se coloca como candidata a uma das transferências do ano do ano e claro, como uma das estrelas em maior destaque no basquetebol em Portugal. Uma estrela que chega para ajudar uma equipa ambiciosa e que na teoria é um dos melhores conjuntos para a próxima temporada na Liga Betclic Feminina.
Voltámos ao CN 1ª Divisão para falar de uma equipa que já deixou bem claro as suas ambições para este nova temporada, o Maia Basket e com Joana Valdoleiros a ser um dos nomes que ajuda a esse olhar para o conjunto da Maia. Joana Valdoleiros chega do Guifões SC, ela que era uma das figuras da equipa sendo que tem vindo em crescendo e depois de boas temporadas, na época transata foi uma das jogadoras do Guifões que mais se evidenciou no CN 1ª Divisão, chegando à Maia como uma das jovens com maior presente na competição e confirmando cada vez mais que além do enorme potencial é um dos jovens talentos mais regulares e em maior afirmação no CN 1ª Divisão. O Maia Basket vai chegar a esta nova temporada com muitas ambições, com várias jovens jogadoras que têm tudo para brilhar neste conjunto, sendo que Joana Valdoleiros tem tudo para ser uma das que mais se vai colocar em destaque nesta equipa e em toda a competição.
Já na nossa quinta transferência em destaque, vamos até Aveiro para falar de alguém que pode vir a surpreender no CN 2ª Divisão, falo claro de Maria Luís Neves que vai ser um dos rostos do novo projeto do Sangalhos que vai ter nesta próxima temporada a época de regresso ao basquetebol feminino.
Trata-se de uma base irreverente e com elevada capacidade técnica, chega depois de se evidenciar na formação do Anadia, Sangalhos e GICA, alguém que “aterra” em Sangalhos para ser um dos grandes nomes deste conjunto, Maria Luís Neves é uma base muito criativa, uma jovem com elevado potencial e que além disso é uma enorme trabalhadora, tudo isso faz com que seja um nome obrigatória a seguir na nova temporada no CN 2ª Divisão. A base que regressa a Sangalhos tem tudo para ser uma das maiores e mais agradáveis surpresas nesta competição, alguém que tem tudo para se destacar e se colocar em grande plano de evidência no CN2.
Ficaram aqui 5 transferência em destaque no basquetebol nacional, 5 dos muitos nomes que estão a animar a atualidade das diferentes competições no mundo da bola laranja nacional e que prometem vir a ser nomes em destaque em toda a temporada.
Continua a luta pelos 1ºs lugares das conferências Oeste e Este da WNBA 2023 com o jogo entre Liberty e Aces a merecer amplo destaque
Hoje vamos olhar de novo para o basquetebol feminino africano para falar de uma treinadora que tem vindo a fazer história no Afrobasket, falamos de Rena Wakama a única treinadora presente nesta competição, por isso vem connosco e fica a saber mais sobre esta treinadora histórica.
A selecionadora nigeriana, antes de estar num lugar de destaque onde está a fazer história, teve o seu percurso em crescendo e deixando cedo à vista que iria ser alguém a ser muito falada. Rena Wakama nasceu na Califórnia do Norte, numa família grande, mas o basquetebol demorou para surgir na sua vida, depois de algumas experiências em outras modalidades, foi no secundário que surgiu a bola laranja na vida da jovem Rena. Foi em Forest Rolesville High School que tudo começou, mostrando desde cedo a sua habilidade como jogadora.
O seu percurso foi decorrendo de forma natural, chegando a sénior onde se evidenciou bastante, sempre pela sua capacidade técnica, mas acima de tudo pela sua liderança, sendo sempre a continuação do treinador dentro de campo.
Depois de brilhar no basquete de secundário, sendo MVP e um dos destaques na sua zona, mudou-se para Western Carolina University onde esteve durante quatro anos, sempre como uma figura de destaque, dentro de campo e fora, uma vez que sempre se mostrou uma académica, sendo eleita por diversas vezes para prémios referentes ao seu desempenho académico. Durante estes anos formou-se, primeiro como terapeuta recreativa e depois disso como professora.
Realizou um percurso académico de excelência, conciliando em diversos momentos a carreira como treinadora, com a de personal trainer e de professora. Ainda como jogadora e depois do basquetebol universitário, experimentou o basquetebol europeu, onde esteve algum tempo no basquete feminino britânico, com isso acabou por ser por diversas veze chamada aos trabalhos da Seleção da Nigéria, onde atuou em alguns dos maiores palcos do mundo, sendo sempre uma referência da sua Seleção pela alma, inteligência e por ser já uma jogadora que se assumia como uma treinadora adjunto dentro do grupo.
Como treinadora e depois da aventura no Reino Unido, Rena Wakama regressou aos Estados Unidos da América assumiu o lugar de adjunta em Carolina Flames e depois em Manhattan College, onde está há 4 anos, assumindo funções com foco nos trabalhos com bases, e depois ainda como diretora de operações de todo o basquetebol feminino em Manhattan, mostrando também ai a sua capacidade para desempenhar diversas funções, mas mais do que isso uma capacidade de liderança, muito conhecimento do jogo e uma inteligência enorme, ajudando muito ao desenvolvimento e crescimento deste programa.
Mesmo com todas estas funções, foi sempre procurando aprofundar o seu conhecimento, tanto no basquetebol como fora, indo sempre em busca de cursos, formações, além disso mesmo com todo o trabalho nunca deixou de ajudar e de ser professora mantendo sempre uma ligação forte com as comunidades onde tentou sempre contribuir da melhor forma.
Depois destes anos de evolução, o verão de 2023 trouxe o maior desafio da sua carreira, quando a Federação de Basquetebol da Nigéria a convidou para assumir o comando técnico da Seleção de Basquetebol Feminino, num período de eleições, de muitas mudanças naquela que era a Seleção que havia vencido o último AfroBasket Feminino. Um desafio muito grande que não fez tremer Rena Wakama que aceitou prontamente, revelando desde cedo as suas ambições e principalmente a nova mentalidade e linha de liderança que ia existir na Nigéria.
Rena Wakama chegou mudando paradigmas, olhando para todas as jogadoras e embarcando no desafio de ajudar na renovação de uma das melhores seleções do continente africano que estava a precisar muito de sangue novo e foi isso mesmo que aconteceu. Rena Wakama mudou a imagem da Seleção Nigeriana, apostou em ideias e metodologias inovadoras, deu espaço a novas jogadoras arriscando assim muito na sua primeira grande competição.
Nesta altura estamos a assistir ao AfroBasket, a Nigéria tem tudo para revalidar o titulo, mas o grande destaque não é esse, mas sim todo o trabalho que Rena Wakama tem feito, isto porque mudou mentalidades, paradigmas e trouxe sangue novo ao basquetebol feminino africano, reforçando tudo isto ao ser a única treinadora presente na competição. A selecionadora nigeriana não teve medo de arriscar, de mudar e de colocar as suas convicções em jogo, com isto ganhou ainda mais protagonismo como treinadora, deixando as técnicas africanas em maior evidencia e conseguindo de certa forma abrir algumas mentalidades, sem duvida que depois deste AfroBasket as treinadoras africanas vão ser vistas com outros olhos e em breve teremos mais técnicas no meio dos homens.
Rena Wakama, é a figura que hoje falamos, mais do que o provável titulo no AfroBasket, já fez ainda mais história ao ser a primeira mulher treinadora a chegar à final desta competição desde 1966 com a Nigéria, mas o grande destaque é por tudo o que a selecionadora nigeriana tem vindo no basquetebol do seu pais, mas acima de tudo no mundo da bola laranja africana.
Lucas Pacheco traz mais algumas notas sobre a WNBA 2023, que tem tido grandes momentos desde o início da época