A época 2023 da MLB começa no dia 31 de março e o FairPlay te conta o que esperar deste novo ano que se inicia no beisebol das grandes ligas!
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A Série Mundial do beisebol sempre reserva uma bela história a ser contada, e em 2022 não seria diferente. Houston Astros e Philadelphia Phillies protagonizaram uma série completamente imprevisível e imponderável. De um lado, os inexoráveis favoritos de Houston, que chegaram às finais sem uma única derrota sequer – sem deixar nenhuma margem para que se cogitasse um momento de fraqueza.
Do outro lado, de calções vermelhos, a surpresa da Philadelphia: os Phillies fizeram uma reta de época regular terrível e, se não fosse também a reta final terrível de rivais como San Francisco Giants e Milwaukee Brewers, talvez sequer tivessem chegado aos playoffs. Porém, uma das maiores virtudes de equipas campeãs é crescer quando se precisa crescer, e assim, os Phillies o fizeram. Sem margem para contestação, venceram St. Louis Cardinals, Atlanta Braves e San Diego Padres – contra todas as expectativas, chegaram a Série Mundial.
Todas as atenções estavam voltadas para Bryce Harper, que protagonizava até aquele momento uma das maiores performances de pós-temporada da história do esporte por um jogador de posição – com números parecidos ou superiores a atuações lendárias como de David Ortiz em 2004 pelo Boston Red Sox e David Freese em 2011, pelo St. Louis Cardinals. Harper perdeu uma parte considerável da época após lesão na mão, mas sua performance nos playoffs foi incontestável, se tornando o principal pilar da explosão ofensiva do Philadelphia Phillies.
Do lado de Houston o protagonismo alternou de mãos entre as séries e até mesmo durante a série mundial, mas houve um jogador que nunca deixou de estar entre os protagonistas: Jeremy Peña, o calouro teve a complicadíssima missão de substituir Carlos Correa, um dos melhores jogadores da história da franquia do Houston Astros. Mas alguns atletas têm estrela e não precisam de mais do que uma oportunidade para mostrar o seu valor – aparecem quando são mais necessários e brilham forte como um astro solar.
Peña é um desses jogadores: em sua primeira época se tornou o primeiro calouro na posição de interbases a conseguir uma Luva de Ouro – prêmio dado ao melhor defensor de cada uma das posições. Nos playoffs, decidiu o jogo 03 em Seattle na 18ª entrada, com um home run solitário, que deu a vaga nas finais de conferência para Houston. Contra o New York Yankees, Peña se manteve ferozmente quente no bastão para garantir os Astros nas finais da MLB e o título de MVP (jogador mais valioso) da final de conferência. Para sacramentar uma fantástica época, Peña ainda se tornou o primeiro interbases estreante a bater um home run e a ser MVP da Série Mundial.
Com todos esses elementos, a World Series se tornou um evento imperdível. Estávamos presenciando uma história de Davi contra Golias, do imenso favorito contra os azarões mais improváveis do ano. De um lado, Bryce Harper tentando escalar o monte Olimpo para se colocar ao lado das divindades do esporte; de outro, os Astros lutando não só por mais um título, mas por honra – afinal, a equipe ainda precisava provar que poderia vencer um campeonato sem se valer de ilegalidades (como quando foram punidos por roubar comunicação dos oponentes).
A batalha final pelo troféu mais tradicional dos Estados Unidos começou com os Astros avassaladores no primeiro jogo. Porém, na primeira partida os Phillies decretaram que nenhuma peleja seria vencida sem uma árdua batalha. Perdendo por 5-0 logo no começo da partida, a equipa da Philadelphia se tornou apenas a sexta na história a virar um resultado em jogo de Série Mundial quando perdia por uma diferença de 5 corridas. Na primeira partida, em Houston, Bryce Harper e sua legião de heróis improváveis começavam sua escalada rumo ao panteão do esporte. Na segunda partida da série, os Astros dominaram no montinho com atuação irrepreensível de Framber Valdez e conseguiram empatar a série em Houston.
Com a Série Mundial voltando a ser jogada na Philadelphia pela primeira vez desde 2009, o ‘mar vermelho e branco’ dos fanáticos torcedores do Phillies tomou as arquibancadas, ajudando a impulsionar a performance dos rebatedores. A legião comandada pelo intrépido Bryce Harper seguiu seu líder, e um após o outro, estouraram as bolinhas para fora do estádio: na partida, o Philadelphia Phillies se tornou a primeira equipa a marcar 5 home runs com diferentes jogadores na Série Mundial.
Agora volte no começo do texto, em que foi dito: “Imprevisível e imponderável”, nada descreve melhor o momento do que essas duas palavras. Um jogo após uma das maiores atuações ofensivas da história, os Phillies não conseguiram ver as bolinhas no jogo 4. Para escalar a montanha mais alta do mundo, é preciso estar ciente dos perigos que te esperam; no caso do Phillies, era preciso derrotar uma das maiores equipas da história recente do beisebol, os Astros de Houston. Mas a franquia texana por nove entradas sequer deixou com que a bola fosse rebatida, marcando assim o segundo no-hitter (quando a equipa rival não registra nenhuma rebatida durante a partida toda) da história da Série Mundial. Os jogos seguintes foram demonstrações de força da equipa de Houston, que garantiu as vitórias para se sagrar pela segunda vez campeões mundiais de beisebol.
No fim dessa odisseia tivemos um surpreendente herói derrotado de um lado, mas por outro, vimos a história dos Astros que precisaram escalar a própria montanha rumo ao estrelato. Se desvencilhar das marcas do passado foi a missão dada não só para a equipa, mas para o seu treinador, Dusty Baker, que viveu toda a carreira assombrado pela derrota na Série Mundial de 2002. Duas décadas depois, após a rebatida final morrendo nas mãos do defensor Kyle Tucker do Astros, Baker preferiu não olhar – afinal, não se deve sempre encarar seus fantasmas de frente. Assim que a bola foi pega e a partida encerrada, a reação dos atletas do Houston Astros foi única e digna – se reuniram ao redor de seu comandante e vociferavam “DUSTY, DUSTY, DUSTY”. Comemoravam, pois o mundo era deles novamente e, dessa vez, ninguém poderia contestar.
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A época 2022 da Major League Baseball está chegando ao fim – em pouco mais de um mês, os fãs poderão finalmente acompanhar a pós-temporada e a corrida real pelo título da World Series. Outros, porém, devem amargar o final antecipado da época, e já começar a sonhar com um possível retorno no próximo ano.
Mas antes que tudo se encerre em outubro, ainda temos muito o que acompanhar na maior liga de beisebol do planeta. Toda a comunidade, por exemplo, aguarda ansiosa a chegada de uma incrível marca por um veterano da MLB – que deve acontecer nos próximos dias! E antes que a época 2022 acabe, já temos a notícia de mudanças previstas nas regras para a partir de 2023.
Com tanta coisa em andamento e com toda a expectativa em torno dos próximos dias, confira a coluna de Natan Pires o que podemos esperar da MLB nas próximas semanas!
Os esportes têm o poder de criar histórias únicas, com seus heróis e vilões. Muitas dessas histórias conhecemos apenas por leitura ou vídeos antigos. Porém, vez ou outra somos agraciados pelos deuses do esporte com a oportunidade de presenciar a história sendo feita. Na época 2021, por exemplo, foi possível acompanhar Miguel Cabrera alcançar a marca de 500 home runs (rebatida máxima do esporte, em que a bolinha é rebatida para além dos limites do campo) na carreira, e pouco tempo depois, o venezuelano chegou às três mil rebatidas.
O que poucos imaginavam era que o final da época 2022 iria nos deixar na imensa expectativa de contemplar outra lenda na corrida para alcançar outra marca rara: a de 700 home runs na carreira. Estamos falando de Albert Pujols, veterano que tem uma carreira invejável, irrepreensível e incomparável.
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— St. Louis Cardinals (@Cardinals) September 4, 2022
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Em 22 anos de MLB, o dominicano acumulou estatísticas impressionantes: mais de 3.000 rebatidas válidas, quase 700 home runs, além de mais de 2.000 corridas impulsionadas. Foram onze seleções para o Jogo das Estrelas (incluindo oito consecutivas entre 2003 e 2010), prêmio de Calouro do Ano, três vezes consagrado como Jogador Mais Valioso da Liga Nacional e dois anéis de campeão da World Series, ambos pela equipa do St. Louis Cardinals.
Estes números e conquistas são suficientes para mensurar o tamanho do Pujols, que aos 42 anos faz uma época acima da média da liga e mantém viva a esperança de alcançar a marca histórica apenas no último mês de temporada. Pujols está apenas a cinco home runs de se juntar ao seleto clube dos jogadores com 700 home runs – a lista contém apenas três jogadores em toda a história, e é formada por Barry Bonds, Hank Aaron e Babe Ruth. Caso consiga o feito, Pujols será inclusive o primeiro jogador nascido fora dos Estados Unidos a realizar a façanha.
Sabemos muito bem que o beisebol é o mais tradicional dentre os esportes americanos. Com mais de 100 anos de liga profissional, algumas mudanças ocorreram conforme necessidade. Mas não é difícil entender também que isso fez com que o esporte não fosse o mais adepto às mudanças, e cada vez que surgem, as discussões se prolongam. De um lado, a tradição; do outro, o progresso necessário e o entendimento que a modernização precisa acontecer.
Há anos é discutida a possibilidade real de alterações no jogo para que o tempo de partida possa ser encurtado – o beisebol é considerado um dos esportes mais demorados e morosos, principalmente pelo longo tempo em que a bolinha fica parada, sem ser colocada em jogo. Pois na última reunião entre o comitê dos jogadores e da MLB, ocorrida no começo do mês de setembro, ficou decidido um pacote de mudanças para a época 2023. As novidades envolvem principalmente a otimização do tempo de jogo, mas também a segurança dos atletas durante as partidas. Confira a lista:
Talvez a mudança mais relevante no que tange a reduzir o tempo de jogo, o relógio será introduzido e funcionará da seguinte maneira: cada arremessador terá 15 segundos cronometrados entre um arremesso e outro caso não haja corredores nas bases, e 20 segundos caso haja atletas em base. É estimado que a medida reduza a duração dos jogos em cerca de 25 minutos, e é uma das demandas mais recorrentes nos últimos anos.
Além disso, o receptor (que chama os arremessos) é obrigado a estar em posição faltando nove segundos para o arremesso; o rebatedor deve obrigatoriamente ter os dois pés dentro do espaço destinado ao rebatedor, e estar alerta para o arremesso com oito segundos faltando. Sendo assim, o relógio inicia a partir do segundo arremesso da partida, e começa quando o arremessador tiver a bola, o rebatedor estiver posicionado, e o receptor já esteja em posição.
Obviamente haverá ajustes quando houver troca de atletas ou algum outro fator que afete o andamento da partida, mas para o caso de arremessadores ou receptores que não cumpram com a regra do relógio, haverá penalidade com a contagem de uma bola automaticamente (quatro bolas são necessárias para que o rebatedor ativo ganhe a base livremente). O rebatedor também será punido caso não cumpra com a regra (receberá um strike, que equivalem a um arremesso dentro da zona de strike; com três acumulados, o rebatedor é eliminado).
Outras duas regras alteradas envolvem o contexto defensivo do esporte. As bases serão aumentadas de 15 para 18 polegadas (um aumento equivalente a 7,6 centímetros), aumentando a área de contato para jogadores que tentam roubar as bases e evitando lesões comuns hoje em dia. A mudança será sentida principalmente na primeira base, em que a maior parte dos acidentes acontecem (é muito comum um defensor ser pisado não intencionalmente).
No caso do posicionamento defensivo, as novas regras matam o chamado ‘shift’, em que os defensores se deslocam para longe da posição inicial. Isto ocorre para que a defesa tenha melhor cobertura do campo para cada rebatedor, considerando a capacidade e estatísticas de um atleta – alguns rebatem mais bolas para o campo direito, outros, mais para o campo esquerdo, e assim vai.
Esta mudança gera sentimentos contrários, para além da discussão ‘tradição x modernização’. Neste caso, o entendimento de muitos torcedores é que o ‘shift’ é parte da estratégia da partida, e pode gerar um efeito contrário – o rebatedor pode colocar a bola em jogo justamente no espaço gerado pela mudança defensiva. De qualquer forma, a partir da época 2023, o defensor da segunda base e o interbases deverão obrigatoriamente estar, respectivamente, de cada um dos lados da segunda base e dentro do espaço do campo interno (geralmente delimitado pela parte de saibro do campo).
Com tantas mudanças em vista, é certo que já podemos criar muita expectativa para a próxima época. Não deixe de acompanhar as colunas semanais sobre a Major League Baseball aqui no FairPlay, e confira as redes sociais do Beisebol Mundo Afora para mais conteúdo sobre o esporte em língua portuguesa!