Arquivo de Pablo Carreño Busta - Fair Play

alcaraz.jpg
André Dias PereiraAbril 27, 20222min0

Carlos Alcaraz é um dos grandes nomes do ténis em 2022. O prodígio espanhol, de apenas 18 anos, tem sido um meteoro no circuito ATP com impacto profundo. Em Fevereiro, tornou-se o mais jovem de sempre a ganhar um torneio Masters 100. Aconteceu no Rio de Janeiro. E agora voltou a repetir a proeza, mas em Barcelona.

Alcaraz não deu chances, na final, ao compatriota Pablo Carreño Busta, e venceu por 6-3 e 6-2. Foi o seu terceiro título de 2022 (Miami, Rio Janeiro e Barcelona)  e o quarto na carreira (Umag, em 2021). Um registro que o coloca no top-10 mundial, na nona posição. São já 23 vitórias em 26 jogos, em 2022. Para além de uma meia-final em Indian Wells.

E não se pense que este é um ano atípico do espanhol. Sim, 2022 tem sido o seu ano mais vitorioso, mas a verdade é que desde 2021 que vem dando excelentes indicadores. Para se ter ideia, há um ano estava fora do top-100 mundial. De então para cá, tem feito história. E promete não ficar por aqui. Alcaraz será por certo um nome a seguir com muita atenção em Roland Garros, onde a escola espanhola é tipicamente forte.

Mas voltemos a Barcelona. O torneio contou com nomes importantes como Sttefanos Tsitsipas, Casper Ruud, Diego Swarchzman, Grigor Dimitrov ou Felix Auger-Aliassime. Alcaraz deixou para trás Soonwoo Kon (6-1, 2-6 e 6-2), Jaume Muner (6-3, 6-3), Stefanos Tsitsipas (6-4, 5-7, 6-2) e Alex de Minaur (7-6, 6-7 e 6-4).

Do lado de Carreño Busta, foram eliminados: Zapata Mirlles (6-3, 6-3), Lorenzo Sonego (6-2, 5-7, 6-2), Casper Ruud (4-6, 7-6, 6-3) e Diego Schwartzman (6-3, 6-4).

Alcaraz chegou para ficar no top-10

Mas para além dos finalistas há a destacar os semi-finalistas Alex de Minaur e Diego Schwarzaman. Jogadores de gerações diferentes e que aqui e ali podem sempre surpreender. O australiano conquistou 5 títulos nos últimos dois anos mas continua em branco em 2022. Ainda assim, é sempre um jogador que pode causar problemas aos seus adversários. Que o diga o campeão Alcaraz, obrigado a salvar 2 match points numa partida de 3 horas e 40 minutos. Por seu lado, o argentino tem 4 títulos e 10 finais, incluindo o Masters 1000 de Miami.

Ainda é cedo para dizer onde Carlos Alcaraz pode chegar. Mas os números estão a seu favor e são ambiciosos. Com 18 anos de idade parece ser o herdeiro de Rafael Nadal como referência do ténis espanhol. O jogador de Múrcia não esconde que quer ser número 1 do mundo, mas reconhece que o mais importante, neste momento, é manter-se em alto nível.

Para além de ser um dos mais jovens a chegar ao top-10 é também o que atingiu a marca de 50 vitórias em menor número de jogos. Foram apenas 70 partidas. Para se ter uma ideia, Novak Djokovic precisou de 79, Nadal 81 e Federer, 97.

busta.jpeg
André Dias PereiraAbril 13, 20211min0

É preciso recuar até Novembro de 2019 para recordar o último título de Pablo Carreño Busta. Aconteceu em Chengdu. Só que a longa espera do espanhol, de 29 anos, terminou. Busta levou a melhor sobre Jauma Munar (6-1, 2-6 e 6-4) e  conquistou o ATP Marbella. Foi o quinto título da sua carreira, em oito finais disputadas.7

A competição contava com alguns nomes importantes do circuito como Martin Klizan, Mikhail Kukushkin, Taro Daniel, Feliciano Lopez, Federico Delbonis, Casper Ruud ou Fabio Fognini.

Apesar do contingente estrangeiro, foram mesmo os espanhóis a dominar a competição. Ao ponto de todos os semi-finalistas serem espanhóis. Para além de Carreño Busta e Jaume Munar, jogaram ainda Carlos Alcaraz e Alberto Ramos-Vinolas. Esta foi, aliás, a primeira final espanhola de um torneio ATP desde 2011.

Para chegar à final, Carreño Busta deixou para trás Mario Martinez (7-2 e 6-3), Soonwoo Kwon (6-4, 6-0) e Alberto Ramos-Vinolas (6-1, 3-6, 7-6).

A edição deste ano marcou o regresso do torneio a Marbella. Na década de 90, jogaram-se duas edições. Em 1996 Mark Kevin Goelner levou a melhor sobre Alex Correjta. Um ano depois foi a vez de Albert Costa ganhar a segunda edição do torneio, que se manteve suspenso até agora.

Com este título, Carreño Busta consolida o 12 lugar no ranking ATP. O espanhol iniciou o seu percurso em 2009, alcançando o primeiro título no Brasil, em 2016. De então para cá tem vindo a acumular finais, contudo, desde 2019 que não atingia nenhuma. O triunfo em Marbella vai, por certo, renovar a sua confiança para os próximos meses e atacar, quem sabe, o top 10 mundial.

JoaoSousaEstorilOpen2.jpg
André Dias PereiraMaio 7, 20183min0

Já não é um sonho. É realidade. João Sousa tornou-se este domingo o primeiro português a conquistar o Estoril Open. De joelhos, na terra batida do Estoril, as lágrimas não escondiam a emoção. À quarta tentativa o vimarenense consolidou a condição de melhor tenista português de sempre e garantiu um mais um lugar na história do ténis luso.

Frente ao norte-americano Frances Tiafou, o “Conquistador” esteve absolutamente imparável, vencendo por duplo 6-4. Sousa virou a página que faltava no ténis luso, depois de Frederico Gil ter atingido a final em 2010.

Embalado pelo público, Sousa foi-se superando a si e a cada adversário ao longo da semana. Primeiro, com Daniil Medvedev (7-6 e 7-5). O triunfo quebrou a maldição que assombrava o português, que pela primeira vez conseguiu chegar à segunda eliminatória. Aí encontrou o amigo Pedro Sousa, que na ronda anterior havia elimado Gilles Simon (6-3, 4-6 e 7-6). João Sousa, 29 anos, voltou a ser mais forte, num jogo bem equilibrado: 4-6, 7-6 e 7-5.

O clique, talvez, se tenha dado nos quartos-de-final com Kyle Edmund, que por estes dias é número 1 britânico. Semi-finalista do Australian Open e finalista vencido de Marraquexe, Edmund era terceiro cabeça de série. Mas, outra vez, Sousa foi melhor: 6-3, 2-6 e 7-6. Kyle Edmund acabaria por vencer o torneio na vertente de pares, juntamente com Cameron Norrie.

Depois de Kyle Edmund, o céu foi o limite

A partir daqui o céu pareceu o limite. Nas meias-finais, o luso encontrou pela frente “El Greco” Stefanos Tsitsipas. O grego, 19 anos de idade, é um dos mais proeminentes jogadores do circuito. Depois de ter peridido a final de Monte Carlo para Rafa Nadal, Tsitsipas mostrou grande força mental e física, deixando para trás o primeiro cabeça de série, Kevin Anderson: 6-7, 6-3 e 6-3. João Sousa fez valer a sua maior experiência e consistência para vencer por 6-4, 1-6 e 7-6. Na bancada, Marcelo Rebelo de Sousa aplaudia a campanha do vimarenense, acabando por ir ao balneário felicitá-lo já após a final.

Frances Tiafoe, vencedor de Delray Beach, começou por vencer o compatriota Tennys Sandgren (3-6, 7-6 e 7-6). Seguiram-se Gilles Muller (6-4 e 7-5) e Simone Bolelli (7-5 e 6-2). Nas meias-finais o norte-americano eliminou com relativa facilidade o campeão de 2017, Pablo Carreño Busta (6-2 e 6-3).

A superioridade de João Sousa na final foi testemunhada por mais de 3 mil espectadores que esgotaram o court do Estoril e entoraram o hino nacional.

Mais do que uma vitória portuguesa, foi a vitória de um símbolo do Estoril Open. Sousa é um dos rostos da prova e, como disse o director João Zilhão na antevisão do torneio, “ninguém mais do que ele a quer vencer”.

Vencer em casa teve, assim, mais encanto. Um encanto aplaudido de pé e com direito a lágriamas. Sousa soma agora três torneios ATP: Kuala Lumpur (2013), Valência (2015) e Estoril (2018).

 

A vitória inédita de João Sousa

nadal-1.jpg
André Dias PereiraAbril 30, 20183min0

Onze vezes, Nadal! Tal como fizera a semana passada em Monte Carlo, Rafael Nadal conquistou, este domingo, também pela 11ª vez, o ATP Barcelona. Sem surpresa, o maiorquino voltou a passear a sua superioridade na terra batida. Agora, foi a vez do grego Stefanos Tsitsipas cair aos pés do espanhol: 6-2 e 6-1.

Para o grego, que a partir desta segunda-feira jogará o Estoril Open, o torneio de Barcelona foi como que uma fábula. Aos 19 anos o prodígio grego jogou pela primeira vez uma final de um torneio ATP. E isso só por si é uma vitória. O ex-número 1 de juniores deixou para trás, entre outros,  Dominic Thiem ou Pablo Carreño Busta.

A supremacia de Nadal foi tal que só nos quartos de final esteve perto de perder um set. Foi diante Martin Klizan (6-0 e 7-5). De resto, um passeio: Carbelles Baena (duplo 6-4), Garcia Lopez (6-1 e 6-3), Martin Klizan e David Goffin (6-4 e 6-0).

Nadal somou o 401º triunfo em terra batida e o 19º consecutivo. Leva também 46 sets consecutivos conquistados nesta superfície. O maiorquino repete, assim, os títulos de 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013, 2016 e 2017.

Por seu lado, Tsitsipas também fez um torneio memorável. Começou por Corentin Moutet (6-4 e 6-1) e seguiu-se Rogerio Dutra (6-2 e 6-1). Depois, chegaram os tubarões e nem isso fez tremer o grego, campeão por duplas, em Juniores, em Wimbledon (2016). Albert Ramos Viñolas foi o primeiro (6-4 e 7-5). E quando veio Dominic Thiem (6-3 e 6-2) o proeminente jogador deu-se a conhecer ao mundo. Moralizado, ainda despachou Pablo Carreño Busta nas meias-finais (7-5 e 6-3). Os dois seguem agora para o Estoril.

Djokovic e Nishikori caem na segunda ronda

Quem tarda em recuperar é Novak Djokovic. O sérvio foi eliminado na segunda ronda (ficou isento na primeira) por Martin Klizan (6-3, 6-7 e 6-4). Na última semana especulou-se sobre a possibilidade de Nolan jogar o Estoril Open, contudo, o sérvio declinou e regressa ao seu país para ficar com a família. Também Kei Nishikori, finalista vencido de Monte Carlo, caiu na segunda eliminatória para Guillermo Garcia Lopez (duplo 7-6). O japonês foi traído por um problema físico. Pouco melhor esteve Grigor Dimitrov. O búlgaro chegou até aos quartos-de-final, onde foi eliminado por Pablo Carreño Busta (6-3 e 7-6). Os dois jogadores proporcionaram um desentendimento num lance junto da rede, no tie-break do segundo set. Dimitrov acusou Carreño Busta de falta de desportivismo. O espanhol justificou que o serviço do búlgaro foi fora, prosseguiu o lance e acabou por errar. “Ele estava mais zangado pelo erro do que por qualquer outra coisa”, disse Carreño Busta, que agora se prepara para defender o título no Estoril.

 

A vitória de Rafa Nadal sobre Stefanos Tsitsipas


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS