ATP Cup: à conquista das nações
E inegável que o ténis vive a sua geração de ouro. Federer, Nadal e Djokovic são os três maiores expoentes não apenas desta geração mas, porventura, da história da modalidade. As audiências e premiações dos grandes torneios, não são repetidas, contudo, nas provas de seleção.
A Taça Davis e a Fed Cup são, ainda, os maiores expoentes neste capítulo, mas nem sempre são uma prioridade para os maiores astros.
A pensar nisso, a Associação de Ténis Profissional anunciou a criação ATP Cup. A prova decorre entre 3 e 12 de janeiro do próximo ano. Dezanove de 24 nações já estão definidas. Haverá 4 grupos de 6 equipas e os melhores de cada grupo avançam para as eliminatórias. O que verdadeiramente esta prova acrescenta é a distribuição de 750 pontos de 15 milhões de dólares pelos vencedores.
Roger Federer, Rafa Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray são nomes já confirmados. Aliás, todos os jogadores do top-10 já confirmaram a sua presença.
A Associação de Ténis Profissional parte à conquista das nações, por forma a inovar a modalidade e a maximizar a era que vive. O timing também parece ajustado. A prova marcará o arranque da nova temporada, permitindo aos jogadores ganharem forma antes do Australian Open. Não por acaso, o torneio acontece precisamente nas cidades de Brisbane, Perth e Sidney.
Os Grand Slam continuam a ser as provas maiores, com mais audiência, premiação e patrocícios. São também as mais valorizadas pelo público e tenistas, que muitas vezes preparam a temporada a pensar nesses torneios. E por isso, aos poucos, a ATP tem vindo a ensaiar novos modelos, como a Laver Cup. Só que a ausência de pontos não estimula a presença dos maiores jogadores.
A ATP Cup é, por assim dizer, a cara lavada da Taça Davis. Cada confronto terá duas partidas de simples e uma de duplas. Cada nação pode ter até cinco jogadores, com as suas classificações a serem determinadas pelo ranking após Novembro.