ATP 2024: da volta de Nadal à afirmação de Sinner e Rune

A nova temporada do ATP está à porta e, como habitualmente por esta altura, projeta-se o que o próximo ano nos poderá trazer. Afinal, qual o melhor argumento podemos esperar do ténis para 2024?

Talvez a maior expetativa para 2024 seja o regresso de Rafael Nadal. O espanhol está de volta aos courts após um ano de ausência. A grande interrogação é se ainda poderá jogar a um nível suficientemente competitivo para terminar a carreira com a dignidade que a sua carreira merece. Atualmente com 37 anos, Nadal é o segundo maior campeão de Majors da história. E, diga-se, que argumento de cinema seria conquistar um último Grand Slam de Roland Garros.

Bem, por enquanto, nem o próprio maiorquino sabe exatamente a que nível vai voltar, mas muito provavelmente este será o seu último ano. O torneio de Brisbane será uma espécie de tubo de ensaio para o que ainda poderá render. E é por isso com grande expetativa que o torneio é aguardado. Mais importante do que vencer, Nadal quer ganhar confiança e não parecer que está a fazer um tour de despedida. Entraetanto, o rei da terra batida tem vindo a treinar com jogadores de alto nível Arthur Fils, Richard Gasquet ou Jan-Lennard Struff. E isso pode ser um bom sinal.

Mas nem só de Nadal vai viver o ano de 2024. Um nome que será interessante aocmpanhar de perto será o de Jannik Sinner. O italiano tem vindo a consolidar-se no circuito e o ano de 2023 terminou de forma ascendente. Venceu o Masters 1000 d0 Canadá e o Masters 500 de Pequim, e foi ainda finalista vencido do Master Finals. Mais recentemente foi figura de proa da seleção italiana na Taça Davis. Mas o que é certo é que o italiano acabou por fechar com chave de ouro um ano que até foi irregular. A grande questão para 2024 é se conseguirá dar o salto para o nível seguinte e lutar por títulos de Grand Slam.

Rune e Alcaraz, e agora?

A verdade é que tudo pode acontecer em 2024. Djokovic será, porventura, a principal constante. Pelo menos a avaliar pelo espetacular 2023. Nem a consolidação de Alcaraz nos lugares cimeiros da hierarquia abalaram o rendimento do sérvio. Número 1 do mundo, Nolan venceu nada menos do que 7 títulos.

Bem se pode questionar qual será agora a sua grande motivação e até quando conseguirá manter a liderança da hierarquia mundial. O postergante da vez é Carlos Alcaraz. O espanhol consolidou-se como um tenista de ponta, mas chega a 2024 com um desafio. AfonPara o Australian Open, Carlitos não poderá contar com o seu técnico, Juan Carlos Ferrero, a recuperar de lesão no joelho esquerdo, situação que poderá prolongar-se até Fevereiro. Afinal, um dos pontos mais especulados no circuito é a auto-suficiência de Alcaraz e a depenência estratégica do seu técnico.

Mas outros nomes podem ser interessantes igualmente de acompanhar. Holger Rune tem sido um meteóro no cirtuito. Se em 2021 era 103 do mundo, hoje ele é o oitavo do planeta. Aos 20 anos de idade, no auge físico, sabe que 2024 pode ser o ano decisivo para chegar a outro patamar. E para isso contratou nada menos que Boris Becker, para além de Severin Luthi, que trabalhou com Roger Federer.