A supremacia de Carlos Alcaraz
Ele fê-lo de novo. Carlos Alcaraz ganhou pela segunda vez o torneio de Wimbledon. E bem se engaram todos aqueles que esperavam uma final longa e dividida. Contra Novak Djokovic, o espanhol preciou pouco mais de 2 horas de jogo para ganhar por 6-2, 6-2 e 7-6.
Aos 21 anos de idade, “Carlitos” conta já com quatro Grand Slams no currículo, o que o torna o oitavo jogador que mais Majors venceu. São eles US Open (2022), Wimbledon (2023 e 2024) e Roland Garros (2024). Apesar do título, o resultado pouco altera o ranking mundial, liderado por Sinner, seguindo de Djokovic e Alcaraz, no top-3.
Sobre a final, pouco há dizer tamanha a superioridade do espanhol. Alcaraz teve um aproveitamento de 87% dos seus pontos no primeiro saque. Por outro lado, o espanhol também soube aproveitar a menor eficiência das subidas do sérvio à rede. Djokovic ganhou apenas 4 dos 12 pontos tentados. O sérvio apenas conseguiu equilibrar o jogo no terceiro set, mas ainda assim foi insuficiente para o empurrar para um quarto jogo.
No seu caminho até à final, Alcaraz deixou para trás Mark Lajal, Aleksander Vukic, Frances Tiafoe, Ugo Humbert, Tommy Paul e Daniil Medvedev. O jogo com o russo foi um dos que despertou mais interesse. E Medvedev até saiu na frente do placard ao ganhar o tiebreak devisivo no primeiro set. Mas o espanhol fazer valer o seu melhor ténis e ganhou por 6-7, 6-3, 6-4 e 6-4.
Quem também vai recordar de forma feliz Wimbledon é Lorenzo Musetti. O italiano alcançou pela primeira vez as meias-finais de um Major. Caiu perante o favorito Novak Djokovic (6-4, 7-6, 6-4), mas deixou para trás Constant Lestienne, Luciano Darderi, Francisco Comesana, Mpetish Perricard e Taylor Fritz. Com este resultado, o italiano, 22 anos, subiu nove lugares no ranking e está de volta ao top-20, sendo agora 16 do mundo.
Sinner cai mas segura liderança
O italiano só caiu mesmo perante Novak Djkovic, que parece agora totalmente recuperado da lesão ao joelho que motivou uma cirurgia. Porém, na sua décima final, não levou a melhor sobre Alcaraz. Ainda assim, o seu percurso mostra que está numa boa fase e que é mesmo para contar com ele na luta pelos títulos.
Mas se Djokovic cumpriu um bom torneio, mesmo não tendo ganho, o mesmo não se pode dizer de Jannik Sinner. O italiano, líder do ranking mundial, era um dos favoritos à conquista de Wimbledon. Porém, acabou por ser afastado nos quartos de final por Medvedev. Ainda assim, e apesar de ver Djokovic se aproximar no ranking ATP, o italiano segue firme no topo. De resto, Sinner soube também que vai representar Itália Taça Davis, em busca da renovação do título de 2023.
Djokovic e Alcaraz preparam-se agora para jogar as olimpíadas de Paris. Para o espanhol será uma estreia, enquanto para Djokovic será a quinta participação e talvez a derradeira oportunidade de conquistar o ouro, o único troféu que lhe falta.