3 destaques dos Lusitanos na 2ª jornada da RE Super Cup 2023

Francisco IsaacNovembro 12, 20234min0

3 destaques dos Lusitanos na 2ª jornada da RE Super Cup 2023

Francisco IsaacNovembro 12, 20234min0
A 2ª jornada da RE Super Cup 2023 não correu da melhor forma para os Lusitanos que agora dependem de uma vitória no 3º encontro

Os Lusitanos perderam pela segunda vez consecutiva, sendo, para já, a segunda pior campanha da franquia portuguesa quando falta só uma jornada para o fim da fase-de-grupos. Para ainda irem a tempo de uma meia-final terão de conquistar uma vitória no campo dos Iberians, a franquia espanhola que se mostrou em alto nível frente ao Tel Aviv Heat, perdendo no entanto esse encontro. Estes são os destaques do encontro da 2ª jornada da RE Super Cup

MVP: MANUEL CARDOSO PINTO, AGITADOR DE SERVIÇO

O defesa internacional português foi o jogador mais inconformado dos Lusitanos, tendo lutado para obter um resultado mais positivo para a sua equipa. Num jogo em que os Black Lion estiveram por cima durante bons períodos da primeira-parte, o defesa foi encontrando soluções no ataque, com uma série de fugas que foram enganando os seus perseguidores mais próximos. 85 metros de conquista com duas quebras-de-linha, Manuel Cardoso Pinto foi o jogador que mais defesas bateu (9), tendo sido responsável por duas das cinco melhores oportunidades para os Lusitanos obterem pontos num encontro que acabou a zeros para os portugueses. Existe ainda um outro aspecto que importa ressalvar: o jogo ao pé.

Não era das melhores qualidades do três-de-trás há uns anos atrás, mas efectivamente melhorou e desenvolveu ao ponto de ser de confiança e garante que a equipa pode sair de uma situação defensiva complicada. A sua evolução tem sido extremamente surpreendente e neste momento é dos jogadores mais importantes no rugby nacional.

PONTO EM ALTA: IMPREVISIBILIDADE AJUDOU EM CERTOS MOMENTOS

Não foi uma exibição positiva no geral e o facto dos Lusitanos terem concedido quinze penalidades, seis delas na formação-ordenada e perdido sucessivas boas oportunidades de ataque (houve um ensaio tirado aos Lusitanos que Pedro Vicente efectivamente marcou) demonstra isso mesmo, isto para além dos quatro ensaios sofridos.

Contudo, o ataque teve momentos de rasgo e genialidade saindo dos pés e mãos de Manuel Cardoso Pinto, Diogo Rodrigues, Vasco Durão, Rodrigo Freudenthal ou Pedro Lucas, criando instabilidade no conjunto opositor que até se adaptou bem a esta variação de jogo portuguesa.

Infelizmente a imprevisibilidade também tem o seu lado negativo quando em excesso, especialmente quando a equipa entrou nos últimos 22 metros contrários, já que aí a equipa precisava de mais estabilidade e coerência, escasseando “oxigénio” quando era o mais necessário.

A defesa também teve excelentes momentos, fechando bem a porta aos Black Lion em quatro situações críticas do ataque adversário.

PONTO A MELHORAR: INSTABILIDADE EM TODOS OS DEPARTAMENTOS

A renovação de equipa vai trazer dificuldades acrescidas para os Lusitanos e isso é um ponto que os adeptos portugueses deveriam ter presente… porém, excessivos em erros em diferentes aéreas demonstram que o pós Mundial de Rugby não está a ser um momento fácil, com a formação-ordenada a se está a revelar um problema crítico, com cinco penalidades a terem sido cometidas neste encontro, duas das quias a empurrarem os rivais georgianos para o ensaio.

Não só isso, como o facto dos Lusitanos terem perdido a maior parte dos contactos físicos contra os seus adversários deste fim-de-semana, sendo empurrados uma e outra vez para trás, ficando na retina que algo não está bem.

Tanto em 2021 como 2022 os Lusitanos mostraram uma fisicalidade dominante na maioria dos encontros, conseguindo mesmo jogar de igual-para-igual frente aos Black Lion na primeira edição da Super Cup, com o jogo deste fim-de-semana a ter sido claramente o oposto. Muito a corrigir antes do próximo e decisivo encontro frente aos Iberians.


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