3 destaques dos Lusitanos na 1ª jornada da RE Super Cup 2023
A temporada dos Lusitanos começou, com uma derrota caseira nesta 1ª jornada na RE Super Cup 2023, mas com sinais positivos no reinício do processo da franquia da Federação Portuguesa de Rugby.
MVP: MANUEL PICÃO, O PERFEITO CARRO-DE-COMBATE
Uma exibição de classe de Manuel Picão que retornou aos Lusitanos com um ensaio, doze placagens efectivas (apenas 1 falhada), três vezes a linha-de-vantagem conquistada, uma recuperação no alinhamento e excelente a parar Semi Kunatani na formação-ordenada.
Acima de tudo foi a fisicalidade que Manuel Picão impôs sempre que foi ao contacto, conseguindo criar problemas ao placador directo, somando alguns preciosos metros em momentos que os Lusitanos precisavam de alguma forma dominar o confronto físico. Intenso e com uma disponibilidade física brutal, Manuel Picão foi dos jogadores que melhor se apresentou no CAR Jamor e que mais trabalhou para os Lusitanos saírem com uma vitória nesta 1ª jornada da RE Super Cup 2023.
Mostrou estar num excelente momento de forma e capaz de ser uma solução para o futuro, tendo começado da melhor forma nesta competição.
PONTO EM ALTA: PRIMEIRA-PARTE DE CLASSE
Com apenas dois treinos nas “pernas”, os Lusitanos foram capazes de meter os Tel-Aviv Heat a um canto durante os primeiros 40 minutos, controlando todas as acções do jogo e mostrando os mesmos argumentos vistos quer em 2021 e 2022.
A execução das fases-estáticas foi impressionante, conseguindo não só garantir 100% das suas próprias, como forçar duas penalidades no adversário e arrancar dois alinhamentos ao bloco contrário, com Pedro Vicente, António Prim, Martim Bello, João Granate e Manuel Picão a serem decisivos nesta frente. Já nas linhas atrasadas, a imprevisibilidade e sentido de risco oferecida por Manuel Cardoso Pinto e Jorge Abecassis foi funcionado positivamente em certos períodos, com Tomás Appleton e Rodrigo Freudenthal a conseguirem criar boas dinâmicas no par de centros, sendo que a nota mais positiva adveio de Pedro Lucas.
O formação do CR Técnico foi espectacular durante a maior parte do jogo, com uma série de pontapés bem medidos e um controlo total sob as movimentações da equipa a partir do ruck, o que beneficiou os Lusitanos naquela primeira-parte.
Faltou só marcar mais um ensaio quando a equipa adversária estava com 14 e a defender um alinhamento nos últimos 5 metros, o que poderia ter alterado por completo a história do jogo.
PONTO A MELHORAR: PRECIPITAÇÃO AJUDOU À REVIRAVOLTA DO HEAT
Tomás Appleton, após o apito final, disse que a equipa tinha de ser,
“Temos de ser mais pacientes quando tempos a bola e controlar melhor o jogo.”, um ponto que realmente acabou por ser crítico e que ajudou a empurrar os Lusitanos no sentido de uma derrota, quando tiveram a vitória na mão por algumas vezes.
A vantagem de 15 pontos aos 42 minutos não bastou, e a franquia lusa acabou mesmo por perder o ponto de bónus defensivo na derradeira bola de jogo, o que não abona nada a favor de um apuramento para as meias-finais da competição. Em certos e deteminados momentos a equipa arriscou em demasia e acabou por perder o controlo da posse de bola, permitindo à formação israelita recupera o fôlego e acreditar que uma reviravolta estava ali ao virar da “esquina”.
A condição física pode ter ajudado ao desaire final, mas aos 77, os Lusitanos podiam ter ido a um drop que lhes tinha permitido a reviravolta no resultado, recebendo depois do pontapé… optaram por seguir rápido e construir atabalhoadamente fases de jogo, perdendo a oval no processo.
São erros normais de uma equipa que está a recomeçar a ganhar os seus processos, numa tarde em que várias
NÚMEROS E DADOS DO JOGO
Pontuador máximo: Jorge Abecassis – 15 pontos (2 conversões e 2 penalidades);
MVP: Manuel Picão – 1 ensaio,
Chutador: Jorge Abecassis – 15 pontos (2 conversões e 2 penalidades);
Turnovers: Vários – 1;