Revisão à temporada 2023 do Moto GP – Parte 1

Diogo SoaresDezembro 24, 20235min0

Revisão à temporada 2023 do Moto GP – Parte 1

Diogo SoaresDezembro 24, 20235min0
Diogo Soares lança-se para um tema forte: à revisão à temporada 2023 do MotoGP! Desde as vitórias de "Pecco" às desilusões

Em novembro passado, o GP de Valência ditou o término da temporada de 2023 de MotoGP. Num ano tão épico e inesquecível, chega agora a hora de fazermos uma retrospetiva das incidências da época.

No Campeonato de Pilotos, Francesco “Pecco” Bagnaia conquistou o título com 467 pontos, contra 428 de Jorge Martín e 329 de Brad Binder. Foi o segundo título conquistado pelo italiano e de forma consecutiva.

O Campeonato de Equipas foi ganho pela Pramac Racing. A equipa italiana conquistou 653 pontos e conquistou pela primeira vez este título. Foi também a primeira vez que uma equipa independente conquistou o título de equipas. Em segundo lugar terminou a Ducati, com 561 pontos. A VR46 completou o pódio com 530 pontos

O último dos campeonatos, o Campeonato de Construtores, foi conquistado pela Ducati, com 700 pontos. Foi a 5ª vez que a construtora italiana conquistou este campeonato, a 4ª consecutiva. A KTM terminou em segundo lugar com 373 pontos e a Aprilia ficou-se pelo terceiro lugar com 326 pontos.

1º: Pramac Racing – 653p

A melhor temporada da história da equipa fundada em 2002. Pela primeira vez a Pramac Racing conquistou o Campeonato do Mundo de equipas e muito pode agradecer Paolo Campinotti a Jorge Martín.

Martín conquistou 428 pontos e seguiu na luta pelo Campeonato de Pilotos até Valência. O piloto de Madrid viu-se, pela primeira vez na carreira, na luta pelo título da categoria rainha do motociclismo e talvez essa condição tenha levado o espanhol a perder o mesmo (maior inexperiência neste palco terá levado a maior suscetibilidade a cometer erros). Ainda assim, Martín conquistou 4 vitórias, 8 pódios, 4 “poles position”. Mas foram nas Sprints que obteve os melhores resultados: 14 pódios, sendo que 9 deles foram vitórias. Por isto, o piloto foi considerado o “Rei das Sprints”.

Zarco teve uma temporada de menor brilho em relação a 2022, porém, atingiu a sua primeira vitória no MotoGP. O francês lembrar-se-á para sempre da ultrapassagem a Pecco Bagnaia nas voltas finais do GP da Austrália. Para acrescentar a essa vitória, o piloto nascido em Cannes conquistou outros 5 pódios (2 segundos lugares e 3 terceiros). Terminou a temporada em 5º lugar com 225 pontos.

2º: Ducati – 561p

A Ducati perdeu algo que se pensava ser certo que vencessem: o Campeonato de Equipas. Muito por causa das lesões de Enea Bastianini, que o impediram de mostrar todo o seu talento.

Bastianini ainda venceu na Malásia, mas as lesões graves sofridas na clavícula e no tornozelo condicionaram-no física e psicologicamente, além dos 8 GP´s que não participou. Terminou a temporada em 15º com 84 pontos.

Quanto a Pecco Bagnaia, não há muito mais a dizer. Bicampeão do Mundo. A um certo ponto do percurso de 2023, pensava-se que o italiano iria revalidar o título com tranquilidade, algo que não aconteceu. Ainda assim, foi campeão com 7 vitórias, 15 pódios, 7 “poles positions”, mais 4 vitórias e 13 pódios em sprints.

3º: VR46 – 530p

Fantástica. Talvez seja esta a palavra que melhor define esta época da equipa de Valentino Rossi. Através de Marco Bezzechi e de Luca Marini, a equipa italiana atingiu o seu melhor resultado de sempre no MotoGP.

“Marco Bezzechi la la la la la la” foi muitas vezes ouvida como forma de demonstração de carinho para com o piloto natural de Rimini. E, de facto, que temporada fez o piloto. 3 vitórias, 7 pódios, 3 poles position, e ainda, 1 vitória e 6 pódios nas sprints, alimentaram o sonho de que seria possível vencer o título. Não foi, mas com certeza que esta temporada será para sempre relembrada por com um sorriso por todos aqueles que trabalharam nas hostes da equipa de Tavullia.

Luca Marini não teve o nível de Bezzecchi, mas, na época que culminou com a sua despedida daquelas bandas, ainda colecionou 2 pódios e outros 4 nas sprints, além de outras 2 poles position. Ficou em 8º lugar com 201 pontos

4º: Red Bull KTM – 456p

Em ano de algumas mudanças, a KTM conseguiu, finalmente, demonstrar que consegue produzir motos verdadeiramente competitivas.

Brad Binder foi verdadeiramente impressionante, entendeu a moto na perfeição e extraiu os melhores resultados da equipa. 5 pódios que se acrescentam às 2 vitórias e 7 pódios das sprints. Conquistou 293 pontos, terminando em 4º.

Quanto a Jack Miller, a história não lhe sorriu tanto. Aliás, existiu mesmo um sentimento de deceção em relação ao piloto australiano. Apenas 1 pódio conquistado ao domingo e outros 2 nas sprints deram um sorriso ao piloto. Terminou em 11º com 163 pontos.

5º: Aprilia Racing – 410p

Prometeu muito, entregou pouco. Será esta a melhor forma de resumir esta temporada da construtora italiana que sofreu com a fiabilidade. Apesar dos (poucos) bons resultados, não ofuscaram a desilusão de terem estado longe da luta pelo título que tanto ambicionavam.

Aleix Espargaró voltou a ser o melhor piloto da equipa, mas por pouco. O catalão adicionou mais 2 vitórias nas vitrines de sua casa, além de um outro pódio. Em sprints, Espargaró conquistou uma outra vitória. Terminou a temporada em 6º com 206 pontos.

Maverick Viñales estabeleceu-se em definitivo na equipa de Faenza. Apesar de não ter vencido, “Top Gun Maverick” colecionou 3 pódios de domingo e outros 2 em sprints, além de uma pole position em Valência. Conquistou 204 pontos e terminou a temporada em 7º.

 


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