MotoGP 2024: as principais incidências do GP do Catar

Diogo SoaresMarço 11, 20244min0

MotoGP 2024: as principais incidências do GP do Catar

Diogo SoaresMarço 11, 20244min0
Já arrancou a temporada do MotoGP 2024 com Aleix Espargaró a ter terminado em 1º numa corrida emotiva no GP do Catar

Qualificação

Jorge Martín começou o ano com a velocidade a que nos habituou e tratou de garantir aa pole position para o primeiro GP da temporada, com um tempo de 1:50.789, um novo recorde de pista. Atrás de si, ficaram Aleix Espargaró e Enea Bastianini, respetivamente. Sem sequer ter chegado à Q2, Miguel Oliveira ficou-se pelo 14º posto.

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Sprint

A sair da 14ª posição, Miguel Oliveira não conseguiu arrancar bem e perdeu de imediato duas posições, no entanto, ainda recuperou três posições, terminando, portanto, em 13º. Lá na frente, Jorge Martín não se deixou intimidar e liderou a corrida de fio a pavio. Na luta pelo pódio, Binder, Espargaró e Bagnaia animaram a luta, mas, no final, o sul-africano e o espanhol levaram a melhor sobre o campeão em título.

Resultado da Sprint:

Corrida

Após um arranque atrasado por um problema na moto de Raul Fernandez, o semáforo apagou-se e os pilotos partiram para a corrida. Miguel Oliveira voltou a ter dificuldades na partida e perdeu um lugar. Ainda nas voltas iniciais, o português cumpriu uma penalização ainda referente ao ano passado e caiu para a 19ª posição. A partir daí, o piloto da Trackhouse viu-se obrigado a ir ao ataque, imprimindo tempos mais rápidos que os pilotos da frente. E o resultado é até satisfatório: Oliveira chegou ao 15º lugar, salvando, assim, um ponto. O único na equipa, uma vez que Raul Fernandez abandonou a corrida. Lá na frente, ainda na primeira volta, Pecco Bagnaia “agarrou” na liderança e nunca mais a largou, à semelhança de Martin. Também Binder saltou para os lugares de pódio no início e fixou-se no segundo lugar desde cedo, para nunca mais de lá sair. A completar o pódio ficou Jorge Martin, que não conseguiu repetir a façanha de sábado.

Os destaques do Grande Prémio:

Permitam-me escolher Pedro Acosta como o principal destaque. O espanhol não ganhou, nem sequer foi ao pódio, mas o seu rendimento, sendo um “rookie” deve impressionar qualquer fã deste desporto. Oitavo na qualificação, oitavo na sprint, e nono na corrida são resultados que, no seu fim-de-semana de estreia, é algo apenas alcançável para os “monstros” em ascensão. Aliás, é importante reforçar que, na corrida principal, o jovem piloto lutou para ir ao pódio, mas, ao perder a aderência nos pneus, perdeu também a capacidade de manter um ritmo competitivo.

Brad Binder também merece uma menção ao extraordinário trabalho feito ao longo do fim-de-semana. Quarto lugar na qualificação e segundo nas duas corridas. Foi o único que, em corrida, se intrometeu na luta pela vitória, pondo Martin e Bagnaia em sentido. Leva 29 pontos para casa, assim como a vice-liderança do campeonato.

Martin e Bagnaia merecem uma menção, apesar de terem mostrado alguma inconsistência. O primeiro foi dono e senhor da corrida sprint, assim como nos habituou na última época. Já o segundo, fez o mesmo na corrida de domingo, também como nos habituou no último ano.

Marc Márquez parece ter condições de lutar pelo campeonato de pilotos. Não lutou por nenhuma das vitórias, no entanto, nunca descolou dos lugares de pódio. Confirma-se, assim, que o oito vezes campeão do mundo tudo fará para, no fim deste ano, se tornar nove vezes campeão do mundo.

Quanto a Miguel Oliveira, o piloto teve imensas dificuldades ao longo do fim de semana. Desde falhar a Q2 por cerca de uma décima nos treinos, a falhar a mesma Q2 na qualificação por uma maior margem. Na sprint, Oliveira não mostrou ter ritmo suficiente para lutar pelos pontos. Ainda assim, recuperou três posições quando se viu em 16º lugar. No domingo, as adversidades da penalização que advinha de 2023 “atiraram-no” para 19º lugar, mas Miguel agigantou-se e com um ritmo fantástico, chegou ao último lugar pontuável, levando um pontinho para casa.

Deste Grande Prémio, as elações que tiro são que temos 4 ou 5 pilotos capazes de lutar pelo campeonato, ou de manter as contas agitadas até ao fim. Arrisco mesmo a dizer que esta temporada pode ser a melhor dos últimos anos. No entanto, só teremos a confirmação no final do ano, em Valência.

O próximo GP realiza-se no fim de semana de 22 a 24 de março, no nosso Autódromo Internacional do Algarve.


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