Diogo SoaresFórmula 1 2023: Max Verstappen é Tricampeão do Mundo
1, 2, 3, a conta que Max fez. Max Verstappen é oficialmente Tricampeão do Mundo de F1 e fecha de vez todas as dúvidas sobre o campeão de 2023. No entanto, os festejos de Max acabam ofuscados por controvérsia em relação à saúde dos pilotos.
Qualificação
A Q1 começou sob a noite de Losail, e, numa parte da sessão com alguns pilotos a serem punidos por ultrapassarem os limites de pista, Sargent, Stroll, Lawson, Magnussen e Zhou foram eliminados. Max Verstappen foi o líder da sessão, marcando 1:25.007 na tabela dos tempos.
A Q2 ofereceu muitas surpresas aos espectadores: Tsunoda, Sainz, Pérez, Albon e Hulkenberg foram eliminados nesta sessão. Lewis Hamilton foi o líder da sessão com um tempo de 1:24.381. Sergio Pérez repetia a faceta de 2021, quando também não foi além da Q2.
Na Q3, a pole position, como esperado, “caiu” para Max Verstappen com um tempo de 1:23.778. A completar o top-3 ficaram os dois pilotos da Mercedes, Russell e Hamilton, respetivamente.
Mas a sessão não se safou de polémica. Oscar Piastri e Lando Norris fizeram o 2º e 4º melhor tempo, respetivamente, mas logo após o final da qualificação, o tempo de Norris foi apagado por ter excedido os limites de pista, despromovendo-o para P10 e promovendo Piastri para P3. No entanto, quando o australiano estava na “flash interwiew”, viu o seu tempo ser apagado pelo mesmo motivo que o de Norris despromovendo-o para P6 e provocando um momento embaraçoso para a F1 e para o próprio piloto.
Sprint Shootout
Sem surpresas, Stroll, Albon, Tsunoda, Magnussen e Sargeant foram os eliminados na SQ1. Mais uma vez, os limites de pista a penalizar os pilotos, tais como Tsunoda, Magnussen e Sargeant George Russel foi o líder da sessão com 1:25.413.
Na SQ2 as surpresas voltaram. Desta vez foi Hamilton a ser eliminado, juntamente com Gasly, Bottas, Lawson e Zhou. Norris foi ao topo da sessão com um tempo em 1:24.947.
No SQ3, surpreendentemente, Piastri fez o tempo mais rápido, conquistando a pole. O australiano marcou 1:24.454. Norris conquistou o segundo lugar e Verstappen fechou o top-3.
Sprint
Max Verstappen partia para a confirmação do campeonato, precisando apenas de fazer o 6º lugar para esse efeito.
Piastri reagiu muito bem ao semáforo e confirmou a liderança ainda antes da curva 1. Russell, Sainz e Leclerc, também com um arranque-foguete, roubaram as posições a Norris e Verstappen.
Na curva dois, Liam Lawson, que fez uma trajetória mais aberta, perdeu o controlo do carro e saiu de pista. O neozelandês ficou atolado na gravilha e viu-se obrigado a abandonar. O incidente provocou a neutralização da corrida com a entrada do Safety Car.
A corrida foi recomeçada na volta 3 e George Russell aproveitou de imediato a vantagem dos pneus macios em relação aos médios de Piastri para atacá-lo na curva seis e ascender à liderança.
Ao mesmo tempo, na curva quatro, Logan Sargeant perdeu a traseira do seu Williams e foi parar à gravilha. Tal como Lawson anteriormente, o americano teve de abandonar por o carro ter ficado preso, provocando outra neutralização com a entrada do Safety Car.
O recomeço foi dado antes mesmo do início da volta 7 e Russell surpreendeu o pelotão com o a altura do recomeço, conseguindo fugir a um possível ataque de Piastri. Já Sainz partiu ao ataque à segunda posição. O espanhol ainda conseguiu meter-se à frente do piloto da McLaren, mas, na travagem à curva 1, o novato recuperou a vice-liderança.
A partir da volta 9, os pneus de mistura macia começaram a perder eficácia e, rapidamente, Verstappen chegou ao terceiro lugar após ultrapassar os dois pilotos da Ferrari, assim como Piastri “colou” a Russell, partindo para a ultrapassagem a Russell na reta da meta, no começo da volta 11.
De seguida, na curva 2, Ocon e Pérez “ensanduicharam” Hulkenberg, chegando mesmo a haver contacto. Como consequência, Ocon perdeu o carro e embateu em Pérez e foram ambos parar à gravilha. Também Hulkenberg abandonou a corrida, dado os danos sustidos pelo seu Haas.
Com Pérez fora da corrida, Max Verstappen só precisava de ganhar a corrida para confirmar o título, independentemente dos pontos marcados.
No recomeço, Piastri fugiu a Russell e deixou o britânico na luta com Verstappen. A luta não durou muito, visto que o neerlandês ultrapassou o piloto da Mercedes na volta seguinte, durante a reta da meta.
Norris também estava em modo de recuperação e na volta 17 ultrapassou Leclerc e Sainz. O primeiro na curva 1 e o espanhol na curva 4. Já na curva 1 da última volta, o britânico da McLaren ultrapassou o compatriota da Mercedes e ascendeu ao terceiro lugar.
Piastri cruzou a meta e venceu a sprint, Max Verstappen fechou em segundo e Norris completou o pódio.
Max Verstappen tornou-se Tricampeão do Mundo de Pilotos e igualou os lendários Jack Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda, Nelson Piquet e Ayrton Senna.
Lista de Campeões do Mundo:
Corrida
Antes mesmo do início da corrida, a Ferrari anunciou que, por causa de uma fuga de combustível detetada a pouco mais de uma hora do início da corrida, Carlos Sainz não ia participar na prova principal do GP do Qatar.
Os semáforos apagaram-se e Max partiu de forma a segurar a liderança sobre George Russell. Lewis Hamilton a partir de terceiro e de macios partiu para o ataque aos pilotos da frente na curva 1, chegando mesmo a estar à frente de Russell, mas um toque com o companheiro de equipa “atirou” o 7 vezes campeão do mundo para fora da pista, levando-o ao abandono. Russell pôde continuar, mas caiu para o fundo da classificação.
O reinício foi dado na volta 5 com Verstappen a adiantar-se a Piastri com antecedência, impedindo o australiano de atacar a sua posição.
Em boa verdade, Verstappen partiu e não deu hipótese de ataque por parte de Piastri, nem de nenhum outro adversário.
Pois bem, a corrida não foi de grande emoção. As lutas não foram assim tão emocionantes, visto que os pilotos apenas precisavam de esperar pela reta da meta que, com DRS, facilmente ultrapassavam os adversários.
Max venceu, foi a 14ª vitória do Tricampeão Mundial, Piastri terminou em segundo e Lando Norris repetiu a faceta da sprint, terminando em terceiro.
O que a corrida não teve de emoção, teve de controvérsia. Vários foram os pilotos que se sentiram mal durante e após a prova, tais como, Sargeant, Stroll, Ocon, etc. Mas não foram os únicos problemas. Sargeant sofreu de uma desidratação e foi obrigado a abandonar, informação já confirmada pela Williams.
Ainda na Williams, Alex Albon teve de ir ao centro médico após a corrida para tratar uma “exposição aguda ao calor”
Mas a situação piora. Esteban Ocon confirmou que vomitou ainda numa fase inicial da corrida, na volta 15.
Também Lance Stroll teve dificuldades a sair do carro. Um vídeo do “onboard” mostra o piloto canadiano a ter de se apoiar numa ambulância. Mais tarde, a Aston Martin confirmou que tudo estava bem com o piloto.
Estes foram os casos mais relevantes. Mas além desses, por várias vezes, diversos pilotos utilizaram “1001” formas de se refrescarem, Alonso queixou-se que o seu assento “queimava” e Lando Norris afirmou que vários pilotos perderam os sentidos no centro médico do circuito. Enfim, certamente, que em 2024 a F1 estará de volta ao Qatar.
Classificações dos Campeonatos de Pilotos e de Construtores:
A F1 regressa de 20 a 22 de outubro para o GP dos EUA, no Circuito das Américas, Austin.
