Apreciação da temporada de 2023 da F1 – Parte 2
Segue aqui a segunda parte da apreciação à temporada de 2023 de F1
5º: Aston Martin – 280p
A equipa britânica teve uma temporada histórica. No início, os resultados extraordinários de Fernando Alonso fizeram-nos acreditar que o espanhol iria em busca não só da 33 (alusão à possível 33ª vitória), como do 3º Campeonato do Mundo de Pilotos. Ora, as dores de crescimento afetaram a equipa que não conseguiu manter o nível necessário, tampouco melhorou. Na verdade, até pioraram.
Alonso conseguiu, com a sua experiência, que é proporcional à magia das suas mãos, terminar a temporada em 4º lugar, mas não conseguiu a tão esperada 33ª vitória. Ainda assim, o asturiano conquistou 8 pódios (3x o segundo posto e 5x o terceiro lugar). Conquistou 206 pontos
Por outro lado, Lance Stroll não conseguiu acompanhar o andamento do companheiro de equipa. O melhor que conseguiu foi um 4º lugar na Austrália, mas de resto, não pontou em 9 corridas. Terminou em 10º lugar, com 74 pontos.
6º: Alpine – 120p
A Alpine é um caso de estudo. Mas daqueles estudos aprofundados. Ano após ano, a marca francesa enche-se de promessas de que “pró ano é que é”, mas a cada ano que passa, percebe-se que andam para trás. Este ano tinham um contexto semelhante aquando da entrada da Renault nos anos 80: Marca francesa, motor francês, pilotos franceses, patrocinado por uma gigante francesa (Castrol). E as promessas de um carro competitivo também estavam presente. Mas, como se diz na gíria, foi “vira o disco e toca o mesmo”. Salvou-se o magnífico pódio de Ocon no Mónaco e o pódio de Gasly nos Países Baixos. Gasly terminou em 11º lugar, com 62 pontos e Ocon terminou em 12º, com 58.
7º: Williams – 28p
A equipa fundada por Frank Williams em 1977 conseguiu o seu melhor resultado no campeonato desde 2017. Muito pelo trabalho de Alex Albon ao longo dos 22 GP’s. O britânico conquistou 27 dos 28 pontos da equipa e terminou a temporada em 13º lugar. O seu melhor resultado deu-se no Canadá e em Itália, nos quais conquistou o 7º posto. Ainda assim, é injusto desconsiderar o ponto conquistado por Logan Sargeant. O americano conseguiu o 10º lugar no GP dos EUA, estreando-se nos pontos. Por muito que não tenha pontuado mais, o piloto de Fort Lauderdale atingiu bons níveis de performance no Bahrain, Áustria, Reino Unido, São Paulo e Qatar. Terminou a época no 21º posto.
8º: Alpha Tauri – 25p
A equipa – cujo naming para 2024 à data da escrita deste artigo ainda não foi revelado – teve um autêntico jogo de cadeiras. Yuki Tsunoda foi o único que se manteve no seu lugar, de resto, no outro carro, Nyck De Vries, Liam Lawson e Daniel Ricciardo tiveram passagens breves pela equipa.
De Vries começou a época, mas os maus resultados afastaram-no logo após o GP da Grã-Bretanha. Para o seu lugar, a equipa italiana contratou Daniel Ricciardo, porém, o acidente nos Países Baixos e consequente lesão afastaram-no por alguns GP’s. Para o seu lugar, a equipa chamou o piloto de reserva Liam Lawson. Este conquistou 2 pontos nos 5 Grandes Prémios que participou e terminou a temporada em 20º. Quanto a Ricciardo, ainda participou num total de 7 GP’s, conquistando 6 pontos e terminando em 17º. De Vries não conquistou nenhum ponto e terminou em 22º. Yuki Tsunoda conquistou 17 pontos e terminou em 14º.
9º: Alfa Romeo-Sauber – 16p
Uma época de pouca relevância para equipa no ano que ditou o final da parceria entre os italianos da Alfa Romeo e o suíço Peter Sauber. O fraco rendimento do monolugar revelou-se desde o início. Os 13 pontos conquistados por Bottas deram um ligeiro sorriso à equipa de Hinwill. Guanyu Zhou também conquistou 3 pontos e terminou em 18º. Bottas terminou um pouco melhor, em 15º.
10º: Haas – 12p
Os americanos tiveram uma temporada algo inconsistente de GP em GP. Isto é, apesar das boas qualificações que Nico Hulkenberg e Kevin Magnussen tinham capacidade de fazer, o desempenho em corrida foi sempre inferior, nunca permitindo a soma de bons pontos. Algo idêntico ao que acontecia com a Ferrari. Todavia, Hulkenberg conseguiu conquistar o 7º lugar na Austrália e o 6º lugar na sprint da Áustria, rendendo-lhe 9 pontos e o 16º lugar no campeonato. Quanto a K-Mag, o dinamarquês conquistou apenas 3 pontos, ficando-se pelo 19º lugar.
A F1 regressa em fevereiro do próximo ano para um calendário de 24 GP´s.
Até 2024, Fórmula 1.