6 Jogadores que regressaram em grande à Liga NOS
ARSÉNIO (MOREIRENSE FC)
O campeonato já tinha saudades de um jogador que “agitasse” tanto uma equipa pequena como Arsénio. O extremo “ruivo” da equipa da Moreira de Cónegos tem estado bem, apresentando-se como um dos principais “actores” no ataque da sua equipa. Mais “adulto”, experiente e comunicativo, o esquerdino tem tentado dar alguma profundidade a um ataque que começou francamente mal o campeonato (apesar do empate a uma bola contra o Sporting CP), mas que tem tentado encontrar um rumo.
Arsénio jogou em 16/17 pelo CSKA de Sófia na Bulgária, completando 30 jogos 4 golos e 6 assistências pela equipa da capital, sendo que era o seu 2º ano fora de Portugal. Saiu de Moreira de Cónegos em 2014 em direcção a terras búlgaras, num bom negócio para o clube que então continuava a ter os mesmos objectivos que hoje em dia.
O que esperar de Arsénio? Um jogador com ritmo, que gosta de arriscar, criar espaço para abrir linha de passe para os seus colegas e que tenta fazer o gosto ao pé. Um dos melhores de uma época muito medíocre do Moreirense… conseguem aguentar-se na Liga NOS?
ANDRÉ LEÃO (FC PAÇOS DE FERREIRA)
O trinco voltou de Espanha, após três anos ao serviço do Valladolid e não fosse um pequeno toque poderia ser mesmo um dos totalistas da equipa da Capital do Móvel. Leão sempre foi muito cotado pela sua capacidade em destruir jogo e devolver a bola ao meio-campo ofensivo, aparecendo bem como um jogador “tampão”, tornando a vida muito difícil para as equipas adversárias, especialmente nos jogos em casa.
Raçudo, empenhado, “duro” e com boa visão/timing para abordar o tackle, Leão tem desempenhado bem as funções neste Paços de Ferreira, encaixando que nem uma “luva” no futebol que Petit gosta de impor. Apesar do início de época (igualmente com o Moreirense) menos positivo, André Leão tem sido um dos jogadores que vale a pena considerar como em melhor forma, assumindo um comportamento sério e dedicado, algo que as lides pacenses agradecem.
Pena que já não vá a tempo de dar o salto para uma equipa do top-5 como o Braga, Marítimo ou Guimarães, pois merecia uma oportunidade para demonstrar o quão valioso pode ser numa equipa com objectivos mais “europeus” e cimeiros que o Paços de Ferreira (fez parte daquela super-equipe de Paulo Fonseca em 2012/2013).
Outro pormenor vai para o facto de ser um jogador extremamente leal à causa, sendo a sua 6ª época em Paços de Ferreira.
DAVID SIMÃO (BOAVISTA FC)
O médio-centro formado no SL Benfica regressou da Bulgária (jogou ao lado de Arsénio a temporada passada) para o Bessa e desde que aterrou com os pés no Porto, tem conseguido galgar km’s ao serviço dos axadrezados.
Possante e físico, David Simão é um jogador que cria dificuldades acrescidas aos seus opositores, tentando tirar espaço de manobra aos jogadores mais criativos, ou pressionar de uma forma tal que força-os a refugiarem-se para outros pontos do terreno de jogo. Com um bom índice de impacto, o trinco/médio-centro tem apresentado bons argumentos no meio-campo, afirmando-se como um dos melhores jogadores do Boavista na presente temporada.
Desde a 3ª jornada que tem jogado os 90 minutos, não se vislumbrando uma queda a nível de ritmo de jogo ao longo do encontro. O um ano a actuar no estrangeiro ajudou no seu crescimento e é agora um atleta mais completo, útil e que pode ajudar os axadrezados a atingir outro lugar na tabela que não os últimos dez lugares da Liga NOS.
JOÃO SILVA (CD FEIRENSE)
O reforço de última hora da equipa de Sta. Maria da Feira tem se apresentado num nível satisfatório, com uma boa dose de acutilância ofensiva, desgaste da sua marcação mais directa, com um trabalho intenso e sério. João Silva passou as últimas duas épocas a jogar em Itália, ao serviço do Avelino e Salernitana 1919 (ambos na Serie B), onde acumulou experiência, desenvolvendo boas capacidades no centro do ataque.
Com possibilidade de descair para as alas, Silva tem sido um dos eleitos de Nuno Manta numa equipa que luta a todo o custo para “fugir” aos últimos lugares, sendo que para já tem 14 pontos conquistados, necessitando de apenas mais 16 para obter a tão aguardada salvação. Conta só com um golo nos 11 jogos que jogou, algo que pode criar algumas dúvidas na qualidade do avançado.
Todavia, a forma como o Feirense se dispõe em campo, em que não entrega (totalmente) o papel de ponta-de-lança ao avançado de 27 anos, atribuindo um papel mais solidário, colectivo e menos de execução individual. Todavia, o trabalho que faz dentro da grande área cria, por vezes, certos desequilíbrios que ajudam à equipa de Santa Maria da Feira a marcar golos.
FÁBIO COENTRÃO (SPORTING CP)
Após tantos anos a jogar em Espanha (e muito brevemente no Mónaco), Fábio Coentrão regressa a Portugal para voltar ao seu melhor. Imprescindível no onze de Jorge Jesus, o lateral-esquerdo foi um dos reforços sonantes da equipa de Alvalade, mas que, também, recebeu vários pontos de interrogação no dia que assinou pelos Leões. Agastado com sucessivas lesões musculares e cada vez mais longe de ser uma opção em Madrid, Coentrão chegou ao Sporting CP para voltar ao seu melhor e, ao contrário das constantes dúvidas, tem-no conseguido.
Ao todo já soma 19 jogos em toda a temporada, 11 só para Liga NOS, tendo ajudado na vitória no Bessa com um golo de cabeça e duas assistências. Coentrão voltou ao seu melhor, com uma série de fugas pela esquerda, lances de fino recorte e toda uma aúra diferente que dá outra dimensão à ala esquerda dos Leões.
Competente, raçudo e dinâmico, o lateral internacional português ainda está um pouco longe do jogador que foi tanto em Madrid ou ao serviço do SL Benfica, mas a par e passo para lá caminha, consistentemente. Um excelente regresso que dá outro “sabor” à Liga NOS.
VINCENT ABOUBAKAR (FC PORTO)
Evidentemente que era impossível esquecer o melhor jogador do campeonato português actualmente: Vincent Aboubakar (na foto de destaque). O camaronês vai com 12 golos em 15 jogos, mais três assistências, assumindo uma taxa de quase 100% de aproveitamento ao serviço do FC Porto. Rápido, bastante móvel e ágil, Aboubakar ganhou um peso enorme dentro do onze de Sérgio Conceição, sendo um dos pilares do jogo ofensivo dos Dragões.
Após um ano na Turquia, onde foi campeão pelo Besiktas, Aboubakar deu uma nova hipótese à Liga NOS e, para o bem do campeonato português, tem corrido bem. Golos, lances alucinantes, toques de génio e alguns remates imprevisíveis fazem do 9 um dos jogadores mais badalados do FC Porto.
Um reforço “interno” e uma aposta concreta num atleta que dá outro formato a um ataque que gosta de primar pela velocidade, explosão e “fome” de bola. E Aboubakar faz um “check” em todos estes aspectos, dando uma magia africana no ataque ao jeito de Benny McCarthy (com as suas devidas diferenças).
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