Abril, decisões mil – Os melhores momentos da Liga NOS
CF Os Belenenses 2 – 0 FC Porto
O Porto chegou ao Restelo de olhos postos no título e só interessavam os 3 pontos. Apesar disso, foi o Belenenses o primeiro criar perigo e a chegar ao golo. 10 minutos de jogo e um desentendimento entre Osorio e Felipe. A dupla de centrais portista falha desastrosamente a interceção e deixa Nathan na cara de Casillas. Na cara do golo o avançado brasileiro na facilitou.
Depois do golo o Porto cresceu no jogo, procurando rapidamente o empate. Mesmo dispondo de um bom par de oportunidades, o jogo chegou ao intervalo com o 1-0 para os da casa. A segunda parte começou como acabou a primeira: com o Porto por cima. Em dois cantos consecutivos, André Moreira (guardião do Belenenses) fez duas fantásticas intervenções que manteve a vantagem.
Logo de seguida, aos 70 minutos, livre à esquerda para Fredy encontrar a cabeça do recém-entrado Maurides. O brasileiro fixou o resultado final já que o Porto nunca foi capaz de fazer golo.
De realçar a eficácia do Belenenses ao fazer 2 golos em 4 remates e, por outro lado a ineficácia do Porto ao não marcar em 31 remates. Derrota complicada na luta pelo título para a equipa de Sérgio Conceição a abrir o mês de abril.
Vitória SC 3 – 0 Rio Ave FC
Jogo em Guimarães entre duas boas equipas da Liga NOS a inaugurar a jornada 29. O jogo começou com oportunidades para os dois lados, mas foi ao minuto 22 que o Vitória chegou ao golo. Canto à esquerda que sofre um desvio ao primeiro poste para o 1-0 dos da casa.
Ainda o Rio Ave não tinha assimilado o 1-0 e o segundo dos vitorianos já entrava. Novo canto, desta feita à direita, para Mattheus que Jubal desvia (de novo ao primeiro poste) para golo. Dois golos de rajada para os homens do Vitória que, a partir daí apenas tiveram de controlar o encontro.
Mas ao invés de gerir as operações, os da casa aumentaram a vantagem. Excelente trabalho de Héldon (incluindo um túnel a um adversário) que cruza para o coração da área para a cabeça de Rafael Martins. O brasileiro, solto na área encostou para o 3-0 antes do intervalo.
Na segunda parte o Rio Ave nunca acreditou num bom resultado e foi sempre o Vitória a estar mais perto do golo. A equipa de Vila de Conde não conseguiu impor o seu jogo no Estádio D. Afonso Henriques e saiu com uma pesada derrota.
CD Feirense 2 – 2 SC Braga
Deslocação difícil para os bracarenses que, em Santa Maria da Feira, entraram com vontade de vencer. Duas boas oportunidades logo a começar a partida até chegarem, ao minuto 30, ao primeiro golo. Passe fantástico de Ricardo Horta que encontra Paulinho sozinho na área para o cabeceamento certeiro do avançado português.
O Braga continuou a dominar o jogo e dispôs de várias oportunidades para chegar ao segundo. Foi, por isso, contra a corrente do jogo que o Feirense chega ao empate. Luís Machado deixou um adversário pelo caminho e reatou de fora da área para um golaço. Bola no ângulo da baliza de Matheus e sem hipótese para o guardião.
Com o golo o Feirense cresceu e enviou mesmo uma bola ao poste. Apesar disso foi o Braga a chegar à vantagem, aos 82 minutos. Cruzamento da direita de Esgaio que, sozinho na área, Dyego Sousa aproveitou para o 1-2. Mais uma desatenção defensiva do Feirense a dar em golo do Braga.
O Feirense não desistiu e, aos 90+2, um grande remate de longe obriga Matheus a uma enorme defesa para canto. Nesse mesmo canto, batido por Tiago Silva, Briseño encontra o caminho do golo. Empate nos descontos que premeia o Feirense pelo acreditar até ao fim.
Paços de Ferreira FC 1 – 5 SC Braga
Mais uma deslocação para os bracarenses, desta vez a Paços de Ferreira. O jogo foi todo de um único sentido, ainda mais com a expulsão de João Góis ao minuto 7. O lateral do Paços fez penalty e viu o vermelho. Paulinho, na conversão, enviou à barra, mas apenas adiou o golo dos visitantes.
Aos 17 minutos o cruzamento de Raul Silva foi finalizado por Wilson Eduardo e, logo aos 20, os mesmos intervenientes. Passe de Raul que Wilson finaliza com um remate de meia distância. 0-2 em 3 minutos e o jogo está decidido.
Ainda assim, já na segunda parte o Paços reduziu para 1-2. O cruzamento de António Xavier passa por toda a área até encontrar Luiz Phellype que finalizou. Um novo ânimo para os da casa, destruído logo aos 62 minutos. Bom trabalho de Ricardo Horta que remata junto ao poste para o 1-3.
A goleada ficou fechada com golos de Danilo e de Dyego Sousa. O primeiro num canto bem batido por Jefferson e o segundo na cara do guarda-redes adversário depois de confusão na área do Feirense.
O Braga passou com distinção em Paços de Ferreira, num mês de abril com 1 empate e 3 vitórias.
SL Benfica 0 – 1 FC Porto
O grande jogo do mês aconteceu no Estádio da Luz. As contas do título em jogo e uma primeira parte forte do Benfica, a dominar o encontro. Mesmo com algumas oportunidades o nulo manteve-se até ao intervalo. A chance mais clara apareceu aos 44 minutos com Pizzi na cara de Casillas. O médio encarnado rematou fraco e permitiu uma boa defesa do espanhol.
A segunda parte foi, por seu turno, toda do Porto. Os dragões entraram muito fortes e dominaram os 45 minutos. Com mais ambição e qualidade, os azuis do Norte tiveram várias oportunidades de chegar à vantagem que chegou já perto dos 90.
Foi mesmo ao minuto 90 que Herrera silenciou a Luz. O médio mexicano aproveitou uma segunda bola à entrada da área para fazer um grande golo. Um remate indefensável que fez recordar os encarnados do famoso golo de Kelvin em 2013. Um campeonato a cair por terra num jogo com o Porto e já perto do final.
Sérgio Conceição e o plantel portista mostraram fibra de campeão na segunda parte e foram os merecidos vencedores do Clássico na Luz.
CF Os Belenenses 3 – 4 Sporting CP
Com a derrota do Benfica na Luz o Sporting procurava reduzir distâncias para o rival no Restelo. O jogo começou mal para os leões com um penalty a ser assinalado logo ais 7 minutos. Da marca dos 11 metros, Hassan Yebda abriu a contagem para os homens da casa.
A equipa de Jorge Jesus respondeu logo aos 12 minutos. Passe soberbo de Bruno Fernandes para Bas Dost que recebeu e rematou para o golo. Ao dar dois toques, Bas Dost acabou com uma sequência de 45 golos de primeira. Uma marca interessante do avançado holandês.
O Sporting chegou rapidamente à reviravolta e com mais uma assistência de Bruno Fernandes. O médio português descobriu Gelson a entrar na área e o extremo fuzilou André Moreira. 1-2 aos 16 minutos de jogo. Com um jogo mais parado, o Sporting chegou mesmo ao terceiro ao minuto 41. Bola perdida na área dos da casa que Acuña aproveita para ampliar a vantagem dos leões.
Na segunda parte o Belenenses entrou atrevido e, depois de um excelente da asa esquerda, Hanin entrou soltou na área e descobriu Licá. O ex-Porto, no coração da área fuzilou Rui Patrício para o segundo do Belenenses aos 65 minutos. Sem deixar o Sporting respirar, a equipa de Silas chegou ao empate. Aos 68 Acuña derrubou Licá na área e, já aos 70 minutos, Fredy cobrou com sucesso o segundo penalty do jogo.
Aos 72 minutos e depois de grande confusão na área, o árbitro marca penalty a favor do Sporting e expulsa (por segundo amarelo) Yebda. O médio acertou com o cotovelo em Bas Dost e, Bruno Fernandes fez o 2-3 final.
Três penaltis numa partida sofrida para o Sporting que teve de suar para bater o rival lisboeta.
SL Benfica 2 – 3 CD Tondela
Depois da derrota com Porto, o mês de abril não podia trazer mais deslizes dos encarnados. E o jogo começou bem para os da casa: Cervi apanhou uma bola perdida na área, fez um passe atrasado para o remate forte de Pizzi. 1-0 aos 12 minutos e tudo parecia encaminhado.
O Benfica ia controlando as operações, mas uma perda de bola de Cervi gerou o contra-ataque do Tondela. Passe em desmarcação de David Bruno que encontra Miguel Cardoso na passada. Bruno Varela fica a meio caminho na saída e o avançado do Tondela fez-lhe o chapéu. Grande golo do português que estava ainda a começar.
9 minutos depois (aos 39), lançamento do Tondela à direita, Luisão perde nas alturas e a bola sobra para Miguel Cardoso. Sem pensar duas vezes o avançado bisou na partida e garantiu a reviravolta ao Tondela.
O Benfica dominou a segunda parte na procura do empate, mas sempre sem sucesso. O golo surgiu sim, mas novamente para o Tondela. Bola longa para a esquerda que para num duelo de Luisão com Tomané. O avançado do Tondela leva facilmente a melhor e faz o 1-3 na cara de Varela. Mais um balde de água fria para a Luz.
Salvio, que entrou já no decorrer do encontro, reduziu ainda aos 90+4 num belo chapéu já dentro da área. Golo insuficiente para o Benfica que perdeu os dois jogos em casa no mês de abril. Mês caótico para a Luz que disse, assim, adeus ao penta.
Marítimo M. 0 – 1 FC Porto
Para capitalizar na surpreendente derrota do Benfica, o Porto deslocou-se à Madeira para um jogo complicado. O Marítimo sempre foi um adversário difícil para os dragões e assim foi.
A primeira parte teve boas intervenções dos dois guardiões a manter o nulo até ao minuto 40. Bola longa de Sérgio Oliveira para Soares e Abedzadeh saiu dos postes e derrubou o avançado do Porto. Vermelho direto e 50 minutos para o Porto fazer o ambicionado golo.
O Marítimo foi aguentando às oportunidades que se iam acumulando para os dragões. Quando o jogo parecia condenado ao empate, um canto de Alex Telles à esquerda encontrou a cabeça de Marega. O avançado maliano saltou mais alto que toda a gente e fez o 0-1. Festa azul e branca nos Barreiros e um grande passo para o título.
O Porto teve um mês de abril quase perfeito. Começou com uma derrota em Belém, mas compensou com 4 vitórias, duas delas em deslocações complicadas.
CD Aves 1 – 0 Estoril Praia
Duelo de aflitos na Vila das Aves com as duas equipas desesperadas por pontos na luta pela manutenção. O jogo foi, desde cedo, repleto de oportunidades com os dois conjuntos a quererem a vitória. Facchini foi mesmo o homem do jogo ao parar uma mão cheia de oportunidades do Estoril.
A segunda parte foi tão equilibrada e disputada como a primeira até o Aves fazer o golo. Passe excelente de Vítor Gomes para a área onde Petrolina finalizou a jogada. Este golo surge ao minuto 81 e depois disso o Estoril não mais conseguiu criar muito perigo.
O Aves conseguiu 3 pontos cruciais na luta pela manutenção ficando dois pontos acima da linha de água. Por seu turno, o Estoril afundou ainda mais como último classificado. Ficou, assim, complicada a manutenção dos canarinhos.
O título iminente do FC Porto
O mês de abril foi, como o título indica, um mês de decisões. Sem se decidir oficialmente nada, o título ficou praticamente entregue. O Porto saiu deste mês com uma vantagem de 5 pontos para os rivais e deve fechar o título na próxima jornada. Para estas decisões contribuíram, e muito, as derrotas do Benfica (líder no início de abril) na Luz. Dois deslizes em casa que entregaram de bandeja o título.
Na manutenção houve também decisões importantes. O Estoril ficou (mais uma vez, praticamente) destinado à descida e Belenenses e Moreirense conseguiram fugir à linha de água.
A decisões finais acontecem já no início de maio que, apenas com duas jornadas, promete ser tão animado como este mês de abril.