3 lesões-estranhas que aconteceram a estrelas do futebol

Francisco IsaacFevereiro 23, 20205min0

3 lesões-estranhas que aconteceram a estrelas do futebol

Francisco IsaacFevereiro 23, 20205min0

O desporto mundial está carregado de histórias bizarras e o futebol não é excepção a esta regra, com inúmeros “contos” e historietas fantásticas que encheram não só páginas de jornais mas também de threads da internet. Entre as várias categorias do bizarro as lesões-estranhas merecem um claro destaque e fomos em busca de três das melhores histórias!

Que outras podíamos ter relembrado neste artigo?

SANTIAGO CAÑIZARES (ESPANHA)

Para quem não se recorda do super-Valência do início do século XXI, então ajudamos a explicar quem eram as pedras-basilares dessa fase da história do emblema Che que chegou a ser campeão de Espanha em em 2002 e 2004: Mista, Angulo, Mendieta, Ricardo Oliveira, Roberto Ayala, Carlos Marchena, Kily Gonzalez e Santiago Cañizares. Este último foi dos maiores ícones de sempre do clube valenciano com mais de 300 jogos brindados com títulos, troféus e conquistas individuais, enchendo entre os postes. Durante vários anos digladiou-se com Iker Casillas pela camisola 1 da Espanha e chegou a mesmo a subsistir a dúvida se em 2002 não iria ser ele a ter o direito de se assumir como titular no Mundial organizado pela Coreia do Sul/Japão.

Porém, em meados de Maio desse ano e quando estava prestes a juntar-se na concentração da Espanha, Cañizares sofre uma lesão do mais estranho possível… um corte profundo no pé, mais precisamente no dedo grande sofrendo danos a nível de tendão.

E como sofreu esta lesão o guardião? Com um frasco de aftershave. O guarda-redes do Valencia estava a acabar de se arranjar para sair do quarto de hotel quando se distraiu e deixou cair o frasco ao chão, partindo-se este em vários pedaços com um dos quais a penetrar e a lesionar Cañizares. Foi desta forma que uma das maiores lendas das balizas de Espanha falhou o Mundial… mas perante a forma como acabou a campanha espanhola em terras asiáticas, terá sido preferível sofrer esta lesão? Ou aguentar a arbitragem incorrecta (no mínimo) de Gamal Al-Ghandour teria sido pior?

SVEIN GRONDALEN (NORUEGA)

Internacional norueguês por mais de 77 ocasiões entre os anos 70 e 80, Svein Grondalen é considerado um dos centrais mais emblemáticos quer da selecção deste país nórdico ou do Rosenborg, apesar deste emblema não ter conseguido ser campeão durante os seus cinco anos de serviço no clube. No meio de uma carreira que chegou quase aos 300 jogos, Grondalen tem uma história especialmente peculiar (ou espectacular?) que o empurrou para fora de um jogo pela selecção da Noruega, isto no ano de 1978.

O central numa manhã – três dias antes do jogo – fez a sua típica corrida pela floresta junto de sua casa nos arredores de Trondheim e do nada foi vítima de ataque vergonhoso… o perpetrador? Um alce! Um alce de uma envergadura gigantesca que esperava por Grondalen, como se de um sniper se tratasse. Falando agora mais a sério, o alce existiu mesmo e abalroou o central sem perdão causando uma lesão que o impossibilitou de jogar durante algum tempo tanto pela Noruega ou Rosenborg. Moral da história? Fazer Jogging na Noruega pode ser letal.

Um alce norueguês (Foto: Getty Images)

JULIO ARCA (ARGENTINA)

Qual é o ser aquático que consegue combinar os adjectivos de estranho, letalidade, esponjoso e inofensivo? A alforreca. Sim, poderíamos falar dos tubarões, orcas, plástico, peixe-aranha, etc, mas a alforreca é um daqueles elementos do reino animal que cria mais apreensão ao ser humano, até porque surge com facilidade junto das praias. Ora, em 2004 Julio Arca foi vítima de um ataque por parte de uma Caravela-Portuguesa, a alforreca/medusa mais letal que existe… mas como aconteceu este confronto entre homem versus alforreca?

Durante o estágio de preparação para um jogo da Premier League, o jogador argentino deu um mergulho em Seaburn, um resort junto à cidade de Sunderland, clube pelo qual alinhava na altura. Os jogadores do Sunderland tinham sido avisados que poderia existir o franco perigo de se depararem com alforrecas, como comunicado pelo Aquário de Blue Reef sediado Tynemouth, mas Julio Arca quis relaxar de um treino físico intenso e arrefecer nas águas gélidas que banham a costa inglesa. Quando começou a nadar, o lateral-esquerdo sentiu um picão agudo e que imediatamente causou-lhe dores e foi forçado a ser imediatamente assistido pelos seus colegas de equipa.

No meio do susto e da preocupação de se poder tratar de algo venenoso, Arca foi levado para o hospital onde ficou duas noites em prevenção “sobrevivendo” ao ataque da alforreca que acabou por se tratar de uma alforreca-de-juba-de-lesão, que apesar de não ter o mesmo nível de perigo da Caravela-do-Mar não deixa de poder ser letal quando não tratado imediatamente. O argentino recuperou rápido e foi convocado para o jogo seguinte, ultrapassando esse susto, mas nunca mais mergulhou naqueles mares desde o incidente como o próprio admitiu.


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