Arquivo de Ténis - Página 18 de 23 - Fair Play

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André Dias PereiraSetembro 20, 20182min0

Stanley Roger Smith. O nome pouco diz à maioria. Mesmo entre o público do ténis, Stan Smith, como ficou popularizado, não está entre os primeiros nomes no que toca a referências da modalidade. Provavelmente, a sua icónica linha feminina de ténis da Adidas será, hoje, o seu melhor bilhete de identidade.

Contudo, Smith é mais do que um nome de calçado da marca alemã. Foi também o primeiro tenista a vencer o 1º Torneio Masters Cup, que atualmente se disputa no final do ano e reúne os melhores tenistas da temporada. Juntamente com Bob Lutz formou, nas décadas de 70 e início de 80, uma das melhores duplas da história. Em 1971 e 1972 venceu, respetivamente, o US Open e Wimbledon. Feitos que o levaram, em 1987, a entrar no International Tennis Hall of Fame.

Treinado por George Toley, Stan Smith começou por jogar na universidade, na Califórnia, vencendo, em 1968, os campeonatos universitários de NCAA, em singulares. O seu talento fê-lo integrar por três vezes o All American, uma equipa composta pelos melhores desportistas norte-americanos.

Mas foi com o treinador Pancho Segura, tenista de referência nas décadas de 40 e 50, que Smith atingiu outro patamar. O início dos anos 70 foi o seu período dourado, ou pelo menos, o mais titulado. Em 1971 ganhou o seu primeiro Grand Slam. Foi o US Open, diante Jan Kodes (3–6, 6–3, 6–2, 7–6). No ano seguinte ganhou Wimbledon frente a Ilie Nastase (4-6, 6-3, 6-3, 4-6, 7-5). Ainda em singulares não foi tão bem sucedido no Australian Open (nunca passou da terceira ronda) mas em Roland Garros foi duas vezes finalista vencido (1971 e 1972).

Stan Smtih dá nome a uma das mais icónicas linhas de ténis feminino. Foto: .afew-store.com

Tetracampeão em Wimbledon

Stan Smith fica, contudo, na história como sendo o primeiro vencedor do torneio Masters, disputado em Tóquio. O adversário da final era nada menos que Rod Laver: 4–6, 6–3, 6–4.

Em termos de títulos, o norte-americano notabilizou-se ainda mais em pares. Venceu quatro torneios US Open, (1968, 1974, 1978, 1980). Em Wimbledon bateu na trave por outras quatro vezes, tendo sido finalista vencido (1972, 1974, 1980, 1981), tal como no Australian Open (1970).

A sua carreira de sucesso levou-o, mais tarde, a ser treinador na Associação de Ténis dos EUA. Atualmente, tem uma Academia de Ténis e é presidente do International Tennis Hall of Fame.

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André Dias PereiraSetembro 12, 20186min0

Diz o adágio que a festa não se faz quando a temporada começa mas sim quando acaba. Que o diga Novak Djokovic, que este domingo conquistou pela terceira vez o US Open. Depois de uma longa paragem por lesão, que arrancou em Wimbledon, 2017, o sérvio regressou oficialmente à competição no Australian Open. Foi em Janeiro deste ano. Caiu na terceira ronda perante Chung Hyeon. Seguiu-se nova operação e Djokovic regressou mais cedo do que se pensava, para jogar Indian Wells e o Miami Open. Outra vez, caiu nas primeiras rondas. Seguiram-se muitas interrogações, até para o sérvio. Por esta altura, Roger Federer, vencedor do Australian Open, passeava a sua classe e aumentava a sua lenda. Ao mesmo tempo, Rafael Nadal continuava afinar a sua máquina, regressando ao seu melhor. Até vencer Roland Garros.

É por isso que a vitória de Novak Djokovic no US Open é, acima de tudo, a vitória da persistência. É, por assim dizer, o apogeu num ano com muitos baixos, no arranque da época, e grandes picos, no final. É também a consolidação do título em Wimbledon e da vitória recente em Cincinnati.

E o triunfo (6-3, 7-6 e 6-3) em Nova Iorque chegou curiosamente sobre outro jogador que entre 2014 e 2016 atravessou também o calvário de uma lesão no pulso: Juan Martin Del Potro. O argentino, que cedeu o terceiro lugar do ranking a Djokovic, chegou a questionar o seu futuro no ténis. O ano de 2018 está, no entanto, a mostrar que valeu a pena chegar até aqui. O campeão do US Open de 2009 não voltou a repetir o feito, contudo, tem-se mantido entre o top-5, conquistando os títulos de Acapulco e Indian Wells. Este domingo, não resistiu a um Djokovic que fez jus ao seu melhor período de número 1 mundial. Nolan encostou Del Potro às cordas, soube explorar a esquerda do argentino, conseguindo ainda anular o seu serviço. E com tranquilidade foi construindo a sua vantagem.

Este foi o 14º Grand Slam para o sévio, que iguala Pete Sampras. Melhor, só Rafa Nadal (17) e Roger Federer (20).

Quando passei pela cirurgia, senti o que Juan Martin (Del Potro) passou quando esteve fora. Quando ficas fora, tentas fazer as coisas darem certo, mas elas não acontecem. Foram tempos difíceis, mas aprendemos com as dificuldades, com os tempos de dúvida.

Novak Djokovic, após a vitória sobre  Del Potro, que confimou o título do US Open

Para chegar à final, Del Potro deixou para trás, nas meias-finais, nada menos que Rafael Nadal. O espanhol acabou por sair lesionado, mas garantiu a continuidade na liderança mundial. Uma dor no joelho direito precipitou a desistência do maiorquino quando perdia por 2-0 em set: 7-6 e 6-2.

Tal como no Australian Open, Nadal saiu lesionado. Uma situação à qual não será alheia o grande esforço feito nos quartos de final contra Dominic Thiem, naquele que foi um dos grandes jogos do ano. O autríaco confirmou diante o espanhol que subiu o seu ténis a outro patamar e que, em breve, repetirá o feito de Paris, onde atingiu a sua primeira final de Grand Slam. Foram mais de 5 horas de jogo, com a vitória a sorrir ao número 1 mundial pelos parciais: 0-6, 6-4, 7-5, 6-7 e 7-6. Tal como ocorrera em Roland Garros.

João Sousa histórico. Federer, que futuro?

João Sousa perdeu pela quarta vez para Djokovic, mas fez história para Portugal. Foto: Record

Não será atrevimento dizer que o US Open de 2018 confirmou a reabilitação de jogadores tidos como proscritos. Tal como Djokovic e Del Potro, também Kei Nishikori tem tido um ano difícil. Depois de uma paragem de 5 meses, o japonês regressou à competição, em Fevereiro, em Nova Iorque. Foi, gradualmente, aumentando a sua competitividade até alcançar os quartos de final em Wimbledon. Agora, no US Open, só caiu nas meias-finais contra Novak Djokovic: 6-3, 6-4 e 6-2. O nipónico, finalista vencido em 2014, só pode sentir-se feliz com a sua prestação este ano.

Menos feliz estará Roger Federer. O suíço, que começou o ano a ganhar em Austrália e a recuperar a liderança mundial, foi surpreendido por John Millman: 3-6, 7-5, 7-6 e 7-6. O australiano, 55 do mundo, soube tirar proveito daquele que terá sido um jogos menos conseguidos da carreira do helvético. Federer teve nada menos do que 76 erros não forçados, errando ainda 70% no primeiro serviço. A final de Wimbledon e Cincinnati já tinham demonstrado um Federer abaixo da sua real capacidade. Aos 36 anos, e com uma participação reduzia em torneios – recorde-se que falhou toda a temporada de terra batida, incluindo Roland Garros – há quem questione o futuro de Federer.

Roger Federer deve jogar mais torneios ou considerar retirar-se

Pat Cash, ex-tenista australiano, vencedor de Wimbledon em 1987

Mas se há jogador que já desafiou a história e as probabilidades, é Federer. Matts Willander, ex-tenista e comentador, refere que o suíço deverá jogar até não conseguir ganhar mais jogos. E isso, apesar de tudo, parece estar longe de acontecer. Agora, ameaçado no ranking por Djokovic, Federer é ainda número dois mundial.

E por falar em história, João Sousa escreveu mais uma página dourada para o ténis luso. Ao atingir os oitavos de final, o Conquistador tornou-se o primeiro português a alcançar esse patamar em um Grand Slam. “Resultados como este ajudam a que a modalidade se torne maior no nosso país”, admitiu Sousa, que arrecadou 230 mil euros de prize money. Os 180 pontos averbados no US Open permitiram-lhe subir 19 lugares na hierarquia, regressando ao top-50. É agora 49º.

Por tudo isto (mas não só) a edição deste ano do US Open deixará saudade. Consagra campeões como Djokovic ou Del Potro, relança Nishikori, eleva Thiem a outro nível e vê Portugal entrar nas história dos Major. Mas também lança dúvidas sobre o futuro de Federer e Nadal. Apesar de campeoníssimos, até quando terão fulgor físico para se manter na disputa de Major? Pode Djokovic, agora numa nova fase, ultrapassar Sampras, ou Nadal e aproximar-se de Federer? E a nova geração? Thiem e Isner, nos quartos de final, foram os melhores, mas continuam longe das lendas que ainda predominam no circuito. A John Millman coube a surpresa, que também caiu nos quartos de final. O momento Andy Warholiano que, com 29 anos, dificilmente se repetirá. O que não nos importamos que se repita são torneios jogados a este nível.

Foi assim que Novak Djokovic venceu pela terceira vez o US Open

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André Dias PereiraSetembro 9, 20183min0

Aos 20 anos de idade, Naomi Osaka fez história para o seu país. Desde este sábado, dia 9, o Japão já se encontra entre os países vencedores de um Grand Slam feminino. Foi o primeiro título WTA para a nipónica e logo sobre o seu ídolo:  Serena Williams. A norte americana contudo acabaria por não aceitar a forma como perdeu “explodindo” contra o juíz português, Carlos Ramos, acusando-o de ser sexista.

Williams, 23 vezes campeã de Grand Slam, acabou por perder um jogo de serviço, devido a três advertências de Carlos Ramos. Osaka ganharia por 6-2 e 6-4, ao fim de 1h19 de jogo.

Osaka, que também cidadania norte-americana, iniciou o seu percurso no ténis em 2013. Em 2015 venceu o torneio Rising Stars Invitational e jogou pela primeira vez um Grand Slam. Foi o Australian Open, atingindo a terceira ronda. Ainda nesse ano ascendeu ao top-50. À entrada para este US Open, Osaka era 19 do mundo. Com este título subirá para sete mundial a partir desta segunda-feira.

Para atingir a final, Naomi Osaka deixou para trás, Laura Siegemund (6-3, 6-2), Julia Glushko (6-2, 6-0), Aliaksandra Sasnovich (6-3, 2-6, 6-4), Lesia Tsurenko (6-1, 6-1) e Madison Keys (6-2, 6-4).

Esta é a primeira conquista para um atleta do Japão em qualquer Major. Kei Nishikori, em 2014, foi quem havia chegado mais perto ao ser vice-campeão, também no US Open. Este ano caiu nas meias-finais perante Novak Djokovic, que este domingo joga a final com Juan Martin del Potro.

Para Serena Williams, fica o amargo. A norte-americana volta a falhar o recorde de Margaret Court como a maior campeã de Grand Slam, com 24 títulos.

Derrota pouco Serena

Serena Williams criticou o juíz Carlos Ramos e o supervisor do torneio teve que intervir. Foto: Fox

Estalou a polémica entre Serena Williams e o juíz Carlos Ramos. A norte-americana levou três advertências e chegou mesmo a acusar o português de “ladrão”, pedindo a intervenção do supervisor do torneio.

A confusão começou no início do segundo set, quando foi advertida por Carlos Ramos por supostamente ter recebido instruções do seu treinador, Patrick Mouratoglou. A segunda advertência aconteceu por a norte-americana ter partido a sua raquete. Williams acabou por chamar o português de “ladrão”, o que gerou a terceira advertência. Esse facto levou Serena Williams a acusar o juíz luso de sexismo. “Ele nunca tirou um jogo de serviço de um homem que o chamou de ladrão. Vou continuar a lutar por igualdade.

No final, a japonesa pediu desculpas ao público. “Estavam todos a torcer pela Serena. Desculpem-me. Sempre foi um sonho jogar com a Serena em uma final do US Open. Estou muito honrada por ter conseguido isso”.

Este foi um torneio que fica marcado por algumas surpresas. Como a eliminação de Simona Halep logo na ronda inaugural perante Kaia Kanepi (6-2 e 6-4). Na segunda ronda caiu Garbine Muguruza perante Karolina Muchova (3-6, 6-4, 6-4). Na terceira ronda, Serena Williams afastou a irmã, Vénus (6-1 e 6-2).  Foi o 30º confronto entre as duas manas, com 18 vitórias para Serena. Neste mesma ronda, Sloane Stephens afastou Victoria Azarenka (6-3, 6-4).

Anastasija Sevastova foi outra agradável surpresa do torneio. Natural da letónia, Sevastova atingiu as meias finais, deixando para trás, entre outras, Elina Svitolina (6-3, 1-6 e 6-0) e Sloane Stephens (6-2, 6-3). Sevastova acabaria por ser afastada por Serena Williams (6-3, 6-0). Aos 28 anos a letã é um exemplo de persistência. Aos 23 anos chegou a parar de jogar devido a lesões. Este foi o seu melhor resultado em Grand Slams.

Foi assim que Naomi Osaka venceu o US Open

André Dias PereiraSetembro 6, 20182min0

O ano era o de 1881. Ainda no século XIX. Foi o ano do nascimento, por exemplo, de Pablo Picasso. No desporto, o ano fica também marcado pelo nascimento de um torneio em cuja final, no próximo domingo se joga pela 127º vez. O US Open.

Mas nesse período a competição ainda não tinha essa nomenclatura. Era o US National Championships. Uma competição nacional jogada em singulares e pares masculinos. Disputado entre 31 de Agosto e 7 de Setembro, a prova começou por ser jogado em relva. Bem diferente do piso rápido em que se joga desde 1978.

Naquela época, apenas membros da Associação de Ténis dos EUA (actualmente, USTA) poderiam jogar a prova. E apenas em 1887 as mulheres começaram a participar. Dois anos depois, a competição foi aberta a pares femininos e em 1892, a pares mistos.

A primeira edição do que viria a ser o US Open jogou-se em Newport. Richard Sears foi o primeiro campeão numa final contra William E. Glyn (6-0, 6-3 e 6-2).

Isto, claro, numa época totalmente amadora. O norte-americano venceu, de resto, as sete primeiras edições da prova. Importa dizer, contudo, que naquela época o campeão apurava-se automaticamente para a final da edição seguinte. Sears começou por jogar ténis dois anos antes, em 1979. E ainda era estudante de Harvard quando venceu a primeira edição do US National Championships. Entre 1881 e 1987, ano em que se retirou, Richard Sears esteve 18 jogos sem perder.

Em pares, a dupla Clarance Clark e Fred Taylor levou a melhor sobre Arthur Newbold e Alexander Van Rensselaer (6-5, 6-4 e 6-5).

Os recordistas nas Eras Amadora e Open

Ao longo dos anos muitas foram as adaptações até se transformar no US Open. Apenas em 1978 se mudou para Flushing Meadows, onde ainda hoje se joga. De resto, a competição já foi jogada em todas as superfícies. Entre 1881 e 1974, na relva, entre 1975 e 1977, na terra batida, e desde 1978, em piso rápido.

Em 1968, Arthur Ashe consagrou-se como o primeiro campeão do US Open na era Open. O finalista vencido foi o holandês Tom Okker (14–12, 5–7, 6–3, 3–6, 6–3). Na Era Amadora, os norte-americanos William Larned, Richard Sears e Bill Tilden são os recordistas de vitórias, somando sete títulos cada. Na Era Open, Jimmy Connors, Pete Sampras e Roger Federer, são os maiores campeões, com cinco troféus cada. Mas o suíço já está fora de prova. Conseguirá Rafael Nadal, com três títulos, aproximar-se do trio? Até domingo saber-se-à a resposta.

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André Dias PereiraSetembro 4, 20184min0

O futuro dirá o legado que João Sousa deixa ao ténis português. Não será agora e também não será quando se aposentar. O impacto do “conquistador” estará, com toda a certeza, na influência que deixa aos que hoje o vêem brilhar e ambicionam repetir as suas proezas.

No US Open Sousa voltou a abrir caminhos e fazer história para o ténis português. Pela primeira vez, um tenista luso atingiu os oitavos de final de um Grand Slam.

João Sousa começou por vencer o espanhol Marcel Grannolers (6-2, 6-2 e 6-3). Seguiu-se outro espanhol, Pablo Carreño Busta: 4-6, 6-3, 5-7, 6-2 e 2-0. Busta acabou se afastar do jogo por lesão, permitindo a Sousa alcançar pela terceira vez a terceira ronda da prova. Esta foi também a terceira vez que os dois tenistas se enfrentaram. Na primeira, em 2014, Sousa venceu no Masters de Miami. No ano seguinte, foi o espanhol a levar a melhor em Winston, também nos EUA.

Para garantir um lugar na história do ténis luso, João Sousa precisou de levar a melhor sobre o luxamburguês Lucas Pouille. O Conquistador venceu em quatro sets: 7-6, 4-6, 7-6 e 7-6. “Sabia que tinha que jogar bem e foi perfeito”, declarou Sousa, naturalmente feliz por voltar a escrever uma página de ouro no ténis português.

Já nos oitavos de final, Sousa acabou por cair perante o favoritismo de Novak Djokovic. Foi a quarta vez que ambos se enfrentaram, sempre com vitória do sérvio. Esta segunda-feira, Nolan venceu por 6-3, 6-4 e 6-3. Ainda assim, Djokovic salientou que “o resultado não espelha a dificuldade do jogo”, sublinhando a qualidade do português e as dificuldades que este lhe impôs.

João Sousa, recorde-se, tornou-se em 2013 o primeiro jogador português a entrar no top-50. No ano seguinte foi o primeiro tenista luso a jogar exclusivamente no ATP World Tour durante uma temporada. Ainda em 2014, foi o primeiro português a ser cabeça de série num Grand Slam, precisamente o US Open. É o jogador português com maior número de vitórias em Grand Slam, maior prize money e o tenista luso com mais títulos ATP: Kuala Lumpur (2013), Valência (2015) e Estoril (2018). A vitória no Estoril Open foi também a primeira de um português na única prova nacional incluída no calendário ATP. Por tudo isto, João Sousa é, pelo menos, o tenista português mais bem sucedido.

John Millman espanta o mundo

Nadal precisa de atingir as meias-finais para manter a liderança mundial.

O US Open chega agora aos quartos de final. E pode-se dizer que tudo está em aberto, com os quase todos os favoritos em acção. Quase, porque Roger Federer caiu com estrondo perante John Millman. O australiano fez um jogo muito assertivo e beneficiou dos 76 (!!!) erros não forçados por parte do suíço, que se despede precocemente dos EUA. Millman, 29 anos de idade, atinge pela primeira vez este patamar em um Grand Slam. Pela frente terá agora outro peso pesado: Novak Djokovic.

Roger Federer tinha deixado para trás Yoshihito Nishioka (6-2, 6-2 e 6-4), Benoit Paire (7-5, 6-4 e 6-4) e Nick Kyrgios (6-4, 6-1 e 7-5). Ainda não foi desta que o Kyrgios conseguiu brilhar em um Grand Slam. Os oitavos de final são agora o seu melhor registo no US Open. Melhor que isso, só os quartos de final em Wimbledon (2014) e Roland Garros (2015).

E há que lembrar também que Rafa Nadal está em prova. O espanhol jogará com Dominic Thiem. O maiorquino precisou de quatro sets na ronda anterior para vencer Nikoloz Basilashvili (6-3, 6-3, 6-7 e 6-4). O georgiano está a ter um ano de sonho. Em Hamburgo venceu não só o seu primeiro título ATP, como esse foi também o primeiro troféu para o seu país.

Nadal é claramente favorito contra Thiem, numa reedição da final de Roland Garros deste ano. Dos restantes jogos, Del Potro (3) detém algum favoritismo face a John Isner (11), enquanto Marin Cilic (7) e Kei Nishikori jogam também por um lugar nas meias-finais.

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André Dias PereiraAgosto 27, 20185min0

Arranca esta segunda-feira a 138º edição do US Open. A pergunta que uma vez mais se coloca é se haverá alguém capaz de se intrometer entre a troika do ténis: Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic.

Tem sido assim nos últimos anos. Os três grandes do ténis mundial têm se apresentado, repetidamente, como os maiores favoritos. Nos últimos anos Stan Wawrinka (2016) e Marin Cilic (2014) intormeteram-se na lista de vencedores. Desde 2004 só por uma ocasião (2014) pelo menos um dos três não atingiu a final. É preciso, claro, lembrar Andy Murray. Só que o vencedor de 2012 está muito longe da sua melhor forma e não é expectável que progrida muito na prova. É o próprio quem admite que “pensar em ganhar o US Open é irrealista”. Em 2018, o britânico realizou apenas sete jogos, tendo vencido quatro.

E por falar nesta temporada, Federer, Nadal e Djokovic surgem nos EUA ainda mais dominadores. Apesar de todos terem ultrapassado os 30 anos de idade, não parece haver quem possa verdadeiramente surgir como favorito num confronto contra qualquer um deles. De resto, os três dividiram os Major já disputados. O suíço levou o Australian Open, o espanhol, Roland Garros, e mais recentemente Djokovic conquistou Wimbledon.

A vitória de Djokovic foi também uma vitória para o ténis. Depois de uma longa paragem por lesão e um início de 2018 intermitente, que gerou mais interrogações que certezas, Nolan deu uma resposta dominadora. Não apenas venceu Wimbledon como venceu Roger Federer na final de Cincinnati. O sérvio tema vantagem psicológica e isso  coloca-o uns furos à frente de Federer no favoritismo para este torneio.

Federer, o eterno, Nadal, o líder

Apesar da idade, Djokovic, Nadal e Federer ainda dominam o circuito. Foto: Tennis World

Roger Federer, por seu lado, continua a surpreender aos 37 anos de idade. O suíço já não tem o fulgor de outros tempos, mas continua fiável. Este ano voltou a abdicar de toda a temporada de terra batida (incluindo Roland Garros) e joga um número reduzido de torneios. Só que, em Cincinnati, cometeu demasiados erros e revelou-se mais lento que o habitual. O suíço não estará no seu melhor momento, mas ninguém dúvida que tem condições para continuar a fazer história.

Rafael Nadal é o número 1 do mundo e para manter essa condição terá que chegar às meias-finais de Nova Iorque. É certo que o piso rápido não é a preferência do espanhol, mas ainda assim é o campeão em título. El Toro Miura já venceu o US Open por três ocasiões (2010, 2013 e 2017) e é um dos grandes favoritos. Mas, sobretudo este ano, está tudo em aberto e é muito difícil assumir um favorito claro. De resto, Nadal terá o compatriota e o incómodo David Ferrer como primeiro adversário.

Del Potro, Anderson e a nova geração

Entre a restante armada do ténis será interessante acompanhar a evolução de Stan Wawrinka. Campeão em 2016, o suíço teve uma longa paragem por lesão e a sua recuperação está a ser gradual. Em Cincinnati já atingiu os quartos de final, onde perdeu para Federer. Tal como Murray, é difícil de imaginar que possa atingir esse registo no US Open, mas num dia bom pode vencer qualquer um. E Wawrinka também tem no piso rápido um ponto forte.

Juan Martin Del Potro, campeão em 2009, tem feito uma grande temporada e é igualmente um nome importante. É um dos mais populares jogadores do circuito, é hoje número 3 do mundo e venceu, em 2018, em Acapulco e Indian Wells. As lesões parecem ter ficado para trás, passando a ideia de que  o argentino está de volta aos melhores tempos. Também Kevin Anderson, finalista vencido o ano passado e este ano em Wimbledon, parece já estar em outro patamar. Isso nem sempre lhe é reconhecido, mas o sul-africano joga o ténis mais consistente de sua carreira. Este ano já venceu o ATP Nova Iorque e tem justificado ser número 5 do mundo.

Obviamente, é preciso olhar com atenção para os jogadores da nova geração. Alexander Zverev e Nick Kyrgios têm recebido maiores atenções nos últimos anos, mas 2018 tem confirmado Stefanos Tsitsipas como valor emergente. O grego, 20 anos de idade, não venceu ainda qualquer torneio mas foi finalista de Barcelona e do Masters 1000 do Canadá.

Nick Kyrgios parece um caso perdido para o ténis, mas Alexander Zverev tem tudo para dar certo. Aos 21 anos, o alemão é número 4 do mundo e venceu, nos últimos três anos, nove títulos ATP. Três dos quais este ano: Washington, Madrid e Munique. Contudo, o alemão não se tem dado bem em Grand Slam caindo quase sempre de forma precoce. Em Roland Garros, este ano, já conseguiu atingir os quartos de final, o seu melhor registo. Apesar das críticas da qual é alvo, é importante lembrar que Zverev tem apenas 21 anos. E ninguém duvida que o futuro do ténis passa por ele. E, porventura, é o jogador que melhor se perfila para dar sequência à hegemonia da troika do ténis. Só que, a avaliar por 2018, Federer, Nadal e Djokovic ainda estão para durar.

US Open 2018 (trailer)

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André Dias PereiraAgosto 20, 20182min0

Novak Djokovic tornou-se, este domingo, o primeiro tenista da história a conquistar os nove torneios Masters 1000. Frente a Roger Federer, o sérvio arrecadou o torneio Cincinnati, o troféu que lhe faltava. Esta foi, de resto, a sexta tentativa de Nolan para conquistar a prova. Nas cinco primeiras acumulou duas derrotas para Andy Murray e três para Roger Federer.

Djokovic precisou de dois set e 1h25 de jogo para quebrar a malapata. O sérvio defendeu bem os seus jogos. Na sétima partida do primeiro set conseguiu, enfim, quebrar o serviço a Federer, fechando o jogo por 6-4. O suíço respondeu no segundo set, quebrando o jogo a Djokovic. Só que Federer cometeu dupla falta e um erro não forçado. Fed esteve, nesse capítulo irreconhecível. No sétimo jogo chegou a estar a ganhar por 40-0 só que Djokovic conseguiu nova quebra de jogo e fechou, depois, em 6-4.

A sensação David Goffin

Neste torneio, Djokovic deixou para trás também Steve Johnson, Adrian Mannarino, Grigor Dimitrov, Milos Raonic e Marin Cilic. Destaque neste torneio também para o belga Davic Goffin. O belga chegou às meias-finais, onde foi afastado por Federer, após se retirar por lesão no braço. Saída inglória depois de afastar Juan Martin del Potro, Kevin Anderson, Benoit Paire e a sensação Stefanos Tsitsipas.

Vencedor de Wimbledon, Djokovic continua em ascensão no circuito depois de longa paragem por lesão. Este foi o 70º troféu de Nolan no circuito ATP. Com o US Open às portas, o sérvio parte como um candidato sério à vitória final. Federer, por seu lado, tem-se resguardado para os principais torneios. Em Cincinnati mostrou que continua fiável, mas acumula erros que, neste domingo, foram capitais. O US Open arranca no próximo dia 27.

A história escrita por Novak Djokovic nos Master 1000. Foto: Twitter ATP World Tour
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André Dias PereiraAgosto 16, 20183min0

Maureen Connolly, também conhecida como pequena Mo, tornou-se a primeira tenista a conquistar em um único ano os quatro Major. Foi em 1953. Tinha então 19 anos de idade. Ao todo conquistou 9 Grand Slam. A sua carreira e vida foram tão fugazes quanto marcantes para o ténis. Mas poucos apostariam as suas fichas na carreira desta norte-americana, nascida em San Diego, Califórnia.

A primeira paixão de Maureen foi, contudo, andar a cavalo. Filha de pais separados, a sua mãe não tinha como pagar as aulas. Foi então que Maureen começou a olhar para o ténis. O seu percurso começou com 10 anos de idade nos courts de San Diego. O seu treinador encorajou-a trocar o seu jogo de esquerda pela direita. Rapidamente se tornou especialista no fundo do court, jogando com grande força e precisão. A alcunha de Pequena Mo foi dada pelo jornalista desportivo Nelson Fischer, que comparou a sua força e poder de jogo ao navio USS Missouri, conhecido como Grande Mo.

Aos 16 anos de idade e após derrotar a antiga número 1, Shirley Fry, Maureen tornou-se a mais jovem tenista a vencer o US Open. No ano seguinte ganhou Wimbledon, vencendo na final a Louise Brough, que entre 1942 e 1957 venceu seis Major. Importa dizer que a Pequena Mo jogou esse torneio com o ombro lesionado, recusando-se a desistir quando foi pressionada para tomar essa decisão. Em 1952 voltou a vencer o US Open e em 1953 conquistou o tricampeonato. E foi nesse ano, quando passou a ser treinada por Harry Hopman, que se tornou a primeira mulher a fazer o rally Grand Slam: Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open. Antes dela, só Don Budge conseguira esse feito.

Ao todo, foram 9 os títulos Grand Slam para Maureen Connolly entre 1952 e 1954. Conquistou ainda 50 vitórias consecutivas no circuito. Os seus méritos desportivos tornaram-na uma das personalidades mais populares dos EUA, tendo sido atleta do ano para a imprensa entre 1951 e 1953.

Para além dos titulos em singulares, Maureen ganhou, em pares mistos, o Australian Open (1953), bem como Wimbledon e US Open (1954). Por equipas foi tetracampeã da Whitman Cup (1951, 1952, 1953 e 1954).

Morte aos 34 anos

Maureen Connolly tornou-se uma tenista de elite, mas a equitação nunca lhe saiu do sangue. Casada com Norman Brinker, da seleção olímpica equestre dos EUA (1952), teve duas filhas. E se a falta de dinheiro para aulas de equitação esteve na origem da sua introdução ao ténis, um acidente de cavalo colocou o ponto final na modalidade, aos 19 anos. Aconteceu poucas semanas depois de ter alcançado o terceiro título em Wimbledon, em 1954. Oficialmente, aposentou-se no ano seguinte. Muitos, ainda hoje, se perguntam até onde poderia Connolly ter ido e o que poderia ter conquistado se não fosse o acidente.

E se a sua carreira foi efémera, a sua vida também. Em 1966, com apenas 34 anos, não resistiu ao cancro e a três operações ao estômago.

O seu legado, contudo, coloca-a recorrentemente entre as maiores tenistas da história dos EUA. A cidade de Plano, no Texas, tem uma escola com o seu nome.

André Dias PereiraAgosto 13, 20183min0

Nadal conquistou, este domingo, em Toronto, o seu 80º título da carreira. O espanhol fez jus ao estatuto de número 1 mundial para vencer Stefanos Tsitsipas por 6-2 e 7-6(4). Apesar da derrota o grego tem motivos para sorrir. Afinal, o torneio de Toronto serviu para confirmar todo o seu potencial. Durante a semana deixou para trás nada menos do que quatro jogadores do top-10 mundial: Dominic Thiem, Novak Djokovic, Alexander Zverev e Kevin Anderson.

Foi por isso com natural otimismo que Tstsipas, que este domingo completou 20 anos, encarou Nadal. E o grego até começou por confirmar o seu primeiro jogo de serviço. Contudo, Nadal mostrou que não é apenas um número 1. É um dos maiores da história do ténis. O maiorquino fez jus à sua experiência e qualidade para controlar Tsitsipas conseguindo vencer o seu jogo de serviço e quebrar, depois, o jogo do grego. Nadal controlou, depois, o primeiro set. Cedeu apenas um ponto, enquanto sacou e ainda beneficiou dos erros de El Greco.

O segundo parecia ser mais do mesmo, com Nadal a quebrar o serviço de Tsitsipas e  chegouar ao 5-3. O jogo parecia sentenciado, mas a semana em Toronto mostrou que o grego consegue jogar sob pressão de set points. E não apenas conseguiu quebrar Nadal, como virou o jogo para 6-5. Por esta altura Tsitsipas era mais agressivo. Só que, outra vez, Nadal mostrou grande tranquilidade, força mental e experiência para confirmar a vitória.

Este foi o 33º título de Nadal em Masters 1000 e o quarto em Toronto. Há 10 anos que o espanhol não jogava o torneio canadiano.

Tsitsipas como Bjorn Borg

Tsitsipas continua em busca do primeiro título ATP. O grego, que em Janeiro era 91 do mundo, será a partir desta segunda-feira 15º, a sua melhor classificação de sempre. “Foi a semana da minha vida”, concordou o grego. Para isso contribuiram épicas vitórias sobre Damir Dzumhur (6-3 e 7-6), Dominic Thiem (6-3 e 7-6), Novak Djokovic (6-3, 6-7 e 6-3), Alexander Zverev (3-6, 7-6 e 6-4) e Kevin Anderson (6-7, 6-4 e 7-6).

Esta foi a segunda vez que Tsitsipas e Nadal se encontraram. A primeira foi na final do ATP Barcelona. Tal como em Toronto, também aí o grego fez uma semana de sonho, perdendo para Nadal. Aos 20 anos, contudo, ninguém dúvida que pode em breve chegar a top-10 mundial. Ambição, saque e a sua esquerda são pontos fortes do seu jogo, contudo, também pode fazer diferença com golpes de direita, como aconteceu esta semana em Toronto.

Greg Rusedski, selecionador do Canadá, compara o estilo de Tsitsipas ao lendário Bjorn Borg. “Ele faz tudo bem. É espectacular como tenista e muito calmo nos momentos de maior tensão”.

Se o futuro pode passar pelo grego, o presente ainda é de Rafael Nadal. O espanhol soma 910 pontos na liderança do ranking e abre uma diferença ainda maior para Federer (10.220 pontos contra 6.480).

Foi assim que Nadal venceu pela quarta vez em Toronto

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André Dias PereiraAgosto 6, 20182min0

O italiano Fabio Fognini conquistou o torneio Los Cabos, no México. A vitória diante Del Potro (6-4 e 6-2) ganha relevo considerando que foi o seu primeiro triunfo no piso rápido.

As sete conquistas anteriores todas tiveram lugar na terra batida. O ano de 2018 está a ser, aliás, o mais vitorioso de Fognini. Para já conta com triunfos em São Paulo, Bastad e agora no México. Por isso, é sem surpresa que esta segunda-feira surge em 14º no ranking ATP. A sua melhor classificação foi o 13º lugar, em 2014.

“Estou muito feliz, feliz desta semana, sobre o meu jogo. Claro que isso significa muito para mim”, disse Fogini na final.

Na final diante Del Potro, o argentino até entrou melhor chegando à vantagem de 3-0 no primeiro set. Só que o bom momento do italiano permitiu-lhe virar o jogo para 5-3 e fechar em 6-4. O argentino esteve mal a sacar e no segundo set ainda desperdiçou uma quebra de jogo. No final, Del Potro reconheceu “uma boa semana”, mas que não conseguiu manter o nível frente a Fognini.

Para chegar à final, Fognini começou por deixar para trás o francês Quentin Halys (2-6, 6-4 e 6-0). Seguiu-se Yoshihito Nishioka (duplo 6-2). O japonês eliminou na ronda inaugural Gastão Elias (6-4 e 6-3). Já nas meias-finais o italiano venceu o promissor Cameron Norrie (6.4 e 6-2).

Aos 31 anos, o italiano vive o melhor momento de sua carreira. Até aqui sempre foi visto como um jogador de terra batida, vivendo altos e baixos no circuito. O seu maior feito em Major foi os quartos de final de Roland Garros, em 2011. Com o US Open no horizonte, Fognini quer tentar melhor que os quartos de final de 2015. Em pares, recorde-se, Fognini conseguiu atingir as meias-finais, em Nova Iorque, em 2011.

Pode Fognini ser top-10?

Fogna, como é conhecido, começou por jogar ténis logo aos 4 anos de idade. O profissionalismo chegou em 2004, e em 2007 atingiu o top-100. Seis anos depois venceu os dois primeiros troféus ATP: Estugarda e Hamburgo.

Fã de futebol (Inter Milão e Genova) e motociclismo, Fogini fala fluentemente italiano, inglês, espanhol e francês. O transalpino tem um lugar muito especial no circuito ATP e com a maturidade tem evoluído o seu nível de jogo. Poderá ainda chegar a top-10? A resposta a essa pergunta muito vai depender do que fizer no US Open. Para já, atravessa o melhor momento da carreira e começou a vencer e jogar de forma mais consistente em outros pisos que não a terra batida.

Como Fognini venceu Juan Marting del Potro


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