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O mês de agosto significa uma paragem no Mundial de Fórmula 1 para férias de todas as pessoas empregadas em equipas do campeonato. Mas os rumores nunca param. Entre eles, os rumores sobre entradas de novas estruturas no pináculo do automobilismo. Vamos, por isso, conhecer e analisar que equipas podem aumentar o número de carros no ‘grid’.
Mas antes mesmo de partir para as equipas, é necessário dar a entender que qualquer nova entrada de estrutura na F1 está sujeita a aprovação do Pacto da Concórdia. O Pacto da Concórdia é um entendimento entre a FIA, a F1 e as equipas onde são discutidos vários temas de interesse, como os direitos televisivos, os prémios monetários e as aquelas que participam no campeonato. Dito isto, as equipas têm poder de aprovar ou vetar a entrada de qualquer estrutura que se candidate a participar no Campeonato do Mundo.
Posto isto, vamos às equipas:
Andretti Autosport
O interesse da Andretti na F1 já virou uma novela mexicana. Aliás, em janeiro, escrevi um artigo sobre isso mesmo. Recordemos então os factos. Em 2021, rumores apontaram que a Andretti tentou comprar uma parte da Sauber, no entanto, Peter Sauber, o dono da equipa suiça, teria de perder o controlo da mesma, acabando por rejeitar a venda.
Já em 2022, Mario Andretti, confirmou haver um acordo entre a equipa norte-americana e a Renault para fornecimento de motores. Em fevereiro de 2023, Laurent Rossi, CEO da Alpine confirmou o acordo.
Porém, ainda em 2022, Michael Andretti anunciou uma parceria com General Motors/Cadillac com o objetivo de se juntarem à grelha da F1 o mais rapidamente possível. Parte da parceria visava o fornecimento de motores da Cadillac à Andretti. Toda esta situação deixava no ar a incerteza sobre quem iria fornecer os motores à equipa três vezes vencedor das 500 milhas de Indianápolis.
O esclarecimento surgiu em maio deste ano, por parte de Eric Warren, responsável pelos programas desportivos da General Motors. Warren esclareceu que, inicialmente, a Andretti correrá com motores Renault, e que, apenas em 2027, a Cadillac passará a fornecer a sua unidade motriz à equipa liderada por Michael Andretti.
Ainda é incerta a data de entrada da Andretti na F1. O plano atual aponta as suas setas para 2024, mas, a apenas 4 meses da viragem de ano, o cenário parece ser cada vez mais improvável. Só o tempo dirá quando entrará a 2ª equipa da Terra de ‘Uncle Sam’ no Mundial de Fórmula 1.
Hitech
A Hitech Grand Prix é mais uma equipa que já demonstrou interesse em ser a 11ª construtora da F1. Não só demonstraram interesse, como em junho deste ano confirmaram a candidatura para procederem à entrada em 2026. O dono da Hitech Oliver Oakes, confirmou também que a equipa teria o apoio do investidor Vladimir Kim, oriundo do Cazaquistão.
Kim é o homem mais rico do seu país, com uma fortuna avaliada nos 5 mil milhões de dólares, segundo a Forbes, e lidera um grupo económico responsável pela gestão de minas, bancos, no setor da aviação, entre outros.
A Hitech foi fundada em 2002 por Dennis Rushen e David Hayle, possuindo licença britânica. Compete em várias categorias de formação, entre elas os campeonatos de F2 e F3. Os anos de mais destaque da equipa surgiram entre 2016 e 2022 quando o oligarca russo Dmitry Mazepin liderou a equipa britânica. Nestes anos, a equipa conquistou várias vitórias, e dois campeonatos asiáticos de F3 em 2018 e 2019.
Desconhece-se ainda qual será a unidade motriz usada pela equipa. Aliás, não existem rumores nenhuns sobre eventuais negociações com construtoras para o fornecimento de motores.
Apesar de uma enorme indefinição sobre os planos destas equipas na F1, assim como em que temporada entrarão, é sabido que a FIA planeia dar luz verde a estes dois projetos, ficando a faltar a aprovação da F1 e das equipas do atual campeonato, sendo que para ser aprovada a entrada, todas as partes têm de estar em concordância.
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