Com o ano a acabar, é altura de olharmos para trás e lembrarmos quem melhor se portou neste ano, globalmente. O Fair Play traz-lhe uma galeria onde pode encontrar os 10 melhores jogadores da Premier League em 2017.
Com o ano a acabar, é altura de olharmos para trás e lembrarmos quem melhor se portou neste ano, globalmente. O Fair Play traz-lhe uma galeria onde pode encontrar os 10 melhores jogadores da Premier League em 2017.
O histórico britânico, Newcastle, está de volta à Premier League este ano, depois da sua 4ª descida de divisão. O Fair Play analisa, aquilo que tem sido a sua época até agora.
25 anos depois de uma seca terrível na Liga dos Campeões Africanos, o Wydad volta à ribalta mundial com esta presença no Mundial de Clubes.
"Portugal é o segundo país europeu com maior taxa de emigrantes" (Público) e os jogadores de futebol não fogem a essa "regra". Às vezes é necessário ir lá para fora para conseguir alcançar o que queremos cá dentro. O Fair Play olha para os casos de "emigração" de Diogo Jota, Rúben Neves e de Tiago Ilori.
O Liverpool já não ganha um título desde a época 2011/2012, e já não consegue alcançar a Premier League desde a época 1989/1990. Como é que um clube com tanta história, com uma massa associativa tão grande e um ataque tão poderoso, estagnou desta maneira, ao ponto de já não ver um título à 6 anos?
177 milhões de euros gastos e um 18º lugar na Premier League. É, basicamente, isto que o Everton nos apresenta até agora, nesta época. O Fair Play analisou o estado do Everton e o explicou o porquê da situação atual do clube.
Entrevista do Fair Play para que fique a conhecer melhor como funciona a formação nos clubes regionais
As segundas épocas para José Mourinho são sempre especiais. O Fair Play analisa o atual momento da equipa treinada pelo português e faz uma analogia com o passado do treinador.
Os gunners são a única equipa, daquelas que vamos falar, que começou a utilizar um sistema com 3 centrais já na temporada passada. Após a derrota fora de portas com o Crystal Palace no início de abril por 3-0, Arsène Wenger decide mudar o sistema. Na jornada seguinte, 7 dias depois, o Arsenal já vinha com uma “pele nova”, acabando por ganhar o jogo ao Middlesbrough no Riverside Stadium. Num total de 8 jogos até ao final da temporada (jogou dois jogos que estavam em atraso), o Arsenal conseguiu alcançar 7 vitórias, sendo que a única derrota foi frente ao Tottenham.
Apesar da má classificação, os londrinos fizeram um bom final de temporada com este sistema. Assim, com a continuidade do francês no comando da equipa, o Arsenal voltou a utilizar o sistema na pré-época, na Supertaça Inglesa e já nos primeiros 3 jogos do campeonato. Com a vitória na Supertaça, a motivação era alta para o início do campeonato, tendo até começado com uma vitória suada sobre o Leicester, garantida com dois golos a darem a volta ao marcador, já nos minutos finais. No entanto, o Arsenal já tem 2 derrotas em 3 jogos (Stoke e Liverpool) ficando, por agora, num modesto 16º lugar.
A jogar num 3-4-3, com 2 homens muito móveis atrás do ponta de lança, o Arsenal tem obrigação de fazer muito mais, tendo em conta o seu plantel, que tem Sanchéz, Ozil e Lacazette. Será Wenger o problema? A verdade é que já são 21 anos e apenas 1 campeonato e já a começar tão mal, será desta que o francês sai dos gunners?
Não são só as equipas ditas “grandes” que utilizam este sistema. Algumas equipas como é o caso dos Eagles também mudaram de sistema. Com poucas mexidas no plantel, esperava-se que o Crystal Palace se afastasse da manutenção, o mais cedo possível, mas isso parece não estar a acontecer, sendo uma das equipas com 3 derrotas em 3 jogos. O 1º jogo foi em casa contra o recém-promovido Huddersfield, em que sofreram uma derrota por 3-0. Seguiram-se jogos com o Liverpool e Swansea, e 2 derrotas vieram com eles. Sem ainda terem marcado golos, parece haver algum problema na equipa de Frank De Boer.
Também a jogar num 3-4-3, o ataque do Crystal Palace parece estar, no mínimo, enferrujado e a defesa não parece coesa o suficiente para aguentar o poderio atacante dos adversários. Será preciso tempo para os jogadores assimilarem as ideias do novo treinador para a nova tática? Mas quanto mais tempo terá o Palace? O tempo, e principalmente, o campeonato estão a contar e não esperam!
O Everton comprou muito e bem. Gastou 167 milhões de euros em 5 jogadores e não parecem estar para brincadeiras. Com o apuramento para as provas europeias, os toffees precisavam de mais qualidade no plantel e de mais profundidade. No entanto, saiu a estrela de maior nome do plantel, Romelu Lukaku. Ainda assim, parecem estar a aguentar-se, tendo em conta o seu calendário. Começaram com uma vitória caseira frente ao Stoke, mas nos 2 jogos a seguir, contra City e Chelsea, conseguiram apenas um empate e uma derrota; para ficarmos com a certeza que o Everton está à altura do desafio, seguem-se Tottenham e Manchester United. Os toffees tiveram que jogar as pré-eliminatórias da Liga Europa frente ao Hadjuk Split da Croácia, sendo que nesses jogos, o sistema com 3 centrais não foi utilizado.
O sistema de 3 centrais que o Everton usa é, também, o 3-4-3, (usou o 3-5-2 apenas no jogo contra o Manchester City; Gylfi Sigurdsson ainda não tinha chegado) sendo que os 3 homens da frente têm muita mobilidade, havendo várias trocas entre eles; destaque para o reforço Michael Keane que pode dar muita segurança na defesa. Apesar do calendário difícil que tem, o futuro parece estar do lado do Everton, tendo tudo para conseguir fazer a época que quer.
Pep Guardiola vai entrar para a sua 2ª época, tendo agora implementado um novo sistema. Com 246 milhões de euros gastos, espera-se que esta seja a época do treinador espanhol em Inglaterra. Mais uma vez, o City entra bem no campeonato, com uma vitória, sendo que nos dois jogos seguintes, assegurou um empate e uma vitória frente a Everton e Bournemouth, respetivamente. Com uma enorme qualidade no plantel, espera-se que os cityzens, alcancem grandes feitos esta época, também na Europa.
Guardiola parece ter posto o City a jogar como nos habituou. Num 3-5-2, a equipa da cidade de Manchester parece já poder jogar de olhos fechados e como o seu treinador quer (sempre com algumas falhas como é óbvio); com “tabelinhas” simples e imensa mobilidade e dinâmica ofensiva; com a pressão alta e organizada (um dos médios centrais ajuda a pressionar); com as bolas paradas muito bem treinadas também; e o que faz muitas vezes a diferença: jogam muito perto uns dos outros, que com um guarda redes como Ederson, é muito seguro jogar com as linhas muito subidas.
Em Stoke-on-Trent, o sistema também mudou. Saíram alguns jogadores importantes, mas também entraram outros que podem fazer a diferença. Jesé, Tymon e Zouma chegaram para substituir Arnautovic, Bardsley e Muniesa, respetivamente e as esperanças não são assim tão baixas. No entanto, o Stoke, já parece ser inconstante, sendo que começou com uma derrota forasteira contra ao Everton; seguiu-se uma vitória surpreendente frente ao Arsenal; e na 3ª jornada acabou por empatar com o WBA.
À semelhança das primeiras equipas que vimos, os potters jogam em 3-4-3, também com os 3 homens muito móveis no ataque. De destacar Jesé, que no seu primeiro jogo, deu a vitória à sua equipa e pode ser uma grande mais valia durante a época. Sempre com plantéis a poder sonhar com a Europa, o Stoke acaba quase sempre por ficar apenas na primeira metade da tabela; será devido à instabilidade, que até já foi mostrada nestas 3 primeiras jornadas? É esperar para ver se o Stoke se aguenta neste sistema.
Como já foi dito, não são só as equipas a aspirar à Europa e ao título que utilizam o sistema de 3 centrais, também as mais pequenas procuram este sistema, a fim de tentarem algo diferente na presente época. Ao começar com um resultado menos positivo frente ao Southampton, a equipa do País de Gales quis logo mudar o sistema, sendo que no primeiro teste contra o poderoso Manchester United, foram goleados por 4-0. Não obstante, no jogo seguinte alcançaram a sua primeira vitória no campeonato frente ao Crystal Palace. De mencionar que Sigurðsson saiu para o Everton, mas espera-se que jogadores que foram contratados para o meio-campo como Sam Clucas e Roque Mesa (que não são, de todo, jogadores iguais ao islandês) o façam esquecer.
A jogar num 3-5-2, o Swansea vai sempre lutar pela manutenção, sendo que quer o mais cedo possível, afastar-se da zona de despromoção. Apesar de ainda estar lesionado, os swans contam com Llorente para lhes dar muitas alegrias.
Apesar de ter contratado pouco e nenhuma das contratações ter sido sonante, há que colocar os spurs na órbita do título. Com Pochettino a formar uma equipa desde há vários anos, o Tottenham parece ser uma equipa coesa e solidária. Apesar da equipa já estar habituada a jogar entre si e com a sua própria tática, o argentino decidiu aderir, também, ao sistema de 3 centrais apesar de ainda parecer indeciso. Ao contrário de algumas equipas aqui referidas, os londrinos obtiveram uma vitória no seu primeiro jogo do campeonato. Não obstante, perderam o segundo contra o Chelsea e empataram o terceiro contra o Burnley. Apesar das qualidades já referidas, os spurs podem ver-se ser ultrapassados pelos rivais, tendo em conta que não compraram quase ninguém.
Só utilizaram o sistema com 3 centrais frente ao Chelsea, mas esse, foi o jogo em que perderam e por isso, é questionável se Pochettino vai continuar, ou não, a usar o sistema. Com grandes estrelas na equipa como Kane, Alli e Eriksen, o Tottenham pode ser perigoso na época que agora começou.
Estava a caminho a época 2014/2015, aquando da chegada de Louis van Gaal ao Manchester United. O holandês veio substituir Moyes que não conseguiu corresponder às expectativas. E é então na primeira jornada que nos surpreende com um sistema de 3 centrais, jogando num 3-4-3. As coisas não correram muito bem para van Gaal que nas primeiras 3 jornadas teve 1 derrota e 2 empates. Na jornada seguinte, muda o sistema e goleia por 4-0 o QPR. Durante a época voltou ao sistema com 3 defesas, mas nunca se saiu muito bem, acabando a sua primeira época em 4º lugar. Acaba por ficar apenas mais uma época no clube, não voltando a utilizar o sistema e sem ter ganho nada de importante.
Como sabemos o sistema com 3 centrais é maioritariamente utilizado pelas equipas italianas; a própria seleção usa o sistema. Desde as camadas jovens que os jogadores são ensinados a jogar nesses sistemas, numa maneira própria de jogar. Na época passada, chega ao Chelsea, um treinador italiano, acabado de vir da seleção transalpina e surpreende tudo e todos por começar a jogar com um sistema de 3 centrais e muitos até chegaram a pensar que poderia ser um “flop” como van Gaal. Mas Antonio Conte faz um trabalho fantástico e acaba por ganhar o campeonato com 7 pontos de diferença para o segundo classificado, o Tottenham. Na temporada 2016/2017, o italiano contou com jogadores como Kanté, Diego Costa e Hazard, que permitiram que o grande feito acontecesse. Este Chelsea joga em 3-4-3, sendo que Kanté, é imperial no roubo de bola e Hazard e Willian são autênticas setas apontadas à defesa adversária.
Posto isto, será que Conte descobriu a fórmula secreta e agora muitos querem copiá-la? Alguns deles estão a tentar…
Não obstante, nenhumas destas equipas que usa o sistema de 3 centrais está a deixar por terra os seus adversários, sendo que, com 3 jornadas jogadas, quem vai na frente isolado, é o Manchester United de José Mourinho.
Num país como Portugal, somos educados a gostar de futebol e por conseguinte, a gostar de um dos três grandes. É quase inevitável isso não acontecer. Mas isso tem vindo a mudar; cada vez mais vemos um D. Afonso Henriques repleto de adeptos do Vitória S.C., mesmo sem estar a jogar contra um dos grandes, e quem não gosta de ver isso?
No entanto, o tópico do artigo refere-se àquilo que esses adeptos, por vezes, pensam ou dizem. Ouvimos falar que os adeptos do Benfica, Sporting e Porto só o são, não por amor, mas, devido às vitórias que o clube alberga; que são adeptos desse clube porque ele tem reconhecimento internacional; que apoiam o clube por causa dos grandes jogadores que são transferidos para lá; mas isso nem sempre é verdade, aliás nem metade dos adeptos são assim.
Mas e os adeptos dos clubes mais pequenos? É moda criticar os outros adeptos? Serão apenas eles os verdadeiros “fiéis” aos seus clubes? Questiono se só porque nasci em certo sitio tenho que ser adepto do clube dessa terra; questiono se só porque um clube tem menos dificuldades do que o outro, já não posso ser apoiante desse clube e tenho na verdade que apoiar o clube com mais dificuldades. Não descuro que possam querer apoiar esse clube, mas porque não pode o outro apoiar outro clube? Gostos são gostos e gostos não se discutem.
Não sendo aqueles que mais vendem jornais, os clubes mais pequenos e claro os seus adeptos, queixam-se também do desprezo que lhes é dado pela imprensa. Muito raramente é-lhes dada importância e quando é dada, por vezes, é errada e pouco útil ou interessante. Ou seja, os noticiários só dão peso aos clubes grandes, e os outros ficam a um canto sem ser-lhes dada a relevância que, na verdade, por vezes, merecem. É, ainda, normal que a opinião e gosto das pessoas seja influenciada pelos media, e o leque de diferenças entre o clube de cada adepto é cada vez maior. E com isso é obrigatório falar da falta de competitividade que se vive na Liga; citando Manuel Machado numa conferência de imprensa: “Isto conta é o campeonato dos 3, o resto é carne para canhão.”. Referindo-se à hegemonia dos clubes grandes em termos de títulos. E o mesmo se pode aplicar aos adeptos, a maioria é dos três grandes, o resto são minorias.
Façamos uma analogia para com a politica. Por vezes, os partidos mais pequenos solicitam o voto múltiplo para com aqueles que não votam. Tendo em conta que esses partidos têm pouca relevância, o voto múltiplo, ajuda-os a ganharem importância, neste caso, em assembleias. Cruzando com a parte futebolística, os adeptos, têm vindo a dar cada vez mais importância aos clubes mais pequenos, na maior parte dos casos, os da sua terra. É normal um cidadão português já ter clube, mas apoiar um clube com pouca massa associativa, pouco orçamento e poucos ou nenhuns títulos, é pouco usual e de dar valor.
Mas com tudo contra eles, creio que os adeptos das minorias, criticam mais os outros do que apoiam o seu próprio clube. Acredito que esses adeptos não permitem que se goste de outros; acredito que esses adeptos só vejam o seu clube à frente; acredito que esses adeptos sejam fanáticos!
A questão principal é que esses adeptos, por vezes, gostam mais do seu clube do que futebol, e é isso que está errado. Todos temos o direito de gostar de um clube, mas não temos o direito de inferiorizar o outro, ainda mais sem fundamentos viáveis. Os clubes mais pequenos são inferiorizados, e não conseguem competir com os outros, começando por uma simples comparação de orçamentos. É também verdade que existem este tipo de adeptos nos clubes grandes, mas parece-me que os adeptos dos clubes mais pequenos estão irritados pelo valor que não lhes é dado e acabam por ser radicais e fanáticos.
A discussão que se mantém nas várias redes sociais é, por vezes, inútil, pois todos temos o direito de gostar de um clube, e se o outro gosta de um clube, eu como adepto de outro clube, apenas tenho que respeitar.