Arquivo de Sara Peres - Fair Play

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José AndradeOutubro 2, 20239min0

Hoje voltamos a olhar para o CN 1ª Divisão para falarmos de mais 5 nomes que vão marcar com toda a certeza a nova temporada numa competição que promete voltar a ser muito competitiva.

Rafaela Martinho – Nova casa para continuar a afirmar-se no basquetebol nacional

Começamos esta lista por um dos nomes que vai chegar nesta nova temporada ao CN 1ª Divisão, falamos de Rafaela Martinho, jogadora que foi anunciada como um dos reforços do Carnide para a época que está cada vez mais perto de começar. Rafaela Martinho chega depois de brilhar no Montijo onde se afirmou como uma das figuras do CN 2ª Divisão e como uma das jogadoras portuguesas com maior margem de progressão fora da Liga Betclic Feminina.

A jogadora chega ao Carnide para reforçar um grupo forte e com ambições, sendo que a qualidade, a alma e a capacidade defensiva e de fazer a diferença nos dois lados do campo vai permitir que Rafaela Martinho chegue e se continue a afirmar como um dos grandes nomes nacionais, agora no CN 1ª Divisão.

O Carnide mexeu muito bem neste mercado de transferências e Rafaela Martinho é uma das grandes novidades deste defeso, sendo já um dos maiores nomes para a nova temporada pela garantia de que será uma das jogadoras mais batalhadoras e trabalhadoras, conjugando isso com o seu imenso valor, tudo isso faz com que seja uma das atletas a seguir e muito na temporada que está em vias de arrancar.

Sara Peres – CLIP para ser o “push” final na sua afirmação

Mudamos para Norte, para falar de Sara Peres jogadora que nas últimas temporadas esteve em Ermesinde ao serviço do CPN e que na época nova estará no CN 1ª Divisão no CLIP. É mais um caso de alguém que chega esta temporada ao CN1, sendo que esta jogadora já por aqui passou quando ajudou o CPN a subir à Liga Betclic Feminina. Sara Peres é uma jovem jogadora com imenso potencial que chega ao CLIP em busca de espaço, contando com um grupo experiente e com algumas das melhores jogadoras nacionais para a ajudar.

A jogadora que chega de Ermesinde além da sua qualidade técnica, é dona ainda de uma excelente visão de jogo, algo que será um encaixe perfeito na forma como o CLIP joga, além de ser um reforço tremendo para as altas ambições de um conjunto que tem sido um dos melhores no nosso basquetebol nos últimos anos. Sara Peres igual a Rafaela Martinho, chega e torna-se em um dos grandes reforços deste verão e é já um dos nomes a seguir na nova temporada, isto porque com a sua qualidade e pelo grupo onde estará, esta época tem tudo para ser a de afirmação e “explosão” de Sara Peres no basquetebol nacional.

Carlota Rocha – Promessa açoriana em busca de se afirmar

No nosso terceiro nome, vamos até aos Açores para falar de mais uma jovem que terá esta nova época espaço para se afirmar, como é o caso de Carlota Rocha jogadora que já foi anunciada no Boa Viagem. A equipa de Angra do Heroísmo volta a apostar forte para a nova época, com a chegada de nomes sonantes, com Carlota Rocha a ser um dos nomes que mais se coloca em evidência. Este destaque dado a Carlota Rocha deve-se à sua imensa qualidade, é uma das promessas do basquetebol dos Açores, que se junta às jogadoras que mencionámos anteriormente como exemplos de grandes valores que vão ter o seu espaço nesta temporada no CN 1ª Divisão.

A jogadora que nas últimas épocas passou pelo União Sportiva, regressa ao Boa Viagem, clube onde fez grande parte da sua formação depois de ter iniciado tudo no SC Lusitânia para também ela ter aqui o seu grande ano.

Carlota Rocha é uma base promissora,  que se destaca pela inteligência, técnica e qualidade de passe, sendo que nesta nova temporada poderá mostrar o seu muito valor e começar aqui o seu processo de afirmação no CN 1ª Divisão e no basquetebol nacional. É um dos novos reforços do CN 1ª Divisão que mais suscita curiosidade e também ela se coloca já como um dos nomes a acompanhar ao longo da temporada porque tem tudo para ser uma das maiores afirmações da nova época.

Inês Monteiro – Mostrar que é um dos grandes nomes do nosso basket

Mudamos para Algés para destacar uma das melhores jogadoras do basquetebol nacional que merecia ter mais destaque e que terá nesta nova temporada no CN 1ª Divisão ainda mais espaço para mostrar a sua muita qualidade. O Algés chega ao CN 1ª Divisão com um plantel forte que já mostrava no CN2 que era um dos mais fortes em Portugal, com Inês Monteiro a ser sempre um dos destaques, não só na competição como a nível nacional.

A jogadora que iniciou a sua carreira no Paço de Arcos, tem vindo a mostrar o seu muito valor por onde tem passado e nestes últimos anos foi sempre uma das estrelas no CN 2ª Divisão, mostrando exatamente o já referido, que era uma das jogadoras nacionais fora da Liga Betclic Feminina com maior valor e com maior qualidade. A chegada ao CN 1ª Divisão é um passo merecido para este talento, sendo que se coloca já à partida como uma das jogadoras que mais poderá brilhar nesta nova temporada e que terá tudo para terminar como uma das maiores figuras da época no CN 1ª Divisão.

Carolina Duarte – Tudo para ser a MVP da temporada

Para terminar esta lista, vamos falar de uma das bombas no mercado no CN 1ª Divisão para a nova temporada, falo de Carolina Duarte que chegou à SIMECQ. Carolina Duarte estava no SL Benfica, já brilhando ao mais alto nível nacional e internacional, falamos de uma das maiores promessas do basquetebol nacional que antes de rumar ao Pavilhão Fidelidade foi uma das estrelas no CN1 ao serviço do CBQ.

A jovem jogadora chega à SIMECQ, equipa que volta a contar com um dos melhores conjuntos no CN 1ª Divisão, para voltar a ter tempo de jogo e conseguir ser novamente uma das estrelas da competição. Carolina Duarte já dispensa apresentações, é uma jogadora talentosíssima que terá esta temporada espaço e tempo para ser uma das estrelas não só no CN1, como de todo o basquetebol nacional. A qualidade individual de uma das melhores portuguesas é uma das “bombas” do mercado e uma das melhores notícias, porque dá já garantias de momentos incríveis para a época que se avizinha. Carolina Duarte é sem dúvida nenhuma um dos nomes que mais vai marcar a nova época, com a certeza de que é já uma das candidatas maiores a MVP da temporada.

 Ficaram aqui 5 nomes que prometem marcara a temporada no basquetebol nacional num CN 1ª Divisão que já demonstra que vai ser ainda mais espetacular.

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José AndradeJulho 23, 20229min0

Orgulho será a melhor definição para o que a seleção feminina sub-20 fez no Campeonato da Europa onde conseguiu igualar a melhor classificação de sempre na categoria, mas vamos olhar para cada um dos jogos e ainda para os destaques desta prestação de luxo de Portugal em Sopron.

Fase de grupos – Primeiro lugar com muito brilhantismo

Começamos por olhar para a fase de grupos onde a seleção feminina sub-20 conseguiu vencer o Grupo D depois de triunfar perante as seleções da Irlanda e da Letónia. O primeiro duelo colocou a equipa das quinas frente a uma Irlanda muito competente, mas que não conseguiu lidar com a qualidade portuguesa, foi uma entrada de alto nível para as lusas com uma vitória por 68-47. Portugal liderou praticamente o jogo todo, controlando e deixando as irlandesas em dificuldades, foi uma partida que deixou evidente que íamos ter uma prestação lusa de grande nível neste europeu. As comandadas de José Araújo desde cedo mostraram outro “andamento”, a pressão alta portuguesa, a velocidade, técnica e qualidade evidenciada nos ataques trabalhados deixaram sempre as irlandesas com problemas que a juntar a isso no ataque não conseguiam criar e perante a boa defesa lusa que obrigou a seleção visitante a errar muito. Nota para incapacidade irlandesa fora do garrafão, foram apenas 3 lançamentos convertidos sendo que só um deles foi da linha de três pontos.

Depois de uma entrada impressionante de Portugal, a seleção lusa venceu no segundo jogo a Letónia por 74-45, um triunfo ainda mais impressionante. Domínio absoluto português, que evidenciava a muita qualidade que sabíamos que existia nesta seleção perante a Europa, uma exibição que colocava a equipa das quinas entre os grandes destaques desta competição. Destaque para a rotação nacional, se Ana Barreto neste duelo colocou o seu nome entre as potenciais candidatas a MVP deste Campeonato da Europa, o outro ponto de destaque foi a entrada das muitas soluções nacionais, ou seja, todas as jogadoras conseguiram entrar muito bem, nesta altura Mariana Cegonho já se assumia como a Sixth woman deste conjunto luso, mas todas as outras foram sempre entrando muito bem, como no caso de Sara Peres que mesmo sem pontuar foi das que melhor entrou.

O terceiro duelo colocou as portuguesas frente a frente com uma das seleções mais fortes, o jogo foi de muita luta, emoção, mas a Sérvia levou a melhor por 55-50 depois de dois prolongamentos. Jogo muito equilibrado, foi a Sérvia que começou melhor e que conseguiu um ligeiro ascendente na primeira parte, com as portuguesas a reagir muito bem logo no terceiro período. O quarto período acabou por pender para o lado sérvio e isso levou-nos a dois prolongamentos espetaculares. Luta e garra foram as palavras chave deste encontro, luta porque a seleção lusa foi incansável, recordar que neste duelo a equipa das quinas já não contou com Filipa Barros que se havia lesionado no duelo com a Letónia e isso obrigou a que jogadoras como a Leonor Faial ou Beatriz Polici assumissem ainda mais protagonismo na equipa, nada serviu de desculpa e lutar foi mesmo a palavra de ordem mesmo perante as dificuldades impostas pelas Sérvia e garra que nunca faltou em nenhum momento deste encontro. Este duelo foi onde a questão do jogo interior se colocou, aquele que expos mais algumas debilidades lusas nesse ponto, além da quebra no tiro exterior, a agressividade sérvia neste jogo levou o conjunto das quinas tivesse uma eficácia abaixo dos 14% na linha de três pontos, mas tudo isto só levou a que se visse a outra cara da nossa seleção, a de lutar por cada bola e de continuar sempre até ao fim a acreditar e a fazer tudo para consumar a reviravolta no jogo. Não se conseguiu a vitória, mas mesmo assim Portugal ficou com o primeiro lugar do Grupo D avançando para os oitavos de final.

Oitavos de final – Manutenção e sonho cada vez maior

No duelo que garantiu os quartos de fina, Portugal venceu a Bulgária por 90-54, nova exibição de luxo da equipa das quinas. Este jogo marcou ainda mais o aparecimento de Leonor Faial, ela que já tinha estado muito bem no duelo anterior, mas que deu o passo em frente e também ela se colocou em posição de destaque neste Europeu. Este foi o melhor jogo de Portugal, domínio absoluto, sem falhas e sem espaço para desconcentrações. A seleção feminina sub-20 dominou nas tabelas, soube gerir sempre os ritmos de jogo e voltou ao nível habitual na linha de três pontos, nova demonstração da qualidade lusa e de que estávamos a confirmar o que sabíamos de antemão, que esta seleção era uma das melhor no europeu.

Quartos de final – Nada apaga o que esta seleção fez

A vitória anterior deu a Portugal a passagem aos quartos de final e ainda a manutenção na Divisão A, só aqui estava um feito grande deste conjunto de José Araújo. No jogo, a equipa das quinas perdeu perante a seleção gaulesa por 77-35, foi o jogo onde se notou mais o cansaço das nossas atletas, que nunca deixaram de lutar, mas que não conseguiram lidar com o poderio francês. A luta das tabelas voltou a ser um problema, a eficácia foi um dos outros, mas notou-se alguma fadiga em elementos preponderantes para as lusas. Jogo que não demonstrou a qualidade portuguesa ou mesmo o que lutaram nesta partida, as francesas como já se sabia eram favoritas, mas o resultado acabou por ser demasiado desnivelado. Derrota pesada, mas que não apaga ou mancha o que as atletas nacionais fizeram até então.

Quinto e sexto lugar – Acabar com história

Nos dois últimos jogos, Portugal lutou pelo quinto lugar, vencendo a Polónia por 58-51 e depois no jogo decisivo perdendo com a Hungria por 75-50. Igualada a melhor posição da seleção sub20, sexto lugar e uma prestação soberba, o derradeiro duelo não correu como se queria ou como esta seleção merecia, mas tal como a França, as húngaras eram favoritas e conseguiram confirmar isso no jogo. Portugal saí de cabeça mais que erguida, demonstrando na Europa que somos das melhores do continente e que sem lesões e alguns azares podemos atingir ainda mais.

Nota muito importante para a qualidade de jogo da nossa seleção em Sopron, foi sempre um dos destaques a cada jogo e depois mencionar o trabalho da equipa técnica lusa que soube sempre ler muito bem cada momento de jogo, além das correções e da forma como sempre elevou a nossa seleção mesmo com os percalços que foram acontecendo. Sexto lugar para a seleção feminina sub-20, prestação incrível e muito orgulho nestas jogadoras portuguesas, poucos acreditavam na manutenção fora de Portugal e não só conseguimos continuar na Divisão A como vencer algumas das seleções mais fortes, provando que este é o nosso lugar e que somos também nós das melhores seleções da europa.

Destaques individuais – Algumas das melhores da competição

Começamos os nossos destaques por Ana Barreto, fica impossível não iniciar pela jogadora que esteve na luta pelo prêmio de MVP e que podia ter figurado no 5 ideal da competição. Ana Barreto foi a jogadora que mais minutos somou neste Europeu, a quinta melhor no que ao tiro exterior diz respeito e a oitava jogadora com mais pontos. Ana Barreto a deixar ainda mais claro que é uma das melhores jogadoras da sua geração depois de um Campeonato da Europa onde brilhou do principio ao fim. Continuando a falar dos destaques, mudamos para Jéssica Azulay que se assumiu como uma das melhores interiores desta competição, nem sempre foi fácil, foi obrigada a lutar com jogadoras mais experientes e com uma estatura mais elevada, mas isso só fez brilhar a inteligência e qualidade da jovem jogadora do SC Braga. Continuando pelas nossas atletas, mudamos para Inês Vieira que foi uma das melhores da competição e nem sempre tão valorizada como devia, mas Inês Vieira espalhou classe em todos os duelos disputados em Sopron, foi das jogadoras mais regulares deste europeu e acabou ainda como uma das cinco atletas com mais roubos de bola deste Campeonato da Europa.

Em seguida falar de Leonor Paisana, mais uma atleta que não sai devidamente valorizada deste Europeu mesmo perante as suas exibições. Leonor Paisana deu sempre muito a Portugal conseguiu jogar e mais que isso fazer jogar, deixando à vista do mundo uma vez mais a sua qualidade de passe, visão de jogo e técnica, uma demonstração de grande nível da jovem portuguesa. Falar de Mariana Cegonho que na antevisão diria que poderia vir a ser um dos jokers desta seleção e foi isso mesmo que aconteceu, Mariana Cegonho surgiu em grande plano em todos os duelos e foi mesmo uma das melhores. Beatriz Polici, Eva Carregosa e Leonor Faial foram em crescendo neste europeu, terminando também elas como figuras muito importantes da nossa seleção e deixando à vista a imensa qualidade de cada uma delas. Por fim palavra para Sara Peres que mesmo com menos tempo de jogo, entrou sempre muito bem, mesmo com tarefas mais “invisíveis” a jovem do CPN correspondeu e foi importante em vários momentos nos jogos e depois Maria Cruz, a poste que sempre que foi lançada rendeu e ajudou bastante em momentos cruciais.

Ficou aqui um olhar para a campanha da seleção feminina sub-20 no Europeu, um sexto lugar e uma prestação luxuosa das nossa seleção.


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