Arquivo de Ricardo Vasconcelos - Fair Play

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José AndradeMarço 4, 20237min0

A Seleção Nacional Sénior Feminina ficou à porta de uma campanha histórica, mas a verdade é que independente do duro golpe da não qualificação o sonho está cada vez mais perto de ser realizado e hoje olhamos para tudo principalmente para o futuro do conjunto das Quinas.

Portugal vs Grécia – Exibição soberba das lusas

Começamos por olhar para o duelo com a Grécia, onde a turma portuguesa deixou bem evidente a qualidade deste grupo ao receber e vencer o conjunto helénico por 66-60 num dos melhores jogos das seleções nacionais em muito tempo. A seleção grega ainda não tinha conhecido o sabor da derrota e Portugal estava obrigado a vencer, tudo ingredientes que nos proporcionaram um duelo espetacular. Neste duelo a organização defensiva lusa voltou a ser um dos destaques e um dos diferenciais que ajudou à obtenção desta vitória.

Neste duelo Portugal esteve sempre por cima, nem no momento em que a seleção grega esteve na frente do marcador, o conjunto das Quinas caiu de rendimento. Esta qualidade de jogo e superioridade perante uma seleção que viria a garantir a presença no Europeu mesmo com este desaire, Portugal deixou bem à vista de todos o nível do basquetebol nacional e neste caso desta nossa seleção que sem margem conseguiu uma exibição extraordinárias frente a um dos conjuntos mais fortes.

Ainda realçar que mesmo com a Grécia na frente, as portuguesas nunca sentiram a vantagem helénica, conseguiram sempre aguentar o jogo e levar a melhor sobre as gregas num ambiente fantástico no Pavilhão Multiusos de Odivelas. Ficou um jogo de grande nível das lusas, uma exibição onde a defesa nacional não falhou e o ataque conseguiu uma das melhores demonstrações daquilo do que somos capazes. Trabalho incrível tanto a nível tático como a nível físico, uma exibição a roçar o perfeito porque conseguimos obrigar as gregas a mais falhas do que o normal, tanto na forma como limitamos na marcação de pontos como nas perdas de bolas, onde também ai a Grécia devido à pressão lusa esteve bem diferente do que por norma consegue fazer. Triunfo no primeiro de dois jogos sem margem e com Portugal a afirmar-se ainda mais na Europa do basquetebol.

Grã-Bretanha vs Portugal: Terminou o sonho…por agora

Já no duelo em Manchester, Portugal continuava obrigado a vencer para conseguir a qualificação para o Eurobasket, mas a verdade é que o resultado não foi o desejado. No derradeiro jogo para a Seleção Nacional Sénior Feminino, o resultado foi de 78-48 para a turma britânica. Tal como no jogo em Odivelas, Portugal entrou muito bem, a defesa lusa continuava a fazer muita diferença ao conseguir limitar o poderio ofensivo da seleção da casa. Depois de um primeiro período com Portugal na frente, o segundo mudou tudo com as britânicas a conseguirem superiorizar-se abrindo um parcial que não mais conseguimos fechar neste duelo. Um dos pontos decisivos para este desaire foi o acumular de faltas demasiado cedo neste jogo, Portugal acabou por ficar tapado por faltas ainda nos primeiros momentos do segundo período, daí o parcial de 25-10 que elevou a desvantagem lusa para 35-23 ao intervalo.

A missão complicara-se, mas não era impossível, a chave voltava a estar na organização defensiva e no regresso ao melhor nível no ataque, a verdade é que Portugal tentou, as nossas guerreiras nunca desistiram, tentaram até ao último suspiro com todas as forças, mas acabaram sempre por bater na barreira britânica que neste duelo se assumiu intransponível e bem superior. O sonho terminou em Manchester com um desaire demasiado pesado para o Portugal fez neste duelo e nesta campanha, a verdade é que esta derrota não apaga em nada tudo o que as nossas jogadoras fizeram até então, foi uma campanha formidável que não só deixou Portugal ainda mais perto da concretização do grande sonho e que afirmou o conjunto das quinas como um dos que pode vir a marcar o basquetebol europeu.

Os maiores destaques da Seleção Nacional Sénior Feminina nestes duelos:

– Maria João Bettencourt: Continuar a sua época de luxo

A base nacional tem vindo a ser uma das maiores protagonistas do Jairis, estando num momento de forma fantástico e no duelo da Seleção Nacional Sénior Feminina com a Grécia, Maria João Bettencourt esteve em grande sendo o maior destaque e deixando claro o porquê de ser uma base de nível Euroleague. Portugal venceu de forma incrível a Grécia e muito pelo que Maria João Bettencourt fez, a lusa foi uma das figuras desta janela das seleções. No duelo com a Grécia, Maria João Bettencourt conseguiu 32 pontos, 6 ressaltos, 4 assistências e 5 roubos de bola.

– Inês Viana: Sempre em enorme destaque

Mudamos para Inês Viana que voltou a ser protagonista, conseguindo mais duas exibições muito boas para juntar a todas as outras desta temporada na Bielorrússia. A Seleção Nacional Sénior Feminina esteve muito bem, nada mancha a campanha do conjunto luso e para finalizar tudo, Inês Viana esteve em destaque como em tantas vezes ao serviço da nossa Seleção. No duelo com a Grécia, Inês Viana conseguiu 6 pontos, 3 ressaltos e 2 assistências, já no encontro com a Grã-Bretanha obteve 5 pontos, 1 ressalto, 1 assistência e 1 roubo de bola brilhando novamente de forma clara.

– Sofia da Silva: Categórica e grande protagonista

Para encerrar os destaques da Seleção Nacional Sénior Feminina nestes dois encontros, falar de Sofia da Silva mais uma portuguesa que está em grande nesta época e que chegou a estes duelos em boa forma, conseguindo duas ótimas exibições. Sofia da Silva esteve muito bem, tem sido uma excelente época para a portuguesa que esteve em destaque nestes dois jogos, em especial no encontro em Manchester. O jogo com a Grã-Bretanha foi onde Sofia da Silva conseguiu a melhor exibição, obtendo 19 pontos e 4 ressaltos sendo a melhor do lado luso no derradeiro duelo na qualificação para o Eurobasket.

O futuro é muito risonho e o sonho está cada vez mais perto

Para terminarmos, mais do que falarmos da excelente campanha que a Seleção Nacional Sénior Feminina realizou nesta qualificação, é necessário olhar já para o futuro e para a próxima campanha. Primeiro destaque é de que este grupo está no seu auge, nenhuma destas atletas está na fase final de carreira, estando todas ainda com muitos anos ao mais alto nível pela frente, falando claro de um grupo com muitos elementos a atuar em algumas das melhores ligas de basquetebol na Europa. A mescla de experiência e juventude é uma das chaves desta nossa seleção, sempre fez a diferença e nada abala a confiança, tanto em termos de qualidade, de grupo ou de forma para a próxima campanha, este grupo dá-nos totais garantias para o que está por vir.

Depois olhando para fora das eleitas para as últimas jornadas de qualificação para o Eurobasket, temos atletas como Raquel Laneiro, Carolina Bernardeco, Mariana Carvalho, Inês Ramos, Luana Serranho ou entre outras Carolina Gonçalves, tudo atletas que estão à porta da seleção e que se encontram em afirmação na Liga Betclic Feminina ou em algumas ligas europeias. Nesta altura falamos de um grupo coeso, muito forte, repleto de grandes talentos e capaz de atingir o sonho que pode ser “reforçado” a qualquer altura com jogadoras que já figuram entre as melhores atletas nacionais e que podem ajudar o conjunto das quinas, tudo isto serve para reforçar que o sonho de uma qualificação histórica para o europeu é real, está perto e pode acontecer, a confiança nas nossas estrelas é inabalável.

A campanha foi fantástica, o sonho é mais real que nunca e a próxima campanha promete ser ainda melhor, tudo isto faz com que o apoio à Seleção Nacional Sénior Feminina tenha que ser cada vez maior para ajudar a que o tão ambiciona sonho se concretize.

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José AndradeAgosto 29, 20224min0

Neste texto olhamos para os últimos jogos da Seleção Sénior Feminina e mais do que isso tiramos as respetivas ilações, já com os olhos postos no futuro próximo do conjunto das quinas.

Depois do estágio em Matosinhos onde o conjunto de Ricardo Vasconcelos defrontou e derrotou a Irlanda nos dois encontros em Guifões, a equipa nacional foi até à Bósnia e Herzegovina vencer os duelos com o conjunto local. Estes encontros com a seleção da Bósnia não tiveram transmissão, mas mais do que olhar para os jogos em si vamos olhar para o geral e para todas as ilações que podemos retirar no fim do último estágio e no conjunto de todos estes momentos de concentrarão da nossa seleção sénior feminina antes dos jogos de qualificação para o Campeonato da Europa.

Na Bósnia vencemos o primeiro encontro por 67-64 e o segundo por 74-52, dois resultados que não podiam ser mais positivos uma vez que derrotámos uma seleção apurada para o Campeonato do Mundo, um conjunto que é apenas um dos quatro da Europa que conseguiu tamanho feito e só isso já nos permite perceber a dimensão destes triunfos. Olhando para a última fase de qualificação, na altura para o Campeonato da Europa de 2021, a nossa seleção atingiu o “quase”, ficando sempre no ar que estávamos muito perto e que podíamos sonhar e, a verdade, é que depois disso a equipa das quinas já começou a nova fase de qualificação para o próximo Campeonato da Europa derrotando a Estónia. ficando muito perto de vencer a Grécia.

Portugal defrontou Irlanda em Rio Maior e tal como escrevi depois desse estágio a confiança e expetativas para o que estava por vir era muito maior, tínhamos saído deste estágio com a certeza que a selecção ia conseguir e que vamos poder sonhar com a grande competição. A seguir a Rio Maior, vieram os triunfos esclarecedores na Áustria, onde a equipa lusa não deixou qualquer margem para dúvidas em relação a este nosso conjunto, reforçando ainda mais o tal sonho e principalmente o quão realista ele é.

Mais do que apenas os resultados está a evolução e o crescimento da Seleção Feminina Sénior que apresenta como bem sabemos um conjunto base de jogadoras com grande entrosamento, já com vários anos de seleção principal a trabalhar juntas e muito conhecimento e entendimento entre todas, mas além disso a já renovação que tem vindo a acontecer com o selecionador nacional a saber sempre lançar jogadoras mais jovens com vista ao futuro de Portugal.

Falamos em futuro, mas o presente vai ser brilhante, isto porque como temos vindo a olhar neste texto, Portugal está numa fase incrível, repetindo sempre que se deve isso pelo crescimento espetacular da nossa seleção que venceu adversários importantes e com peso no basquetebol europeu e mundial.

Portugal nesta altura segue na segunda posição do Grupo G na fase de qualificação para o Campeonato da Europa de 2023 com 3 pontos, estando a apenas a 1 da Grécia. Os próximos duelos estão marcados para o dia 24 de Novembro quando recebermos a Grã-Bretanha e depois para o dia 27 altura em que as nossas atletas visitam a Estónia, mas o conjunto lusitano vai chegar a estes encontros mais motivado do que nunca e também mais preparado do que nunca, estes estágios e duelos neste verão assim o permitem e é por analisar todos os momentos em cada um dos jogos e estágios que podemos dizer que o sonho europeu é real e está mais vivo do que nunca.

Ficou aqui um olhar para a Seleção Sénior Feminina, que realisticamente nos deixa a sonhar e a pensar no Europeu e no que poderá ser um momento histórico para o nosso basquetebol muito em breve. Marquem já na agenda a data dos próximos jogos e sonhemos muito, mas mesmo muito porque estas nossas jogadoras estão quase a conseguir tornar todos os sonhos em realidade chegando ao Campeonato da Europa.

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José AndradeAgosto 17, 20226min0

Em Guifões, a Seleção Feminina Sénior realizou mais dois jogos de preparação com vista os jogos importantes que estão por vir na qualificação para o Campeonato da Europa e em dia do primeiro de dois duelos com Bósnia e Herzegovina, olhamos para o que aconteceu nestes dois encontros com a Irlanda em Guifões.

Portugal vs Irlanda – Crescem as expetativas para deixar o “quase” para trás

Dois triunfos categóricos que como se pode já perceber deixaram-nos ainda mais confiantes para os próximos desafios que a nossa seleção tem pela frente. No primeiro encontro, Portugal venceu por 78-63, uma vitória segura fruto do belíssimo jogo que a turma das quinas realizou em Guifões. Nota inicial para as jogadoras que ficaram de fora neste primeiro jogo, Mariana Silva e Sofia da Silva, curiosamente a primeira a ficar de fora tal como tinha acontecido no primeiro jogo do estágio anterior em Rio Maior. A partida até começou favorável às Irlandesas que beneficiando dos duelos interiores ganhos conseguiram conquistar um ligeiro ascendente e com isso uma vantagem inicial que se foi perdendo assim que Ricardo Vasconcelos parou o jogo e corrigiu posicionamentos. Portugal foi crescendo e assim que os duelos interiores passaram a ser favoráveis ao conjunto das Quinas, tudo mudou e prova disso foi o segundo quarto espetacular que a turma lusa realizou, um parcial de 25-7 e onde as irlandesas não conseguiram lidar com a pressão alta portuguesa perdendo muitas bolas, com a defesa a conseguir anular por completo todas as investidas da Irlanda, um período que roçou a perfeição.

A segunda parte embora mais suada, continuou a ser sempre portuguesa, o ascendente foi sempre da turma de Ricardo Vasconcelos que conseguiu rodar e dar tempo a todas as jogadoras, a parte mais preocupante foi o momento em que Joana Soeiro saiu para ser assistida, ela que foi uma das figuras desta partida. Neste duelo destacar a forma como mais uma vez o banco soube ler o jogo, as nossas bases que estiveram muito bem e mencionar as nossas interiores que tiveram um jogo muito duro, mas onde conseguiram sempre mostrar-se sendo muito importantes para a “cambalhota” no resultado e esta vitória da Seleção Feminina Sénior.

No segundo jogo, Portugal voltou a vencer, desta vez por, 72-62. Jogo distinto já que as lusas corrigindo a entrada do dia anterior, o que significou que começaram muito bem entrando com tudo, com as suas adversárias sentirem dificuldades do segundo período do jogo anterior logo a começar esta partida. Realçar que neste dois duelos Ricardo Vasconcelos optou sempre pelo mesmo 5 inicial composto por Maria Kostourkova, Josephine Filipe, Laura Ferreira, Maria João Correia e Inês Viana, sendo que não existe nada a apontar, 5 fortíssimo e que esteve muito bem, com nota de destaque para Inês Viana que em Rio Maior ainda estava ser gerida depois da lesão e que chegou a Guifões e espalhou magia nos dois encontros.

Olhando para esta partida nº 2, a Seleção Feminina Sénior fez uma primeira parte praticamente irrepreensível, dominante, sem erros grosseiros, com uma defesa asfixiante que deixou em muitos momentos as irlandesas em grandes dificuldades e no ataque a habitual troca de bola em beleza que foi sempre deixando em evidência a muita qualidade no ataque luso. A nível ofensivo jogo corrido, troca de bola sempre de muita qualidade, com a defesa a voltar a estar muito bem, as jogadoras interiores sempre em grande e com destaque para Joana Alves que no primeiro encontro tinha cedo ficado tapada por faltas e que neste segundo dia conseguiu mostrar o porquê de ser a poste de alto nível que é.

Duas vitórias incontestáveis onde a turma das quinas foi superior e não deixou margem para dúvidas, mostrando que estão prontas para os desafios seguintes.

Destaques individuais destes duelos

Fica difícil conseguir eleger destaques individuais olhando para as exibições da nossa seleção nestes dois jogos em Guifões, o primeiro ponto em evidência é que o coletivo está cada vez mais forte, e a cada estágio a ideia no final de cada é que o grupo está mais forte e pronto para atingir os palcos que merece. Depois olhando para os jogos temos que começar por falar de Maria João Correia que apareceu em Guifões sendo a MVP inequívoca do segundo jogo, com a base portuguesa surgiu nestes dois duelos muito bem, mostrando todo o trabalho que foi desenvolvendo ao longo das semanas entre o estágio de Rio Maior e este provando que a portuguesa vem para uma temporada de luxo.

Depois, tal como nos duelos do estágio anterior temos que destacar Márcia da Costa Robalo, jogadora que apareceu como é seu apanágio, em grande, nos dois duelos foi sempre protagonista, entrando com tudo em ambos os encontros. Falar ainda de Josephine Filipe que também ela havia sido destaque em Rio Maior e voltou a sê-lo em Guifões com duas excelentes exibições. Em outros destaques, Marcy Gonçalves que não tinha jogado em Rio Maior e que neste estágio voltou a mostrar-se e que saudades já tínhamos de a ver jogar, ainda Inês Viana que esteve irrepreensível nestes dois encontros e Maianca Umabano que como sempre não precisou de muito para se colocar como protagonista nestes duelos.

Saímos de Guifões com a certeza de que não só estas jogadoras e esta equipa técnica merecem estar no próximo Campeonato da Europa, como as expetativas e a confiança também subiram para o que está por vir. Depois destes jogos o que mais se sente é que vamos conseguir, a barreira do “quase” está cada vez mais perto de terminar e de deixar de existir quando se fala desta nossa Seleção Feminina sénior. Portugal joga hoje e amanhã com a Bósnia, dois encontros de um grau de exigência superiores, visto que as lusas vão defrontar uma equipa apurada para o Mundial e por isso serão dois testes bem mais complicados, mas venham eles porque com toda a certeza vamos sair ainda mais confiantes para o que está por vir.

Foto de destaque da FPB

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José AndradeJunho 2, 20229min0

A seleção nacional feminina de basquetebol continuou a sua preparação para a janela internacional de novembro com o segundo estágio onde realizou mais dois jogos, vencendo ambos e é sobre esses dois triunfos frente às austríacas que vamos falar hoje.

Áustria – Portugal: Suada, mas bela vitória

No primeiro jogo Portugal venceu por 50-43 a Áustria. A seleção feminina portuguesa entrou com, Sofia da Silva, Josephine Filipe, Márcia da Costa Robalo, Maria João Correia e Inês Viana. As lusitanas a entraram a pressionar colocando logo dificuldades ao ataque austríaco na criação, com a defesa lusa a não sentir problemas no jogo interior, bem pelo contrário. As comandadas de Ricardo Vasconcelos colocaram muitas dificuldades à Áustria que não conseguia criar e nem chegar ao cesto, a juntar a isso a boa defesa lusa levou a que as austríacas demorassem para marcar só conseguindo já aos 6 minutos. Portugal mais dinâmico no ataque, sempre uma bonita circulação de bola e os primeiros pontos surgiram por Maianca Umabano, uma das primeiras peças a ser lançadas no decorrer do encontro.

As craques portuguesas foram sempre dominando, tal como com a Hungria ganhávamos os duelos nas tabelas e mostrávamos sempre mais qualidade ofensiva, do lado da seleção da casa muitos problemas, primeiro fruto da pressão lusa a campo inteiro e depois porque nunca conseguiram desmontar o esquema defensivo de Ricardo Vasconcelos pois quando procuravam o tiro exterior ou era em cima da buzina ou eram jogadoras com menos capacidade.

Tal como nos jogos em Rio Maior, Carolina Rodrigues entrou muito bem, mexeu novamente com a seleção. No segundo quarto a entrada de Simone Costa voltou a ser muito importante, com Portugal a estar sempre na frente e no comando, continuando a ganhar segundas e terceiras bolas. Esta dinâmica no ataque continuava a criar dificuldades a uma defesa austríaca que sofreu bastante com o ataque português. Destaque obvio para a mobilidade nacional que deixou sempre as austríacas perdidas na defesa, Mariana Silva e Maianca estavam imparáveis e com isso as Quinas foram sempre “contornando” as jogadoras-interiores da Áustria. Ainda antes do intervalo, nota para Maria João Correia que esteve de mão quente e colocou a formação visitante numa posição mais confortável nesta partida.

Notou-se algum cansaço ainda nesta primeira parte, algo natural atendendo à carga que as jogadoras foram submetidas e à altura de época em que estamos, o que resultou em alguns cestos falhados que por norma não aconteceriam. Ao intervalo a vantagem era de apenas 6 pontos apesar da superioridade nacional, (20-26) com a seleção nacional a controlar e com vantagem nas transições pois as austríacas não conseguiam criar perigo o suficiente mesmo quando obtiveram algumas “benesses” quando Portugal consentiu algumas perdas de bola.

O porquê da vantagem ser inferior ao merecido, devia-se à eficácia, cansaço a , mas nada que deixasse a equipa lusa em problemas. No terceiro quarto e sob a batuta de Joana Soeiro, Portugal voltou a começar muito bem, e Sofia da Silva continuava a mandar nas tabelas e as lusas brilhavam no ataque com a troca de bola de qualidade. Mesmo com superioridade portuguesa, o jogo nunca esteve decidido, a Áustria andou sempre perto e muito pela questão da eficácia lusa que nos impediu de neste primeiro duelo ter um resultado mais dilatado. No terceiro quarto destacar a boa entrada de Lavínia da Silva e de mais uma vez Carolina Rodrigues, a interior veio manteve a superioridade na luta das tabelas e ainda trouxe maior acerto principalmente no canto, enquanto a base voltou a ser muito importante no ataque até pelo triplo que encestou num período de menor eficácia.

O último quarto começa com dois triplos austríacos, das poucas vezes que Portugal deu espaço para que a seleção da casa conseguisse atirar, o que forçou Ricardo Vasconcelos a parar de imediato o jogo e a corrigir a sua defesa que estava agora a conceder mais espaços. Mais uma vez a leitura de jogo desde o banco do selecionador a ser de realçar, até porque logo em seguida assistimos às correções e ajustes que nos colocaram de novo por cima do jogo.

A vantagem portuguesa chegou a ser de apenas 1 ponto, mas foi aí que a eficácia voltou ao normal deste duelo e a parte final deste período foi de qualidade e já mais ao encontro ao que tínhamos apresentado. O aumento da agressividade portuguesa levou as austríacas a cometer mais erros, com Maria João Correia e Soeiro a ser importante nesta subida anímica da seleção feminina e ainda destacar Josephine que tal como em Rio Maior esteve muito bem nos vários papéis. Perante alguns problemas na defesa e no jogo interior, a correção de Ricardo Vasconcelos lançando Lavínia da Silva para jogar ao lado de Sofia da Silva, o que ajudou e fez toda a diferença para que voltássemos a dominar na parte final do encontro. Vitória segura, suada e onde o ataque voltou a sentir alguns problemas, mas onde a superioridade lusitana foi evidente.

Áustria – Portugal: Só deu Portugal, exibição de gala

No segundo jogo, Portugal venceu por 83-29 uma exibição categórica e que não nos deixa muito para analisar e por bons motivos, isto porque a seleção nacional dominou e controlou do princípio ao fim. Neste duelo a formação lusa não teve tantos problemas na concretização, mais uma partida onde se ganhou nas tabelas, e em que a defesa esteve incrivelmente bem e que não podia ter terminado de melhor maneira este segundo estágio. Vitória soberba, um jogo imenso que foi pena não ter outro tipo de transmissão porque seria ótimo para todos verem… Se ainda existiam dúvidas em relação à nossa seleção, ficaram totalmente desfeitas, Portugal já não era apenas uma seleção do quase ou do perto e aqui deixou mais que evidente em 5 grandes jogos que é uma seleção de topo.

No que diz respeito aos destaques, volta a não ser fácil, mas vamos lá a algumas das jogadoras que se evidenciaram mais nestes duelos:

  • Mariana Silva – Já faltam palavras

Depois de uma temporada em que esteve sempre a um nível altíssimo, Mariana Silva esteve muito bem em Rio Maior, chegando à Áustria com o mesmo ritmo. Foram mais dois jogos em que brilhou na defesa e no ataque, importante com a sua mobilidade perante interiores algo lentas da Áustria, Mariana Silva a ganhar ainda mais espaço nas contas da seleção ao ser um dos nomes que mais brilhou nestes dois estágios da seleção portuguesa feminina sénior.

  • Sofia da Silva – A patroa

Chegamos à dona e senhora das tabelas, foram 5 jogos onde dominou e controlou as tabelas. Independente de quem teve de enfrentar, Sofia da Silva ganhou a todas adversárias, com mais 5 jogos de grande plano para a craque lusitana. Sofia da Silva é das referências maiores da seleção feminina, vem de uma temporada onde esteve muito bem e nem sempre foi elogiada como merecia. Foram 5 jogos a ser a comandante, onde deixou de novo à vista de todos nesta Europa basquetebolística que é uma jogadora de topo e que venha quem vier, será dominado pela patroa Sofia da Silva.

  • Inês Viana – Diferenciada demais

O segundo destaque é Inês Viana, em primeiro lugar, como é bom voltar a ver Inês Viana jogar ao vivo, depois e mesmo sabendo que ainda não está a 100%, este regresso com os problemas físicos a estarem completamente ultrapassados são as melhores noticias para o basquetebol português. A base dispensa apresentações, é uma jogadora única e muito diferenciada e deixou uma vez mais isso à vista de todos nestes dois estágios. É daquelas jogadoras que a única coisa que devemos fazer é não perder nenhum jogo e desfrutar, porque vamos assistir a um recital e foi isso que tivemos o privilégio de ver nestes duelos, mesmo ainda a ser gerida fisicamente, Inês Viana deu show, brilhou e voltou a demonstrar o porquê de ser uma jogadora de melhores ligas do mundo.

  • Laura Ferreira – Relógio suíço lusitano

No penúltimo destaque, vamos até Laura Ferreira. Se Mariana Silva é o micro-ondas do nosso basquetebol, Laura Ferreira será o relógio suíço, isto porque é aquela jogadora que rende sempre, nunca tem jogos maus ou duelos em que passa ao lado e não ajuda as suas colegas. Foram 5 encontros em que pudemos ver a melhor Laura Ferreira, em especial no primeiro jogo com a Áustria, quando a seleção nacional mais precisava, ela apareceu, com destaque para a segunda parte desse primeiro encontro com as austríacas quando elas estavam por cima e a criar-nos alguns problemas, Laura Ferreira apareceu liderando na defesa e guiando no ataque, uma jogadora que também é acima da média e que deixou isso muito claro uma vez mais nestes dois estágios da seleção feminina.

  • Maria João Correia – Máquina incansável

Para terminarmos os destaques que elegemos destes duelos, Maria João Correia. A base não vinha de uma época fácil e por isso era das jogadoras que tinha mais expetativas para ver nestes duelos para entender como estaria, nada a dizer, superou tudo, uma autêntica máquina que não engana ninguém e que não sabe jogar mal, mostrando que está em grande e que não existe absolutamente nenhuma questão. Nestes 5 jogos foi sempre das melhores, o tiro esteve sempre lá, a habilidade capaz de desconcertar todas as defesas esteve à vista de todos nós, Maria João Correia rende sempre e nestes duelos não foi diferente, liderou, brilhou e apareceu muito bem criando grandes expetativas para a próxima época.

Hoje ficou aqui tudo sobre o segundo estágio da seleção feminina portuguesa, duas grandes e categóricas vitórias em terreno austríaco que deixaram bem claro que a seleção portuguesa pertence à elite e em novembro vamos mostrar isso mesmo, atenção que as portuguesas vão calar ainda muita gente.

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José AndradeMaio 31, 202211min0

O primeiro estágio da seleção feminina de basquetebol em Rio Maior, ficou marcado por três duelos com a congénere magiar e é de cada um desses jogos que José Andrade nos vem falar hoje.

Portugal – Hungria: Triunfo categórico

Portugal a vencer a Hungria no primeiro duelo por 74-70. A nossa seleção feminina basquetebol a entrar com Maria Kostourkova, Sofia da Silva, Márcia da Costa Robalo, Maria João Bettencourt e Inês Viana, ficaram de fora neste primeiro duelo Mariana Silva e Marcy Gonçalves. Muita luta desde o começo do jogo, as interiores numa autêntica batalha e depois a Hungria tentava sempre sair rápido aproveitando algum erro da nossa seleção. Hungria a entrar melhor, grande duelo entre as interiores, mas o nosso crescimento acontece quando conseguimos acelerar mais o nosso jogo, além da velocidade subimos a nossa agressividade.

Estávamos bem defensivamente, mesmo com problemas para travar Virag Kiss, mas a concretização estava a ser o problema. Portugal cresce depois do time-out de Ricardo Vasconcelos, mais uma vez a ler muito bem o jogo, a Hungria continuava a forçar no jogo interior e na estatura, Portugal crescia ao conseguir ultrapassar a defesa zona da seleção magiar e ainda quando conseguimos quebrar os ritmos ofensivos das húngaras. No segundo quarto foi Portugal a crescer, era agora a nossa transição que colocava as húngaras em dificuldades, mais velocidade e Sofia da Silva a ganhar os duelos interiores. Destacar as boas entradas de Maianca Umabano, Joana Alves e Simone Costa, mas fomos para o intervalo na frente, maior acerto no ataque e na defesa continuávamos irrepreensíveis.

O recomeço voltou a ser favorável à Hungria que soube ajustar ao intervalo de forma a “empurrar” Portugal novamente para um período de menor eficácia neste jogo, mas tudo muito equilibrado, a nossa seleção muito agressiva, demorámos para carburar na segunda parte depois de uma entrada menos boa. Márcia da Costa Robalo já se ia assumindo como a grande protagonista e o quarto período ajudou a reforçar isso mesmo. As húngaras iam sempre procurando o tiro exterior, mas Portugal a trabalhar muito bem, íamos impedindo que conseguissem construir, muita pressão, linhas de passe sempre fechadas e duelos a serem ganhos, Portugal por cima e com Joana Soeiro a pressionar a campo inteiro, juntando a isso começámos a roubar mais bolas e a ter mais contra-ataques. Muita velocidade, muita intensidade e Portugal a terminar melhor, conseguindo vencer o primeiro dos três duelos em Rio Maior através de leituras de jogo impressionantes do nosso selecionador que soube ajustar perante uma seleção que teve na altura e no tiro exterior as suas grandes armas.

Portugal – Hungria: Duelo demasiado físico

No dia seguinte, Portugal voltava a jogar em Rio Maior frente à Hungria e desta vez com um resultado negativo, um desaire por 69-63. Neste segundo duelo foram Emília Ferreira e Marcy Gonçalves a ficar de fora. Portugal neste duelo entrou com Lavínia Silva, Sofia da Silva, Márcia da Costa Robalo, Maria João e Joana Soeiro. Hungria a começar melhor ao aproveitar o tiro exterior, depois de um primeiro jogo onde a seleção visitante tentou usar muito o jogo interior, neste duelo as húngaras entraram mais agressivas e a usar as vantagens nas transições.

A versatilidade conhecida de Josephine Filipa a ser um dos destaques, entre 3 e 4 sempre e neste duelo voltou a entrar muito bem, assumindo cedo grande protagonismo. Desde cedo que se viu uma seleção húngara mais forte, mais agressivas e a ganhar mais duelos, Portugal melhora com Laura Ferreira a 3, a maior mobilidade da jogadora portuguesa ia ajudando a que se conseguisse ultrapassar a marcação da Hungria. Portugal com pressão a campo inteiro, algo que colocou a nossa seleção mais perto, mas um primeiro quarto onde as defesas se evidenciaram, com a Hungria a estar com um ligeiro ascendente. Carolina Rodrigues muito importante neste jogo, muito pelo que foi fazendo do lado defensivo.

No segundo período melhoria da nossa seleção com a entrada da Mariana Silva e ainda pelo que Maria Kostourkova ia fazendo, trabalhava sem bola na marcação e no ataque a ganhar vantagens que íamos conseguindo explorar muito bem. Voltámos a terminar por cima no final do segundo quarto, com menos espaço para as húngaras, mas muito contacto, muitos bloqueios, um jogo muito intenso, muito equilibrado, uma batalha física bem mais do que no primeiro jogo. Portugal a entrar bem na transição defensiva, tínhamos sentido alguns problemas na primeira parte, mas na reentrada Portugal vinha com a estratégia bem assimilada. A nossa seleção feminina basquetebol continuava a dominar as tabelas, foi um dos destaques nestes 3 jogos, mesmo perante uma seleção mais alta e mais forte, as nossas interiores conseguiram dominar e ganhar os duelos. A segunda parte trouxe o aumento da agressividade, tudo ainda mais físico e em alguns pontos a ultrapassar os limites.

Portugal com ótimas leituras, as triangulações entre as interiores foram destacadas por Vasco Pais na transmissão e não era por acaso, foi um dos pontos em evidência nesta jornada tripla. Portugal com um jogo muito bonito, já era sabido e estes duelos permitiram que mais gente pudesse ver isso mesmo. Falando do último quarto, muita luta, este jogo ficou marcado por muitas lutas, pelos duelos intensos e muito físicos, com destaque para o interior onde Maria Kostourkova e Virag Kiss continuavam inseparáveis. Portugal no ataque a conseguir criar muito bem, mas não íamos conseguindo converter as oportunidades ao contrário da Hungria que ia conseguindo converter. Num duelo mais físico, as húngaras foram melhores conseguindo aproveitar as vantagens de um maior poderio físico e do critério da equipa de arbitragem. A eficiência e concretização fizeram a diferença, Portugal voltou a conseguir ganhar na luta das tabelas e mesmo com um resultado menos bom, Portugal mostrou ainda mais no ataque e na defesa conseguimos voltar a travar o ataque húngaro.

Portugal – Hungria: Venha a Áustria

No derradeiro duelo em Rio Maior, Portugal perdeu por 63-73. As jogadoras de foram voltaram a ser Emília Ferreira e Marcy Gonçalves, esta última condicionada e com o braço ainda protegido. Neste duelo a nossa seleção feminina basquetebol começou com Maria Kostourkova, Sofia da Silva, Márcia da Costa Robalo, Maria João e Inês Viana. A seleção magiar a entrar novamente com pressão alta e muita agressividade sob a portadora da bola, no ataque começaram com dois triplos seguidos para abrir este duelo da pior maneira para nós. Mais um jogo onde as defesas assumiram cedo um grande protagonismo, muita pressão perante a portadora da bola dos dois lados, muita intensidade e Koustorkova com Kiss em grande luta como já era habitual. No primeiro quarto, as mudanças rápidas no ataque deixaram a nossa seleção em maiores dificuldades na defesa deixando um pouco mais de espaço para as atiradoras húngaras que aproveitavam muito bem.

No segundo quarto, a Hungria voltou a começar muito bem na linha de três pontos e com isso voltou a conseguir “fugir” da nossa seleção. Portugal cresce pelas mãos de Inês Viana, a base ia assumindo a responsabilidade de marcar e de recolocar as lusas novamente mais perto das húngaras. Neste jogo foi onde mais se notou o cansaço, a disponibilidade já não era tão grande, mas a entrega era cada vez maior. A lesão de Maria Kostourkova obrigou a redesenhar a nossa seleção por parte de Ricardo Vasconcelos que continuava a mostrar aquilo que lhe é característico, uma leitura de jogo desde o banco incrível, mesmo com maiores dificuldades e o maior cansaço físico, Portugal continuou a mostrar mais estratégias e muito trabalho.

Portugal cresceu no terceiro período, muito pela entrada de Carolina Rodrigues que voltou a estar como foi habitual no decorrer da temporada, em plano de maior evidência, menção ainda para Maianca Umabano que entrou muito bem, as penetrações da jogadora do GDESSA foram sempre impulsionando a nossa seleção. As nossas jogadoras a mostrar uma raça impressionante, mesmo com as húngaras por cima, a nossa seleção nunca desligou e esteve até ao fim a lutar pelo jogo. Sempre que Portugal conseguia ganhar algum ímpeto e reduzir a desvantagem, as húngaras através do tiro exterior conseguiam “acalmar” tudo, um jogo muito rápido e muito intenso, luta até ao fim e onde o cansaço pesou.

Portugal acaba por não conseguir vencer, mas ficaram três jogos que comprovam a muita qualidade da nossa seleção feminina de basquetebol e ainda que o sonho do Europeu é mais que real, em novembro elas vão precisar de todos nós porque mostraram em Rio Maior que não só estão perto, como estão ao nível das melhores, uma seleção incrível que tem uma alma do outro mundo, além de imensa qualidade.

Nos destaques individuais fica difícil conseguir eleger e falar de apenas algumas jogadoras desta excelente seleção feminina basquetebol, é uma tarefa complicada porque estiveram todas muito bem, mas vamos a alguns destaques:

  • Márcia da Costa Robalo – Reencontro de luxo

Uma jogadora que fui elogiando muito ao longo da temporada e que neste reencontro com muitas húngaras mostrou o porquê de ter sido uma das melhores jogadoras do basquetebol europeu nesta temporada. Foi a jogadora mais regular, assumiu protagonismo em todos os jogos conseguindo como é habitual aparecer na defesa, no ataque, na liderança e com isso se percebe o impacto que tem nesta nossa seleção.

  • Maria Kostourkova – Muita luta

A nossa poste foi obrigada a lutar muito, principalmente com as duas Kiss e em especial claro com Virag que protagonizou um dos duelos mais intensos e mais espetaculares de acompanhar ao longo destes 3 duelos. Maria Kostourkova como sempre em grande, muitas vezes com aquele trabalho mais invisível e que não é refletido nas estatísticas, mas sempre exemplar. Acabou por sair lesionada, nada que a impeça de jogar frente à seleção austríaca, mas lutou muito e voltou a mostrar o porquê de ser uma poste de alto nível.

  • Carolina Rodrigues – Não sabe jogar mal

A base foi também um dos nomes mais destacado por aqui nas últimas semanas e não é por acaso, basta ver estes três duelos para se perceber a qualidade de Carolina Rodrigues. Muito importante na defesa e no ataque, sempre em destaque pelo tiro e pontos, mas não só, acaba por se destacar na marcação, nos roubos de bola e pelas dificuldades que coloca aos ataques adversários. Três grandes jogos da base portuguesa que jogou de tal forma que nem parecia que vinha de uma época longa, uma jogadora riquíssima tecnicamente, mas que voltou a impressionar por todo o trabalho que faz.

Deixámos aqui tudo sobre os três primeiros duelos em Rio Maior frente à Hungria, para a semana vamos regressar para falar dos dois duelos da nossa seleção feminina de basquetebol com a Áustria, no segundo estágio.


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