Arquivo de Mundial Snooker - Fair Play

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Xavier OliveiraMaio 8, 201811min0

Com o término do mundial, importa fazer um balanço não só de tudo aquilo que se passou em Sheffield, destacando o melhor e o pior, mas também antever e prognosticar um pouco do que se irá passar já na próxima época. A nova temporada começa já no final do mês de julho e por isso não há tempo a perder no que toca a preparar os torneios que se avizinham.

Ali Carter: Se alguém merece um destaque neste mundial é o “The Captain”, não só por aquilo que fez neste mundial como por toda a história de superação que vai conseguindo dia após dia, torneio após torneio. Começou por vencer Graeme Dott na primeira ronda, num encontro extremamente equilibrado para depois, na segunda ronda, deixar pelo caminho o mais temido de todos os adversários, Ronnie O’Sullivan. O inglês que ainda antes três dias do começo do mundial não tinha a certeza se iria estar presente em Sheffield devido a problemas de saúde e, não só esteve presente como chegou aos quartos-de-final, onde aí caiu perante Mark Williams.

Barry Hearn: O homem forte da World Snooker merece uma vez mais destaque neste mundial, por mais uma vez ter organizado um mundial de excelência, como já é seu apanágio. Trouxe novas ideias para possivelmente implementar já na próxima época, como o tempo máximo de tacada, algo que deixou muitos fãs da modalidade algo descontentes.

Centenárias: Se no ano passado foram 72 centenárias, ou entradas superiores a 100 pontos, feitas nesse mundial, este ano essa marca foi largamente superada, tendo havido 84 centenárias no total. Encabeçadas por um dos maiores nomes do snooker, John Higgins, que fez a tacada mais alta do torneio, situada nos 146 pontos, “coisa pouca” como se diz na gíria popular.

Decepções: Mais do que decepções acabou por ser a confirmação de épocas longe do seu melhor. São os casos de Mark Selby e Neil Robertson, dois ex-campeões do mundo que não foram além da primeira ronda, tendo perdido para Perry e Milkins, respectivamente. Dos dois jogadores, Mark Selby foi mesmo aquele que desiludiu mais, já que o inglês tinha vencido as últimas duas edições do mundial e a vitória no China Open, no início de Abril deixava boas perspectivas para o mundial, algo que não se veio a verificar.

Eurosport: Uma palavra de grande apreço para esta estação televisiva que mais uma vez nos brindou de forma espantosa com as transmissões deste mundial, onde os comentários de Nuno Miguel Santos e Miguel Sancho foram mais uma vez a cereja no topo do bolo. De destacar ainda as “aulas” de O’Sullivan que através do Eurosport britânico, que explicou como mais ninguém algumas jogadas que houveram no Crucible.

Marco Fu: Sabia-se que era difícil o asiático conseguir uma boa prestação neste mundial, visto que vinha de uma operação ao olho esquerdo e de algum tempo para cá que já não jogava qualquer torneio. Apesar de ter caído logo na ronda inicial, Fu merece o destaque pela sua presença no mundial, mesmo estando longe das suas melhores condições.

Golpe de teatro: Uma expressão que encaixa que nem uma luva no mundial deste ano e no Crucible Theatre. Ano após ano, os famosos “golpes de teatro” vão surgindo nos panos verdes e este não foi excepção, merecendo por isso o destaque no resumo deste mundial.

Barry HawkinsNão chegou ao Crucible como um dos favoritos, longe disso na verdade, mas talvez por isso mesmo tenha conseguido uma tão boa prestação. Alcançou as meias-finais, onde aí caiu para Mark Williams, num belo encontro, decidido apenas no penúltimo ‘frame’, a favor do galês por 17-15.

Hawkins no seu encontro frente a Williams (Fonte: Facebook World Snooker)

Império do Snooker: O império do snooker é inevitavelmente dependente do dinheiro. Um jogador por conseguir estar presente no mundial, mesmo que oriundo das qualificações, arrecada qualquer coisa como 18.000 libras, algo que para muitos jogadores que jogam as qualificações é mais do que conseguem ganhar em toda uma época. Quem consegue o feito de alcançar a final recebe a “módica quantia” de 180.000 libras, sendo que o vencedor recebe “apenas” 425.000 libras!

Ding Junhui: O chinês que arrasta multidões no seu país natal e que vai coleccionando fãs por onde passa, esteve intocável até aos quartos-de-final, tendo deixado pelo caminho até então, Xiao Guodong e Anthony McGill. Nos “quartos” desapareceu de tal forma que Hawkins aplicou uns esclarecedores 13-5 ao chinês.

Kyren Wilson: É apontado por O’Sullivan como uma das próximas estrelas do snooker mundial e mais do que uma promessa, o inglês já é uma confirmação. Termina a época no top-16 e caiu apenas nas meias-finais, novamente para John Higgins, depois de no ano passado ter caído também para o escocês nos quartos-de-final. Vai cimentando a sua posição dentro do circuito e criando o estatuto para numa das edições futuras do mundial ser um dos candidatos maiores a brilhar mais alto em Sheffield.

Lyu Haotian: O miúdo que fez a sua estreia em Sheffield, deixando pelo caminho na primeira ronda Marco Fu, caiu na segunda ronda para Hawkins, não sem antes de dar muita luta ao inglês. Perdeu aí por 13-10, mas mostrou muita qualidade para o seu ano de estreia no circuito e a continuar a este ritmo tem tudo para vir a ser um jogador de altíssimo nível.

Jovem chinês no aperto de mão a Hawkins (Fonte: Facebook World Snooker)

Mark Williams: Falhou a presença no mundial de 2017, mas este ano chegava a Sheffield num lote restrito de favoritos a vencer o mundial. E a verdade é que o galês chegou, viu e venceu. Quinze anos volvidos da sua ultima vitória no mundial, eis o que é considerado por muitos como o mais fraco do trio da geração de 92 a erguer o tão desejado troféu. Foi uma final absolutamente épica, onde Williams saiu por cima de Higgins por 18-16, aliás o mesmo resultado das finais de 2000 e 2003, altura em que se sagrou também campeão mundo. A cereja no topo do bolo surgiu na conferência de imprensa pós-final, onde a promessa de Williams se concretizou, aparecer nu na sala de imprensa.

Mark Williams na conferência de imprensa pós-final (Fonte: Facebook World Snooker)

Thepchaiya Un-Nooh: Merece o destaque por ter sido o único jogador asiático, sem contar com os habituais chineses, a marcar presença no mundial. Foi um “osso duro de roer” para Higgins na primeira ronda, o que demonstra bem a qualidade deste jogador, ele que é o segundo jogador com o tempo médio de tacada mais baixo do circuito.

Ronnie O’Sullivan: Dispensa qualquer tipo de apresentação, não fosse ele um dos maiores embaixadores do snooker por todo o mundo. Este mundial falhou uma vez mais o objectivo de alcançar o seu sexto título mundial, algo que já procura desde 2013. Era apontado por muitos como o maior candidato a vencer o mundial, isto depois da tremenda época que protagonizou, mas tal não se veio a verificar e Ronnie ficou-se pela segunda ronda, frente ao “Captain” Carter, por 13-9.

O’Sullivan algo apreensivo com a sua jogada (Fonte: Facebook World Snooker)

Portugal: Novamente este cantinho à beira mar plantado mereceu honras de destaque em Sheffield, já que Portugal está novamente com boas perspectivas para organizar um torneio, tal como noticiado pelo jornalista do jornal A Bola, António Barroso. É preciso “mexer os cordelinhos” e angariar patrocínios necessários para trazer novamente os magos do taco a terras lusas, depois de estes terem cá estado em 2014, no Lisbon Open.

Quarentões: São cada vez mais os jogadores “veteranos” do circuito a brilhar e este mundial é a prova viva disso mesmo. Dois “velhinhos” da modalidade a marcar presença numa grande final, homenageando e de que maneira a “geração de 92”.

Ricky Walden: O inglês regressou ao mundial este ano, depois de ter falhado as qualificações no ano passado. É sempre bom ver jogadores que brilharam muito outrora, regressar aos grandes palcos do snooker. Sendo que nesta edição do mundial, Walden deixou pelo caminho Brecel, acabando depois por perder na segunda ronda para Judd Trump.

Stephen Maguire: Conseguiu ultrapassar as tormentas das qualificações, tendo depois tido o azar de apanhar Ronnie O’Sullivan na primeira ronda. Esteve perto de conseguir deixar o inglês pelo caminho, mas acabou por não conseguir concretizar tal proeza, perdendo com o “Rocket” por 10-7.

Judd Trump: Invariavelmente e, ano após ano, o inglês falha o assalto ao tão desejado título mundial. Este ano conseguiu chegar aos quartos-de-final, onde caiu para um dos maiores nomes da modalidade, John Higgins. Foi um encontro épico, decidido apenas na “negra”, tendo essa caído de forma favorável para o escocês. É mais um ano em que fica a sensação de que falta qualquer coisa a Trump para chegar ao tão ambicionado troféu.

Alexander Ursenbacher: O jovem luso-descendente não conseguiu a qualificação para o mundial, mas ainda assim merece destaque pela boa época que fez no seu geral, sendo que na próxima época terá de manter esse bom nível para garantir a sua continuidade no circuito.

Vinte: Um número que fala por si próprio, são 20 anos que separam a primeira final de Higgins para a que o escocês alcançou este ano. Pouco mais há a dizer, apenas que o escocês é indiscutivelmente um dos melhores de sempre.

John “Wizard of Wishaw” Higgins: O parágrafo anterior resume muito daquilo que é a carreira de Higgins e este mundial foi a prova viva disso mesmo. Teve duelos duríssimos até chegar à final, onde aí frente a um dos seus grandes rivais de sempre, perdeu por 18-16. Ainda assim, Higgins merece tantas honras como Mark Williams, já que ainda conseguiu colocar em sérias dúvidas a vitória de Williams na final, numa altura em que o galês vencia por 15-10 e o escocês empatou a 15 de uma só assentada.

Xiao Guodong: Uma vez mais este chinês marcou presença no mundial, onde este ano o sorteio acabou por não ser favorável, já que na primeira ronda teve de defrontar o seu compatriota DIng Junhui, num encontro onde saiu derrotado por 10-3.

Yan Bingtao: Era mais do que expectável que o chinês marcasse presença no mundial. Tal não aconteceu e com isso Bingtao acabou por ser o único jogador do top-20 a não marcar presença em Sheffield. Muitas mais oportunidades virão para Bingtao, sendo que para o ano é provável que este figure no top-16 e assim tenha entrada directa para o Crucible.

Zero: Foi um mundial com zero tacadas máximas, tendo John Higgins ficado a um ponto de conseguir essa proeza, mas ainda assim não deixou de ser um torneio de excelência onde as dezenas de tacadas centenárias compensaram e muito este nulo de 147’s.

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Xavier OliveiraAbril 19, 201811min0

O snooker é considerado um dos desportos mais importantes no mundo para o desenvolvimento intelectual de qualquer ser humano, pelo esforço psicológico a que sujeita os seus praticantes. O fair play, o cavalheirismo e o desportivismo presentes nos panos verdes são atributos que dificilmente se encontram tão bem representados noutra modalidade quanto aqui.

Se nunca viu snooker, ou raramente costuma acompanhar, saiba que o ponto mais alto da época começa já no próximo dia 21 de abril. Esse referido ponto alto é o mundial, que se joga em Sheffield, na Inglaterra. Facilmente pode perceber abaixo o porquê de este ser mais um excelente ano e de ser, simultaneamente, uma bela oportunidade para começar a acompanhar mais de perto este desporto. Em Portugal, o mundial pode ser acompanhado em direto e em exclusivo no Eurosport, com comentários de Nuno Miguel Santos e Miguel Sancho.

É muito difícil apontar um único favorito à vitória este ano, sendo que há vários jogadores a perfilarem-se como candidatos ao título. De todos os 16 jogadores já apurados para o quadro final, fizemos uma análise sobre aqueles que são provavelmente os oito maiores candidatos a sagrar-se campeão do mundo, com base no que fizeram esta época e no seu historial. Neste lote estão incluídos alguns jogadores que nunca provaram o sabor da vitória, com outros repetentes também à mistura.

Mark “The Jester from Leicester” Selby

Esteve longe de ser uma época brilhante para o inglês, mas a verdade é que tal como no ano passado, a vitória no China Open, último torneio antes do mundial, pode ser um bom prenúncio para o que Selby pode fazer em Sheffield. Será o nº 1 do ranking mundial capaz de vencer o terceiro título de campeão do mundo consecutivamente, destronando a concorrência com o seu estilo de jogo particularmente defensivo? Ou terão os adversários os seus tacos bem preparados para abater a muralha defensiva natural de Leicester? A acontecer essa terceira vitória de forma consecutiva, será a primeira vez desde a era de Stephen Hendry. Para que se perceba um pouco melhor a qualidade deste jogador, segue um pequeno resumo da sua carreira e da sua época.

Nacionalidade: Inglaterra (Leicester)

Idade: 34 anos

Profissional desde 1999

Ranking Atual: 1º lugar

Finais 2017/2018: 2 (International Championship e China Open)

Títulos 2017/2018: 2 (International Championship e China Open)

Títulos de Campeão do Mundo: 2014, 2016 e 2017

Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 518

Tacadas máximas (147 pontos): 2

Prémios monetários amealhados: 4.708.241 Libras

Mark Selby a erguer o troféu de campeão do mundo em 2017 (Fonte: Sporting Life)

Ronnie “The Rocket” O’Sullivan

Dispensa qualquer tipo de apresentações, pois estamos a falar daquele que é considerado por muitos um dos melhores jogadores de todos os tempos. Dotado de um talento natural para a modalidade, O’Sullivan tem no Crucible o seu teatro dos sonhos, mas também dos pesadelos, já que por várias vezes lá protagonizou episódios no mínimo caricatos. Esta época esteve particularmente imparável, tendo vencido as cinco finais de ‘majors’ em que esteve presente, sendo estes números que falam por si só. A grande questão no que toca ao inglês, está em saber se Ronnie estará com a disponibilidade mental para aguentar os 17 dias desta dura prova. De qualquer forma veremos se será este ano que o britânico alcança Sir Steve Davis em número de títulos de campeão do mundo, algo que já procura desde 2013, altura em que conseguiu ganhar o seu último mundial.

Nacionalidade: Inglaterra (West Midlands)

Idade: 42 anos

Profissional desde 1992

Ranking Atual: 2º lugar

Finais 2017/2018: 7 (English Open, Shanghai Masters, UK Championship, World Grand Prix, Players Championship, Hong Kong Masters, Champion of Champions)

Títulos 2017/2018: 5 (English Open, Shanghai Masters, UK Championship, World Grand Prix, Players Championship)

Títulos de Campeão do Mundo: 2001, 2004. 2008, 2012 e 2013

Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 944

Tacadas máximas (147 pontos): 14

Prémios monetários amealhados: 9.700.000 Libras

Judd “The Ace in the Pack” Trump

Desde que apareceu a jogar como profissional no ano de 2005, nunca mais ninguém perdeu de vista este jovem prodígio. Tornou-se profissional aos 16 anos e desde então tem vindo sempre a crescer como jogador. Ano após ano é apontado como um dos grandes favoritos à vitória, mas tem falhado sempre até agora, muito devido a falta de maturidade que muitas vezes demonstra. No ano passado, Judd Trump esteve particularmente mal, não só na mesa, onde perdeu logo na primeira ronda para Rory McLeod, mas também fora dela, onde em entrevista ao Fair Play antes do início do mundial, teceu duras críticas a Mark Williams. Esta não foi uma época particularmente boa, mas o inglês não deixa de ser apontado por alguns especialistas como um dos maiores favoritos a vencer em Sheffield.

Nacionalidade: Inglaterra (Bristol)

Idade: 28 anos

Profissional desde 2005

Ranking Atual: 4º lugar

Finais 2017/2018: 2 (European Masters, Shanghai Masters)

Títulos 2017/2018: 1 (European Masters)

Títulos de Campeão do Mundo: Nada a assinalar

Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 528

Tacadas máximas (147 pontos): 3

Prémios monetários amealhados: 2.656.014 Libras

Judd Trump após vitória do European Masters, na Bélgica

John “The Wizard of Wishaw” Higgins

Estamos perante um dos nomes mais consagrados da história do snooker mundial. John Higgins é invariavelmente um candidato a campeão do mundo, algo que já não acontece desde 2011. No ano de 2017, chegou à final onde saiu derrotado frente a Selby por 18-15. Terá a idade um peso grande nas horas de maior pressão? Ou será que Higgins está como o “vinho do Porto, quanto mais velho melhor”? A componente física é algo que pode ter um peso negativo no jogo do escocês, sendo certo que esta temporada venceu três títulos pontuáveis para o ‘ranking’ mundial, tendo sido assim um dos melhores no que toca a esta época. Para conseguir brilhar em Sheffield, Higgins terá de estar bem melhor que aquilo que mostrou nos últimos dois torneios que antecederam o mundial.

Nacionalidade: Escócia (Wishaw)

Idade: 42 anos

Profissional desde 1992

Ranking Atual: 5º lugar

Finais 2017/2018: 3 (Indian Open, Welsh Open e Championship League)

Títulos 2017/2018: 3 (Indian Open, Welsh Open e Championship League)

Títulos de Campeão do Mundo: 1998, 2007, 2009 e 2011

Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 719

Tacadas máximas (147 pontos): 8

Prémios monetários amealhados: 7.442.109 Libras

Mark “Welsh Potting Machine” Williams

Depois de no ano passado ter falhado a presença no mundial, ao ter ficado fora do top-16 e, depois de perder nas qualificações, o veterano galês regressou ao circuito esta época como um nível técnico que há muito já não se lhe via. Esta temporada foi o terceiro jogador a amealhar mais dinheiro para o ‘ranking’, só batido por Ronnie e Selby. Quando está em “dia sim”, fica difícil alguém pará-lo, restando a dúvida se Mark Williams estará com a disponibilidade psicológica para enfrentar um torneio tão longo e desgastante. A última vez que o galês venceu um mundial foi em 2003, a uns distantes 15 anos.

Nacionalidade: País de Gales (Ebbw Vale)

Idade: 43 anos

Profissional desde 1992

Ranking Atual: 7º lugar

Finais 2017/2018: 2 (Northern Ireland Open e German Masters)

Títulos 2017/2018: 2 (Northern Ireland Open e German Masters)

Títulos de Campeão do Mundo: 2000 e 2003

Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 427

Tacadas máximas (147 pontos): 2

Prémios monetários amealhados: 5.291.416 Libras

Mark Williams a festejar a vitória do German Masters (Fonte: Snooker HQ)

Ding “Star of the East” Junhui

É o único chinês a perfilar no top-16 atualmente. Sem dúvida que é um dos grandes favoritos a erguer o título de campeão do mundo em Sheffield, depois de em 2016 ter mostrado ser capaz de ombrear com os melhores, ao ter alcançado a final onde perdeu para Selby. Relativamente a esta temporada, chegou a duas finais, tendo vencida apenas uma, o World Open, sendo que na outra foi “atropelado” por O’Sullivan. E por essa final perdida percebemos que se Ding estiver mentalmente forte, o que nem sempre acontece, será extremamente difícil alguém parar o “dragão da China”.

Nacionalidade: China (Jiangsu)

Idade: 31 anos

Profissional desde 2003

Ranking Atual: 3º lugar

Finais 2017/2018: 2 (World Open e World Grand Prix)

Títulos 2017/2018: 1 (World Open)

Títulos de Campeão do Mundo: Nada a assinalar

Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 473

Tacadas máximas (147 pontos): 6

Prémios monetários amealhados: 3.124.700 Libras

Shaun “The Magician” Murphy

Foi uma época muito interessante por parte do inglês, tendo alcançado cinco finais, onde venceu apenas uma. Os problemas físicos têm atormentado um pouco este final de temporada a Shaun Murphy, as constantes dores de costas não têm permitido que se este mostre ao seu melhor nível. Já provou o sabor da vitória no Crucible, em 2005, chegando a este mundial numa segunda linha de favoritos a vencer.

Nacionalidade: Inglaterra (Harlow)

Idade: 35 anos

Profissional desde 1998

Ranking Atual: 8º lugar

Finais 2017/2018: 5 (China Championship, Paul Hunter Classic, UK Championship e Players Championship e Champion of Champions)

Títulos 2017/2018: 1 (Champion of Champions)

Títulos de Campeão do Mundo: 2005

Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 454

Tacadas máximas (147 pontos): 5

Prémios monetários amealhados: 3.645.662 Libras

Shaun Murphy a festejar a vitória sobre O’Sullivan no Champion of Champions (Fonte: World Snooker)

Neil “The Thunder From Down Under” Robertson

Chegou a estar fora do top-16 perto do final da temporada, mas com alguns bons resultados recolocou-se dentro dos lugares mais desejados do ‘ranking’, o que permitiu que o australiano garantisse entrada directa no mundial. Com duas finais vencidas esta época, uma delas num verdadeiro ‘thriller’ frente a Cao Yupeng, sendo que o maior inimigo do campeão do mundo de 2010, são alguns problemas pessoais pelo qual tem passado ultimamente e que podem pôr em causa uma boa prestação deste em Sheffield.

Nacionalidade: Austrália (Melbourne)

Idade: 36 anos

Profissional desde 1998

Ranking Atual: 10º lugar

Finais 2017/2018: 2 (Hong Kong Masters e Scottish Open)

Títulos 2017/2018: 2 (Hong Kong Masters e Scottish Open)

Títulos de Campeão do Mundo: 2010

Tacadas centenárias (Acima 100 Pontos): 558

Tacadas máximas (147 pontos): 3

Prémios monetários amealhados: 3.596.315 Libras

Quadro Final

Quadro Mundial 2018 (Fonte: Facebook World Snooker)

Aposta Fair Play: Mark Selby

Possível Surpresa: Kyren Wilson

O Campeonato do Mundo em Portugal pode ser acompanhado em directo e exclusivo nos canais do Eurosport e, que vai ser jogado entre o dia 21 de Abril e 7 de Maio.

O presente artigo foi realizado no âmbito da parceria que o Fair Play estabeleceu com o Sapo24, e a sua publicação original pode ser consultada aqui.


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