Arquivo de Joana Soeiro - Fair Play

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José AndradeMarço 4, 20237min0

A Seleção Nacional Sénior Feminina ficou à porta de uma campanha histórica, mas a verdade é que independente do duro golpe da não qualificação o sonho está cada vez mais perto de ser realizado e hoje olhamos para tudo principalmente para o futuro do conjunto das Quinas.

Portugal vs Grécia – Exibição soberba das lusas

Começamos por olhar para o duelo com a Grécia, onde a turma portuguesa deixou bem evidente a qualidade deste grupo ao receber e vencer o conjunto helénico por 66-60 num dos melhores jogos das seleções nacionais em muito tempo. A seleção grega ainda não tinha conhecido o sabor da derrota e Portugal estava obrigado a vencer, tudo ingredientes que nos proporcionaram um duelo espetacular. Neste duelo a organização defensiva lusa voltou a ser um dos destaques e um dos diferenciais que ajudou à obtenção desta vitória.

Neste duelo Portugal esteve sempre por cima, nem no momento em que a seleção grega esteve na frente do marcador, o conjunto das Quinas caiu de rendimento. Esta qualidade de jogo e superioridade perante uma seleção que viria a garantir a presença no Europeu mesmo com este desaire, Portugal deixou bem à vista de todos o nível do basquetebol nacional e neste caso desta nossa seleção que sem margem conseguiu uma exibição extraordinárias frente a um dos conjuntos mais fortes.

Ainda realçar que mesmo com a Grécia na frente, as portuguesas nunca sentiram a vantagem helénica, conseguiram sempre aguentar o jogo e levar a melhor sobre as gregas num ambiente fantástico no Pavilhão Multiusos de Odivelas. Ficou um jogo de grande nível das lusas, uma exibição onde a defesa nacional não falhou e o ataque conseguiu uma das melhores demonstrações daquilo do que somos capazes. Trabalho incrível tanto a nível tático como a nível físico, uma exibição a roçar o perfeito porque conseguimos obrigar as gregas a mais falhas do que o normal, tanto na forma como limitamos na marcação de pontos como nas perdas de bolas, onde também ai a Grécia devido à pressão lusa esteve bem diferente do que por norma consegue fazer. Triunfo no primeiro de dois jogos sem margem e com Portugal a afirmar-se ainda mais na Europa do basquetebol.

Grã-Bretanha vs Portugal: Terminou o sonho…por agora

Já no duelo em Manchester, Portugal continuava obrigado a vencer para conseguir a qualificação para o Eurobasket, mas a verdade é que o resultado não foi o desejado. No derradeiro jogo para a Seleção Nacional Sénior Feminino, o resultado foi de 78-48 para a turma britânica. Tal como no jogo em Odivelas, Portugal entrou muito bem, a defesa lusa continuava a fazer muita diferença ao conseguir limitar o poderio ofensivo da seleção da casa. Depois de um primeiro período com Portugal na frente, o segundo mudou tudo com as britânicas a conseguirem superiorizar-se abrindo um parcial que não mais conseguimos fechar neste duelo. Um dos pontos decisivos para este desaire foi o acumular de faltas demasiado cedo neste jogo, Portugal acabou por ficar tapado por faltas ainda nos primeiros momentos do segundo período, daí o parcial de 25-10 que elevou a desvantagem lusa para 35-23 ao intervalo.

A missão complicara-se, mas não era impossível, a chave voltava a estar na organização defensiva e no regresso ao melhor nível no ataque, a verdade é que Portugal tentou, as nossas guerreiras nunca desistiram, tentaram até ao último suspiro com todas as forças, mas acabaram sempre por bater na barreira britânica que neste duelo se assumiu intransponível e bem superior. O sonho terminou em Manchester com um desaire demasiado pesado para o Portugal fez neste duelo e nesta campanha, a verdade é que esta derrota não apaga em nada tudo o que as nossas jogadoras fizeram até então, foi uma campanha formidável que não só deixou Portugal ainda mais perto da concretização do grande sonho e que afirmou o conjunto das quinas como um dos que pode vir a marcar o basquetebol europeu.

Os maiores destaques da Seleção Nacional Sénior Feminina nestes duelos:

– Maria João Bettencourt: Continuar a sua época de luxo

A base nacional tem vindo a ser uma das maiores protagonistas do Jairis, estando num momento de forma fantástico e no duelo da Seleção Nacional Sénior Feminina com a Grécia, Maria João Bettencourt esteve em grande sendo o maior destaque e deixando claro o porquê de ser uma base de nível Euroleague. Portugal venceu de forma incrível a Grécia e muito pelo que Maria João Bettencourt fez, a lusa foi uma das figuras desta janela das seleções. No duelo com a Grécia, Maria João Bettencourt conseguiu 32 pontos, 6 ressaltos, 4 assistências e 5 roubos de bola.

– Inês Viana: Sempre em enorme destaque

Mudamos para Inês Viana que voltou a ser protagonista, conseguindo mais duas exibições muito boas para juntar a todas as outras desta temporada na Bielorrússia. A Seleção Nacional Sénior Feminina esteve muito bem, nada mancha a campanha do conjunto luso e para finalizar tudo, Inês Viana esteve em destaque como em tantas vezes ao serviço da nossa Seleção. No duelo com a Grécia, Inês Viana conseguiu 6 pontos, 3 ressaltos e 2 assistências, já no encontro com a Grã-Bretanha obteve 5 pontos, 1 ressalto, 1 assistência e 1 roubo de bola brilhando novamente de forma clara.

– Sofia da Silva: Categórica e grande protagonista

Para encerrar os destaques da Seleção Nacional Sénior Feminina nestes dois encontros, falar de Sofia da Silva mais uma portuguesa que está em grande nesta época e que chegou a estes duelos em boa forma, conseguindo duas ótimas exibições. Sofia da Silva esteve muito bem, tem sido uma excelente época para a portuguesa que esteve em destaque nestes dois jogos, em especial no encontro em Manchester. O jogo com a Grã-Bretanha foi onde Sofia da Silva conseguiu a melhor exibição, obtendo 19 pontos e 4 ressaltos sendo a melhor do lado luso no derradeiro duelo na qualificação para o Eurobasket.

O futuro é muito risonho e o sonho está cada vez mais perto

Para terminarmos, mais do que falarmos da excelente campanha que a Seleção Nacional Sénior Feminina realizou nesta qualificação, é necessário olhar já para o futuro e para a próxima campanha. Primeiro destaque é de que este grupo está no seu auge, nenhuma destas atletas está na fase final de carreira, estando todas ainda com muitos anos ao mais alto nível pela frente, falando claro de um grupo com muitos elementos a atuar em algumas das melhores ligas de basquetebol na Europa. A mescla de experiência e juventude é uma das chaves desta nossa seleção, sempre fez a diferença e nada abala a confiança, tanto em termos de qualidade, de grupo ou de forma para a próxima campanha, este grupo dá-nos totais garantias para o que está por vir.

Depois olhando para fora das eleitas para as últimas jornadas de qualificação para o Eurobasket, temos atletas como Raquel Laneiro, Carolina Bernardeco, Mariana Carvalho, Inês Ramos, Luana Serranho ou entre outras Carolina Gonçalves, tudo atletas que estão à porta da seleção e que se encontram em afirmação na Liga Betclic Feminina ou em algumas ligas europeias. Nesta altura falamos de um grupo coeso, muito forte, repleto de grandes talentos e capaz de atingir o sonho que pode ser “reforçado” a qualquer altura com jogadoras que já figuram entre as melhores atletas nacionais e que podem ajudar o conjunto das quinas, tudo isto serve para reforçar que o sonho de uma qualificação histórica para o europeu é real, está perto e pode acontecer, a confiança nas nossas estrelas é inabalável.

A campanha foi fantástica, o sonho é mais real que nunca e a próxima campanha promete ser ainda melhor, tudo isto faz com que o apoio à Seleção Nacional Sénior Feminina tenha que ser cada vez maior para ajudar a que o tão ambiciona sonho se concretize.

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José AndradeFevereiro 2, 20238min0

A Taça da Federação Betclic teve o seu pináculo no Pavilhão Desportivo dos Lombos com o SL Benfica a conseguir revalidar a sua conquista depois de um grande duelo com o Imortal num fim-de-semana de absoluto luxo sobre o qual vos vamos contar hoje.

– Sexta-feira: Imortal e Quinta dos Lombos conseguem surpreender

O fim-de-semana teve o seu arranque na sexta-feira, duelos divididos entre o Pavilhão Desportivo dos Lombos e o Pavilhão Fidelidade, com tudo a começar com uma surpresa. As algarvias do Imortal deram o mote para o que viria a ser um fim-de-semana de alto nível ao derrotarem o GDESSA por 61-56 num super e intenso duelo que ficou marcado pela primeira demonstração das algarvias daquilo que ainda estava por vir. Seguiu-se mais um grande jogo, com a Quinta dos Lombos a causar mais uma surpresa nesta ronda ao derrotar o União Sportiva por 72-71 numa partida pautada pelo equilíbrio e pelas muitas emoções do primeiro ao último instante com a equipa de Carcavelos a reforçar aquilo que tem sido evidente ao longo da temporada, que são um dos conjuntos sensação da época no nosso basquetebol.

Continuando pelo primeiro dia da Taça da Federação Betclic, vamos ao encontro onde o SL Benfica venceu o Galitos, as aveirenses voltaram a causar muitas dores de cabeça, mas as encarnadas conseguiram vencer e dar um passo em frente naquilo que era a busca pela revalidação do troféu conquistado na temporada passada. Para terminar a sexta-feira, o Esgueira conseguiu vencer o CAB Madeira por 57-42 dando um passo em frente na competição depois de um encontro intenso com as madeirenses, mas em que a turma de André Janicas dominou e demonstrou a sua força.

– Sábado: Carcavelos ao rubro com dois duelos espetaculares

Novo dia e vamos para mais dois grandes encontros que deixaram todos agarrados aos lugares, com todos a ficarem maravilhados com a qualidade destes dois duelos que serviram para definir os finalistas da Taça da Federação Betclic. No primeiro despique, o Imortal venceu o Quinta dos Lombos por 65-50, encontro entre dois dos melhores conjuntos da temporada que como esperado proporcionaram um jogo fantástico, com as algarvias a conseguirem um ascendente do segundo período em diante depois de uma entrada equilibradíssima.

No outro encontro, o SL Benfica suou muito, mas conseguiu vencer o Esgueira por 50-42 numa partida onde as águias entraram com tudo, mas as aveirenses conseguiram reagir, reentrar no jogo e deixar tudo em aberto até ao final desta partida que teve de tudo e que deixou bem à vista a qualidade com que somos brindados semanalmente no basquetebol feminino nacional. Com este triunfo, o SL Benfica conseguia voltar a marcar presença na final da Taça da Federação onde ia defrontar o Imortal, com o conjunto algarvio a tentar fazer o que até então ninguém havia conseguido internamente, vencer as campeãs nacionais.

Final da Taça da Federação Betclic: Imortal surpreendeu, mas Benfica levantou mais um caneco

No domingo, o dia de todas as decisões onde íamos ficar a saber se o SL Benfica ia conseguir revalidar a conquista da temporada anterior ou se o Imortal iria conseguir tornar esta época ainda mais histórica. A turma de Ricardo Xufre só com a presença na final atingiu um novo marco histórico, uma vez que na sua primeira época ao mais alto nível, as algarvias além de estarem na luta pelos lugares cimeiros e o respetivo playoff conseguiram chegar logo a uma final. Olhando para o jogo, o derradeiro duelo da Taça da Federação Betclic começou com o Imortal a conseguir surpreender o SL Benfica uma vez que Ricardo Xufre para surpresa de todos apostou numa defesa zona, com o 1-3-1 a conseguir travar o poderio ofensivo das encarnadas.

A entrada de Sofia Queiroz, jogadora já aqui muito elogiada e que atravessa um excelente momento de forma, foi determinante para as algarvias conseguirem equilibrar o começo desta final. Eugénio Rodrigues parou o jogo numa fase decisiva, reajustou e daí em diante a equipa encarnada foi conseguindo se adaptar à defesa do Imortal e, dessa forma, o ataque do Benfica começou a surgir, mais espaços, adaptação e a diferença para as algarvias começou a surgir. Depois do muito equilíbrio inicial, o Benfica conseguiu começar a superiorizar-se ganhando um ascendente que não mais perderam, mesmo com o Imortal a lutar muito tentando até ao fim inverter a situação e sempre criando problemas, mas no final foram as águias que voltaram a sorrir conseguindo desta forma revalidar o triunfo na Taça da Federação Betclic dando seguimento ao domínio no basquetebol nacional com mais um troféus permanecendo ainda invictas a nível interno e ganhando ainda mais moral para as dificuldades do que ainda está por vir nesta temporada.

Os maiores destaques do fim-de-semana na Taça da Federação Betclic:

– Inês Faustino: Dar continuidade ao normal de ser sempre uma das figuras

Começamos os nosso destaques pela equipa da casa para falar de Inês Faustino jogadora que tem sido semanalmente uma das melhores do basquetebol nacional. O destaque surge da vitória do Quinta dos Lombos frente ao União Sportiva onde Inês Faustino voltou a ser destaque evidenciando aquilo que tão bem conhecemos, mas que sempre nos deixa mais fascinados, o seu muitíssimo talento. Inês Faustino brilhou com 21 pontos, 4 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos naquela que foi uma das surpresas deste fim-de-semana, que serviu para se olhar ainda mais para aquilo que tem sido uma grande temporada da equipa de José Leite e ainda o porquê de Inês Fsustino estar a ser uma das estrelas do basquetebol nacional nesta época.

– Maeve Carroll: Figura em duelo difícil para o Galitos

Do jogo entre o SL Benfica e o Galitos surge Maeve Carroll que foi uma das figuras em destaque neste fim-de-semana pelo que fez no encontro com as campeãs nacionais. Foi muito pelo que fez a jogadora que chegou esta temporada a Aveiro que o conjunto de André Silva conseguiu criar problemas à turmade Eugénio Rodrigues. O Galitos não conseguiu vencer, mas lutou até ao fim e muito devido a Maeve Carroll que desde que chegou tem sido um dos elementos em evidência no Galitos. Maeve Carroll esteve em destaque com 12 pontos, 6 ressaltos, 1 assistência e 6 roubos de bola contabilizando assim mais uma exibição de grande nível nesta temporada.

– Joana Ramos: Continuar como sempre a só saber jogar muito bem

Continuamos nos destaques deste fim-de-semana na Taça da Federação Betclic, indo até ao Algarve para falar de Joana Ramos que como habitualmente esteve em evidência. No duelo em questão, o imortal venceu o Quinta dos Lombos garantindo presença na final e Joana Ramos tal como no duelo de sexta-feira foi figura de proa brilhando uma vez mais e mostrando tal como algumas das suas colegas o porquê da enorme temporada do conjunto de Ricardo Xufre e ainda o porquê de Joana Ramos ser uma das melhores jogadoras da sua posição. Joana Ramos conseguiu 17 pontos, 2 assistências, 1 roubo de bola e 1 desarme de lançamento evidenciando como sempre a sua qualidade e a sua incapacidade de jogar mal.

– Gabriela Raimundo: Brilha, brilha não sabendo jogar mal

Continuamos em jogadoras que não sabem jogar para falar de Gabriela Raimundo que também ela como é habitual esteve em evidência, neste caso pelo que fez no encontro onde o Esgueira saiu derrotado com o SL Benfica nas meias-finais da Taça da Federação. Gabriela Raimundo havia brilhado no encontro anterior e neste jogo mesmo com o Esgueira a não conseguir vencer, a craque portuguesa mostrou o porquê de ser uma das melhores do nosso basquetebol. Neste duelo, Gabriela Raimundo brilhou com 11 pontos, 8 ressaltos, 1 assistência, 1 roubo de bola e 1 desarme de lançamento.

– Joana Soeiro: Saber e fazer jogar como muito poucas

Terminamos os nossos destaques desta edição da Taça da Federação com Joana Soeiro que foi protagonista no duelo da final. O SL Benfica venceu depois de passar mal no jogo da final e muito do que conseguiu fazer passou por Joana Soeiro, mais do que os pontos marcados foi tudo o que fez. Joana Soeiro, lutou, defendeu, mostrou o seu elevadíssimo nível e mais do que isso guiou a sua equipa para mais um jogo categórico e consequentemente mais um triunfo. Classe e mais classe de Joana Soeiro que esteve em destaque na final com 6 pontos, 4 ressaltos, 6 assistências e 1 roubo de bola.

O SL Benfica voltou a conquistar a Taça da Federação Betclic, mais uma vez as águias voltaram a sorrir e todos nós voltamos a ser brindados com uma ronda de duelos fantásticos que abrem ainda mais o apetite para o que resta da temporada.

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José AndradeDezembro 13, 20226min0

Esta última semana voltou a ser tempo de seleção e hoje vamos olhar para os duelos entre o conjunto das quinas e as seleções da Grã-Bretanha e da Estónia respetivamente, por isso acompanhem-nos nesta viagem por dois duelos que nos colocaram mais perto do feito histórico.

Portugal – Grã-Bretanha: Jogão de alta intensidade

Em Matosinhos, Portugal recebeu a Grã-Bretanha com a seleção visitante a sair vitoriosa desta visita ao nosso país por 76-69 num duelo marcado pelo equilíbrio e pela muita emoção até ao final da partida. O resultado acaba por enganar, este jogo foi muito equilibrado com a seleção nacional a começar melhor, o conjunto de Ricardo Vasconcelos arrancou com tudo conseguindo entrar da melhor maneira neste jogo. A resposta da turma de sua majestade não tardou e a equipa visitante conseguiu ganhar um ligeiro ascendente nesta partida através da luta das tabelas, o ponto que ditou a maior diferença a favor das britânicas, mesmo assim Portugal conseguiu sempre equilibrar levando mesmo este duelo para o prolongamento. A toada do jogo não mudou, ligeiro ascendente para a Grã-Bretanha e as portuguesas a lutarem muito e a mostrar que podíamos levar a vitória, mas no final foi a turma visitante a sair mais feliz de Matosinhos, num belíssimo jogo onde Portugal voltou a mostrar que pode vencer qualquer adversário.

Estónia – Portugal: Só deu Portugal em Tartu

Depois do desaire em Matosinhos, o conjunto das quinas viajou até à Estónia para vencer de forma inequívoca realizando uma exibição de luxo e que deixou bem claro não só a muita qualidade presente neste grupo como a força desta nossa seleção. Vitória em Tartu por, 76-52 num jogo onde as lusas deram a melhor resposta ao desaire com a Grã-Bretanha e onde entraram ainda melhor que em Matosinhos conseguindo uma vantagem segura ao intervalo depois de uma primeira-parte de total superioridade portuguesa. A segunda-parte viu Portugal continuar por cima, as lusitanas não abrandaram e continuaram a dominar a partida, as estónias ainda conseguiram reduzir a desvantagem, mas nada que afetasse a exibição lusa que mandou e dominou toda a partida conseguindo sair desta visita à Estónia com uma vitória importante e que colocou a turma das quinas como um dos conjuntos em destaque nesta janela de qualificação para o Eurobasket.

Os maiores destaques individuais destes dois duelos da seleção nacional feminina:

– Márcia da Costa Robalo: Uma das maiores estrelas destes duelos

Começamos por falar de Márcia da Costa Robalo que saiu destes dois jogos como uma das melhores jogadoras desta janela de duelos de qualificação, a portuguesa foi uma das estrelas de todos estes duelos, brilhando uma vez mais e mostrando novamente que é uma das melhores jogadoras europeias. Márcia da Costa Robalo foi a principal protagonista na partida com a Grã-Bretanha e voltou a estar muito bem com a Estónia, duas exibições de alto nível que colocaram Márcia da Costa Robalo em destaque.

– Maria João Bettencourt: Não para de ser destaque

O nosso segundo destaque da seleção nacional feminina nestes dois encontros é Maria João Bettencourt que tem estado a realizar uma ótima temporada no Jairis em Espanha e que nesta dupla jornada manteve a constante desta época sendo um dos maiores destaques das lusas com duas excelentes exibições mostrando o porquê de estar a ser uma das atletas em melhor forma na Liga Espanhola. Maria João Bettencourt sempre nos habitou a grandes jogos ao serviço de Portugal e aqui não foi diferente, tendo sido determinante para o quão bem a nossa seleção jogou nestes encontros.

– Sofia da Silva: Dominante e em cada vez mais destaque

Mudamos para Sofia da Silva, o nosso terceiro destaque e também ela tem estado em ótimo plano na temporada realizando grandes jogos ao serviço do Gernika na Liga Espanhola. Sofia da Silva também manteve o seu nível exibicional desta época nestes dois duelos tendo sido uma das maiores protagonistas, sendo que no encontro com as Britânicas foi obrigada a lutar muito, num duelo que não foi nada fácil para ela e para as interiores lusas, já na Estónia, Sofia da Silva impôs as suas leis sendo ai uma das donas e senhoras no duelo das tabelas. Sofia da Silva continuou assim a sua senda de boas exibições nesta temporada.

– Laura Ferreira: Sempre um dos destaques

O nosso quarto destaque foi Laura Ferreira, ela que tal como os nossos destaques anteriores está a ser uma das maiores protagonistas na Alemanha e que chegou à seleção nacional feminina e manteve esse seu elevado nível que tem pautado a presente temporada. Laura Ferreira foi fundamental, lutou, mostrou-se perante as adversidades e conseguiu com isso ser uma das estrelas lusas em grande destaque nestes dois encontros.

– Inês Viana: Classe pura sempre a guiar o caminho

O nosso último destaque está também ela em grande forma, chegou como uma das estrelas na Bielorrússia e também ela brilhou nestas duas partidas, falamos claro de Inês Viana que teve tal como todas as outras atletas dois duelos complicados, mas nem por isso deixou de brilhar. A qualidade e a classe magistral de Inês Viana são conhecidas de todos nós e nesta dupla jornada voltaram a estar à vista de todos, mesmo nos momentos mais delicados e difíceis, Inês Viana surgia a guiar e a mostrar o caminho a todas, a base portuguesa como habitualmente a não passar ao lado dos jogos, assumindo sempre um papel de destaque tal como aconteceu nestes dois encontros da turma das quinas.

Ficámos aqui a saber como foi o rendimento de Portugal nestes dois confrontos que serviram para ver a força de grupo da nossa seleção que soube reagir ao resultado menos bom de uma forma que nem todos conseguiriam e isso dá-nos ainda mais esperanças para os dois próximos duelos. Portugal sai como uma das melhores seleções, Márcia da Costa Robalo como uma das melhores jogadoras e ainda mais certezas de que estamos perto de fazer história por mais difícil que a missão possa parecer.

Foto: FPB

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José AndradeNovembro 10, 20228min0

A Liga Betclic Feminina não abranda e neste último domingo tivemos mais uma jornada repleta de jogos com muitas emoções, muitos destaques e com o fim de mais um período de invencibilidade para uma equipa, tudo para descobrirem neste nosso novo texto sobre a 8ª ronda do melhor basquetebol feminino.

Espetáculo em Ermesinde e GDESSA “rouba” invencibilidade em Esgueira

A 8ª jornada da Liga Betclic Feminina prometia muitas emoções e mais uma vez foram superadas todas as expetativas. Esta ronda teve início em Carcavelos com o SL Benfica a conseguir manter a sua invencibilidade na temporada triunfando em casa do Quinta dos Lombos por 82-66, um duelo muito equilibrado desde os primeiros instantes com a equipa de Eugénio Rodrigues a conseguir superiorizar-se no quarto período, depois de ser obrigada a suar muito nos três períodos anteriores frente a um conjunto que tem sido um dos destaques desta temporada e que voltou a mostrar isso mesmo em todas as dificuldades que criou às campeãs nacionais.

A jornada prosseguiu e levou-nos até Aveiro, onde o Francisco Franco venceu o Vagos por 52-50 num duelo que começou favorável para o conjunto insular, mas como tem sido hábito, o Vagos nunca baixou os braços e foi atrás do jogo, com isso tivemos uma partida disputadíssima e que nos proporcionou um dos melhores jogos desta ronda com emoção até ao fim e mais do que isso com duas equipas a crescer na temporada, as madeirenses conseguiram assim pela primeira vez vencer dois jogos seguidos entrando no que se prevê que seja o início de uma fase positiva depois do arranque complicado, já o AD Vagos continua a mostrar sinais de melhorias, mais um conjunto que vai crescer e conseguir assim reverter esta fase menos positiva.

Nesta altura as emoções já eram muitas, mas ainda tínhamos vários jogos pela frente e cada um mais emocionante que o outro, por isso mesmo a ronda prosseguiu e desta vez fomos até Albufeira onde o Imortal deu continuidade à sua excelente fase na temporada recebendo e vencendo o Galitos por 82-72, dois dos conjuntos em alta nestas primeiras jornadas da Liga Betclic Feminina e que nos prometiam um verdadeiro show e foi isso mesmo que aconteceu.

O equilíbrio reinou como tem sido habitual em todos os duelos da competição, o conjunto da casa entrou muito bem, o Galitos conseguiu responder bem no segundo período, mas mesmo lutando muito, a turma de André Silva viu o Imortal conseguir uma ligeira superioridade em toda a segunda parte conseguindo assim o regresso aos triunfos depois do desaire com o GDESSA. A jornada não abrandava e voltávamos ao Norte, mais concretamente a Ermesinde onde o CPN recebeu e venceu o CAB Madeira por 59-53 num dos jogos mais espetaculares deste domingo de muito basquetebol. Empate no primeiro período, foi tudo muito taco a taco na primeira parte, o sempre presente equilíbrio e as emoções, já a segunda parte deu ao CAB a primeira vantagem mais confortável o que nos levou a um quarto período apaixonante e onde o CPN conseguiu voltar a equilibrar tudo e ainda superiorizar-se ao conjunto madeirense.

A viagem seguinte não foi tão longa, paragem em Coimbra onde o Olivais recebeu e perdeu com o União Sportiva por 54-66, não foi um jogo fácil, mas as açorianas conseguiram assim manter a sua boa série com mais uma exibição de qualidade, do lado do Olivais mais uma vez destaque para a evolução deste conjunto que voltou a criar dificuldades a uma das equipas no topo da tabela e que mais do que isso evidenciaram melhorias muito importantes que indicam para breve o fim desta fase negativa. Para encerrar a jornada, aquele que era o jogo grande desta ronda, duas equipas em excelente plano, no topo da tabela e neste primeiro duelo o GDESSA conseguiu ir a Aveiro vencer o Esgueira por 59-64 num jogo que foi ainda mais incrível do que todos esperávamos. Entrada avassaladora do conjunto de André Janicas com o GDESSA a conseguir responder no segundo período, já na segunda parte foi ponto a ponto, equilíbrio até ao último instante e o GDESSA a conseguir vencer de uma forma ainda mais difícil do que o resultado já em si aparenta, grande duelo entre duas equipas que vão estar na luta pelos primeiros lugares.

As 5 jogadoras em maior destaque na 8ª jornada:

– Mariana Carvalho: Modo MVP em mais uma jornada

Começamos os destaques individuais desta ronda por Carcavelos, onde Mariana Carvalho brilhou no desaire do Quinta dos Lombos frente ao SL Benfica, é uma das melhores jogadoras da liga que se destaca semana após semana, mas nesta 8ª jornada colocou-se ainda em maior evidência pelo que fez para que o conjunto de José Leite estivesse sempre na luta pelo jogo, uma exibição que se junta a todas as outras de nível MVP para Mariana Carvalho que conseguiu 15 pontos, 3 ressaltos, 5 assistências e 2 roubos de bola.

– Alice Martins: Continuidade no excelente nível exibicional

Mudamos para a Madeira, para falar de Alice Martins, mais uma jogadora que está em destaque quase todas as semanas, nem sempre pelos pontos, mas por tudo o que dá na defesa onde se assume como uma das melhores na Liga Betclic Feminina e neste jogo está mais uma prova disso mesmo, depois das ótimas exibições que realizou nas jornadas anteriores, Alice Martins chegou a Ermesinde e brilhou sendo uma das maiores responsáveis pelo grande jogo que o conjunto do CAB Madeira realizou no desaire com o CPN. Alice Martins conseguiu 11 pontos e 7 ressaltos.

– Joana Ramos: Classe à solta em Albufeira

O nosso terceiro destaque chega do Imortal, mais uma jornada onde o conjunto algarvio nos coloca boas dificuldades para escolher as jogadoras em evidência nesta ronda, uma vez que Letícia Lisboa, Rosinha Rosário, Monique Pereira, Márcia Carvalho ou Vitória Reynolds voltaram a estar em alto nível, mas o maior destaque vai mesmo para Joana Ramos, a base esteve a um nível altíssimo realizando uma das melhores exibições desta jornada voltando a mostrar aquilo que tão bem sabemos, estamos perante uma das melhores jogadoras nacionais que neste duelo foi preponderante para o triunfo do Imortal frente ao Galitos, não só pelos números, mas ainda mais pelo que fez o conjunto de Albufeira jogar. Joana Ramos obteve 19 pontos, 2 ressaltos, 9 assistências e 2 roubos de bola.

– Dilma Semedo: Cada vez mais em destaque na Liga Betclic Feminina

Mudamos de novo para a Madeira, desta vez para a equipa do Francisco Franco onde Dilma Semedo foi novamente destaque agora no triunfo em Vagos. A jogadora já foi nosso destaque em outras jornadas, tem sido um dos nomes em alta neste início de época e como esperado o impacto da jogadora que chegou do Carnide tem sido muito elevado, por isso mesmo e de forma consensual, Dilma Semedo vai se afirmando como uma das melhores nesta altura na Liga Betclic Feminina e esta exibição de alto nível além de fundamental para o triunfo das madeirenses veio reforçar esse estatuto de destaque da jornada e da temporada. Dilma Semedo conseguiu 17 pontos, 7 ressaltos, 1 assistência e 1 roubo de bola.

– Joana Soeiro: Excelência espalhada em nova jornada

O nosso último destaque chega do SL Benfica, numa ronda com muitos nomes em evidência na Liga Betclic Feminina como Inês Ramos, Mariana Garrido, Kwanza Murray, Luana Serranho ou ainda Sydne Wiggings, a capitã do SL Benfica voltou a ser um dos maiores destaques. Joana Soeiro já nos habituou a estas exibições jornada atrás de jornada e por isso vezes acaba por não ser destacada como merecia, a verdade é que neste inicio de temporada a base da seleção nacional ainda não teve um mau jogo, tem sido uma das jogadoras mais regulares e em melhor forma no basquetebol nacional, realizando excelentes exibições em todas as semanas, claramente voltamos a ter Joana Soeiro em modo MVP. Vitória suada, mas incontestável do SL Benfica em Carcavelos e muito pelo que Joana Soeiro fez que conseguiu 16 pontos, 2 ressaltos, 10 assistências e 3 roubos de bola, bailando assim para uma das craques em maior evidência nesta 8ª jornada.

Ficou aqui tudo sobre o que aconteceu nesta oitava ronda da Liga Betclic Feminina, grandes jogos, excelentes exibições e equipas em crescendo, mais uma jornada que nos deixou colados aos lugares e que nos mostrou que não podemos perder nenhum segundo de cada uma das partidas desta Liga Betclic Feminina.

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José AndradeAgosto 17, 20226min0

Em Guifões, a Seleção Feminina Sénior realizou mais dois jogos de preparação com vista os jogos importantes que estão por vir na qualificação para o Campeonato da Europa e em dia do primeiro de dois duelos com Bósnia e Herzegovina, olhamos para o que aconteceu nestes dois encontros com a Irlanda em Guifões.

Portugal vs Irlanda – Crescem as expetativas para deixar o “quase” para trás

Dois triunfos categóricos que como se pode já perceber deixaram-nos ainda mais confiantes para os próximos desafios que a nossa seleção tem pela frente. No primeiro encontro, Portugal venceu por 78-63, uma vitória segura fruto do belíssimo jogo que a turma das quinas realizou em Guifões. Nota inicial para as jogadoras que ficaram de fora neste primeiro jogo, Mariana Silva e Sofia da Silva, curiosamente a primeira a ficar de fora tal como tinha acontecido no primeiro jogo do estágio anterior em Rio Maior. A partida até começou favorável às Irlandesas que beneficiando dos duelos interiores ganhos conseguiram conquistar um ligeiro ascendente e com isso uma vantagem inicial que se foi perdendo assim que Ricardo Vasconcelos parou o jogo e corrigiu posicionamentos. Portugal foi crescendo e assim que os duelos interiores passaram a ser favoráveis ao conjunto das Quinas, tudo mudou e prova disso foi o segundo quarto espetacular que a turma lusa realizou, um parcial de 25-7 e onde as irlandesas não conseguiram lidar com a pressão alta portuguesa perdendo muitas bolas, com a defesa a conseguir anular por completo todas as investidas da Irlanda, um período que roçou a perfeição.

A segunda parte embora mais suada, continuou a ser sempre portuguesa, o ascendente foi sempre da turma de Ricardo Vasconcelos que conseguiu rodar e dar tempo a todas as jogadoras, a parte mais preocupante foi o momento em que Joana Soeiro saiu para ser assistida, ela que foi uma das figuras desta partida. Neste duelo destacar a forma como mais uma vez o banco soube ler o jogo, as nossas bases que estiveram muito bem e mencionar as nossas interiores que tiveram um jogo muito duro, mas onde conseguiram sempre mostrar-se sendo muito importantes para a “cambalhota” no resultado e esta vitória da Seleção Feminina Sénior.

No segundo jogo, Portugal voltou a vencer, desta vez por, 72-62. Jogo distinto já que as lusas corrigindo a entrada do dia anterior, o que significou que começaram muito bem entrando com tudo, com as suas adversárias sentirem dificuldades do segundo período do jogo anterior logo a começar esta partida. Realçar que neste dois duelos Ricardo Vasconcelos optou sempre pelo mesmo 5 inicial composto por Maria Kostourkova, Josephine Filipe, Laura Ferreira, Maria João Correia e Inês Viana, sendo que não existe nada a apontar, 5 fortíssimo e que esteve muito bem, com nota de destaque para Inês Viana que em Rio Maior ainda estava ser gerida depois da lesão e que chegou a Guifões e espalhou magia nos dois encontros.

Olhando para esta partida nº 2, a Seleção Feminina Sénior fez uma primeira parte praticamente irrepreensível, dominante, sem erros grosseiros, com uma defesa asfixiante que deixou em muitos momentos as irlandesas em grandes dificuldades e no ataque a habitual troca de bola em beleza que foi sempre deixando em evidência a muita qualidade no ataque luso. A nível ofensivo jogo corrido, troca de bola sempre de muita qualidade, com a defesa a voltar a estar muito bem, as jogadoras interiores sempre em grande e com destaque para Joana Alves que no primeiro encontro tinha cedo ficado tapada por faltas e que neste segundo dia conseguiu mostrar o porquê de ser a poste de alto nível que é.

Duas vitórias incontestáveis onde a turma das quinas foi superior e não deixou margem para dúvidas, mostrando que estão prontas para os desafios seguintes.

Destaques individuais destes duelos

Fica difícil conseguir eleger destaques individuais olhando para as exibições da nossa seleção nestes dois jogos em Guifões, o primeiro ponto em evidência é que o coletivo está cada vez mais forte, e a cada estágio a ideia no final de cada é que o grupo está mais forte e pronto para atingir os palcos que merece. Depois olhando para os jogos temos que começar por falar de Maria João Correia que apareceu em Guifões sendo a MVP inequívoca do segundo jogo, com a base portuguesa surgiu nestes dois duelos muito bem, mostrando todo o trabalho que foi desenvolvendo ao longo das semanas entre o estágio de Rio Maior e este provando que a portuguesa vem para uma temporada de luxo.

Depois, tal como nos duelos do estágio anterior temos que destacar Márcia da Costa Robalo, jogadora que apareceu como é seu apanágio, em grande, nos dois duelos foi sempre protagonista, entrando com tudo em ambos os encontros. Falar ainda de Josephine Filipe que também ela havia sido destaque em Rio Maior e voltou a sê-lo em Guifões com duas excelentes exibições. Em outros destaques, Marcy Gonçalves que não tinha jogado em Rio Maior e que neste estágio voltou a mostrar-se e que saudades já tínhamos de a ver jogar, ainda Inês Viana que esteve irrepreensível nestes dois encontros e Maianca Umabano que como sempre não precisou de muito para se colocar como protagonista nestes duelos.

Saímos de Guifões com a certeza de que não só estas jogadoras e esta equipa técnica merecem estar no próximo Campeonato da Europa, como as expetativas e a confiança também subiram para o que está por vir. Depois destes jogos o que mais se sente é que vamos conseguir, a barreira do “quase” está cada vez mais perto de terminar e de deixar de existir quando se fala desta nossa Seleção Feminina sénior. Portugal joga hoje e amanhã com a Bósnia, dois encontros de um grau de exigência superiores, visto que as lusas vão defrontar uma equipa apurada para o Mundial e por isso serão dois testes bem mais complicados, mas venham eles porque com toda a certeza vamos sair ainda mais confiantes para o que está por vir.

Foto de destaque da FPB

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José AndradeJunho 2, 20229min0

A seleção nacional feminina de basquetebol continuou a sua preparação para a janela internacional de novembro com o segundo estágio onde realizou mais dois jogos, vencendo ambos e é sobre esses dois triunfos frente às austríacas que vamos falar hoje.

Áustria – Portugal: Suada, mas bela vitória

No primeiro jogo Portugal venceu por 50-43 a Áustria. A seleção feminina portuguesa entrou com, Sofia da Silva, Josephine Filipe, Márcia da Costa Robalo, Maria João Correia e Inês Viana. As lusitanas a entraram a pressionar colocando logo dificuldades ao ataque austríaco na criação, com a defesa lusa a não sentir problemas no jogo interior, bem pelo contrário. As comandadas de Ricardo Vasconcelos colocaram muitas dificuldades à Áustria que não conseguia criar e nem chegar ao cesto, a juntar a isso a boa defesa lusa levou a que as austríacas demorassem para marcar só conseguindo já aos 6 minutos. Portugal mais dinâmico no ataque, sempre uma bonita circulação de bola e os primeiros pontos surgiram por Maianca Umabano, uma das primeiras peças a ser lançadas no decorrer do encontro.

As craques portuguesas foram sempre dominando, tal como com a Hungria ganhávamos os duelos nas tabelas e mostrávamos sempre mais qualidade ofensiva, do lado da seleção da casa muitos problemas, primeiro fruto da pressão lusa a campo inteiro e depois porque nunca conseguiram desmontar o esquema defensivo de Ricardo Vasconcelos pois quando procuravam o tiro exterior ou era em cima da buzina ou eram jogadoras com menos capacidade.

Tal como nos jogos em Rio Maior, Carolina Rodrigues entrou muito bem, mexeu novamente com a seleção. No segundo quarto a entrada de Simone Costa voltou a ser muito importante, com Portugal a estar sempre na frente e no comando, continuando a ganhar segundas e terceiras bolas. Esta dinâmica no ataque continuava a criar dificuldades a uma defesa austríaca que sofreu bastante com o ataque português. Destaque obvio para a mobilidade nacional que deixou sempre as austríacas perdidas na defesa, Mariana Silva e Maianca estavam imparáveis e com isso as Quinas foram sempre “contornando” as jogadoras-interiores da Áustria. Ainda antes do intervalo, nota para Maria João Correia que esteve de mão quente e colocou a formação visitante numa posição mais confortável nesta partida.

Notou-se algum cansaço ainda nesta primeira parte, algo natural atendendo à carga que as jogadoras foram submetidas e à altura de época em que estamos, o que resultou em alguns cestos falhados que por norma não aconteceriam. Ao intervalo a vantagem era de apenas 6 pontos apesar da superioridade nacional, (20-26) com a seleção nacional a controlar e com vantagem nas transições pois as austríacas não conseguiam criar perigo o suficiente mesmo quando obtiveram algumas “benesses” quando Portugal consentiu algumas perdas de bola.

O porquê da vantagem ser inferior ao merecido, devia-se à eficácia, cansaço a , mas nada que deixasse a equipa lusa em problemas. No terceiro quarto e sob a batuta de Joana Soeiro, Portugal voltou a começar muito bem, e Sofia da Silva continuava a mandar nas tabelas e as lusas brilhavam no ataque com a troca de bola de qualidade. Mesmo com superioridade portuguesa, o jogo nunca esteve decidido, a Áustria andou sempre perto e muito pela questão da eficácia lusa que nos impediu de neste primeiro duelo ter um resultado mais dilatado. No terceiro quarto destacar a boa entrada de Lavínia da Silva e de mais uma vez Carolina Rodrigues, a interior veio manteve a superioridade na luta das tabelas e ainda trouxe maior acerto principalmente no canto, enquanto a base voltou a ser muito importante no ataque até pelo triplo que encestou num período de menor eficácia.

O último quarto começa com dois triplos austríacos, das poucas vezes que Portugal deu espaço para que a seleção da casa conseguisse atirar, o que forçou Ricardo Vasconcelos a parar de imediato o jogo e a corrigir a sua defesa que estava agora a conceder mais espaços. Mais uma vez a leitura de jogo desde o banco do selecionador a ser de realçar, até porque logo em seguida assistimos às correções e ajustes que nos colocaram de novo por cima do jogo.

A vantagem portuguesa chegou a ser de apenas 1 ponto, mas foi aí que a eficácia voltou ao normal deste duelo e a parte final deste período foi de qualidade e já mais ao encontro ao que tínhamos apresentado. O aumento da agressividade portuguesa levou as austríacas a cometer mais erros, com Maria João Correia e Soeiro a ser importante nesta subida anímica da seleção feminina e ainda destacar Josephine que tal como em Rio Maior esteve muito bem nos vários papéis. Perante alguns problemas na defesa e no jogo interior, a correção de Ricardo Vasconcelos lançando Lavínia da Silva para jogar ao lado de Sofia da Silva, o que ajudou e fez toda a diferença para que voltássemos a dominar na parte final do encontro. Vitória segura, suada e onde o ataque voltou a sentir alguns problemas, mas onde a superioridade lusitana foi evidente.

Áustria – Portugal: Só deu Portugal, exibição de gala

No segundo jogo, Portugal venceu por 83-29 uma exibição categórica e que não nos deixa muito para analisar e por bons motivos, isto porque a seleção nacional dominou e controlou do princípio ao fim. Neste duelo a formação lusa não teve tantos problemas na concretização, mais uma partida onde se ganhou nas tabelas, e em que a defesa esteve incrivelmente bem e que não podia ter terminado de melhor maneira este segundo estágio. Vitória soberba, um jogo imenso que foi pena não ter outro tipo de transmissão porque seria ótimo para todos verem… Se ainda existiam dúvidas em relação à nossa seleção, ficaram totalmente desfeitas, Portugal já não era apenas uma seleção do quase ou do perto e aqui deixou mais que evidente em 5 grandes jogos que é uma seleção de topo.

No que diz respeito aos destaques, volta a não ser fácil, mas vamos lá a algumas das jogadoras que se evidenciaram mais nestes duelos:

  • Mariana Silva – Já faltam palavras

Depois de uma temporada em que esteve sempre a um nível altíssimo, Mariana Silva esteve muito bem em Rio Maior, chegando à Áustria com o mesmo ritmo. Foram mais dois jogos em que brilhou na defesa e no ataque, importante com a sua mobilidade perante interiores algo lentas da Áustria, Mariana Silva a ganhar ainda mais espaço nas contas da seleção ao ser um dos nomes que mais brilhou nestes dois estágios da seleção portuguesa feminina sénior.

  • Sofia da Silva – A patroa

Chegamos à dona e senhora das tabelas, foram 5 jogos onde dominou e controlou as tabelas. Independente de quem teve de enfrentar, Sofia da Silva ganhou a todas adversárias, com mais 5 jogos de grande plano para a craque lusitana. Sofia da Silva é das referências maiores da seleção feminina, vem de uma temporada onde esteve muito bem e nem sempre foi elogiada como merecia. Foram 5 jogos a ser a comandante, onde deixou de novo à vista de todos nesta Europa basquetebolística que é uma jogadora de topo e que venha quem vier, será dominado pela patroa Sofia da Silva.

  • Inês Viana – Diferenciada demais

O segundo destaque é Inês Viana, em primeiro lugar, como é bom voltar a ver Inês Viana jogar ao vivo, depois e mesmo sabendo que ainda não está a 100%, este regresso com os problemas físicos a estarem completamente ultrapassados são as melhores noticias para o basquetebol português. A base dispensa apresentações, é uma jogadora única e muito diferenciada e deixou uma vez mais isso à vista de todos nestes dois estágios. É daquelas jogadoras que a única coisa que devemos fazer é não perder nenhum jogo e desfrutar, porque vamos assistir a um recital e foi isso que tivemos o privilégio de ver nestes duelos, mesmo ainda a ser gerida fisicamente, Inês Viana deu show, brilhou e voltou a demonstrar o porquê de ser uma jogadora de melhores ligas do mundo.

  • Laura Ferreira – Relógio suíço lusitano

No penúltimo destaque, vamos até Laura Ferreira. Se Mariana Silva é o micro-ondas do nosso basquetebol, Laura Ferreira será o relógio suíço, isto porque é aquela jogadora que rende sempre, nunca tem jogos maus ou duelos em que passa ao lado e não ajuda as suas colegas. Foram 5 encontros em que pudemos ver a melhor Laura Ferreira, em especial no primeiro jogo com a Áustria, quando a seleção nacional mais precisava, ela apareceu, com destaque para a segunda parte desse primeiro encontro com as austríacas quando elas estavam por cima e a criar-nos alguns problemas, Laura Ferreira apareceu liderando na defesa e guiando no ataque, uma jogadora que também é acima da média e que deixou isso muito claro uma vez mais nestes dois estágios da seleção feminina.

  • Maria João Correia – Máquina incansável

Para terminarmos os destaques que elegemos destes duelos, Maria João Correia. A base não vinha de uma época fácil e por isso era das jogadoras que tinha mais expetativas para ver nestes duelos para entender como estaria, nada a dizer, superou tudo, uma autêntica máquina que não engana ninguém e que não sabe jogar mal, mostrando que está em grande e que não existe absolutamente nenhuma questão. Nestes 5 jogos foi sempre das melhores, o tiro esteve sempre lá, a habilidade capaz de desconcertar todas as defesas esteve à vista de todos nós, Maria João Correia rende sempre e nestes duelos não foi diferente, liderou, brilhou e apareceu muito bem criando grandes expetativas para a próxima época.

Hoje ficou aqui tudo sobre o segundo estágio da seleção feminina portuguesa, duas grandes e categóricas vitórias em terreno austríaco que deixaram bem claro que a seleção portuguesa pertence à elite e em novembro vamos mostrar isso mesmo, atenção que as portuguesas vão calar ainda muita gente.

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José AndradeMaio 31, 202211min0

O primeiro estágio da seleção feminina de basquetebol em Rio Maior, ficou marcado por três duelos com a congénere magiar e é de cada um desses jogos que José Andrade nos vem falar hoje.

Portugal – Hungria: Triunfo categórico

Portugal a vencer a Hungria no primeiro duelo por 74-70. A nossa seleção feminina basquetebol a entrar com Maria Kostourkova, Sofia da Silva, Márcia da Costa Robalo, Maria João Bettencourt e Inês Viana, ficaram de fora neste primeiro duelo Mariana Silva e Marcy Gonçalves. Muita luta desde o começo do jogo, as interiores numa autêntica batalha e depois a Hungria tentava sempre sair rápido aproveitando algum erro da nossa seleção. Hungria a entrar melhor, grande duelo entre as interiores, mas o nosso crescimento acontece quando conseguimos acelerar mais o nosso jogo, além da velocidade subimos a nossa agressividade.

Estávamos bem defensivamente, mesmo com problemas para travar Virag Kiss, mas a concretização estava a ser o problema. Portugal cresce depois do time-out de Ricardo Vasconcelos, mais uma vez a ler muito bem o jogo, a Hungria continuava a forçar no jogo interior e na estatura, Portugal crescia ao conseguir ultrapassar a defesa zona da seleção magiar e ainda quando conseguimos quebrar os ritmos ofensivos das húngaras. No segundo quarto foi Portugal a crescer, era agora a nossa transição que colocava as húngaras em dificuldades, mais velocidade e Sofia da Silva a ganhar os duelos interiores. Destacar as boas entradas de Maianca Umabano, Joana Alves e Simone Costa, mas fomos para o intervalo na frente, maior acerto no ataque e na defesa continuávamos irrepreensíveis.

O recomeço voltou a ser favorável à Hungria que soube ajustar ao intervalo de forma a “empurrar” Portugal novamente para um período de menor eficácia neste jogo, mas tudo muito equilibrado, a nossa seleção muito agressiva, demorámos para carburar na segunda parte depois de uma entrada menos boa. Márcia da Costa Robalo já se ia assumindo como a grande protagonista e o quarto período ajudou a reforçar isso mesmo. As húngaras iam sempre procurando o tiro exterior, mas Portugal a trabalhar muito bem, íamos impedindo que conseguissem construir, muita pressão, linhas de passe sempre fechadas e duelos a serem ganhos, Portugal por cima e com Joana Soeiro a pressionar a campo inteiro, juntando a isso começámos a roubar mais bolas e a ter mais contra-ataques. Muita velocidade, muita intensidade e Portugal a terminar melhor, conseguindo vencer o primeiro dos três duelos em Rio Maior através de leituras de jogo impressionantes do nosso selecionador que soube ajustar perante uma seleção que teve na altura e no tiro exterior as suas grandes armas.

Portugal – Hungria: Duelo demasiado físico

No dia seguinte, Portugal voltava a jogar em Rio Maior frente à Hungria e desta vez com um resultado negativo, um desaire por 69-63. Neste segundo duelo foram Emília Ferreira e Marcy Gonçalves a ficar de fora. Portugal neste duelo entrou com Lavínia Silva, Sofia da Silva, Márcia da Costa Robalo, Maria João e Joana Soeiro. Hungria a começar melhor ao aproveitar o tiro exterior, depois de um primeiro jogo onde a seleção visitante tentou usar muito o jogo interior, neste duelo as húngaras entraram mais agressivas e a usar as vantagens nas transições.

A versatilidade conhecida de Josephine Filipa a ser um dos destaques, entre 3 e 4 sempre e neste duelo voltou a entrar muito bem, assumindo cedo grande protagonismo. Desde cedo que se viu uma seleção húngara mais forte, mais agressivas e a ganhar mais duelos, Portugal melhora com Laura Ferreira a 3, a maior mobilidade da jogadora portuguesa ia ajudando a que se conseguisse ultrapassar a marcação da Hungria. Portugal com pressão a campo inteiro, algo que colocou a nossa seleção mais perto, mas um primeiro quarto onde as defesas se evidenciaram, com a Hungria a estar com um ligeiro ascendente. Carolina Rodrigues muito importante neste jogo, muito pelo que foi fazendo do lado defensivo.

No segundo período melhoria da nossa seleção com a entrada da Mariana Silva e ainda pelo que Maria Kostourkova ia fazendo, trabalhava sem bola na marcação e no ataque a ganhar vantagens que íamos conseguindo explorar muito bem. Voltámos a terminar por cima no final do segundo quarto, com menos espaço para as húngaras, mas muito contacto, muitos bloqueios, um jogo muito intenso, muito equilibrado, uma batalha física bem mais do que no primeiro jogo. Portugal a entrar bem na transição defensiva, tínhamos sentido alguns problemas na primeira parte, mas na reentrada Portugal vinha com a estratégia bem assimilada. A nossa seleção feminina basquetebol continuava a dominar as tabelas, foi um dos destaques nestes 3 jogos, mesmo perante uma seleção mais alta e mais forte, as nossas interiores conseguiram dominar e ganhar os duelos. A segunda parte trouxe o aumento da agressividade, tudo ainda mais físico e em alguns pontos a ultrapassar os limites.

Portugal com ótimas leituras, as triangulações entre as interiores foram destacadas por Vasco Pais na transmissão e não era por acaso, foi um dos pontos em evidência nesta jornada tripla. Portugal com um jogo muito bonito, já era sabido e estes duelos permitiram que mais gente pudesse ver isso mesmo. Falando do último quarto, muita luta, este jogo ficou marcado por muitas lutas, pelos duelos intensos e muito físicos, com destaque para o interior onde Maria Kostourkova e Virag Kiss continuavam inseparáveis. Portugal no ataque a conseguir criar muito bem, mas não íamos conseguindo converter as oportunidades ao contrário da Hungria que ia conseguindo converter. Num duelo mais físico, as húngaras foram melhores conseguindo aproveitar as vantagens de um maior poderio físico e do critério da equipa de arbitragem. A eficiência e concretização fizeram a diferença, Portugal voltou a conseguir ganhar na luta das tabelas e mesmo com um resultado menos bom, Portugal mostrou ainda mais no ataque e na defesa conseguimos voltar a travar o ataque húngaro.

Portugal – Hungria: Venha a Áustria

No derradeiro duelo em Rio Maior, Portugal perdeu por 63-73. As jogadoras de foram voltaram a ser Emília Ferreira e Marcy Gonçalves, esta última condicionada e com o braço ainda protegido. Neste duelo a nossa seleção feminina basquetebol começou com Maria Kostourkova, Sofia da Silva, Márcia da Costa Robalo, Maria João e Inês Viana. A seleção magiar a entrar novamente com pressão alta e muita agressividade sob a portadora da bola, no ataque começaram com dois triplos seguidos para abrir este duelo da pior maneira para nós. Mais um jogo onde as defesas assumiram cedo um grande protagonismo, muita pressão perante a portadora da bola dos dois lados, muita intensidade e Koustorkova com Kiss em grande luta como já era habitual. No primeiro quarto, as mudanças rápidas no ataque deixaram a nossa seleção em maiores dificuldades na defesa deixando um pouco mais de espaço para as atiradoras húngaras que aproveitavam muito bem.

No segundo quarto, a Hungria voltou a começar muito bem na linha de três pontos e com isso voltou a conseguir “fugir” da nossa seleção. Portugal cresce pelas mãos de Inês Viana, a base ia assumindo a responsabilidade de marcar e de recolocar as lusas novamente mais perto das húngaras. Neste jogo foi onde mais se notou o cansaço, a disponibilidade já não era tão grande, mas a entrega era cada vez maior. A lesão de Maria Kostourkova obrigou a redesenhar a nossa seleção por parte de Ricardo Vasconcelos que continuava a mostrar aquilo que lhe é característico, uma leitura de jogo desde o banco incrível, mesmo com maiores dificuldades e o maior cansaço físico, Portugal continuou a mostrar mais estratégias e muito trabalho.

Portugal cresceu no terceiro período, muito pela entrada de Carolina Rodrigues que voltou a estar como foi habitual no decorrer da temporada, em plano de maior evidência, menção ainda para Maianca Umabano que entrou muito bem, as penetrações da jogadora do GDESSA foram sempre impulsionando a nossa seleção. As nossas jogadoras a mostrar uma raça impressionante, mesmo com as húngaras por cima, a nossa seleção nunca desligou e esteve até ao fim a lutar pelo jogo. Sempre que Portugal conseguia ganhar algum ímpeto e reduzir a desvantagem, as húngaras através do tiro exterior conseguiam “acalmar” tudo, um jogo muito rápido e muito intenso, luta até ao fim e onde o cansaço pesou.

Portugal acaba por não conseguir vencer, mas ficaram três jogos que comprovam a muita qualidade da nossa seleção feminina de basquetebol e ainda que o sonho do Europeu é mais que real, em novembro elas vão precisar de todos nós porque mostraram em Rio Maior que não só estão perto, como estão ao nível das melhores, uma seleção incrível que tem uma alma do outro mundo, além de imensa qualidade.

Nos destaques individuais fica difícil conseguir eleger e falar de apenas algumas jogadoras desta excelente seleção feminina basquetebol, é uma tarefa complicada porque estiveram todas muito bem, mas vamos a alguns destaques:

  • Márcia da Costa Robalo – Reencontro de luxo

Uma jogadora que fui elogiando muito ao longo da temporada e que neste reencontro com muitas húngaras mostrou o porquê de ter sido uma das melhores jogadoras do basquetebol europeu nesta temporada. Foi a jogadora mais regular, assumiu protagonismo em todos os jogos conseguindo como é habitual aparecer na defesa, no ataque, na liderança e com isso se percebe o impacto que tem nesta nossa seleção.

  • Maria Kostourkova – Muita luta

A nossa poste foi obrigada a lutar muito, principalmente com as duas Kiss e em especial claro com Virag que protagonizou um dos duelos mais intensos e mais espetaculares de acompanhar ao longo destes 3 duelos. Maria Kostourkova como sempre em grande, muitas vezes com aquele trabalho mais invisível e que não é refletido nas estatísticas, mas sempre exemplar. Acabou por sair lesionada, nada que a impeça de jogar frente à seleção austríaca, mas lutou muito e voltou a mostrar o porquê de ser uma poste de alto nível.

  • Carolina Rodrigues – Não sabe jogar mal

A base foi também um dos nomes mais destacado por aqui nas últimas semanas e não é por acaso, basta ver estes três duelos para se perceber a qualidade de Carolina Rodrigues. Muito importante na defesa e no ataque, sempre em destaque pelo tiro e pontos, mas não só, acaba por se destacar na marcação, nos roubos de bola e pelas dificuldades que coloca aos ataques adversários. Três grandes jogos da base portuguesa que jogou de tal forma que nem parecia que vinha de uma época longa, uma jogadora riquíssima tecnicamente, mas que voltou a impressionar por todo o trabalho que faz.

Deixámos aqui tudo sobre os três primeiros duelos em Rio Maior frente à Hungria, para a semana vamos regressar para falar dos dois duelos da nossa seleção feminina de basquetebol com a Áustria, no segundo estágio.


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