Arquivo de Dominic Thiem - Página 2 de 4 - Fair Play

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André Dias PereiraJulho 31, 20202min0

Falta pouco para o ténis ao mais alto nível regressar. A partir de 20 de agosto, ao que tudo indica, joga-se, em Nova Iorque, o primeiro Masters após paragem devido à pandemia do Covid-19. Será em Cincinnati, nos EUA. Novak Djokovic e Rafael Nadal surgem como inscritos em uma lista de cerca de 80 nomes para o certame. Roger Federer, a recuperar de uma cirurgia ao joelho, será o grande ausente.

Por esta altura, nada está ainda confirmado. E, em bom rigor, o espanhol e o sérvio estão ainda em dúvida para o US Open, agendado para o final de agosto.

Para além de Nadal e Djokovic, outros jogadores deverão jogar Cincinnati. Thiem, Medvedev, Tsitsipas e Zverev são nomes fortes, que poderão disputar o título. Mas tudo dependerá de como regressarem. Os jogadores têm procurado manter a forma física em casa e com alguns treinos, mas sem viagens longas. A esta distância, é impossível saber quem efetivamente vai jogar prever quem pode avançar até à final. Até porque dois torneios agendados para o final de agosto nos EUA foram cancelados. Recorde-se que as classificações estão congeladas.

No quadro feminino o cenário é ainda menos animador. Metade do top-10 não está inscrito. Ash Barty, Simona Halep, número 1 e 2, não estarão em prova. Naomi Osaka, Elina Svitolina e Bianca Andreescu são também ausências confirmadas.

Nos últimos meses, várias têm sido as polémicas associadas a jogadores como Djokovic, Coric e Dimitrov, mas também sobre as condições de regresso às competições. Sobretudo o US Open. Certo é que a chagada aos EUA obriga os jogadores a um período de quarentena. Isso influencia diretamente os calendários. A organização também informou que os tenistas não deverão poder deslocar-se a Manhattan e terão que ser testados para o Covid várias vezes por semana, no aeroporto, onde deverão dormir.

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André Dias PereiraFevereiro 24, 20201min0

Nem Dominic Thiem, nem Borna Coric ou Pablo Cueva. O vencedor do ATP 500 Rio Open, o maior torneio da América Latina, foi Cristian Garin. O chileno, 23 anos, conquistou assim o seu segundo título em 2020 e quarto nos últimos 2 anos.

Numa final inédita contra Gianluca Magner, Garin venceu por dois sets a zero – 7-6 e 7-5. Um resultado que catapulta o chileno para 18 da hierarquia mundial.

Certamente, esta não era a final esperada. Dominic Thiem, o grande favorito e que concentrou a atenção dentro e fora dos courts, caiu nos quartos de final para Gianluca Magner. O italiano, agora 77 da hierarquia mundial, alcançou no Rio de Janeiro a sua primeira final na carreira, depois de vir do qualifying. Para trás deixou jogadores como Andrea Collarini, Attila Balazs, Casper Ruud o português João Domingues. Apesar do segundo lugar, a ascensão Mager foi impressionante, já que chegou ao Brasil na condição de 128 do mundo. Pela primeira vez, entra no top-100.

Já Garin deixou para trás Andrej Martin, Fededico Delbonis, Frederico Coria, ou Borna Coric, outro grande favorito. O croata caiu nas meias-finais por 6-4 e 7-5.

O chileno sucede a Diego Schwartzman e Dominic Thiem, vencedores nas últimas duas edições.

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André Dias PereiraFevereiro 3, 20203min0

Oito vezes, Novak Djokovic. O sérvio conquistou este domingo, dia 2, em Melbourne, o seu oitavo Australian Open ampliando o recorde de títulos no primeiro Grand Slam do ano. Frente a Dominic Thiem, Djokovic precisou de 4 horas de jogo para ganhar por 6-4, 4-6, 2-6, 6-3 e 6-4. Com este título, o sérvio regressa a partir desta segunda-feira, dia 3, à condição de líder da hierarquia mundial. Além disso, passa a somar 17 Majors, menos dois que Roger Federer e Rafael Nadal. A grande questão se intensifica é saber quem, entre o Big-3, terminará a carreira com mais Grand Slam.

Mas vamos por partes. Djokovic voltou a provar o porquê de ser recordista em Melbourne. Foi mais experiente, mais sólido e consistente que todos.  O sérvio começou de forma competente, mas sem soberania. Contra Jen-Lennard Struff ganhou por 7-6, 6-2, 6-2 e 6-1. À medida que a competição avançou foi subindo o tom. Contra Tatsuma Ito não deu chances: 6-1, 6-4, 6-2. Depois, contra o também japonês Yoshihito Nishioka, voltou a não ceder sets:  6-3, 6-2, 6-2. O mesmo aconteceu com David Schwartzman (6-3, 6-4, 6-4) e Milos Raonic (6-4, 6-3 e 7-6).

Contra um Roger Federer condicionado fisicamente, Djokovic também não deu chances: 7-6, 6-3, 6-4. São já 27 vitórias do sérvio contra 23 do suíço no frente a frente. Djokovic, diga-se, continua sem perder qualquer jogo sempre que atingiu as meias-finais do Australian Open. Federer fez o que pode. O seu ponto mais alto foi nos quartos de final, contra Tennys Sandgren, em que salvou nada menos do que 7 match points, vencendo por 6-3 2-6 2-6 7-6(8) 6-3.

Thiem: à terceira ainda não foi de vez

Apesar da derrota na final, Dominic Thiem volta a mostra que a Next Gen continua a morder os calcanhares ao Big-3. Para o austríaco terá sido certamente frustrante. Depois de Roland Garros (2018 e 2019) e ATP Finals, em 2019, Thiem volta a ficar perto do seu primeiro título em Major. O austríaco é, aliás, o sexto jogador da história a perder as 3 primeiras finais: Tony Roche, Ivan Lendl, Andre Agassi, Goran Ivanisevic e Andy Murray.

Aos 26 anos, Thiem tem o mundo à sua frente. E foi exatamente isso que Djokovic disse no momento da vitória, elogiando o rival. É certo que a terra batida é o piso preferencial de Thiem, mas o que mostrou em Melbourne prova que pode vencer em qualquer piso. Ganhar um Slam é, pois, uma questão de tempo. De resto, o austríaco deixou para trás, por exemplo, Rafael Nadal (7-6, 7-6, 4-6 e 7-6) e Alexander Zverev (1-6, 6-3, 6-4, 6-2).

Djokovic espreita agora a possibilidade de se tornar o maior campeão de Major de sempre. Com 17 títulos, um ano mais novo que Nadal e seis que Federer,  é provável que possa superar o suíço e o espanhol. Até porque Nadal é mais dominante na terra batida, onde é o maior campeão. Tal como Federer em Wimbledon. Djokovic tem a seu favor não apenas a idade mas o fato de ser o mais completo do Big-3. Se o vai conseguir o tempo dirá. Não é certo e Serena Williams está aí para o provar. Tal como Federer sentiu dificuldades em alcançar o Grand Slam 15, superando Sampras. Veremos, pois, o que reserva o resto do ano. Até porque Thiem parece estar, cada vez mais, a intrometer-se na possibilidade de títulos.

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André Dias PereiraJaneiro 20, 20203min0

Arrancou este domingo, dia 19, mais uma edição do Australian Open. O primeiro Grand Slam do ano é também a primeira grande oportunidade de 2020 de vermos em court os maiores tenistas do mundo.  E são vários os cenários e recordes que podem ser quebrados.

Ano após ano, a principal pergunta por esta altura persiste. Até quando o Big-3 do circuito continuará a dominar os Major. Outra vez, Nadal, Djokovic e Federer são os grandes favoritos, mas é possível acreditar que outros nomes possam surgir. Medvedev, Thiem ou Tsitsipas são bons exemplos disso.

Desde 2011 todos os vencedores de Grand Slam têm hoje mais de 30 anos e apenas 6 dos 36 torneios disputados não foram ganhos pelo Big-3.

De uma forma ou de outra, algo de especial vai acontecer. Senão vejamos. Rafael Nadal entra em court não apenas para defender a sua condição de líder da hierarquia, mas também para igualar Roger Federer. Caso vença o Australian Open, o espanhol alcança os mesmos 20 Grand Slam que o helvético. Finalista vencido em 2019, Nadal conquistou Roland Garros e US Open mostrando que ainda o pode fazer. Cinco anos mais novo que Federer é muito provável que o maiorquino se torne o maior campeão de Grand Slam. Até porque Federer parece uns furos abaixo dos seus rivais – em 2019 não venceu qualquer Major, sendo finalista de Wimbledon – e também porque Nadal continua a ser o grande favorito em Roland Garros, onde venceu 12 das últimas 15 edições.

Por seu lado, Novak Djokovic tenta recuperar o estatuto de número 1 mundial. Campeão em título do Australian Open, o sérvio é como que um anti-herói junto do público. Ainda assim, Nolan é o maior campeão em Melbourne, com sete títulos. A seu favor, tem ainda a recente vitória na ATP sobre Espanha de Rafael Nadal. Os dois são os grandes favoritos à conquista do primeiro Major do ano.

Mas é preciso não ignorar Federer. Mesmo aos 38 anos o suíço transporta uma aura de campeão que pesa nos grandes momentos. É certo que em 2019 não venceu nenhum Slam, mas foi finalista no All England Club e ganhou em Melbourne em 2017 e 2018. O suíço reconhece que não é o principal favorito, mas ninguém subvaloriza as suas possibilidades. Recorde-se que o helvético continua a perseguir o recorde de 109 títulos de Jimmy Connors. Atualmente conta com 102 e de acreditar que possa ganhar mais alguns em 2020. Vencer um Major seria a cereja no topo do bolo.

A nova geração

Um dos grandes desafios para Federer é segurar o terceiro posto mundial. O russo Danill Medvedev (4º), o austríaco Dominic Thiem (5º), o grego Stefanos Tsitsipas (6º) e o alemão Alexander Zverev (7º)  espreitam o top 3 e não seria nenhuma surpresa caso vencessem o Australian Open. O ano de 2019 confirmou isso mesmo.

Tsitsipas é, aliás, o campeão em título do Masters Final, que resultou de um ano fulgurante. O russo, por seu lado, chegou, em 2019, a nada menos que 5 finais ATP tendo ganho 4 delas. Ambos já mostraram capacidade para vencer qualquer adversário e têm mentalidade vencedora. Vencer um Major parece, pois, uma questão de tempo.

E há ainda Dominic Thiem. O austríaco foi finalista do Australian Open e há algum tempo que ronda um grande título. Em 2019, ganhou 5 torneios ATP e foi ainda finalista do Masters Final. A terra batida é o seu ponto forte mas o austríaco já mostrou capacidade também em outros pisos.

O espetáculo vai começar.

 

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André Dias PereiraDezembro 12, 20192min0

Falta pouco para o arranque da nova temporada. Novak Djokovic e Rafael Nadal têm já definidos os seus jogos até ao Australian Open.

O Big-3 do ténis é, ainda, a grande referência do ténis, embora entre em 2020 com ambições distintas. O espanhol e o sérvio arrancam com um torneio de exibição, o Mubadala WTC, a partir de 19 de Dezembro. O torneio conta também com as presenças de Tsitsipas, Medvedev e Heyon Chong. No quadro feminino jogam Sharapova e Tomljanovic.

Os principais torneios ATP arrancam com o novo ano. A partir de 3 de janeiro, a ATP Cup é uma das  principais atrações. Trata-se de um torneio internacional, jogado em três cidades australianas, durante 10 dias. Estão confirmados equipas de 24 países. Entre as estrelas, contam-se Nadal, Djokovic, Thiem, Zverev e Shapovalov.

Novak Djokovic jogará também o torneio de Adelaide, a partir de 12 de janeiro. Será o último grande teste antes do Australian Open, com início a 20 de janeiro.

Por enquanto, Roger Federer não tem ainda confirmado a sua presença em torneios antes do primeiro Major do ano. Em 2019, o suíço jogou 17 provas ATP, tendo vencido 4. O ano marcou também o seu regresso à terra batida. Aos 38 anos, é provável que Federer continue a dedicar o seu esforço aos principais Grand Slam. Há muito tempo que o ranking ATP deixou de ser uma prioridade. Aliás, o hevético, por esta altura, quer manter-se competitivo não apenas com Djokovic e Nadal, mas também com a nova geração.

O crescimento de jogadores como Thiem, Tsitsipas ou Medvedev, e o envelhecimento do Big-3, podem fazer com que 2020 seja um ano de transição. David Ferrer parece não ter dúvidas sobre isso. O espanhol, que se retirou este ano do profissionalismo, lembra que Tsitsipas já ganhou o Masters Finals.

A vez da nova geração

Nomes como Alex de Minaur, Felix-Auger Aliassime são interessantes de acompanhar com atenção no novo ano. Ao longo de 2019 já mostraram que o futuro também passa por eles. E embora não estejam num estágio tão avançado como Thiem, Tsitsipas, Medvedev, Zverev ou Berrettini, já mostraram que podem vencer qualquer rival. Aliás, este grupo de jogadores está no top-10, sendo o austríasco o mais velho, com 26 anos.

Ainda assim, os três primeiros da hierarquia continuam a ser os suspeitos do costume. Nadal acabou 2019 como líder mundial, destronando Djokovic, agora segundo classificado. Os dois tenistas deverão continuar a lutar pelo trono do ténis no arranque do ano. Será, contudo, interessante acompanhar o que vai acontecer durante o resto da temporada. A forma como vão gerir o esforço físico e os torneios e se alguém se pode intrometer entre os dois, com Federer à espreita, mesmo aos 38 anos.

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André Dias PereiraNovembro 11, 20193min0

Arrancou este sábado, dia 9, e prolonga-se até domingo, 17, mais uma edição do ATP Finals. Um torneio que, este ano, serve também para definir quem acaba 2019 como líder da hierarquia mundial.

Novak Djokovic é, porventura, o grande favorito à conquista do último grande troféu do ano. Mas não terá tarefa fácil. Num grupo com Federer, Thiem e Berretini, o sérvio começou por ganhar ao italiano por 6-2 e 6-1. Vencedor do ATP Finals por 5 vezes, apenas o suíço tem mais troféus. O sérvio quer, por isso, repetir uma vitória que foge desde 2015, até porque isso representaria voltar a ser número 1 mundial.

Menos bem esteve Roger Federer. O suíço entrou a perder diante Dominic Thiem. O austríaco mostrou que, depois do Big-3, é o mais consistente do mundo. O número 5 mundial preciou de 1h40 para ganhar por duplo 7-5. Há oito anos que Federer não vence o ATP Finals. O suíço é o tenista que mais vezes disputou o torneio. Este ano representa a sua 17ª participação. Em 73 partidas venceu 52 e perdeu 16, a contar com a deste final de semana. Ao todo, Federer ganhou 6 títulos (2003, 2004, 2006, 2007, 2010, 2011) e perdeu 4 finais (2005, 2012, 2014, 2015).

Com esta vitória, Dominic Thiem fica mais perto de alcançar, pela primeira vez, um lugar entre os 4 melhores do torneio. Até o momento, ele foi eliminado em todas as oportunidades na fase de grupo.

Nadal tenta vitória inédita

No outro grupo, Rafael Nadal é o grande favorito. O atual número 1 mundial tenta, em Londres, um título inédito em sua carreira. Uma falha importante num dos maiores currículos da história da modalidade. Ainda assim, o espanhol garante que não é obsessão. E o seu grupo, reconheça-se, apresenta muitas barreiras. Medvedev, Zverev e Tsitsipas, são rivais que atravessam fases diferentes. Esta segunda-feira, o espanhol entra em court para jogar com o alemão, campeão em título. Em 2019, Zverev venceu apenas em Genebra.

O treinador do Nadal, Carlos Moya, garante que ele está a 100%. Mais do que vencer pela primeira vez o ATP Finals, o espanhol precisa de ganhar para se manter como número 1 mundial.

Já Medvedev e Tsitsipas são estreantes no torneio. O grego esteve em foco no primeiro semestre do ano, com vitórias no Estoril e em Marselha. Já o russo tem estado intratável no segundo semestrel. Para além de finalista do US Open, venceu dois Masters 1000.

O ATP Finals este ano tem ainda a particularidade de cruzar duas gerações. Fededer, Nadal e Djokovic, que andam no topo há mais de uma década, e por outro lado, cinco jogadores em que o mais velho (Thiem) tem 26 anos.

“Roger, Rafa e Novak, que são lendas absolutas do nosso esporte por muito tempo, e meio que todos nós crescemos assistindo a eles vencerem tudo que é possível”, lembrou Zverev. Uma ideia partilhada também pelo estreante Tsitsipas.

Os veteranos são, ainda, os favoritos, mas só no próximo domingo se saberá se chegou a vez da nova geração.

 

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André Dias PereiraSetembro 23, 20193min0

A Europa venceu, pela terceira vez consecutiva, a Laver Cup. Trata-se da competição que reúne os melhores tenistas do planeta e os divide entre o continente europeu e o resto do mundo. Este ano aconteceu em Zurique.

O que falta na distribuição de pontos ATP, sobra em emoção. A prova, pensada por Roger Federer, é um sucesso de audiências e entre os aficionados do ténis. Sobretudo, porque consegue juntar na mesma equipa jogadores como Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic. Provavelmente porque a Europa tem dominado o ténis mundial nas últimas décadas, a competição se divida em dois pólos e não pelos 5 continentes. O que levanta questões em relação ao modelo para as próximas décadas.

Sem surpresa, aliás, o velho continente venceu todas as edições da Laver Cup. Mas este ano, a equipa mundo esteve perto da primeira vitória (13-11).

Os europeus não tinham Djokovic, por lesão, mas contavam com Federer, Nadal, Tsitsipas, Thiem, Zverev, Bautista Agut e Fognini. Do lado da equipa Mundo, jogaram Kyrgios, Raonic, Isner, Shapovalov, Sock, Fritz e Thompson.

Na sexta-feira, Thiem, começou por levar a melhor sobre Shapovalov (6-5, 5-7, 3-11). A equipa Mundo empatou, logo de seguida, com o triunfo de Jack Sock sobre Fabio Fognini (6-1 e 7-6). Só que Tsitsipas voltou a dar vantagem aos europeus, vencendo Taylor Fritz: 6-2, 1-6 e 10-7. No primeiro jogo de duplas, a Europa jogou Roger Federer e Alexandre Zverev. A dupla representa o que um dia se espera ser a passagem de testemunho entre os jogadores mais dominante da antiga e nova gerações. Ainda que o alemão esteja longe de uma grande temporada, a verdade é que os europeus levaram a melhor sobre Jack Sock e Dennis Shapovalov (6-3 e 7-5).

Europa ainda domina

A vantagem europeia à entrada para o segundo dia era de 3-1. No segundo dia do torneio, Isner levou a melhor sobre Zverev (6-7, 2-7, 6-4 e 10-1), empatando 3-3.  E, depois, um dos jogos mais aguardados. A jogar em casa, Federer venceu Nick Kyrgios (6-3 e 7-6), ampliando novamente a vantagem europeia para 5-3.

Nadal entrou então em cena. Foi exuberante diante Milos Raonic (6-3 e 7-6) e logo depois juntou-se a Tsitsipas para o jogo de duplas. Só que Kyrgios e Sock foram melhores (6-4, 3-6 e 10-6). A Europa terminava o dia com uma vantagem de 7-5. Só que Nadal ressentiu-se de uma lesão e acabou por não jogar ao lado de Federer, no domingo, no jogo de duplas. Era o momento mais aguardado do torneio.

Saiu Nadal, entrou Tsitispas. Isner e Sock voltaram a fazê-lo, ganhando por 5-7, 6-4 e 10-8. A equipa Mundo passava pela primeira vez para a frente (8-7) na Laver Cup. Sempre com Federer e Nadal a darem sessões de coaching, foi a vez de Dominic Thiem defrontar o norte americano Taylor Fritz. O norte americano ganhou (5-7, 7-6 e 10-5).

Com 11-7 a favor da equipa Mundo, Federer e Zverev teriam que vencer os últimos dois jogos para dar a vitória à Europa. Empurrado pelo público, Roger ganhou a Isner por 6-4 e 7-6. E no decisivo encontrou, o alemão ganhou a Raonic por 6-4, 3-6 e 10-4.

Os europeus fizeram a festa pelo terceiro ano consecutivo. E reforçam a ideia de que os maiores talentos ainda estão no velho continente. Os jogadores mostraram, ao longo do torneio, que apesar de não haver pontos ATP em jogo, queriam ganhar. Vibravam com os pontos dos companheiros e interagiam com o público. Na Era mais competitiva da história do ténis, a Laver Cup é, acima de tudo, uma prova de entretenimento e prestígio. E os tenistas fazem por honrá-la ainda que haja natural resguardo. Mas para o público, isso pouco conta. A festa foi toda para eles.

André Dias PereiraJulho 1, 20193min0

Arranca esta segunda-feira o torneio de Wimbledon, o mais antigo e tradicional Grand Slam. No ano passado, Novak Djokovic conquistou o seu quarto torneio no All England Club diante Kevin Anderson. Poderá este ano fazê-lo outra vez?

Na teoria, sim. O sérvio mantém-se como número 1 do mundo e tem-se exibido a um nível que o torna favorito à conquista do seu 16º Major.  Vencedor, este ano, do Australian Open e do ATP Madrid, o sérvio somou triunfos no piso rápido e em terra batida. Nolan tem gerido com critério o seu calendário e a preparação para os principais torneios. Por estes dias anunciou Goran Ivanisevic na sua equipa técnica para o All England Club. A estreia acontece já esta segunda-feira, dia 1, diante o alemão Phillip Kholschreiber, onde é amplamente favorito. Em 12 confrontos entre os dois, o sérvio ganhou 10.

Tal como nos últimos anos, Federer e Nadal são apontados também como grandes favoritos. Senão vejamos. Roger Federer (8), Novak Djokovic (4), Rafael Nadal (2) e Andy Murray (2) venceram as últimas 16 edições de Wimbledon. De entre esses, Federer, Nadal e Djokovic ganharam os últimos 10.

O suíço é o maior campeão do torneio e prepara as suas temporadas para que, nesta altura, esteja no auge. Oito vezes campeão, Federer surge como segundo cabeça de série. Apesar de Nadal ser número 2 do mundo, ao contrário de outros Major, Wimbledon tem em conta não o ranking mas a prestação dos tenistas na relva nos últimos 24 meses. Um critério criticado por Nadal que considera que essa opção “não é boa”.

Candidatos além dos suspeitos do costume

Federer chega a Wimbledon depois de vencer Halle pela décima vez. O suíço ganhou também os torneios de Dubai e Miami em 2019. Perto de completar 38 anos, o helvético não pode ser ignorado na luta pelo título, sobretudo em Wimbledon.

Como terceiro cabeça de série, Nadal terá uma chave mais dura. Jogadores como Kyrgios, Shapovalov, Cilic e Federer são alguns dos possíveis adversários. O espanhol vem de uma vitória importante em Roland Garros e apesar de relva não ser o seu ponto forte, já ganhou Wimbledon por duas ocasiões (2008 e 2010).

Mas para além do big-3 há outros nomes a acompanhar. Da velha geração, como Kevin Anderson, Kei Nishikori ou Stan Wawrinka, à nova geração, Thiem, Zverev, Tstsipas ou até Felix Auger-Aliassime. O canadiano, 18 anos, entrou em 2019 como 109 do mundo e atualmente é 21º. Uma escalada impressionante, que se junta a outros elementos como a capacidade de jogar de igual para igual com todos os adversários, em qualquer piso.

Tsitsipas também tem feito uma época muito boa. Apesar de denotar quebra física, o grego venceu em 2019 dois torneios: Marselha e Estoril. Ao todo, El Greco soma 3 títulos ATP na carreira aos 20 anos de idade. Tal como Thiem. O austríaco é número 4 do mundo, jogou a final de Roland Garros e soma, em 2019, vitórias em Barcelona e Indian Wells.

Quem está de fora é Andy Murray. O britânico jogará apenas a vertente de pares. Já Borna Coric lesionou-se no abdómen e também está fora da competição. Por outro lado, Kevin Anderson regressa após uma longa paragem por lesão. O sul-africano, finalista vencido em 2018, está longe da melhor forma para voltar a repetir o feito. Caso chegue às meias-finais, poderá defrontar Djokovic naquela que seria a reedição da final de 2018.

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André Dias PereiraJunho 10, 20192min0

Se havia dúvidas, Rafa Nadal fez questão de as desfazer este domingo. O espanhol tremeu, mas não caiu frente a Dominic Thiem (6-3, 5-7, 6-1 e 6-1) e conquistou Roland Garros pela 12ª vez.

Depois do duelo entre os dois tenistas em 2018, nos quartos de final, após Thiem ter vencido, já esta temporada, o maiorquino em Monte Carlo, os dois finalistas confirmaram o favoritismo que lhes era atribuído.

Nadal não está a atravessar um bom momento. Já se sabia. Pela primeira vez na carreira havia chegado a Maio sem títulos. Em Roma acabou por vencer o seu único torneio até Roland Garros. Thiem, pelo contrário, tem crescido não só no ranking mas também no seu jogo. Já o tinha mostrado o ano passado e este ano atingiu a final do principal torneio de terra batida.

O autríaco surgia, pois, como desafiante. Só que Nadal voltou a mostrar que em Roland Garros é praticamente invencível. São agora 93 vitórias e apenas duas derrotas, uma das quais (Soderling, em 2009) por desistência. Durante o percurso este ano, Nadal deixou para trás jogadores como Goffin, Londero, Nishikori ou Federer. Aliás, o suíço voltou a atingir as meias-finais de Roland Garros. Um registo superior ao que esperava, admitiu o helvético. Só que Nadal não deu chances para que pudesse avançar: 6-3, 6-4 e 6-2.

Já Thiem também fez um grande percurso. Entre outros, afastou Novak Djokovic nas meias-finais: 6-2, 3-6, 7-5, 5,7 e 7-5.

Apesar de Nadal ainda reinar e o seu domínio em Paris não parecer ter fim, Thiem é, pelo menos para já, o fiel súbdito. “Dominic, desculpa porque és um dos melhores exemplos que temos no circuito. Trabalhador, sempre com um sorriso no rosto. És uma inspiração para mim e para tantas crianças”, disse o espanhol sobre o austríaco.

André Dias PereiraMaio 27, 20193min0

Arrancou este domingo Roland Garros, o Grand Slam da terra batida. Todos anos, desde que Nadal é profissional, a grande pergunta é se existe alguém que possa travar o espanhol. E não é por menos. Desde 2005 só por três ocasiões o maiorquino não ganhou o torneio dos mosqueteiros. Em 2009, ganhou Federer, em 2015, Wawrinka e 2016, Novak Djokovic.

Para se ter ideia do peso que torneio tem na carreira de Nadal, dos 17 Grand Slam conquistados – apenas superados pelos 20 de Roger Federer – 11 foram em Paris. Só que agora, com 32 anos, e muitas lesões em cima, será menos favorito?

Nem tanto. A bolsa de apostas continua a acredita que Nadal é o principal candidato à vitória, seguido de Djokovic e Thiem.

O certo, contudo, é que os resultados de Rafa este ano estão longe do que outrora foram. Pela primeira vez na sua carreira, chegou ao mês de Maio sem títulos. O seu domínio em Monte Carlo e Madrid foi quebrado precisamente por Dominic Thiem e Novak Djokovic. Só que em Roma, Nadal surgiu de forma imperial. Com direito a ‘pneu’ na final sobre Djokovic. Aliás, em quatro dos cinco jogos disputados, aplicou ‘pneu’ aos adeversários.

Novak Djokovic, Dominic Thiem, Alexander Zverev e Roger Federer são os desafiantes ao trono do rei Nadal. O número um do mundo, vencedor em 2016, surge em Paris com o título de Madrid no bolso e pretende conquistar o quarto Major consecutivo, fazendo o seu segundo carrear Grand Slam.

Dominic Thiem é também visto como um rival à altura do espanhol. A terra batida é o seu piso preferencial e na temporada passada jogou uma partida épica com Nadal nos quartos de final, onde acabou batido. Já este ano, em Monte Carlo, o austríaco levou a melhor sobre o espanhol nas meias finais. E, conforme disse o próprio Nadal, “Thiem é favorito ao título em qualquer torneio de terra batida”.

O regresso de Federer

Mais improvável é a vitória de Alexader Zverev. O alemão costuma falhar nos grandes torneios, embora a terra batida seja o seu piso mais forte. O ano passado atingiu os quartos de final, o seu melhor registo em Major. Só que este ano, Zverev, que venceu o torneio de Genebra, parece numa crise de resultados. Em Roma foi afastado por Matteo Berrettini na segunda ronda.

Três anos e 11 meses depois, Roger Federer regressa a Roland Garros. Recode-se que o torneio francês foi o primeiro Major que o suíço jogou há já 20 anos. Há 10 venceu o seu único torneio de Roland Garros. Mas não se pense que o suíço é mais limitado na terra batida, apesar de ter essa fama. Ao longo da carreira conquistou nada menos do 20 troféus neste tipo de piso. Neste regresso, contudo, parece correr por fora no que diz respeito a favoritismo. Porque, de facto, há jogadores mais fortes que ele na terra batida e porque, aos 37 anos, parece já ter dificuldades em levar a melhor sobre os seus maiores rivais.

Ao longo dos anos, Federer acumulou cinco derrotas para Rafael Nadal, além de eliminações para Alex Corretja, Hicham Arazi, Luis Horna, Gustavo Kuerten, Novak Djokovic, Jo-Wilfried Tsonga e Ernests Gulbis.

Contudo, há um factor novo. Desta vez a ausência de expectativas e de pontos a defender, deixam Federer sem pressão para o torneio. E isso pode pesar a seu favor. Poderá surpreender?


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