Arquivo de ATP Toronto - Fair Play

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André Dias PereiraAgosto 16, 20233min0

Jack Sinner conquistou pela primeira vez um Masters 1000. Em Toronto, Sinner tornou-se apenas o segundo italiano a conquistar um torneio desta natureza. O primeiro foi Fabio Fognini, em 2009

Sinner levou a melhor na final sobre De Minaur, por 6-4 e 6-1. Com apenas 22 anos, o italiano sobe à sexta posição do ranking ATP. E olhando o seu talento é bem possível que permaneça por um bom tempo no top-10.

Não se pode dizer que a final entre Sinner e Minaur fosse a mais esperada. Mas sem dúvida foi merecida e colocou em court jogadores em busca de títulos relevantes. Desde que é profissional, o italiano soma oito títulos mas todos em categorias menores. Este ano, ganhou também em Montpellier. Por seu lado, De Minaur soma sete títulos, tendo ganho em 2023 o torneio de Acapulco.

Para chegar à final, Sinner deixou para trás adversários como Matteo Berretini (6-4, 6-3), Andy Murray (desistência), Gael Monfils (6-4, 4-6 e 6-3) e Tommy Paul (6-4, 6-4).

Andy Murray, que desistiu do torneio por motivo de lesão, também não vai participar em Cincinnatti e deverá voltar apenas para o US Open.

Alcaraz, Medvedev e Ruud caem cedo

Uma das boas surpresas do torneio foi Tommy Paul. Ainda que o norte-americano, 13 do mundo, tenha caído nas meias finais, deixou para trás Carlos Alcaraz (6-3, 4-6, 6-3), o principal candidato ao título. Daniil Medvedev e Casper Ruud também caíram de forma precoce. O russo foi afastado Minaur (6-7, 5-7), nos quartos de final, e o noruguês por Alejandro Fokina (6-7, 6-4, 6-7) nos oitavos de final. Mas não nos equivoquemos Ainda que os principais cabeças de série tenham caído cedo, o nível de jogo foi alto e deixa uma boa antecâmara para o US Open.

E quem aproveitou a saída precoce de Alcaraz foi Djokovic, que retornou esta semana à liderança mundial.

Sinner, claro, não poderia estar mais radiante e confiante. “Significa muito para mim. Gosto muito como lidei com a situação, encarando cada adversário com a atitude certa”, disse.

O italiano é, por certo, um nome a ter em conta no presente e no futuro. Até pela idade.

André Dias PereiraAgosto 13, 20183min0

Nadal conquistou, este domingo, em Toronto, o seu 80º título da carreira. O espanhol fez jus ao estatuto de número 1 mundial para vencer Stefanos Tsitsipas por 6-2 e 7-6(4). Apesar da derrota o grego tem motivos para sorrir. Afinal, o torneio de Toronto serviu para confirmar todo o seu potencial. Durante a semana deixou para trás nada menos do que quatro jogadores do top-10 mundial: Dominic Thiem, Novak Djokovic, Alexander Zverev e Kevin Anderson.

Foi por isso com natural otimismo que Tstsipas, que este domingo completou 20 anos, encarou Nadal. E o grego até começou por confirmar o seu primeiro jogo de serviço. Contudo, Nadal mostrou que não é apenas um número 1. É um dos maiores da história do ténis. O maiorquino fez jus à sua experiência e qualidade para controlar Tsitsipas conseguindo vencer o seu jogo de serviço e quebrar, depois, o jogo do grego. Nadal controlou, depois, o primeiro set. Cedeu apenas um ponto, enquanto sacou e ainda beneficiou dos erros de El Greco.

O segundo parecia ser mais do mesmo, com Nadal a quebrar o serviço de Tsitsipas e  chegouar ao 5-3. O jogo parecia sentenciado, mas a semana em Toronto mostrou que o grego consegue jogar sob pressão de set points. E não apenas conseguiu quebrar Nadal, como virou o jogo para 6-5. Por esta altura Tsitsipas era mais agressivo. Só que, outra vez, Nadal mostrou grande tranquilidade, força mental e experiência para confirmar a vitória.

Este foi o 33º título de Nadal em Masters 1000 e o quarto em Toronto. Há 10 anos que o espanhol não jogava o torneio canadiano.

Tsitsipas como Bjorn Borg

Tsitsipas continua em busca do primeiro título ATP. O grego, que em Janeiro era 91 do mundo, será a partir desta segunda-feira 15º, a sua melhor classificação de sempre. “Foi a semana da minha vida”, concordou o grego. Para isso contribuiram épicas vitórias sobre Damir Dzumhur (6-3 e 7-6), Dominic Thiem (6-3 e 7-6), Novak Djokovic (6-3, 6-7 e 6-3), Alexander Zverev (3-6, 7-6 e 6-4) e Kevin Anderson (6-7, 6-4 e 7-6).

Esta foi a segunda vez que Tsitsipas e Nadal se encontraram. A primeira foi na final do ATP Barcelona. Tal como em Toronto, também aí o grego fez uma semana de sonho, perdendo para Nadal. Aos 20 anos, contudo, ninguém dúvida que pode em breve chegar a top-10 mundial. Ambição, saque e a sua esquerda são pontos fortes do seu jogo, contudo, também pode fazer diferença com golpes de direita, como aconteceu esta semana em Toronto.

Greg Rusedski, selecionador do Canadá, compara o estilo de Tsitsipas ao lendário Bjorn Borg. “Ele faz tudo bem. É espectacular como tenista e muito calmo nos momentos de maior tensão”.

Se o futuro pode passar pelo grego, o presente ainda é de Rafael Nadal. O espanhol soma 910 pontos na liderança do ranking e abre uma diferença ainda maior para Federer (10.220 pontos contra 6.480).

Foi assim que Nadal venceu pela quarta vez em Toronto


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