Rafael Nadal regressa à liderança e espreita US Open
Há dois anos, e depois de ter ultrapassado um longo calvário de lesões, Rafael Nadal acumulava derrotas e uma inconsistência inédita em sua carreira. “Não sei se será possível voltar ao nível de 2009”, disse então o maiorquino que chegou a andar fora do top-10 mundial. Esta segunda-feira, aos 31 anos de idade, o Toro Miura está de volta à liderança do ténis mundial mostrando porque é um dos melhores tenistas e desportistas da história. Não é apenas pelo número de títulos – 73 vitórias em torneios ATP entre os quais 15 Grand Slam – mas pela forma como se reergueu dos baixos da carreira.
“É incrível e maravilhoso voltar a ser número um depois de tudo o que passei nos últimos três anos”, reagiu Rafael Nadal, que acabou por cair perante o australiano Nick Kyrgios nos quartos de final do torneio de Cincinnati, um torneio que não contou com as presenças de Federer, Murray, Djokovic, Nishikori, todos lesionados.
De resto, Rafael Nadal já havia perdido a oportunidade de assaltar a liderança no torneio de Montreal. O espanhol precisava de atingir as meias-finais mas acabou por ser arredado na terceira ronda. Este está a ser, aliás, um ano muito bom para o maiorquino. Desde Janeiro venceu quatro torneios, entre eles Roland Garros, garantindo presença no Masters Final a realizar no final do ano. Este é o seu melhor registo desde 2014, altura em que venceu também o seu último Major.
Nadal aponta agora baterias para o US Open, que se realiza a partir da primeira semana de Setembro, onde quer segurar o estatuto de número um mundial. Uma das baixas confirmadas para o torneio será Novak Djokovic, que anunciou uma pausa na carreira até final do ano para recuperar de lesão. Federer, também a contas com lesão, deverá participar no torneio que já venceu por cinco vezes. O suíço, de 35 anos, tem vindo a fazer uma gestão criteriosa dos torneios em que entra, também para gerir a sua condição física, tendo por isso falhado Cincinnati.
Também o britânico Andy Murray já confirmou a sua presença em Nova Iorque onde vai regressar aos courts desde a sua última aparição em Wimbledon. Há dúvidas, contudo, em relação à sua forma física e a sua irregularidade ao longo de 2017 coloca muitos pontos de interrogação sobre se tem, ou não, condição para para voltar a repetir o feito de 2012.
Tal como nos bons velhos, Roger Federer poderá ser mesmo o grande rival de Rafael Nadal nos EUA, isto, claro, tendo em conta o que 2017 nos tem oferecido. Certo, para já, é que o espanhol está de regresso a lugares mais coincidentes com o seu estatuto e carreira.
É por jogadas como estas que Nadal voltou ao pico do ténis mundial.