Como vai ser o surf daqui a 30 anos: uma perspectiva do futuro
Como vai ser o surf daqui a 30 anos, se continuar assim a crescer?!
O surf entrou na moda, e com a entrada como modalidade olímpica tenderá a continuar a crescer, é de facto um desporto como poucos, não tem duas ondas iguais, a adrenalina que provoca, a velocidade gerada numa onda, entre tantas outras coisas boas que o surf produz ao praticante seja iniciante ou profissional. Mas com cada vez mais gente nas ondas, os acidentes tendem a aumentar, danos materiais, surfistas sem seguros, o lado mais escuro de um desporto tão bonito e hedonistas como é o surf.
Alguns locais do planeta já utilizam certamente formas mais ou menos ortodoxas e pragmáticas para tentarem gerir o aumento de praticantes nas ondas, locais como Austrália, Estados unidos da América, Havai (mesmo sendo solo norte-americano, no surf é uma nação autónoma), Brasil, França, etc etc. Como se gere tanta gente de forma natural? Esta questão nunca será fácil de gerir, nem conseguimos ver a melhor forma para o bem de todos.
Há que respeitar os outros, para se ser respeitado, mas também deve-se ter conhecimento da própria subcultura que sempre foi o surf. Era uma prática meio radical, sem leis, à margem da lei, os próprios surfistas eram apelidados de “desviantes da sociedade”, nos desportos de deslize que incluem o surf (em todas as categorias e formas de deslizar numa ondas seja çongboard ou bodyboard), skate, patins, snowboard e esqui, em que o autor francês Alain Toret englobou todas nesta secção de “desviantes da sociedade” nos fins dos anos 70/80 do século passado, o que mostra que isto já era estudado bem antes.
Mas isso tudo mudou nas últimas décadas pois os Estados Unidos da América iniciaram uma forma de gerir o elevado crowd nas “suas” praias de forma curiosa, será que funcionará? Como? Decidiram pela Associação de surfistas da área que iriam adoptar faixas e cores para definir o lugar onde os diferentes surfistas podem surfar, com faixas e cores ao estilo das artes marciais, da laranja à preta.
Mas sendo as praias de cariz público e de acesso público, como se pode “impedir” alguém de ir a uma determinada onda? Custa-me a acreditar que seja a opção que irá determinar o acesso a determinadas ondas, mas quem sou eu para decidir tal.
Ora vejamos o que esses surfistas pretendem.
Será que é legal? Será que é a melhor forma?
Não deviam todos estar segurados como os federados pela FPS, onde se incluí um seguro de acidentes¸ e permitir tal como na pesca amadora lúdica que se pague uma licença para pescar, mas sem seguro (apesar de também ser proibido actualmente). Cabe à FPS e aos clubes desenhar essa estratégia para que todos se enquadrem da melhor forma de poderem surfar?
Eu não sei como vai ser, mas cada vez irá haver mais malta e será cada vez mais necessário BOM SENSO, e espero daqui a 30 anos poder acompanhar como será…. e se possível ainda a surfar!
Vamos discutir isto nos comentários?