Ronnie O’Sullivan, who else?

Xavier OliveiraFevereiro 26, 20184min0

Foi em Preston, no Guild Hall, que como habitualmente se jogou o World Grand Prix, com uma final a ser jogada entre dois velhos conhecidos do circuito. No final, saiu por cima o suspeito do costume, Ronnie O’Sullivan, que conquistou assim o seu quarto major da época.

A ressaca do Masters

Neste World Grand Prix, tal como tem sido habitual houveram favoritos a cair logo na primeira ronda. Foram os casos de Judd Trump e Mark Allen.  O primeiro, tal como tem sido hábito já de algum tempo para cá, decepcionou logo na primeira ronda ao cair aos pés do galês Michael White por 4-1.

De quem se esperava mais e melhor era de Mark Allen, que ainda na ressaca da sua vitória inédita no Masters deste ano, não conseguiu levar a melhor frente a Xiao Guodong, perdendo por 4-3. Kyren Wilson e Ryan Day, dois jogadores de segunda linha mas sempre fortes candidatos a vencer, também ficaram pela primeira ronda ao perder para Mark Joyce e Jack Lisowski, respectivamente..

Na segunda ronda, o destaque vai para a eliminação de John Higgins frente ao chinês Xiao Guodong por 4-3. No duelo entre figuras de proa do snooker, Selby levou a melhor sobre Robertson, enquanto que McGill deixou pelo caminho Bingham, recém-regressado ao circuito depois da suspensão.

Xiao Guodong e John Higgins no cumprimento antes do início do encontro (Fonte: Facebook World Snooker)

O favoritismo a confirmar-se

Chegado os quartos-de-final, o alinhamento foi o seguinte: Michael White vs Mark Selby; Ding Junhui vs Anthony McGill; Stephen Maguire vs Shaun Murphy e Ronnie O’Sullivan vs Xiao Guodong. No primeiro destes encontros, o inglês confirmou o seu natural favoritismo para o encontro, tendo batido White por 5-2. Tendo assim marcado encontro frente a Ding Junhui, que frente a McGill venceu 5-3, deixando assim antever que poderia vir a fazer estragos neste World Grand Prix.

Não era um encontro menos digno de cartaz, o que opôs Shaun Murphy e Stephen Maguire. Este acabou por ser o único encontro dos “quartos” onde o favoritismo natural do inglês não se confirmou, já que Maguire acabou por vencer por 5-2, tendo assim agendado encontro frente ao “todo poderoso” Ronnie O’Sullivan. O Rocket que frente a Xiao Guodong, onde vinha a mostrar-se a um bom nível neste torneio, “cilindrou” o chinês por 5-0.

McGill em acção o World Grand Prix (Fonte: Getty Images)

“Um leão no meio dos tubarões”

Ronnie O’Sullivan teve pela frente nas meias-finais, o sempre complicado Stephen Maguire. O escocês também conhecido como “Leão de Lisboa”, campeão do Lisbon Open, sabia que teria uma tarefa extremamente complicada frente a Ronnie e que teria de estar a um grande nível para chegar à final. Apesar da boa réplica de Maguire, este acabou por perder por 6-4, vendo assim O’Sullivan chegar a mais uma final esta temporada.

Tanto Mark Selby como Ding Junhui não têm feito uma época brilhante, sendo que por essa razão, esta meia-final era muito importante para ambos os jogadores. E foi altamente renhido o encontro, que ficou decidido apenas na “negra”, coma vitória a cair para o lado de Ding Junhui por 6-5. Ding chegava assim à sua segunda final da época depois da vitória no World Open.

“O Leão de Lisboa” no World Grand Prix (Fonte: Getty Images)

Um duelo com história

O histórico de confrontos entre Ronnie O’Sullivan e Ding Junhui era claramente favorável ao inglês. De entre os catorze encontros disputados entre ambos, Ronnie venceu 10 contra apenas 4 de Ding.

Mas equilíbrio foi tudo o que esta final não teve, Ronnie O’Sullivan entrou “a matar” e depressa se colocou a vencer por 6-3, no final da primeira sessão. É verdade que Ding vinha mostrar-se a um bom nível nas rondas anteriores mas não se previa nada de fácil na segunda sessão. E foi ainda com mais “fome de vencer” que Ronnie venceu os quatro ‘frames’ que necessitava e confirmou a vitória na final, carimbando essa mesmo por 10-3.

Foi o quarto ‘major’ conquistado pelo inglês esta época, ficando assim a ideia de que a jogar a esta nível, O’Sullivan é mais o mais sério candidato a vencer no Crucible. Uma palavra de apreço para Ding Junhui, que apesar de ter sido “dizimado” nesta final, regressou ao encontro mais importante pela segunda vez esta época, o que diz bem da importância deste torneio para o chinês.


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS