Arquivo de World Grand Prix - Fair Play

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Xavier OliveiraFevereiro 10, 20192min0

A reunião dos 32 melhores jogadores desta época aconteceu em Cheltenham, na Inglaterra. Numa final disputada entre dois ingleses. E para não variar como tem sido habitual esta época, Judd Trump saiu por cima no encontro decisivo.

Para além das ausências, as habituais surpresas

Na primeira ronda, foram os nomes de Mark Williams, John Higgins, Neil Robertson e o mais sonante de todos, Ronnie O’Sullivan, caíram aos pés dos seus respetivos adversários. Este último perdeu frente a um dos jogadores aisáticos em prova, Marco Fu.

Depois de terem sobrevivido à primeira ronda, eis que Stuart Bingham e Ding Junhui acabaram por uma vez mais claudicar precocemente num torneio, saindo de cena na segunda ronda, o que demonstra bem a tormenta que tem sido esta época para ambos os jogadores.

Novamente Trump e mais Trump

Com a chegada dos quartos-de-final, o alinhamento foi o seguinte: Ali Carter vs David Gilbert, Xiao Guodong vs Yuan Sijun, Mark Selby vs Judd Trump e Kyren Wilson vs Barry Hawkins. O alinhamento era bom e em quase todos os encontros os principais favoritos acabaram por vencer. Carter confirmou o seu bom momento de forma e venceu Gilbert por 5-1, marcando encontro nas ‘meias’ frente a Xiao Guodong que venceu o seu compatriota por 5-4. Hawkins mostrou-se a grande nível para vencer o mais recente campeão do German Masters por 5-2. No encontro que suscitava mais expectativa, Trump ‘atropelou’ uma vez mais Selby por 5-1.

Nas meias-finais, e com muito suor e dedicação de Judd Trump, o inglês venceu a Hawkins por 6-5. isto depois de ter estado a perder por 5-4. Na outra meia-final, esperava-se que de alguma forma Carter confirmasse o seu bom momento de forma, tendo acontecido isso mesmo, com o inglês a vencer por 6-0.

Trump e Carter na final (Fonte: Facebook World Snooker)

Uma final inédita

Esta foi uma final completamente inédita entre Judd Trump e Ali Carter, naquele que foi o 22º encontro entre ambos, tendo até então Trump vencido 11 encontros contra dez do seu adversário. Na final e, ao fim da primeira sessão, o mais novo dos dois jogadores, Judd Trump, saiu a vencer por 6-3, metendo assim praticamente uma mão no título. E ao final de 16 ‘frames’, Trump venceu por 10-6 e, agarrou o troféu com as duas mãos para uma vez mais esta época se sagrar vencedor de um torneio, algo que já vem sendo recorrente esta temporada.

O snooker continua a partir do dia 11 de fevereiro até ao próximo domingo, com o Welsh Open, podendo acompanhar em direto e exclusivo nos canais do Eurosport.

Xavier OliveiraFevereiro 26, 20184min0

Foi em Preston, no Guild Hall, que como habitualmente se jogou o World Grand Prix, com uma final a ser jogada entre dois velhos conhecidos do circuito. No final, saiu por cima o suspeito do costume, Ronnie O’Sullivan, que conquistou assim o seu quarto major da época.

A ressaca do Masters

Neste World Grand Prix, tal como tem sido habitual houveram favoritos a cair logo na primeira ronda. Foram os casos de Judd Trump e Mark Allen.  O primeiro, tal como tem sido hábito já de algum tempo para cá, decepcionou logo na primeira ronda ao cair aos pés do galês Michael White por 4-1.

De quem se esperava mais e melhor era de Mark Allen, que ainda na ressaca da sua vitória inédita no Masters deste ano, não conseguiu levar a melhor frente a Xiao Guodong, perdendo por 4-3. Kyren Wilson e Ryan Day, dois jogadores de segunda linha mas sempre fortes candidatos a vencer, também ficaram pela primeira ronda ao perder para Mark Joyce e Jack Lisowski, respectivamente..

Na segunda ronda, o destaque vai para a eliminação de John Higgins frente ao chinês Xiao Guodong por 4-3. No duelo entre figuras de proa do snooker, Selby levou a melhor sobre Robertson, enquanto que McGill deixou pelo caminho Bingham, recém-regressado ao circuito depois da suspensão.

Xiao Guodong e John Higgins no cumprimento antes do início do encontro (Fonte: Facebook World Snooker)

O favoritismo a confirmar-se

Chegado os quartos-de-final, o alinhamento foi o seguinte: Michael White vs Mark Selby; Ding Junhui vs Anthony McGill; Stephen Maguire vs Shaun Murphy e Ronnie O’Sullivan vs Xiao Guodong. No primeiro destes encontros, o inglês confirmou o seu natural favoritismo para o encontro, tendo batido White por 5-2. Tendo assim marcado encontro frente a Ding Junhui, que frente a McGill venceu 5-3, deixando assim antever que poderia vir a fazer estragos neste World Grand Prix.

Não era um encontro menos digno de cartaz, o que opôs Shaun Murphy e Stephen Maguire. Este acabou por ser o único encontro dos “quartos” onde o favoritismo natural do inglês não se confirmou, já que Maguire acabou por vencer por 5-2, tendo assim agendado encontro frente ao “todo poderoso” Ronnie O’Sullivan. O Rocket que frente a Xiao Guodong, onde vinha a mostrar-se a um bom nível neste torneio, “cilindrou” o chinês por 5-0.

McGill em acção o World Grand Prix (Fonte: Getty Images)

“Um leão no meio dos tubarões”

Ronnie O’Sullivan teve pela frente nas meias-finais, o sempre complicado Stephen Maguire. O escocês também conhecido como “Leão de Lisboa”, campeão do Lisbon Open, sabia que teria uma tarefa extremamente complicada frente a Ronnie e que teria de estar a um grande nível para chegar à final. Apesar da boa réplica de Maguire, este acabou por perder por 6-4, vendo assim O’Sullivan chegar a mais uma final esta temporada.

Tanto Mark Selby como Ding Junhui não têm feito uma época brilhante, sendo que por essa razão, esta meia-final era muito importante para ambos os jogadores. E foi altamente renhido o encontro, que ficou decidido apenas na “negra”, coma vitória a cair para o lado de Ding Junhui por 6-5. Ding chegava assim à sua segunda final da época depois da vitória no World Open.

“O Leão de Lisboa” no World Grand Prix (Fonte: Getty Images)

Um duelo com história

O histórico de confrontos entre Ronnie O’Sullivan e Ding Junhui era claramente favorável ao inglês. De entre os catorze encontros disputados entre ambos, Ronnie venceu 10 contra apenas 4 de Ding.

Mas equilíbrio foi tudo o que esta final não teve, Ronnie O’Sullivan entrou “a matar” e depressa se colocou a vencer por 6-3, no final da primeira sessão. É verdade que Ding vinha mostrar-se a um bom nível nas rondas anteriores mas não se previa nada de fácil na segunda sessão. E foi ainda com mais “fome de vencer” que Ronnie venceu os quatro ‘frames’ que necessitava e confirmou a vitória na final, carimbando essa mesmo por 10-3.

Foi o quarto ‘major’ conquistado pelo inglês esta época, ficando assim a ideia de que a jogar a esta nível, O’Sullivan é mais o mais sério candidato a vencer no Crucible. Uma palavra de apreço para Ding Junhui, que apesar de ter sido “dizimado” nesta final, regressou ao encontro mais importante pela segunda vez esta época, o que diz bem da importância deste torneio para o chinês.


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