Six Nations Festival U18: os convocados e ideias gerais

Francisco IsaacMarço 28, 20244min0

Six Nations Festival U18: os convocados e ideias gerais

Francisco IsaacMarço 28, 20244min0
Antevisão à equipa portuguesa que vai participar no Six Nations Festival U18 2024 com várias novidades e um pensamento: surpreender

Portugal está a caminho de Parma onde vai defrontar a Itália no dia 30 de Março às 11:15, seguindo-se o País de Gales no dia 3 de Abril às 10 da manhã e acaba no dia 7, Domingo, ante a Irlanda também com hora marcada para as 10 da manhã, com a transmissão a ser da autoria da Rugby Pass TV. A selecção nacional será liderada por João Uva, com Pedro Vital a preencher o lugar que tem sido de Miguel Leal nas últimas três temporadas – deixamos um cumprimento especial ao treinador, que foi fundamental no sucesso destes últimos três anos – e será um torneio extremamente importante no sentido de não só dar alguma visibilidade ao escalão de sub-18, como de garantir desenvolver novos atletas a um ritmo superior e com uma experiência diferente. Bem, vamos aos convocados e às novidades que podemos encontrar nesta listagem composta por atletas de 2006 e 2007!

Da selecção nacional que marcou presença no último europeu de sub-23, só Miguel Romero (3ª linha – GD Direito), Tomás Marques (abertura – RC Tondela) e Eduardo Leite (centro – AEIS Agronomia) transitam, sendo, portanto, um reiniciar quase total dos sub-18 nacionais. A lista de convocados é a seguinte e podemos tirar algumas ilações:

Alguns jogadores actuam em mais que uma posição:

– Diogo Carvalho que pode jogar tanto na 1ª como 2ª – não é caso raro, como aconteceu com José Lavos da geração de 2005;
– Rodrigo Mateus joga também na 2ª e 3ª linha;
– Duarte Vasco Costa pode actuar na 2ª e 3ª linha, sendo um atleta com um talento enorme;
– Francisco Teixeira tanto joga como abertura, centro ou defesa;
– Martin Bento pode jogar a centro, defesa ou ponta;

No que toca aos destaques, escolhemos três para seguir com especial atenção, a começar pelo abertura do RC Tondela, Tomás Marques. Tem uma capacidade táctica fora do comum e com um jogo ao pé aprumado, sabendo jogar com elegância com o par de centros – as combinações com Guilherme Vasconcelos era algo de se ver e rever -, ligando bem as unidades de ataque.

Diego Ferreira, o pilar do Castres, é uma unidade massiva e que pode ser importante no aspecto da fisicalidade. A agressividade que parece apresentar no contacto também pode dar o mote ao restante da equipa.

Por fim, Miguel Romero é um nº8 moderno, agressivo e apto ao serviço, tendo já sido um dos nomes mais badalados do Men’s Rugby Europe Championship 2023, onde foi destaque não só pela fisicalidade que sabe impor no carregar a oval, mas também de rapidamente se reposicionar, apresentando uma condição física e agilidade impressionante.

Cinco reforços vêm de França com destaque para Diego Ferreira e Martin Bento, dois jogadores que pulsam qualidade e que têm sido destaque nos seus clubes, estando num momento crucial das suas carreiras. A adição destes reforços – por via de um grande esforço dos pais deste e José Guerra – e a combinação com alguns dos melhores talentos do rugby nacional de sub-18, garante assim um conjunto que no papel terá argumentos para mostrar bons detalhes e tentar contrariar o favoritismo Itália, País de Gales e Irlanda. O maior problema foi a preparação para o torneio, uma vez que não foi realizada da melhor forma, o que é algo contrário ao que aconteceu para os torneios de sub-18 da Rugby Europe em 2022 e 2023 – 2021, apesar do sucesso, foi um ano de grandes restrições derivado da pandemia.

Relembrar que Portugal é tri vice-campeão do Men’s Rugby Europe Championship sub-18, tendo conseguido reduzir a margem negativa de resultado frente à Geórgia ano após ano, um indicador positivo para este escalão e o que tem sido feito pela equipa técnica. Porém, antes que os adeptos nacionais pensem em possíveis surpresas, é importante voltar a relembrar que esta será uma equipa quase totalmente nova, não se podendo esperar/exigir sincronia total e dinamismos contínuos, algo que só vem com treinos, jogos e tempo.

A Itália está em alto crescimento na formação, enquanto que o País de Gales começa a sair de um longo sono profundo e a Irlanda está entre as três melhores selecções do continente europeu tanto nos sub-18 como sub-20. O facto de Portugal ter sido convidado a marcar presença neste torneio é significativo e que tem de ser aproveitado da melhor forma, e não precisa de ser em termos de resultado mas sim do ADN actual dos Lobos.


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