RWC19: Quem foi o melhor seleccionador?
Quem foi o melhor comandante de “tropas” neste Rugby World Cup 2019? Será que é incontestável esse título a Rassie Erasmus ou Eddie Jones pelo trabalho efectuado com a Inglaterra merece o galardão? E o que dizer de Jamie Jospeh, que levou o Japão a um apuramento inédito aos quartos-de-final? Quem será portanto o melhor seleccionador deste RWC 2019?
A escolha é vossa destes 6 hipóteses apresentadas, mas fazemos a argumentação de dois dos escolhidos!
JAMIE JOSEPH (JAPÃO)
O Japão chegou a um patamar onde antes nunca tinha estado, marcando uma viragem (esperemos) para o Mundo do Rugby. Jamie Joseph conseguiu não só esse apuramento inédito, como levou a melhor nos jogos ante a Irlanda e a Escócia, destronando duas das potências mais antigas e reconhecidas da bola oval, conquistando um 6º lugar no ranking mundial. Foi uma das selecções que melhor rugby apresentou, de uma vibração especial, onde a alta intensidade imposta no breakdown deu constantes novas vagas de ataque e possibilidade de desferir golpes fundos nos seus adversários na fase-de-grupos.
A somar a esse pormenor, o facto de terem apresentado um grupo capaz, competente e altamente preparado para aguentar com a carga física dos seus adversários demonstrou que existe mais vida no Planeta da Oval do que alguns queriam fazer pensar. O seleccionador dos Brave Blossoms montou uma estratégia eficaz e bem fundamentada, mostrando que é um dos grandes pensadores de rugby moderno… a somar ao título conquistado pelos Highlanders, esta ida até aos quartos-de-final com o Japão coloca-o definitivamente o seu nome entre os maiores treinadores dos últimos quinze/vinte anos.
WARREN GATLAND (PAÍS DE GALES)
Foram vários anos ao serviço do País de Gales, onde ajudou a levantar Grand Slams, recordes, para além de um 1º lugar do ranking mundial e, agora, a ida até às meias-finais do Campeonato do Mundo (a terceira em nove edições). Os galeses foram essencialmente inteligentes na forma de jogar, aplicando uma defesa móvel e agressiva, onde o índice de trabalho foi sensacional e talvez o melhor a par dos Springboks, combinando bem com o jogo ao pé e no constante contra-ataque que por pouco não deu final de Mundial aos comandados do genial Warren Gatland. O neozelandês conseguiu dar um ano quase perfeito a uma selecção que esteve em crise nos últimos anos, injectando não só esperança como também títulos, honras e destaques que os elevaram a uma das melhores selecções do momento.
Um homem de palavras certas, foi capaz de ver as melhores qualidades dos Red Dragons e conferir os níveis emocionais correctos a um grupo de jogadores que vai continuar a deixar marca em anos vindouros. Pode não ter o rugby mais vistoso e animado, pode não ser uma estratégia “mágica” e com olho para o ensaio, mas não há dúvida alguma que é aquele tipo de táctica que consegue desmontar qualquer selecção. Para encerrar o capítulo “País de Gales” em beleza, faltou-lhe ganhar à Nova Zelândia e chegar à final do Campeonato do Mundo. Conseguirá com outra selecção?
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José Mello
Novembro 21, 2019 at 4:07 pm
jamie joseph