RWC 2019: 4 curiosidades do potencial melhor Mundial de sempre

Francisco IsaacSetembro 11, 20196min0

RWC 2019: 4 curiosidades do potencial melhor Mundial de sempre

Francisco IsaacSetembro 11, 20196min0
O Mundial de Rugby está prestes a começar e destacamos alguns pormenores que vão aguçar ainda mais a expectativa pela prova. Curiosidades que conhecias ou desconhecias?

Estamos prestes a começar o Mundial de Rugby 2019 e o Fair Play destaca quatro pormenores curiosos de um dos eventos mais esperados dos últimos anos da modalidade e, porque não, do desporto em si. Vamos então fazer uso de cada digito que compõe o ano de 2019 para apresentar estas 4 curiosidades!

2 – O 2º MUNDIAL FORA DO IMPÉRIO EUROPEU E DA OCEANIA

Quatro na Europa, três na Oceânia e um em África… é este o cômputo até este momento das organizações do Campeonato do Mundo de Rugby e é fácil encontrar um padrão: 90% dos Mundiais ocorreram nos mesmos continentes, ou seja, na Europa e Oceânia, sendo o Mundial de 1995 a única excepção à regra na história da modalidade.

Quando o Japão foi designado em 2014 como a próxima “casa” da maior prova de selecções de rugby, abriu-se novamente a excepção e furou-se um suposto protocolo de que os mundiais eram jogados em hemisférios diferentes a cada nova realização… isto é, em 2019 será a primeira vez que consecutivamente países do Hemisfério Norte ficam com a responsabilidade de receber e preparar o Campeonato do Mundo, mantendo assim a competição dentro do mesmo hemisfério.

Este será o 2º mundial fora do domínio dos Reis do Velho Continente ou do Imperialismo da Oceania, e os 12 estádios e 9 cidades nipónicas esperam e desesperam pelo apito inicial do Mundial!

0 – O NÚMERO DE ESTREANTES E DAS VEZES QUE A IRLANDA CHEGOU ÀS MEIAS-FINAIS

É cada vez mais um Mundial reservado sempre às mesmas “caras” da oval, não existindo qualquer novidade em termos das equipas que vão marcar presença no Japão este ano. Mesmo que a Espanha ou Roménia tivessem conseguido o apuramento não existiria qualquer novidade aqui pois ambas já participaram em edições anteriores do torneio mais importante do Mundo do Rugby.

Contudo, perspectiva-se que num futuro próximo apareçam as primeiras grandes novidades com o crescimento contínuo do Brasil, a “explosão” profissional da Alemanha (veremos até quando a “corda” vai aguentar), sendo para já as únicas selecções capazes de sonhar efectivamente com o Mundial de 2023 em termos de países que nunca lá foram.

A formação mais “tenra” das 20 participantes é a Rússia, que só participou por uma vez no Campeonato do Mundo, na edição de 2011, tendo perdido todos os jogos na fase-de-grupos e averbando cerca de quase 200 pontos sofridos em quatro jogos. Uruguai e Geórgia fecham o pódio dos participantes mais jovens, com três e quatro participações em oito edições da competição.

Outro “zero” vai para o facto da Irlanda nunca ter conseguido chegar às meias-finais de um Mundial de Rugby, caindo sempre nos quartos-de-final e em 2019 tem nova oportunidade para quebrar com essa maldição. Todavia, e parecendo que o destino gosta de testar a fé irlandesa, a edição deste ano da prova já tem um problema para os comandados de Joe Schmidt: quer passem em 1º/2º vão ter que jogar frente à Nova Zelândia ou África do Sul, pois ambos grupos cruzam-se logo no primeiro jogo a eliminar. Enguiço anunciado ou caminho normal para um grupo de jogadores que merecem ganhar o mundial?

1 – A NOVA ZELÂNDIA A ÚNICA EQUIPA A TER UM TRICAMPEONATO

Os All Blacks são igualmente os únicos que alguma vez atingiram um bicampeonato de forma consecutiva e a também terem levantado três mundiais, revelando-se a par da Austrália como a selecção com mais finais jogadas na história do Campeonato do Mundo. Steve Hansen tem por isso tanto uma pressão extra de conseguir chegar a um ainda mais inédito tricampeonato consecutivo, como de somar quatro títulos, afirmando-se de forma perene de que a Nova Zelândia é realmente a melhor selecção de sempre do Planeta da Oval.

Com um elenco recheado dos melhores jogadores do Mundo, as dúvidas persistem em redor dos All Blacks lançando-se questões como “será que ainda têm fibra de campeão?” (lembrar que nos últimos quatro anos ganharam três Rugby Championships e são a selecção que menos jogos perdeu neste período de tempo), “se realmente os jogadores que estão convocados têm a qualidade para ganhar a selecções como a África do Sul?” e “não terão perdido a mística de outros tempos?”, ficando as respostas reservadas para dentro das quatro-linhas. De qualquer das formas, e ao contrário do que alguns estão a tentar passar, o alvo a abater é neste momento a Nova Zelândia que pode passar para lá do limite do “céu” em 2019 caso consigam conquistar mais uma final.

9 – SERÁ NO JAPÃO QUE SE REALIZA A 9ª E MELHOR EDIÇÃO DE SEMPRE(?)

Pela primeira vez um país asiático vai merecer a atenção de organizar um Campeonato do Mundo de rugby, fugindo assim a organização da prova aos países de Tier1, entregando assim a uma nação que está num 2º patamar da modalidade. Os Mundiais da oval tiveram o seu começo em 1987 e desde então organizaram-se oito edições de uma prova que têm vindo a somar recordes de audiência, um crescimento não só sustentado mas crescente e cada vez mais uma atenção por parte das maiores marcas, chegando agora ao Japão, país que parece não só estar pronto como sedento de mostrar que consegue organizar uma competição desta dimensão.

Para os mais expectantes, existe uma informação que desde logo promete a “calar” parte das críticas: a audiência. Se os jogos não encherem pelas mãos e bolsos dos turistas desportivos, não há qualquer preocupação pois os fãs de rugby no Japão são aos milhões e dispostos a pagar para marcar presença dentro dos espectaculares recintos de jogo que esperam as selecções apuradas para a competição. Na liga japonesa de rugby, os estádios costumam ter a sua capacidade 80% completa e nos encontros da franquia de Super Rugby japonesa dos Sunwolves, as bancadas estão habitualmente lotadas e envoltas num ambiente fenomenal e entusiasmante.

O Japão tem a arte de bem receber, tentando oferecer a sua cultura como prato forte da visita e sabe desde logo que este Campeonato do Mundo será um marco para todo sempre não só para o país mas também para a modalidade. Perspectiva-se uma festa inebriante durante 43 dias, num país cada vez mais apaixonado e envolvido com o rugby.


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