Pro14 – Leinster campeão num ano de surpresa do Treviso
O Leinster sagrou-se bicampeão do Pro 14 pela segunda vez desde 2001, única equipa a atingir esse feito.
Numa final disputada frente ao Glasgow Warriors, os homens de Leo Cullen levaram a melhor com um resultado de 15-18.
Na época regular, O Glasgow e Leinster foram sempre as equipas mais dotadas em termos de exibições e resultados, tendo ficado no topo das respectivas conferências, o Glasgow com 81 pontos na conferência A e o Leinster com 76 pontos na conferência B.
O Glasgow teve sempre o Munster muito perto, com Connacht, Ospreys, Cardiff e Cheetahs muito próximos entre si e deixando Zebre muito atrás.
Na conferência B, o Leinster teve o Ulster e o espantoso Treviso sempre nos calcanhares, com Scarlets e Edimburgo ligeiramente afastados e com Dragons e Southern Kings já bem distantes e arredados de quaisquer discussão.
A época regular desta competição preconiza 21 jornadas com 6 jogos em casa e seis fora (conferência própria), 7 jogos com a outra conferência seja em casa ou fora e ainda 2 jogos regionais de derby.
O Treviso comandado por Kieran Crowley obteve a sua melhor classificação de sempre, um 3º lugar; os melhores resultados até esta época tinham sido um 5º lugar em 2017/18 no âmbito do Pro14 e um 7º lugar em 2012/13 no âmbito do Pro12. A sua prestação na Challenge Cup foi também muito interessante ficando com 20 pontos (menos 1 que Quins) e bem longe dos 9 pontos de Agen e Grenoble.
A equipa mostrou-se sempre com mais intenção, com recurso a chip and go (mais aberta nesse sentido), com boas plataformas de ataque organizado e a defender, com alinhamentos assertivos e rolling mauls interessantes, com dois pontas muito fortes e dinâmicos a fazerem a diferença (Monty Ione e Ratuva Tavuyara). Zanni e Steyn, 3ªs linhas também fizeram um aboa época, assim como Allan, Sperandio e Faiva.
Nas meias finais, o Glasgow ultrapassou o Ulster por 50-20 no Scotstoun Stadium e o Leinster derrotou o Munster na RDS Arena por 24-9.
A final foi bem disputada, tendo decorrido a 25 de Maio no Celtic Park perante 47 128 pessoas no magnífico Celtic Park e com Nigel Owens no apito.
Glasgow começou melhor com mais vontade, que resultou no primeiro ensaio aos 13 minutos por Matt Fagerson. No entanto, Leinster começou a reagir e com dois ensaios por Ringrose (depois de um erro crasso de Hogg) e Cian Healy (na sequência de 19 fases à mão) antes do intervalo, as coisas pareciam encaminhadas.
A falta de Devin Toner permitiu a Gray brilhar ainda mais na contestação aos lineouts do Leinster e um trabalho perseverante da avançada Escocesa fez antever uma reviravolta. Com Rob Kearney a levar um amarelo aos 65 minutos depois de carga no ar a Hogg e com um ensaio aos 74 minutos por Stewart , ainda se temeu o pior mas a determinação defensiva dos Irlandeses levou a melhor.
Comparativamente ao ano transacto, foi uma vitória mínima; relembro que em 17/18 o Leinster foi bater os Scarlets por 40-32, numa final bem recheada de pontos. Fica o gosto amargo por não terem a dobradinha com a taça dos campeões mas este ano, os Saracens foram a melhor equipa.
Uma das grandes exibições do Treviso em 2018/2019