Portugal é vice-campeão europeu – o “maul” do Europeu de sub-18
Portugal perdeu na final do Europeu de sub-18 quando merecia ter terminado com outro resultado, já que dominou o encontro em certos períodos e faltou só capitalizar nas boas oportunidades criadas durante 70 minutos.
MVP: GUILHERME VASCONCELOS (CENTRO)
Teve um Europeu mais “sossegado” mas na final foi decisivo para Portugal, já que foi responsável por três das melhores placagens do encontro, uma das quais a resultar num avant do adversário, isto para além de ter sido imprescindível em duas quebras-de-linha georgianas.
A sua presença e maturidade deu outra dimensão às movimentações defensivas da equipa portuguesa, tendo forçado ainda três penalidades ao adversário. Por vezes o trabalho “invisível” pode não ser o mais aplaudido por quem está de fora, mas todo o desempenho de Guilherme Vasconcelos foi extraordinário, sendo decisivo num encontro em que o capitão e a equipa portuguesa procuraram a vitória do princípio ao fim.
PONTO ALTO: DOMÍNIO E GRANDES MOMENTOS
Desde formações-ordenadas a andar para a frente, colocando a Geórgia a recuar, a mauls que pareciam destinados a chegar à área-de-ensaio, a placagens que atiraram os jovens “lelos” para trás, Portugal foi capaz de mostrar uma identidade forte e assertiva, querendo ditar as regras do jogo.
Com Guilherme Vasconcelos e Tomás Marques a liderar bem as linhas-atrasadas, e Miguel Romero, José Lavos e Diogo Pina a serem as “vozes” principais no bloco avançado, a selecção nacional foi crescendo de minuto para minuto e esteve perto de invadir a linha-de-ensaio em algumas ocasiões.
Houve identidade e vontade de ser a equipa superior dentro de campo, independentemente se do outro lado estavam os tetra campeões do Europeu sub-18, o que demonstra a ambição titânica destes sub-18.
PONTO A MELHORAR: APROVEITAR OPORTUNIDADES
Faltou um pouco mais de “sorte”, rasgo e foco em certas situações que pareciam favoráveis a Portugal e que podiam ter alterado o rumo final do encontro, como naqueles dez minutos entre os 15′ e 25′ da primeira-parte, ou o início da segunda metade do encontro.
Estes “lobos” sub-18 tiveram minutos consecutivos a dominar a posse de bola, a empurrar o adversário para trás, a forçar penalidades sistemáticas (impercetível o facto de nenhum cartão amarelo ter saído nos derrubes intencionais de maul ou placagens fora-de-tempo), mas a incapacidade de capitalizar quando o jogo exigia acabou por dar espaço e tempo para o adversário se reajustar e respirar.
Os dois ensaios iniciais poderiam também sido evitados, já que advieram de falhas de placagem a meio-campo permitindo que o adversário ganhasse o balanço suficiente para atingir a área de validação de Portugal com mas facilidade do que o suposto.
MARCADORES
Pontapé de Penalidade: Tomás Marques (3)