3 momentos das finais do Mundial de Rugby 2023
A Inglaterra leva o bronze, a Nova Zelândia a prata e a África do Sul retém a coroa de campeão, desenhando um ponto final no Mundial de Rugby 2023, que teve a sua quota de momentos especiais para mais tarde recordar.
BEAUDEN BARRETT RESSUSCITA ALL BLACKS
Quem pensaria que a jogar com 14 desde os 27 minutos, que os All Blacks voltariam ao jogo com total força e confiança, conseguindo empurrar os Springboks para dentro do seu meio-campo por largos períodos da segunda-parte?
Os neozelandeses foram ao fundo do “poço” e trouxeram cá para fora o seu melhor, com o assumir do jogo e ir para cima do risco a serem fundamentais para começar a encontrar brechas numa das melhores defesas de sempre do Mundo do rugby.
Depois de uma série de tentativas, uma das quais protagonizada por um excelente momento individual de Richie Mo’unga que acabou por não valer, os All Blacks finalmente meteram o primeiro e único ensaio do jogo. Umas poucas fases para depois Mark Tele’a se soltar e abrir caminho até ao ensaio, esboçando um offload em “desespero” que acabou por dar um ressalto mágico na direcção das mãos de Beauden Barrett, com este a colocar a oval na área-de-validação. Nesse minuto 58, a equipa de Ian Foster voltou a sentir o pulso do jogo, reerguendo-se e indo em busca da vitória… que acabou por nunca chegar.
NICOLÁS SANCHÉZ FALHA O EMPATE!
Aos 77 minutos de jogo, a Inglaterra estava na frente do resultado por três pontos, mantendo-se a Argentina dentro de jogo mesmo quando o tempo começava a escassear-se. Nesse minuto, uma penalidade inglesa dentro do seu próprio meio-campo ofertou aquilo que poderia ter sido os 3 pontos do empate.
A lenda argentina Nicolás Sanchéz foi chamado à conversão, um chutador que raramente falhou na sua carreira, tendo sido muitas vezes a tábua de salvação dos Pumas no passado, deixando fugir um empate que poderia ter empurrado o encontro para o tempo de compensação.
E o pior de tudo é que Emiliano Boffelli estava ainda dentro de campo, um chutador com mais de 80% de conversão neste Mundial de Rugby 2023 e que deveria ter sido chamado a esta missão. Aqueles 3 pontos poderiam ter empurrado o encontro para o tempo-extra, mas quis o destino – e o pé de Sanchéz – que a Inglaterra fugisse com a medalha de bronze e um 3º lugar meritório.
KURT-LEE ARENDSE ESCORREGA E SALVA OS BOKS
Aos 37 minutos da primeira-parte, quando os All Blacks já jogavam com 14, a África do Sul teve um momento defensivo que acabou por ser decisivo e que revela muito da fibra destes bicampeões do Mundo em título.
Um passe inacreditável de Beauden Barrett acabou nas mãos de Rieko Ioane, com o veloz centro a sprintar em direcção ao canto da área-de-validação, tendo ninguém pela frente e com todos os Springboks à sua direita. Do nada, e depois de ter levemente escorregado, Kurt-Lee Arendse imprime um sprint impressionante e caça o seu rival já junto à linha de fora, empurrando-o para lá e metendo um fim num ensaio feito.
Esta força de vontade e vitalidade dos jogadores dos Springboks foram dois “tijolos” fulcrais na fundação de uma selecção que se torna a com mais títulos de sempre no rugby masculino, ultrapassando os feitos de todos os outros até esta data.