3 destaques dos Lusitanos na 5ª jornada da RE Super Cup 2025
Está encerrada a fase regular da Rugby Europe Super Cup 2025, com os Lusitanos a terem consentido um desaire caseiro frente aos Iberians, o que significa um 2º lugar e uma meia-final em casa contra os Brussels Devils, agendada para Janeiro.
MVP: JOSÉ MONTEIRO
O número 8 ex-CDUL rugby esteve em grande no seu primeiro jogo desta temporada pelos Lusitanos, não só pelo ensaio conseguido mas por ter oferecido uma fisicalidade que criou constantes problemas e dores-de-cabeça aos Iberians, especialmente a partir das saídas da formação-ordenada ou no carregar da oval junto ao ruck. Num encontro que se adivinhava difícil para o conjunto português, a verdade é que o pack de avançados luso soube estar a altura a partir do minuto 20, com José Monteiro a ter sido um dos líderes dessa oposição tanto pela forma como se entregou à defesa (mais de uma dezena de placagens efectivas) como pela insistência em querer disputar os rucks, o que criou sérias dificuldades à saída de bola da oposição espanhola.
Numa altura em que os Lobos procuram soluções para a 3ª linha, Monteiro poderá ser uma solução credível, já que detém as qualidades físicas, técnicas e psicológicas para se impor e injectar uma agressividade e ambição que pode ser importante para o futuro.
MELHOR PONTO: O JOGO MAIS AMBICIOSO DOS LUSITANOS
Os Iberians chegaram a Lisboa com quatro vitórias incontestáveis no bolso, tendo simplesmente atropelado todos os seus adversários até à última ronda da Rugby Europe Super Cup 2025, esperando alcançado um resultado similar frente a uma conjunto com uma média de idades nos 22 anos. Porém, e ao contrário da maioria das previsões (minha incluída), os Lusitanos não só venderam cara a derrota, como lutaram olhos-nos-olhos sonhando até com uma vitória aos últimos 10 minutos.
O conjunto português quis lutar, quis mostrar que era capaz de rivalizar com uma equipa que estava apetrechada com alguns dos melhores jogadores espanhóis da actualidade, tendo sido capaz de não quebrar ao nível das fases-estáticas, sem nunca desistir também quando teve de defender por longos, longos minutos.
Esta exibição disse mais da capacidade dos vários jogadores jovens que compuseram o ramalhete dos Lusitanos desta jornada do que a vitória alcançada frente aos Bohemia Warriors ou Romanian Wolves, o que demonstra o quão valiosa esta competição é para as cores nacionais.
PONTO A MELHORAR: PLACAGEM DENTRO DOS 22 TEM DE SER MAIS EFICAZ
Apesar dos Lusitanos terem saído do CAR Jamor com uma derrota por 26-13, a verdade é que o resultado podia ter sido ainda mais positivo caso os Lusitanos tivessem cerrado fileiras em alguns momentos, denotando-se vários erros no que toca à placagem individual dentro dos 22 metros. Só um dos quatro ensaios sofridos foi por via de uma fase-estática, com os outros a terem sido concebidos e desenhados com uma série de bons passes e sprints dos jogadores espanhóis, que souberam encontrar o caminho para a área-de-validação especialmente no 1 para 1. No total, foram 18 placagens falhadas, com um máximo de seis a terem sido realizadas na mesma jogada – 2º ensaio -, o que acabou por ser suficiente para os Iberians levarem uma vitória de volta para Espanha.
Apesar dos Lusitanos só terem consentido quatro ensaios, a verdade é que evitaram alguns outros graças a placagens de emergência salvadoras que surgiram após uma série de erros próprios, o que evitou males maiores.
Foto de Destaque da Federação Portuguesa de Rugby.



