3 destaques dos Lusitanos na 3ª jornada da RE Super Cup 2025
Terceira vitória em três jogos e os Lusitanos continuam na peugada dos Castilla y León Iberians, com a franquia portuguesa a garantir um 36-10 no CAR Jamor.
MVP: VASCO BAPTISTA
Carro de combate com um motor V8, esta é a melhor forma de descrever Vasco Baptista, com o nº8 a ter sido demolidor nesta vitória dos Lusitanos, conseguindo perto do final do encontro marcar um dos ensaios da franquia de portuguesa. Debaixo de chuva intensa, o trabalho dos avançados iria ser mais complicado de realizar, mas no final dos 80 minutos o pack luso foi profundamente mais competente, com Vasco Baptista a ter sido um dos principais protagonistas, oferecendo uma dose forte de agressividade e fisicalidade tanto na saída do alinhamento ou a partir da formação-ordenada.
No que toca às combinações e ajuda prestada às linhas atrasadas, o 3ª linha esteve sempre lá no momento certo, prestando um auxílio rápido e expedito que possibilitou outra capacidade de manobra aos Lusitanos, em especial na segunda-parte, altura em que os Lusitanos foram totalmente dominantes em quase todos os aspectos. Tem sido a par de Nuno Sousa Guedes, Tomás Marques e Tomás Amado um dos melhores jogadores da franquia portuguesa.
PONTO POSITIVO: CAPACIDADE DE JOGAR EM CONDIÇÕES ADVERSAS
Chuva constante e por vezes em grandes doses, campo lamacento e pesado e mesmo assim os Lusitanos conseguiram marcar cinco ensaios, quatro dos quais na segunda metade deste encontro da 3ª ronda da Rugby Europe Super Cup 2025/2026. Com o pack de avançados a ter sido competente na formação-ordenada e nos mauls, os Lusitanos foram conseguindo tirar todo o oxigénio da formação do Delta, que só em certos curtos períodos de tempo conseguiu garantir território e chegar aos 22 dos Lusitanos. Porém, na segunda-parte a maior fome de ganhar e de dominar da franquia lusa acabou por fazer a completa diferença, com os atletas portugueses a terem ganho constantemente no confronto físico e no criar de jogadas inesperadas mesmo debaixo de chuva torrencial. Ao contrário do que se passou na 1ª ronda, os Lusitanos foram sérios na larga maioria do jogo.
Importante destacar Nuno Sousa Guedes, que operou como abertura e mostrou não só confiança como foi capaz de dar direção e largura a uma equipa bastante jovem, mostrando que está a dar os passos certos na direção de estar 100% pronto para voltar à cena internacional.
PONTO NEGATIVO: INDISCIPLINA CONTINUA A PREOCUPAR
Não é excepção e isso deve preocupar os adeptos portugueses, pois foi o terceiro jogo consecutivo de excessiva indisciplina por parte dos Lusitanos, somando mais de treze penalidades contra, o que acabou por dar alguma ‘esperança’ à formação contrária, conseguindo depois evitar males maiores devido ao contra-maul e capacidade de arrancar a bola no breakdown.
No geral, as penalidades estão a nascer na linha-de-defesa e na lentidão a sair do chão, o que foi bem aproveitado pelo Delta nos primeiros 40 minutos deste encontro a valer para a Rugby Europe Super Cup. Contudo, importa dizer que a equipa soube lutar contra a indisciplina ao responder da melhor forma no seguimento, fechando fileiras e a colocar o adversário debaixo de grande pressão, o que acabou por ser decisivo no fim. O alinhamento melhorou ligeiramente mas continua longe do que se exige a uma equipa carregada de atletas internacionais séniores e sub-20, o que também é motivo de preocupação para os fãs dos Lobos.
Foto de destaque da Federação Portuguesa de Rugby.



