O brilho das lusitanas nos Estados Unidos da América (Pt.1)
Hoje vamos falar sobre as talentosas jogadoras portuguesas que brilham no outro lado do Oceano Atlântico, um texto para dar a conhecer e falar das prestações de algumas das diversas craques que levam o basquetebol jovem português mais longe nos Estados Unidos da América, por isso venham conhecer cada uma delas na primeira parte da nossa lista.
Maria Carvalho – Estrela em Utah
Carvalho with a corner 3!#GoUVU #ProtectTheDen #UVUwbb pic.twitter.com/i6K3mVvjOO
— UVU Women's Basketball (@UVUwbb) March 4, 2022
Começamos este nosso texto por Utah Valley, com Maria Carvalho a base portuguesa que encanta na NCCA D1. Maria Carvalho começou em 2011, fez o seu percurso inicial no SL Benfica, depois disso esteve no CAR (Centro de alto Rendimento) onde deu o primeiro passo para aquilo que viria a ser a sua carreira, depois e como último clube em Portugal, esteve no AD Vagos. Foram duas temporadas, registou médias de 1.6 pontos, 1.8 ressaltos, 0.8 assistências e 0.7 por jogo em 2016-2017, uma temporada onde jogou 308 tendo sido mais uma jovem lançada por João Janeiro ao mais alto nível em Portugal. Na temporada seguinte, somou mais 21 jogos, 278 minutos e conseguiu de média, 2.7 pontos, 2.4 ressaltos, 0.9 assistências e 1.0 roubos de bola por jogo, mais espaço para a jovem Maria que nesta passagem por Vagos jogou ao lado de grandes nomes como Daniela Domingues, Ana Teixeira, Inês Faustino ou Daniela Jesus.
Maria Carvalho pulling the long-range shots!#GoUVU #ProtectTheDen #UVUwbb pic.twitter.com/1gGX8PWUBP
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A nível de seleção, Maria carvalho foi presença desde cedo, brilhou nas sub16 e sub18 sendo figura numa das melhores gerações do basquetebol feminino nacional. Seguiu-se a ida para Utah, onde já leva três temporadas, todas elas como figura na equipa e em todas a evoluir imenso como jogadora. O crescimento de Maria Carvalho é visível nas médias, em 2018-2019 registou 7.4 pontos e 4.3 assistências por jogo com ainda 29.7 minutos de média por jogo em 27 partidas. Já em 2019-2020 a preponderância foi muito maior, foi escolhida para a segunda equipa da western conference e ainda como uma das melhores defesas desta mesma conferência registando médias de 8.1 pontos, 4.6 ressaltos, 4.4 assistências e ainda 1.5 roubos de bola por jogo tendo ainda sido jogadora da semana por uma vez.
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— UVU Women's Basketball (@UVUwbb) February 25, 2022
Nesta temporada, Maria Carvalho assumiu ainda maior protagonismo, é uma das estrelas da equipa que vai estar em Las Vegas na discussão do título. No que se refere a esta época, Maria Carvalho regista até ao momento em 26 jogos, 13.5 pontos, 4.6 ressaltos, 3.4 assistências e 1.3 roubos de bola de média por jogo. Uma equipa que volta a ter ambições e muito pelo rendimento de Maria Carvalho, a portuguesa é a organizadora da equipa e ainda acrescenta agressividade e capacidade defensiva, volta a ser uma das portuguesas em melhor plano além-fronteiras.
Eliana Cabral – Talento à solta em El Paso
Em seguida apresentamos Eliana Cabral, uma base de 23 anos que atua nas UTEP Miners. Eliana Cabral é uma base que também jogou e começou por dar nas vistas no GDESSA, foi colega de Luana Serranho conquistando o Campeonato, a Taça de Portugal e a Taça da Federação em 2017. Também ela foi presença na seleção nacional de sub16 que venceu a medalha de prata em 2015 no Campeonato da Europa disputado em Matosinhos. Jogadora que foi presença nas seleções jovens nacionais.
No GDESSA teve médias de 2.6 pontos, 1.4 ressaltos, 0.7 assistências e 0.5 roubos de bola na sua primeira época ao mais alto nível no Barreiro em 2015-2016. Em 2016-2017 assumiu ainda mais protagonismo, tendo sido mesmo a oitava melhor da equipa em relação a pontos e a sétima melhor na média de assistências, mas nessa temporada conseguiu 5.2 pontos, 2.3 ressaltos, 1.0 assistências e 0.9 roubos de bola de média por jogo. O crescimento de Eliana Cabral era visível aos olhos de todos, prova disso o rendimento e os números da época em 2017-2018, onde jogou 23 partidas com 3.9 pontos, 1.9 ressaltos, 0.8 assistências e 0.7 roubos de bola de média por jogo, além disso ainda foi aposta na EuroCup onde disputou 6 jogos com média de 2.7 pontos.
As boas épocas no GDESSA levaram Eliana Cabral a mudar-se para os Estados Unidos da América onde assinou pela UTEP, mas esteve nas duas primeiras épocas nas New Mexico Thunderbirds onde em 28 jogos começou em 22 como titular e conseguiu 9.4 pontos, 3.8 ressaltos e 1.6 assistências de média por jogo, brilhando e mais uma vez conseguindo mostrar a sua qualidade. Esta temporada já na UTEP (University of Texas at El Paso), Eliana Cabral leva 23 jogos, 3.8 pontos, 2.2 ressaltos de média por jogo e ainda 20 assistências e 19 roubos de bola. Eliana Cabral, uma base internacional jovem portuguesa, que tem vindo a crescer, foi uma das jovens que o GDESSA lançou na altura das conquistas internas, uma base promissora que tem conseguido mostrar esse seu talento além-fronteiras.
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— UTEP Women’s Basketball (@UTEPWBB) November 12, 2021
Inês Vieira – Madeirense de alto calibre
Agora vamos falar de Inês Vieira, uma base madeirense de apenas 18 anos que se mudou nesta temporada para os Estados Unidos da América. Inês Vieira vem de uma família ligada ao desporto, o pai João Pedro Simas Vieira, é um excelente treinador, com muito trabalho já feito, a mãe Isabel Vieira é uma treinadora de renome no voleibol e a irmã Margarida é uma boa jogadora de basquetebol. Falando de Inês Vieira, ela começou a dar nas vistas muito cedo, ela iniciou-se no CAB Madeira, aos 13 anos mudou-se sozinha para Lisboa para representar o Quinta dos Lombos onde esteve até esta mudança para Utah.
Foi campeã nacional sub19 com apenas 14 anos sendo uma das estrelas da equipa que derrotou o Vagos nessa final, foi a capitã e uma das figuras da seleção nacional sub16 que foi medalha de prata no Europeu em 2019. Inês Vieira esteve sempre entre as melhores onde quer que estivesse, sempre um dos maiores destaques, fez a sua estreia muito cedo na principal liga do basquetebol feminino nacional e falando dos números. 2019-2020 a sua primeira época ao mais alto nível, jogou 20 partidas com medias de 3.4 pontos, 1.4 ressaltos, 1.2 assistências e 0.6 roubos de bola por jogo, já na época passada, mesmo ainda sendo da formação, assumiu-se como uma das peças mais importantes do Quinta dos Lombos, equipa que ficou entre as melhores da Liga Skoiy.
@UtesCoachRob Has a Killer Quick, @DickieV “Diaper Dandy” one coming to @UTAHWBB … @inesvieira03 lefty youngster of Portugal put the hurt on Germany and Russia #FibaeuropeU18 #Passion @Pac12Network have fun saying her name! pic.twitter.com/slOwdYzP5K
— passionhoops (@passionhoops) July 29, 2021
Na última temporada, Inês Vieira conseguiu médias de 3.4 pontos, 1.4 ressaltos, 1.2 assistências e 0.6 roubos de bola por jogo, naquela que foi a última época em Portugal. Nesta temporada mudou-se para Utah, tornou-se assim a primeira jogadora madeirense a rumar aos Estados Unidos da América, a portuguesa que é um diamante do basquetebol mundial, começou cedo a dar nas vistas nesta sua nova equipa e leva nesta altura 30 jogos, 16.3 minutos de média por jogo, ainda 2.2 ressaltos, 2.3 assistências, 0.8 roubos de bola e 4.5 pontos de média por jogo, números que já refletem bem o espaço e o rendimento que a jovem portuguesa tem na equipa. A muita qualidade é aliada a um empenho brutal e uma capacidade de trabalho que impressionam e que nos dão garantias de que estaremos a ver o crescimento de uma futura estrela do basquetebol nacional e internacional.
.@UtesCoachRob on @inesvieira03 ⤵️
“Inês is a fantastic get for our program. She’s lightning quick and has an amazing feel for the game. She’s not just a facilitator, but can shoot the 3 incredibly well and attack the pain and finish.”#Elevate pic.twitter.com/XQiV3am3e0
— Utah Women’s Basketball (@UTAHWBB) November 12, 2020
Ficou aqui a primeira de quatro partes da nossa lista onde apresentamos alguns dos maiores talentos do basquetebol feminino nacional que brilham nos Estados Unidos da América. Não percam as próximas três, mais partes com mais algumas das nossas craques que brilham e muito fora de Portugal.