Profecia do Borda D’Água #10: Será o Europeu com mais portugueses nas finais

João BastosJaneiro 9, 20183min0

Profecia do Borda D’Água #10: Será o Europeu com mais portugueses nas finais

João BastosJaneiro 9, 20183min0
Os primeiros dias do ano 2018 trazem o oráculo do Fair Play. O almanaque Borda D'Água adaptado à natação traz doze profecias para o ano em curso

12 dias, 12 profecias para o ano 2018. O Fair Play consulta o seu oráculo e faz 12 palpites sobre o que vai acontecer no mundo da natação no ano que agora dá início


A nossa 1ª profecia já tinha sido sobre os Europeus de Absolutos em Glasgow, mas por ser a principal prova em 2018, voltamos a ela, desta vez para analisar as possibilidades que os portugueses têm de chegar às finais.

A edição de Berlim, no ano de 2002, para além de ter sido a que contou com a maior delegação portuguesa de sempre em Europeus (15 nadadores), foi também aquela que teve maior representação portuguesa em finais. Na capital da Alemanha, Portugal alcançou três finais, por intermédio de Sara Oliveira nos 200 mariposa (7ª classificada), da estafeta masculina de 4×100 livres, composta por Nuno Laurentino, Luís Monteiro, Ricardo Coxo e Pedro Silva (6º lugar) e da estafeta masculina de 4×200 livres, composta por Nuno Laurentino, Luís Monteiro, Ricardo Coxo e Ivo Carneiro (5º lugar).

Por isso, para que a profecia se cumpra, será necessário que os nadadores portugueses atinjam, pelo menos, 4 finais.

Os portugueses têm um dado recente que dá confiança nesse sentido. É que nos recentes campeonatos europeus de piscina curta, Portugal alcançou 7 finais mas, claro, o nível do campeonato Europeu de Piscina Longa é sempre mais elevado.

Outro factor de confiança está relacionado com os tempos de acesso às finais nos últimos Europeus (onde Portugal alcançou duas – Alexis Santos e Diogo Carvalho nos 200 estilos). Foram estes os tempos dos oitavos classificados nas meias finais ou eliminatórias, no caso das provas com final directa:

Fonte: LEN

Importa recordar que os últimos Europeus, decorridos em Londres, aconteceram em ano de Jogos Olímpicos, tendo sido nadados em Maio, com os nadadores a apontar o seu pico de forma para o Rio. Ainda assim, na maior parte das provas nadou-se mais rápido do que em Berlim, em 2014. Há que esperar que em Glasgow seja preciso nadar melhor do que os tempos constantes na tabela, para chegar às finais.

No entanto, tomando estes tempos como referência, vemos que muitos nadadores lusos no activo têm recordes pessoais melhores do que as marcas tabeladas.

Começando pelo sector masculino, Diogo Carvalho é o que tem o maior número de recordes pessoais abaixo dos tempos de final em 2016. Tem melhor nos 100 e 200 mariposa, 200 e 400 estilos. Alexis Santos tem melhor nos 200 e 400 estilos, Miguel Nascimento faz melhor nos 200 mariposa, assim como também faz Gabriel Lopes nos 200 estilos e Nuno Quintanilha que tem 1 centésimo melhor que o tempo de referência dos 200 mariposa.

No sector feminino, Diana Durães tem melhor registo nos 400 e 800 metros livres, Tamila Holub faz melhores tempos nos 800 e 1500 metros livres e Victoria Kaminskaya é mais rápida nos 200 e 400 estilos.

Portanto, muitas são as possibilidades que se poderão abrir para Portugal obter as tais 4 finais e ter a sua melhor prestação em Europeus, nesse critério.

A Federação Portuguesa de Natação, no Plano de Alto Rendimento, define como objectivo a obtenção de duas finais. Nós acreditamos ser possível que esse número seja, pelo menos, duplicado.

Seria muito bom que assim fosse.


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