O Leão, Rei da Europa do hóquei
Uma Liga Europeia marcada pela pandemia e pela confirmação de que o hóquei em patins nacional é o melhor e mais competitivo do mundo. O luso foi o palco da coroação do leão e é disso que vamos falar aqui neste meu novo artigo no FairPlay, em que vou abordar os pontos chaves e pilares desta conquista.
O 39.º título Europeu da nossa história e o 9.º do #HóqueiSCP ??
Os maiores da Europa… ? pic.twitter.com/K7lbN0wVVm
— Sporting Clube de Portugal ? (@Sporting_CP) May 16, 2021
A segurança do Leão que valeu a coroa
A equipa do Sporting não foi a equipa que foi apresentando o melhor hóquei, mas foi sempre a que apresentou melhor organização, isso vem da ideia de jogo de Paulo Freitas, da forma como o grupo do Sporting é unido e de como a equipa do Sporting consegue reagir às adversidades.
Ângelo Girão – A muralha do reino do Leão
O guardião do Sporting é o melhor do mundo, só isso já era esclarecedor para o que Girão consegue render e fazer, mas perante uma ideia de jogo mais defensiva, vale ainda mais Girão, isto porque é como se viu em muitos jogos o melhor elemento em campo, quem segura a equipa em momentos críticos e quem se assume como a estrela da equipa, aquele jogador que quase nunca erra. Ângelo Girão é um esteio da equipa, aquela peça que mais influencia o jogo dos Leões e a prova de tudo isso é cada jogo desta Liga Europeia e principalmente as grandes penalidades.
Matias Platero- a formiguinha esquecida
O argentino voltou a mostrar o porquê de ser uma peça fundamental nesta equipa. Platero assume um trabalho e uma responsabilidade que por vezes não o colocam em destaque, não são golos e muitas vezes fica com o trabalho mais “sujo”, aquele trabalho que passa mais ao lado da maioria, mas a verdade é que o astro argentino voltou a mostrar toda a sua qualidade e importância principalmente nos momentos defensivos e de transição.
Gonzalo Romero- o todo o terreno
É individualizar demais uma conquista de uma equipa que tem no coletivo o seu ponto forte, mas Romero é um dos jogadores que merece ser destacado de forma especial, o outro argentino do Sporting personifica aquilo que Paulo Freitas quer no seu jogo, a capacidade de lutar além dos limites, o dar tudo e o nunca desistir, é o jogador perfeito para este esquema e que rende como nunca nesta forma de jogar do Sporting.
Criatividade e magia
Neste ponto o grande destaque é O Ferran Font, o catalão é um mágico, mesmo numa ideia de jogo mais “castradora” ele consegue sempre estar em evidência pelo que cria e inventa mesmo sem espaço ou com marcação apertada. Podemos falar ainda de Pedro Gil, falamos de um veterano que é um dos melhores de sempre da modalidade, mas que mesmo já longe do auge e do seu melhor hóquei continua a mostrar e a espalhar magia a cada jogo.
Paulo Freitas- O moralizador do leão
O timoneiro dos leões tem sempre que ser destaco, podemos ou não gostar do hóquei praticado, podemos ou não ter uma maior identificação com este estilo de hóquei, mas a verdade é que Paulo Freitas é um dos pontos fortes dos leões. Paulo Freitas tem a sua ideia, não abdica dela e isso é um dos pontos fortes, a consolidação da equipa, a identidade da equipa e acima de tudo a consistência da equipa que assim consegue resistir aos momentos piores durante as épocas. O outro ponto que se tem de destacar muito, é que nas fases finais o dedo de Paulo Freitas na motivação é ainda mais visível, a equipa consegue aguentar a pressão de cada jogo, a pressão nos momentos mais complicados e todo o tipo de problemas. Paulo Freitas consegue “agigantar” todos os seus jogadores principalmente em competições como Taças e nos momentos decisivos isso é fundamental e faz toda a diferença.
Gilberto Borges – o maior responsável
Gilberto Borges é aquele nome que pode não ser o mais conhecido, mas é o homem forte do hóquei do leão, aquele responsável por aguentar tudo, pela “blindagem” do hóquei perante problemas no clube e depois é ainda quem cria a união que falei anteriormente. Gilberto Borges está intrinsecamente ligado ao hóquei do Sporting por tudo o que fez desde as divisões inferiores até a este bicampeonato europeu, é o principal responsável além de tudo pelo espírito que existe na equipa e na secção do Sporting.
Sporting rugiu mais alto, voltou a conquistar a “Champions” do hóquei em patins, voltou a ser a equipa mais forte. Deixei aqui alguns dos pilares da conquista, ficou acima de tudo uma equipa bem organizada e mais forte que as restantes, voltando assim a sorrir ao leão a maior taça de clubes no mundo do hóquei em patins.
Dentro dos destaques, temos de falar de Pol Manrubia, o craque do CE Noia que na próxima época vai jogar na nossa liga ao serviço do SL Benfica, foi o maior destaque fora das equipas nacionais, marcou 5 golos e mesmo na equipa que era inferior a todas as outras conseguiu mostrar toda a sua qualidade. Craque que vamos poder acompanhar na nossa liga e assim desfrutar de toda a sua qualidade bem mais de perto e na melhor liga do mundo.
Competição muito marcada pela pandemia e por todas as condicionantes, mas o que fica é o domínio português, neste caso a confirmação de que o hóquei em patins nacional é o mais forte do mundo. Coroação dos leões que rugiram mais alto que todas as outras equipas.