Tudo empatado na final. A palavra chave tem sido equilíbrio

Rafael RaimundoJunho 20, 20183min0

Tudo empatado na final. A palavra chave tem sido equilíbrio

Rafael RaimundoJunho 20, 20183min0
Estão disputados os dois primeiros jogos da final do campeonato português e o resultado está empatado. As duas equipas estão a realizar jogos de elevado nível exibicional.

No pavilhão João Rocha, fortaleza da equipa leonina, a equipa orientada por Nuno Dias levou a melhor sobre os encarnados com o marcador a assinalar 5-4 no final dos 40 minutos.

A segunda partida, realizada no pavilhão da Luz, contudo, terminou com uma vitória da equipa da casa por 3-2.

Fotografia: Instagram

Até agora, e já com dois jogos realizados, fica a certeza de que este é uma das finais mais equilibradas dos últimos anos. O resultado em ambos os jogos demonstra isso mesmo.

No primeiro encontro os sportinguistas acabaram por dar a voltar ao marcador, assumindo depois a liderança do jogo. No terreno dos bicampeões, os leões fizeram jus ao rótulo. Em lances de organização ofensiva, os comandados de Nuno Dias mostraram-se sempre muito disciplinados, o que acabou por ir contra alguma inexperiência dos benfiquistas a jogarem juntos.

Já na segunda partida, realizada esta quarta-feira à noite, os encarnados estiveram em vantagem, perderam-na e voltaram a recuperar. Num jogo muito equilibrado parte a parte foi um lance individual interpretado por Raúl Campos que decidiu o jogo, obrigando desta forma à realização de, pelo menos, mais dois jogos. Primeiro em Alvalade e depois na Luz.

Para estes dois jogos podemos esperar encontros tão ou mais equilibrados do que têm sido até ao momento.

Num panorama geral percebemos um Sporting a um nível mais baixo do que o habitual e um Benfica em crescendo. Contudo, o Benfica naturalmente ganha “pontos” por esta quebra verde e branca. O Sporting a jogar ao nível daquilo que tem sido comum é, ainda assim, melhor que este Benfica em grande forma.

Fonte: Instagram

No entanto, não se deve esquecer que a equipa encarnada foi reestruturada no ínicio desta temporada e que a forma de jogar pretendida por Joel Rocha ainda está em processo de crescimento. Talvez para o ano, e com mais um ou dois jogadores com provas dadas no futsal, a equipa consiga chegar a esse patamar.

Quanto às próximas duas partidas, e observando aquilo que aconteceu até ao momento, arriscaríamos dizer que este ano o campeonato apenas será decidido na “negra” – o tradicional quinto jogo que, a realizar-se, terá lugar no João Rocha uma vez que o Sporting terminou a fase regular na liderança da tabela classificativa.

Aqui ao lado, também já acabou a liga espanhola de futsal, com a vitória a sorrir à equipa do português Ricardinho que, lesionado, não jogou o encontro decisivo. O Inter Movistar torna-se assim pentacampeão espanhol, algo nunca alcançado por nenhuma equipa espanhola anteriormente. Ainda no rescaldo da vitória, Ricardinho transmitiu também a vontade de permanecer em Madrid depois de muito se ter falado da sua possível ida para o Sporting.

O último jogo foi decidido nas grandes penalidades, mas há que destacar o jogo 4, realizado no Palau Blaugrana – casa do Barcelona. A um minuto do fim, o Inter empatava o jogo e a dez segundos do apito final completava a reviravolta com o jogador Rafael Rato da equipa de Madrid a despir a camisola a celebrar já a conquista do título. No entanto, e é por isto que o futsal é um desporto tão emocionante, no último segundo de jogo o Barcelona empatava a partida, de novo. O empate no prolongamento levou à decisão por penáltis e nesse jogo foi mesmo a equipa de Barcelona que foi a melhor, obrigando à realização do jogo 5.

A análise a esta final espanhola sairá dentro de poucos dias e vai ser escrita por Rui da Cruz, um especialista português na análise à modalidade.


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