Verstappen vence, Hamilton sorri, Vettel (ainda) sonha
Verstappen vence na Malásia; 2ª vitória da carreira para o jovem piloto; Red Bull completa pódio com Ricciardo em 3º; Hamilton 2º, mas aumenta vantagem pontual; Vettel azarado, mas bastante rápido, termina em 4º; com 5 corridas por disputar, ainda há muito incertezas no campeonato.
Max Verstappen venceu o GP da Malásia, numa corrida onde há muito mais para saborear do que o champanhe dos vencedores. O jovem piloto da Red Bull bateu o homem da pole, Lewis Hamilton, e somou a sua 2ª vitória da ainda curta carreira de piloto de F1.
Verstappen fez um bom arranque, que o deixou próximo de Hamilton, e na 4ª volta, passou para a liderança. a partir daí, Verstappen controlou a seu belo prazer.
Foi um fim de semana positivo para a Red Bull, para além de bater a Mercedes em luta direta, conseguiu colocar Ricciardo em 3º, completando o pódio. Ricciardo resistiu a uma pressão final de Vettel, mas Ricciardo tinha andamento para aguentar e chegar ao pódio. A Red Bull está confiante que pode continuar a ganhar, e quem sabe, disputar mesmo o campeonato, no ano seguinte.
Sensação agridoce para Hamilton
Para Hamilton o fim de semana teve uma sensação agridoce. Hamilton conseguiu a pole, numa volta de qualificação fantástica, mas não conseguiu vencer a corrida. Apesar de ter aproveitado o azar de Vettel, que terminou em 4º, e alargado a vantagem pontual, Hamilton sai da Malásia com a sensação de que a Mercedes está a ficar para trás.
A sensação é que a Ferrari está definitivamente mais rápida, com a Red Bull a conseguir também bater as Flechas de prata em alguns circuitos. Apesar de Hamilton estar agora 34 pontos à frente de Vettel, ainda faltam 5 corridas e na próxima vez, o azar pode bater à porta dos Mercedes.
Hamilton tem feito a diferença, aproveitando os problemas que atingiriam os Ferrari, não só na Malásia, mas como antes já havia feito ao vencer, de forma convincente, o GP de Singapura. Hamilton vai precisar do contributo da Mercedes, porque não pode sair por cima lutando contra ambos os Ferrari e Red Bull.
Azar para a Ferrari
Quem não saiu nada satisfeita da Malásia foi a equipa da Ferrari. Raikkonen, que iria arrancar de 2º, nem começou a corrida, com problemas mecânicos. Problemas esses que afetaram Vettel na qualificação e o forçaram a começar em último.
Apesar dos problemas, Vettel fez uma excelente corrida de recuperação, que o levou de último para 4º. No entanto, nem tudo foi positivo, no final da corrida, Vettel bateu com o Williams de Stroll, danificando o carro. O problema deste embate é que pode levar a que Vettel tenha uma penalização de 5 lugares, por troca de caixa de velocidade, na próxima corrida, no Japão.
A Ferrari sabe que tem de eliminar os problemas de fiabilidade, porque sente-se no paddock que atualmente são os italianos que têm o monolugar mais rápido. Vettel pode ser campeão se vencer todas as corridas que ainda faltam, mas isso não é possível sem antes…terminar a corrida.
Divorcio anunciado, novas alianças surgem
Era de esperar. Depois de três anos muito penosos, a McLaren anunciou que se vai separar da Honda, para começar a utilizar motores Renault, no próximo ano. Por troca direta, a Honda vai passar para Toro Rosso, em caminho inverso da McLaren.
A falta de competitividade, fiabilidade e falha em cumprir objetivos levou a este divorcio, depois de 3 anos a tentar reavivar uma das parcerias com maior prestigio da modalidade. Com isso a McLaren vai agora apostar na Renault, única solução, já que a Mercedes e Ferrari se recusaram.
A Renault também não tem tido vida fácil nesta era hibrida, mas aposta forte em 2018. Apesar de nunca ter atingido a competitividade dos motores da Mercedes e Ferrari, os motores Renault têm sido capazes de ganhar corridas com a Red Bull, algo que a McLaren espera conseguir replicar.
A Honda vai mudar de ares e vai para a Toro Rosso. A Toro Rosso, como equipa mais jovem e sem tanta pressão, pode ser o ambiente ideal para a Honda conseguir finalmente atingir os níveis exigidos para a Fórmula 1.
Esta aliança acaba por ser uma jogada que a Red Bull tem para 2019, caso a Honda se torne bastante mais competitiva, a ideia é mudar para os motores nipónicos, ficando sempre a expectativa de as regras mudarem em 2021, ano em que a Aston Martin, parceiros da Red Bull, poderiam entrar em cena, como fabricantes de motores.
Para 2021, também pode ser solução para a McLaren em desenvolver os seus próprios motores, e tornar-se numa versão de “Ferrari britânica”. Esta solução vai muito depender das novas regras de motores para 2021, mas também da própria capacidade de Renault. Se a Renault oferecer motores com capacidade de lutar contra a Mercedes, não haverá necessidade para a McLaren de investir e arriscar milhões em financiar a pesquisa e desenvolvimento de motores próprios.
O que se segue?
A F1 vai agora para o Japão, onde há expectativas de haver corrida animada. Não se sabe quem terá o monolugar mais competitivo, já que Suzuka tem um traçado bastante próprio, com tanto Mercedes, como Red Bull ou Ferrari a ter possibilidade de sair do Japão vitoriosos.
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