Fórmula 1 2025: O dia mais esperado do ano
Lewis Hamilton já veste (finalmente) de vermelho. O sete vezes campeão do mundo cumpriu o seu primeiro dia ao serviço da Scuderia Ferrari e até já tem uma fotografia emblemática, repleta de aura e mística. A ascensão de uma lenda viva num retrato que será para sempre recordado, cujo temos a honra de presenciar nos nossos dias. Mas melhor do que isso é o que se seguirá, a primeira corrida pela Ferrari, a primeira pole, a primeira vitória e, quem sabe, o primeiro título (de construtores ou de pilotos).
Benvenuto, Lewis! pic.twitter.com/VR3J1jFmQk
— Scuderia Ferrari HP (@ScuderiaFerrari) January 20, 2025
Lewis foi calorosamente recebido pelos tifossi, num teste que originou as primeiras voltas de Hamilton num Ferrari. A sessão foi à porta fechada, mas nem isso impediu centenas de aficionados de espreitar pelas aberturas da vedação do circuito de Fiorano.
The first lap in a Ferrari is nothing short of amazing pic.twitter.com/Y5D3Q5O0F5
— Scuderia Ferrari HP (@ScuderiaFerrari) January 24, 2025
O entusiasmo é o sentimento de ordem em torno da bombástica transferência do britânico. Por isso, importa analisar as espectativas depositadas em torno de Hamilton: será mesmo um forte candidato a devolver o título de pilotos à Ferrari vencendo o seu oitavo? Ao inicio de cada temporada Hamilton é sempre um candidato, pela sua história e pelas capacidades físicas e mentais que ainda fazem dele um dos melhores pilotos da grelha (não ao nível de Verstappen, mas na luta com Leclerc, Norris e Russell). A mentalidade de campeão que o faz olhar para cada momento em pista com a obrigação de vencer potenciei-o como um elevado ativo para a Ferrari, não só desportivo, mas principalmente económico. A loucura dos últimos dias irá, certamente, refletir-se monetariamente com o aumento de compras de merchandising com o capicua quatro.
Quando completar o seu primeiro momento oficial como piloto da Ferrari as redes sociais e os média tradicionais irão difundir a mensagem de uma forma nunca antes vista na modalidade, batendo recordes, de resto já batidos com a oficialização de Hamilton e mais recentemente com o retrato em Maranello. Aconteça o que acontecer em 2025 e nos anos que se seguem, tendo Hamilton sucesso desportivo ou não, há algo que já conquistou e que ninguém lhe pode tirar: uma vitoria espiritual apenas ao alcance dos predestinados.
O movimento talvez descendente, ou seja da equipa na qual conquistou títulos para a mais titulada sem a certeza de que será bem sucedido. Tal como fez Vettel, quando deixou a Red Bull. Tal como fez Prost, quando abandonou a McLaren em plena guerra com Senna e Ron Dennis. Tal como fez Mansell, quando deixou a Williams e reforçou a Ferrari. Casos destintos, em contextos opostos, mas com algo em comum: todos os intervenientes serão eternamente recordados como heróis, assim como Hamilton será. Heróis pelas conquistas, mas, principalmente, porque guiaram um Cavallino Rampante.
Desportivamente o cenário torna-se mais real e menos mitológico. A Scuderia italiana leva um grande interregno no que à conquista de títulos concerne. Não vence o títulos de construtores desde 2008 e o de pilotos desde 2007. Ainda assim, é factual que apresenta uma das melhores duplas de pilotos da sua história, a melhor dos últimos anos. O já consolidado predestinato (Charles Leclerc) ao volante do #16 e Sir. Lewis Hamilton ao leme do #44.
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Um facto altamente positivo, mas que irá levar a necessidade de uma boa gestão de equipa, trabalho que parte inicialmente dos próprios pilotos. O que no inicio será um mar de rosas (uma boa relação baseada na confiança) poderá rapidamente tornar-se numa dor de cabeça. É certo, Leclerc e Hamilton para coixistirem na Ferrari terão de ter um grande objetivo em comum: tornar a vencer um campeonato de construtores. Esta possibilidade poderá perfeitamente acontecer em 2025. Como foi visivel na época passada a Red Bull perdeu performace e a McLaren econtrea-se num nível semelhante, sempre com a Mercedes a morder os calcalhares. Uma boa temporada de ambos poderá consolidar ainda mais os seus estautos no seio da Ferrari.