18.4 – um Open virado ao contrário
O 18.3 foi até agora o WOD com maior quantidade de exercícios com grande exigência técnica num Open. Nunca se tinham visto Ring Muscle Ups e Bar Muscle Ups num mesmo Open, quanto mais num mesmo WOD. Os saltos duplos à corda, overhead squats com carga moderada e dumbbell snatches também exigem técnica e domínio.Foi denominado por muitos o WOD das 220 repetições já que muitos dos atletas ficaram pelas 220 repetições não conseguindo fazer o primeiro ring muscle-up. Houve contudo exceções, e são esses momentos de superação que trazem magia ao CrossFit.

Segunda e Terça feira foram dias de ring muscle ups nas redes sociais e de grande alegria para quem conseguiu presenciar ou executar o seu primeiro. Os atletas de nível mais elevado e os de elite tinham outro desafio, terminar o WOD que tinha 2 voltas e no mundo inteiro foi completado por apenas 2 pessoas: Dakota Rager e Josh Bridges. Para o resto dos atletas a nível mundial as 2 rondas para tempo transformaram-se num AMRAP e no WOD mais desafiante de qualquer Open até hoje.
E para o 18.4 Dave Castro prometia mais. Mais e melhor.
A dica da semana parecia indecifrável, mas a ironia do destino é que a comunidade do CrossFit, ao entrar na brincadeira chegou provavelmente o mais perto de sempre de a decifrar: andar em pino por causa do ovo em equilíbrio; handstand push ups pelo mesmo motivo; deadlifts porque o cão está a segurar o ovo da sua queda. Muitas teorias foram lançadas, e curiosamente algumas estiveram bem perto da verdade. Hoje de madrugada tivemos todas as certezas durante a apresentação oficial na CrossFit Fury no Arizona com a participação dos atletas Scott Panchik e Bjorgvin Karl Gudmundsson. A noite prometia, e o desfecho não foi desilusão.

O 18.4 é:

Peso mulheres: 70kg / 93kg
Pela primeira vez temos uma “Girl” (benchmark WOD da CrossFit International) a fazer o “buy in” de um desafio ainda maior: uma Diane com carga superior e andar em pino. O desafio exige tanto capacidade com carga pelo peso do deadlift como capacidade de ginástica nas flexões em pino ou handstand walk.
O Handstand push-up tem um critério diferente este ano exigindo uma medição especifica do corpo do atleta.

Scott Panchik foi quem venceu o WOD de apresentação na madrugada de hoje, mas foi quem começou com a maior calma. Neste desafio ter uma estratégia bem estruturada de acordo com as nossas capacidades faz toda a diferença.
Mais uma vez temos um WOD com nível de exigência elevado e que vai claramente impulsionar os atletas com capacidade para ir aos Regionais.
As críticas ao Open de 2018 têm sido grandes essencialmente porque os primeiros 2 WODs pareceram demasiado “acessíveis” e a partir do 18.3 o nível parece ter aumentado substancialmente, dificultando a participação de quem gostava de fazer os desafios conforme prescritos. Recordamos contudo que existe sempre a opção de fazer os WODs na sua versão “scaled” que para muitos tornará o Open mais divertido e desafiante. A versão “scaled” do 18.4 substitui as flexões em pino com hand-release push ups e andar em pino com Bear Crawl:

É importante nunca esquecer que o objectivo do Open é apurar os melhores atletas do mundo para os regionais e, claro, desafiar os Super Heróis do dia-a-dia (entenda-se por isto o comum dos mortais que pratica CrossFit. A Opção de fazer os WODs em RX ou Scaled depende em larga escala do objectivo final do atleta e da avaliação dos seus treinadores. É crucial a segurança estar em primeiro lugar e não comprometer a integridade física NUNCA, contudo faz também parte do Open ir mais longe do que alguma vez se pensou possível por isso é crucial ter ambos os pontos em consideração.
Por isso 18.4 RX ou Scaled?
Qual é que vai ser mais divertido e seguro para ti e onde vais acabar com a sensação que de desafiaste a serio?
Boa sorte e vamos lá ver o mundo ao contrário






