Ciclismo: As 5 transferências mais impactantes para 2024

Com o aproximar do final do ano, as equipas já têm praticamente os seus planteis fechados para atacar a próxima época, e podemos dizer que foi um mercado bastante agitado no mundo do ciclismo.

Que nomes se podem destacar na próxima época, que tenham mudado de ares?

Primoz Roglic: Jumbo Visma para Bora Hansgrohe

Reforço bomba para a equipa alemã, que junta um dos 3 melhores voltistas da atualidade a um bloco que já contava com Jai Hindley (vencedor do Giro 2022), Alexsander Vlasov, Sergio Higuita ou Emmanuel Buchmann.

O esloveno de 34 anos perdeu influência e protagonismo dentro da Jumbo, devido à ascensão meteórica de Jonas Vingegaard, e neste momento, precisava de outra equipa para tentar o seu maior objetivo, vencer o Tour.

Na Bora, será à partida o principal líder para a prova francesa, e contará com uma excelente equipa para o apoiar. Bem precisa, pois, para fazer frente a Vingegaard e Pogacar em França, teremos de ver um super Roglic. Dentro da Bora, destaque ainda para a aquisição de Daniel Martínez, outro elemento que poderá ser escudeiro de Roglic ou liderar a equipa noutras provas por etapas.

Fabio Jakobsen: Quick Step para Team DSM

Uma das transferências mais surpreendentes do ano.

Jakobsen, em forma, é facilmente top 3 de sprinters da atualidade, pelo que surpreende uma equipa tão habituada a vencer e a ter os melhores, abdicar de um ciclista desta dimensão (algo que so se consegue explicar com a mudança de mentalidade da equipa, que irá apostar mais fixas no bloco de montanha para apoiar Remco).

Na equipa alemã, será a principal aposta para as chegadas rápidas, ele que terá um excelente comboio para o apoiar, com nomes como John Degenkolb, Timo Roosen, Emils Liepins ou Nils Eekhoff. Depois de um 2023 abaixo do esperado, teremos novamente Jakobsen a dominar as chegadas rápidas?

Mikel Landa: Bahrain Victorious para Quick Step

Mais uma mudança na carreira de Mikel Landa, desta vez para uma equipa onde se saberá que não será protagonista.

Landa foi contratado para liderar o bloco de apoio de Remco Evenepoel, e quiçá liderar uma das 3 grandes voltas na ausência do belga.

Aos 34 anos, o tempo do espanhol começa a esgotar-se, pelo que será pouco provável vermos a ascensão do Landismo ao pódio de uma grande volta. O seu calendário irá depender muito das prioridades de Remco Evenepoel.

Tao Geoghegan Hart: INEOS para Lidl Trek

Reforço bomba para a equipa norte-americana da Trek, que consegue um nome forte para provas de 3 semanas, algo que parecia não ter desde a saída de Richie Porte (Giulio Ciccone não se conseguiu assumir neste aspeto, e Bauke Mollema já está com 37 anos).

Tao teve um ano de 2023 complicado. Quando parecia ter encontrado o seu pico de forma, e quando se perfilava como forte candidato a lutar pelo Giro, uma queda tirou-o da prova, e não mais voltou à competição.

Até à queda fatídica, o britânico foi terceiro na Volta à comunidade valenciana e no Tirreno-Adriatico, e venceu de forma autoritária o Tour dos Alpes.

Vencedor do Giro em 2020, terá Tao como objetivo vencer novamente a prova? Ou irá querer entrar no lago dos tubarões do Tour de France?

Nairo Quintana, livre para Movistar

Ano de 2023 numa espécie de sabatismo para o colombiano, que depois de um episódio marcante no verão de 2022 (foi acusado de ter tomado substâncias ilícitas).

A última vez que competiu foi no final de setembro desse ano, nos campeonatos do mundo de estrada.

Terá o ano sabático sido benéfico para o pequenino colombiano? A estrada irá elucidar-nos, mas normalmente, um ano sabático costuma ser benéfico.

Que tipo de papel terá Nairo na Movistar? Talvez um papel com mais responsabilidade do que gostaria. A equipa espanhola desespera por referências e líderes (Iván Ramiro Rosa tarda em confirmar o potencial, e Einer Rubio parece caminhar para ser um caça etapas de montanha), neste momento parece haver apenas Enric Mas como aposta segura para três semanas, pelo que Nairo irá ser chamado a liderar a equipa numa das três grandes voltas.

A qualidade está lá, e depois de um ano a ganhar forças, poderemos ter de volta o super Nairo que venceu Giro e Vuelta, agora com 33 anos.