Mundial de Basquetebol FIBA 2019: Grupo C e D
O Mundial de basquetebol está aí à porta e o Fair Play vai passar os olhos por todas as equipas que nele participam. Não percas nada e vê todas as análises aqui!
GRUPO C
Espanha
Os “nuestros hermanos” tentam aqui redimir-se de na edição anterior “apenas” terem ficado na quinta posição final, mas para isso terão de fazê-lo sem dois dos seus ícones dos últimos 15 anos, Juan Carlos Navarro e Pau Gasol, este último por lesão.
Apesar de tudo, os espanhóis entram na competição dentro do leque de favoritos as medalhas, liderados pelo campeão da NBA Marc Gasol e jogadores como Ricky Rubio, Willy Hernangomez, entre outros de enorme qualidade.
Têm aqui um grupo que, na verdade, é na teoria acessível, e deverá servir de experiência competitiva para os confrontos certamente mais difíceis que irão ter em fases posteriores da competição.
Irão
Os vice-campeões asiáticos entram nesta competição com expectativas de conseguir garantir um lugar nos Jogos Olímpicos, lugar este, que no seu caso, é garantido se for a seleção asiática com melhor classificação final neste Mundial.
Uma das seleções com preparação mais alongada para esta competição, os iranianos curiosamente deslocaram-se a Portugal para competir num torneio amigável.
Liderados por Hammed Haddadi e Nikkah Bahrami, esta seleção tem aqui legítimas hipóteses de avançar para a fase seguinte num grupo onde estão três seleções a lutar, na teoria, pelo segundo lugar deste grupo.
Porto Rico
Porto Rico chega ao Mundial num ligeiro período de renovação e sem contar com a sua maior estrela em JJ Barea, que está a recuperar de uma rotura do tendão de Aquiles.
Porém, nem tudo é mau, os porto riquenhos vêm de uma excelente prestação no Pan Americano onde garantiram a medalha de prata apenas tendo perdido na final frente aos crónicos favoritos da Argentina.
Apesar de estarem em reestruturação esta é uma seleção extremamente competente e com muitos jogadores de dupla nacionalidade que irão criar dificuldades sobretudo a nível defensivo aos seus adversários num grupo tão aberto.
Tunísia
Os atuais campeões africanos têm aqui uma dura tarefa para garantir que saem desta competição com esse estatuto, já que as outras seleções do seu continente reforçaram e bem o seu contingente com os jogadores de topo que militam na NBA e em campeonatos de topo europeus.
Salah Mejri dos Dallas Mavericks é a grande estrela desta seleção e o melhor jogador tunisino de sempre, que terá o apoio do experiente Ben Romdahne e da dupla Mabrouk/Chennoufi.
GRUPO D
Itália
A seleção italiana será sempre conhecida nos últimos anos pela seleção do “e se?”, já que contam com tantos jogadores de excelente qualidade e experiência, não só de NBA, mas também de Euroleague.
Os italianos comandados por Meo Sacchetti têm em Danilo Gallinari e Marco Belinelli as suas maiores estrelas, a que se junta e estreia no naturalizado Jeff Brooks, e a presença de jogadores experientes como Luigi Datome, Alessandro Gentile, Daniel Hackett e do futuro NBA Nicolo Melli.
Curiosamente os “Azurra” não marcaram presença na edição anterior deste torneio da FIBA.
Angola
A seleção angolana chega a esta competição na sua máxima força e com todos os grandes nomes disponíveis, mas terá tarefa difícil num grupo onde nenhuma equipa pode ser excluída da passagem a fase seguinte. Eduardo Mingas é uma referência do basquetebol angolano e aos 40 anos de idade irá disputar o seu quinto mundial, entrando assim para um grupo restrito de atletas.
Yannick Moreira é o jogador em foco nesta seleção sendo que ira atuar no Virtus Bologna na próxima temporada. Olimpio Cipriano, Carlos Morais, Leonel Paulo e Reggie More são as pedras de Angola há quase uma década e terão aqui mais uma hipótese de mostrar o basquetebol africano.
Filipinas
Uma das seleções mais adoradas em competições mundiais, a “Smart Gilas” tem um grupo difícil para avançar para a fase seguinte com um dos candidatos ao titulo na Servia e outra seleção europeia na Itália, pela frente.
Com um estilo de jogo bastante atrativo, com imensas transições rápidas ofensivas, os filipinos serão liderados por jogadores experientes como Andray Blatche, Robert Bolick, Gabe Norwood e o poderoso interior June Mar Fajardo.
Sérvia
Os vice-campeões do mundo são, novamente, um dos, senão o maior, candidato ao título na edição deste ano do Campeonato do Mundo. Os sérvios poderão beneficiar muito das ausências na crónica seleção candidata dos USA, mas certamente não terão tarefa fácil.
O selecionador Sasha Djordjevic está a ter uma preparação caótica, mas com um problema que todos os treinadores deveriam ter, não sabia quem deixar de fora por ter tantas e boas soluções no seu plantel.
Nikola Jokic, Bogdan Bogdanovic, Boban Marjanovic encabeçam uma selecção com o plantel mais profundo da competição e que são, sem dúvida alguma, os maiores adversários à hegemonia norte americana.