Liga Betclic 5ª jornada – Águias na liderança e sem fraquejar

José AndradeOutubro 26, 202110min0

Liga Betclic 5ª jornada – Águias na liderança e sem fraquejar

José AndradeOutubro 26, 202110min0
Fica a saber tudo o que se passou na 5ª jornada da Liga Betclic de basquetebol feminino pela mão de José de Andrade

Fica a saber de tudo sobre a quinta jornada da Liga Betclic Feminina, mais uma semana onde se mostrou o porquê de não se poder perder nenhum jogo. Venham daí que vou falar sobre cada uma das partidas numa jornada onde o SL Benfica manteve a invencibilidade e a liderança.

CRC Quinta dos Lombos 78 – 72 GDESSA: Físico a ser o diferencial

No jogo que abriu esta quinta jornada, a equipa da casa venceu o GDESSA num duelo que começou cedo com um ritmo alto, as defesas em destaque nos primeiros minutos e com a equipa do Barreiro a entrar melhor na partida, fruto dos triplos de Maianca Umabano e de Márcia da Costa Robalo. A equipa visitante, como sempre, com uma pressão muito elevada e com isso o Quinta dos Lombos sentia problemas na organização ofensiva e ia dependendo da Letícia Rodrigues, basta ver que os primeiros pontos que não foram da jogadora canarinha surgiram apenas aos 8:25 minutos do segundo quarto.

O jogou mudou favoravelmente para a equipa da casa com a entrada de Ana Furtado, que mexeu com o jogo e principalmente com o trio, Carolina Cruz, Letícia Rodrigues e Kane que foram determinantes através do poderio físico para esta vitória, pois dominavam nos ressaltos. No lado do GDESSA, foi Leonor Serralheiro o grande destaque. Jogo intenso, louco e de parada e resposta, mas apesar de muito tentar o GDESSA nunca conseguiu recuperar, começaram muito bem, mas a quebra ainda em vantagem fez a diferença.

SL Benfica 76 – 41 CDE Francisco Franco: Superioridade encarnada incontestável

No Pavilhão Fidelidade, a equipa do Benfica entrou cedo a mandar e a dominar; já do lado da equipa da Madeira as dificuldades ficaram à vista logo nos primeiros minutos. A equipa da casa defendeu melhor, conseguiram sempre sair com perigo nas transições e a equipa de Paulo Freitas tentava sempre o tiro exterior, mas sem sucesso e sem alternativas, a equipa forasteira usou e abusou do lançamento da linha de três pontos evidenciando assim problemas na construção.

Benfica sempre mais forte, Myriam Ackerman, Taylor Peacocke e Raphaella Monteiro figuras evidentes nesta partida, mas é preciso destacar Marta Martins que saltou do banco com a mão quente e sem falhar nenhum lançamento. Mariana Silva também voltou a entrar bem e, ainda, destacar Carolina Rodrigues, a base internacional portuguesa somou nova exibição de encher o olho pelo que foi fazendo no ataque, na criação e na defesa. Do lado do CDE Francisco Franco, Katherine Andersen foi o maior destaque, mas Sofia Alves a merecer uma nota positiva, com a jovem de 16 anos a entrar muito bem em campo.

CP Esgueira 50 – 39 CAB Madeira: Trudy Show

Jogo frenético desde o primeiro segundo, com o Esgueira a apresentar uma defesa pressionante, o que levou ao CAB a revelar alguns problemas para pontuar, e o jogo esteve desde sempre muito rápido e recenado de momentos espetaculares. Trudy Walker-Benjamim a grande figura desta partida, ela que dominou na luta das tabelas o jogo inteiro. Do lado do CAB, a entrada de Alice Martins voltou a fazer a diferença, a equipa da Madeira estava com problemas e com uma defesa muito permissiva e Alice voltou a mudar e a melhorar a equipa de Fátima Silva. Carolina Bernardeco mesmo sem conseguir pontuar era a jogadora mais do CAB porque era a jogadora que criava e fazia a diferença no aspeto ofensivo da equipa visitante.

As defesas estiveram ambas em destaque, o que custou mais ao CAB neste jogo, foi a baixa eficácia e do lado do Esgueira, Trudy dominava nas tabelas e as irmãs Raimundo espalharam classe o jogo inteiro. A equipa do Esgueira sempre muito pressionante, com muitos roubos de bola, com um maior número de soluções e o CAB nem com a maior estatura conseguiu contrariar o jogo do seu adversário, principalmente quando Alice Martins atingiu a quinta falta e depois o tiro exterior do CAB nunca caiu e isso fez muito a diferença, mas um jogo muito tático e muito intenso do princípio ao fim.

Vitória SC 61 – 65 União Sportiva/Azorishotels: Açorianas mais fortes

A primeira nota neste jogo, foi Raquel Laneiro, a base do União Sportiva regressou assim depois de quase um mês de fora. Nausia Woolfolk marcou os primeiros pontos do jogo, ela que viria a ser a grande figura da equipa visitante. A equipa insular, começou cedo a dominar na luta das tabelas, Joana Alves a entrar de início e a ser um dos pontos em destaque nessa luta. Do lado do Vitória, Filipa Barros a ser a jogadora em evidência, com a jovem base a colocar um ritmo sempre elevado no lado da sua equipa.

Jogo sempre equilibrado, altamente disputado, e, um dos duelos que mais marcou esta partida, veio desde os primeiros momentos de jogo que foi entre Raquel Laneiro e Filipa Barros. A entrada de Emília Ferreira mudou o jogo, o Sportiva passou aí a conseguir ganhar nos duelos e os ressaltos, além disso as açorianas passaram a pressionar mais alto e com isso a criar mais dificuldades à equipa da casa. Simone Costa brilhava, uma jogadora que sempre joga bem e que neste jogo entrou a aparecer bem dos dois lados do campo. Vitória melhorou quando passou para defesa em zona, mas era a pressão do Sportiva que fazia a diferença, pois neste momento as bases da formação vimaranense deixaram de gozar de tanto espaço e, com isso, sentiam maiores dificuldades. Sara Ressurreição e Catarina Mateus estiveram imparáveis da linha de três pontos, mas Kahlia Lawrence, condicionada, as faltas de Kamera Harris e Telsford abaixo do normal foram as questões que ainda deixaram o Vitória com mais problemas. Jogo espetacular, grande duelo e as defesas em grande destaque.

CD Galitos 69 – 77 AD Vagos: Tremeu, mas vitória segura do Vagos

Jogo começou com um enorme desarme de lançamento da Daniela Domingues à Joana Canastra. Vagos superior no arranque, Manuela Rios e Martha Burse eram as flechas que iam fazendo toda a diferença, as duas jogadoras da equipa de José Janeiro foram colocando sempre o jogo com uma velocidade absurda, saídas rápidas e o Galitos demorou muito para se encontrar neste jogo, pois nunca conseguiram anular esse par de flechas do Vagos.

Devon Brookshire e Susana Carvalheira iam dominando nos duelos interiores, Vagos pressionava a campo inteiro e Galitos sentiu imensas dificuldades no começo do jogo, como revela o 7-30 no primeiro parcial, denotando a superioridade total do lado dos visitantes. Galitos melhorou quando o Vagos começou a rodar e a baixar a pressão, Jeanne Morais surgiu em alta aceleração no lado da equipa da casa, além dela Maria Neto, que voltou a entrar muito bem e com estas mudanças o Galitos realizou uma pequena recuperação, mas a equipa de Jorge Dias reentrou no jogo quando Bárbara Souza apareceu nesta partida, porque com isso o tiro exterior surgiu e os galináceos ganharam uma jogadora com uma capacidade de passe acima da média. Galitos lutou até ao fim, tentaram de tudo, o Vagos tentou gerir a vantagem e quase perderam, mas no pior momento, surgiu de novo Martha Burse que voltou a fazer a diferença. Mariana Oliveira foi um dos maiores destaques deste jogo até pela diferença que fez na defesa do Galitos.

Olivais FC 83 – 36 Guifões SC: Novo fôlego para o Olivais

Um dos primeiros destaques à entrada deste encontro, era a ausência de Raquel Alves por lesão no lado do Olivais, o que poderia ter condicionado os conimbricenses, algo que depois não se confirmou. A equipa da casa como sempre entrou muito pressionantes, o Guifões tentava no contragolpe fazer a diferença, mas a velocidade e intensidade das comandadas de Fernando Brás deixaram sempre a equipa visitante em dificuldades. Ana Almeida liderava o Guifões, assumia a responsabilidade de criar e foi uma das que mais tentou neste jogo, sendo que além desta atleta, também Isabel leite fez a diferença e, tal como nos últimos jogos, Filipa Teixeira lutou afincadamente nas tabelas.

No segundo quarto, surgiu a Mariana Garrido, ela que acabou por ser uma das figuras desta partida, muito pelas bombas, mas também pelo que fez na defesa sendo uma das peças fundamentais na pressão asfixiante do Olivais. A equipa de Coimbra, passou a gerir mais a posse, a vantagem era confortável e pela pela primeira vez nesta temporada não arriscava sempre sair em velocidade optando por gerir, a ter mais calma e com isso controlavam o jogo demonstrando muita da qualidade que sabemos que existe nesta equipa. Dos muitos destaques do Olivais, Joana Amaro, o carrapato que joga com imensa qualidade, isto porque Joana Amaro na defesa não oferecer qualquer espaço ao adversário.

Mafalda Pompeu, voltou a entrar bem, a mudar o ritmo do jogo e tal como é hábito, com um tiro da linha de três pontos. Destacar ainda Mariana Mendes, que está a regressar de lesão e aos poucos vai espalhando a sua qualidade pelos nossos campos. Falar ainda da boa estreia de Flávia dos Santos na equipa do Olivais e elogiar Carolina Ferreira, a jogadora mais do Guifões que mesmo nos piores momentos da equipa mostrou muita qualidade. Jogo controlado e ganho de forma inequívoca pelo Olivais.

MVP: Martha Burse, a Duracel de Vagos

Martha Burse a ser a MVP, mais uma jornada onde tínhamos muitas jogadoras que podíamos destacar como MVPs da jornada, desde a Letícia Rodrigues, Eva Carregosa, passando pela Raphaella Monteiro, mas a escolha recaiu em Martha Burse e no seu “pulmão”, merecendo este destaque nesta quinta jornada. A norte-americana do Vagos nunca se cansa e nesta vitória da sua equipa somou 23 pontos, 8 em 15 em lançamentos de campo, 2 em 4 na linha de três pontos, 5 em 7 da linha de lances livres, 9 ressaltos, 1 assistência e 2 roubos de bola. Muita qualidade numa jogadora incansável e que é das melhores na Liga Betclic Feminina.

Por esta semana é tudo, não percam o Sixth Woman desta quarta-feira pelas 22h30, mais um programa especial e que promete uma conversa muito especial. Não percam nada da Liga Betclic Feminina porque esta tudo ao rubro e semanalmente trago tudo aqui para que não se perca nada desta competição apaixonante.


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