As piores previsões da época 23/24 da NBA

Para fechar em definitivo a temporada que terminou com os Celtics campeões e a primeira de parceria entre Fair Play e Pausa Técnica, olhamos para os nossos piores takes nos episódios de previsão de ambas as conferências.

DALLAS MAVERICKS FORA DOS PLAYOFFS

O prémio de pior take coletivo não poderia ser outro. Os 5º classificados e vencedores do Oeste, Dallas Mavericks, após uma primeira temporada da experiência Luka-Kyrie que os deixou fora dos playoffs, reforçaram-se eximiamente na trade deadline adquirindo os ativos Daniel Gafford e PJ Washington. Também as adições Derrick Jones Jr., na offseason, e Dereck Lively revelar-se-iam de extrema importância para uma run dos Mavs que só parou nas Finais frente aos eventuais vencedores, Boston Celtics. No nosso painel, alguns deixaram os Mavericks de fora e, os restantes, também não visionaram a possibilidade da equipa de Doncic e Irving apurar-se diretamente para os playoffs.

GRIZZLIES E LAKERS COM FATOR CASA

A adição de Smart parecia ser suficiente para aguentar os primeiros 25 jogos da temporada sem Ja Morant, com o plantel dos Grizzlies a ter, na temporada passa, um registo extremamente positivo em jogos falhados pela principal figura. No entanto, uma maré de lesões que afastou Steven Adams (trocado a meio da temporada) e Brandon Clarke (ainda disputou 6 partidas) toda a temporada, Smart, Bane e Jackson de uma significativa parte da época e a eventual lesão de Morant apenas 9 jogos após o seu regresso, obrigaram os Grizzlies a abandonar competitivamente a temporada 23/24 e a lutar por um melhor lugar no draft ao invés do 4º lugar que previmos.

Quanto aos Lakers, as finais de conferência atingidas na temporada anterior, após uma excelente segunda metade de época principalmente a nível defensivo, subiram as expectativas para a equipa de Los Angeles, que não vence uma série desde o campeonato conquistado na bolha. O nosso painel, em média, colocou os Lakers no 3º posto, com o Cristiano Pinto a escolher mesmo o plantel protagonizado por LeBron e AD na 2ª posição e como os mais fortes candidatos a vencer o anel. No entanto, os Lakers, mais uma vez, não foram além de um lugar no play-in e derrota na 1ª ronda frente aos Denver Nuggets de Nikola Jókic.

HAWKS COM LUGAR DIRETO NOS PLAYOFFS

Ainda que com mais ou menos fé, acreditamos todos num projeto de continuidade que já tinha atingido um certo pedigree ao atingir as finais de conferência em 2021. Acreditamos que um training camp com equipa técnica a seu gosto, seria suficiente para Quin Snyder desbloquear o potencial deste plantel. Acreditamos que Trae Young e Dejounte Murray coexistiriam, sendo capazes de maior eficiência nos momentos sem bola. Enfim, tivemos antes mais uma época dececionante com direito a não mais que 36 vitórias, 10º lugar e uma pesada derrota no único jogo de play-in disputado, frente aos Bulls.  Não tendo conquistado o objetivo que nós, Pausa Ténica, e organização certamente esperávamos, a temporada valeu pelo desenvolvimento de Jalen Johnson e pela sorte na lotaria que resultou na primeira escolha deste draft. Entretanto, findada também a experiência Trae-Dejounte, sem sucesso, e a certeza de que, nas próximas previsões, não cometeremos o mesmo erro.

BUCKS VENCEDORES DO OESTE

Uma das previsões que, um pouco à semelhança do que acontece com pão de forma, foi se deteriorando ao longo do tempo chegando ao final da temporada cheio de bolor. Adrian Griffin despedido a meio da temporada, dando lugar a um cada vez menos cotado e reputado Doc Rivers que não conduziu a equipa além de um 3º lugar no Este. Já nos playoffs, uma derrota na primeira ronda, frente aos Pacers, sem qualquer minuto de Giannis, e uns quantos falhados por Lillard e Middleton, significaram que a previsão e ambição, no início de temporada, de uma final de conferência entre Bucks e Celtics seria adiada.

E O PRÉMIO PIOR TAKE DE TODOS VAI PARA…

…Gonçalo Ferreira: “os Bulls não vão ganhar mais jogos que os Pistons”. Os de Detroit venceram menos 25 jogos que os de Chicago, com apenas 14 vitórias em 82 jogos. Parabéns, Gonçalo! Para o ano há mais.